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Ainda estou in love com a última viagem a Aracaju/SE. Que lugares mais lindos existem por este Brasil a fora! Infelizmente, às vezes optamos por viagens ao exterior, diante da facilidade, preços vantajosos e deixamos de lado a nossa terrinha. Mas em algumas vezes, os preços para fazer uma viagem por aqui são bem salgados, o que vai deixando o turismo no Brasil de lado. Mas esta viagem, em si, foi excelente! Preços justos, e os Sergipanos são muito agradáveis com os turistas. Logo logo, conto tudo por aqui…

Mas enquanto isso, continuo os relatos e dicas da viagem a Punta del Este, em fevereiro deste ano.

Quando pensava em Punta del Este, logo me vinha a minha mente o fabuloso Conrad e suas limousines, o cassino, o pôr do sol na Casapueblo e claro, me lembrava do Amaury Jr., que sempre esteve por aquelas bandas… Eu sabia que seria uma experiência bastante diferente, e que lá, encontraríamos muito luxo. E nada foi diferente.

Você pode dividir sua visita a Punta em quatro pontos: sentido La Barra/José Ignácio, Playa Brava, Península/Centro, Playa Mansa/Punta Ballena.

Antes de iniciar nosso roteiro, você precisa saber de algumas informações importantes:

A primeira delas é que, como Punta é uma cidade noturna, ou seja, famosa por sua night, o pessoal dorme muito tarde, e acorda mais tarde ainda. Então as praias ficam cheias depois do almoço, tem gente que chega por volta das 16hs. 

A segunda é que, no verão, o sol se põe muito mais tarde! Os dias vão até quase 21hs… O pôr do sol que assistimos na Casa Pueblo ocorreu às margens das 20:40hs. A foto abaixo foi tirada às 20:20hs.

A terceira é que tudo lá é o dobro ou um pouco mais do que aqui no Brasil. É uma viagem cara! Por exemplo, uma água mineral na praia (garrafa) custou 80 pesos uruguaios, ou seja, em torno de R$ 8,00!!!!!!!! A água mais cara que já tomamos na vida!

A quarta é que os números das casas são trocados por nomes. E eu achei isso um luxo!!!! Cada um mais lindo que o outro!

E a última informação é que, mesmo no verão, a água do mar é gelada!!!!!!

Agora que você já tem conhecimento dessas informações básicas, podemos partir para os passeios, pontos turísticos, praias, comidinhas e etc. 

No nosso primeiro dia, decidimos seguir no sentido José Ignácio, que tem uma estradinha muito boa, e de fácil acesso.

– Logo de inicio, encontramos a famosa Ponte Ondulada (Ponte Leonel Vieira), uma obra realizada pelo designer Leonel Vieira, em 1965, e serve de entrada para La Barra:

– Continuamos nosso trajeto, no sentindo Farol de José Ignácio, que também tem uma paisagem muito bonita!

Este Farol foi construído em 1860, com o objetivo de guiar os navegantes do oceano Atlântico e Rio La Plata. Ele tem 45 metros de altura, e os prismas de Cristal que fazem parte da iluminação foram trazidos da Europa, mais precisamente da França.

O local onde o Farol está instalado é bem calmo, e nota-se que estava desabitado. Acredito que seja pelo horário, ainda cedo:

A praia que cerca José Ignácio não é uma das melhores para o meu gosto (acho que também pelo horário). Mas para quem gosta daquele estilo hippie de Trancoso, na Bahia, é o local:

– No caminho de volta, vimos o lindo e conhecido La Huerta Bistrô. Olhem que fofo!!!!!!! Infelizmente não entramos porque não era nem 10 horas da manhã (Calle 8 com Rota 10, Km 166):

– Deste lado que estávamos no primeiro dia, existem três praias: Playa Bikini, Playa Montoya, Playa la Barra, e optamos pela última:

A Praia La Barra realmente é um playground! Muita criança correndo e brincando, mas um ambiente bastante familiar. Se você tem crianças e vai à Punta del Este, o local ideal é a Praia La Barra. Mas se você não tem pimpolhos e não curte muito a paisagem com alguns baldes de areia, corra de lá!

O sol estava escaldante! E foi extremamente necessário o aluguel de sombrinha e cadeiras, que ficou em torno de R$ 25,00, a menos que você queria ficar neste luxuoso bar (mas estava bem vazio, o pessoal gosta é da beira do mar mesmo!)

– Como este dia estava muito quente, um sol lindo, e a previsão para os demais dias era de chuva, decidimos ir ver o pôr do sol na Casapueblo neste dia, e mudar um pouquinho a nossa rota. Já que ela está localizada do lado oposto que estávamos. Mas antes, passamos pelo Centro de Punta del Este (que é bem diferente da Península, com muitas lojas, mas as de grifes famosas ficam localizadas na Península):

– A caminho da Casapueblo, no retorno para a entrada, tem um lindo mirante que vale muito a pena parar e curtir a belíssima paisagem (já é em Punta Ballena):

– Visitando a Casapueblo:

Como disse acima, é sempre bom aproveitar o primeiro dia de sol da sua viagem para assistir a um pôr do sol, a menos que esteja em uma época sem chuvas e que não esteja nublado. Como acreditamos que o pôr do sol era por volta das 18hs, insisti em chegar com antecedência para curtir bastante o local e redondezas, que é espetacular! Assim, chegamos por volta das 17hs, e ficamos lá por bastante tempo (ficou um pouco cansativo).

Então, se você vai visitar Punta no verão, e deseja assistir ao pôr do sol na Casapueblo, é bom que chegue por volta das 19hs.

Relatou a revista Viagem e Turismo, de dezembro de 2011 que “ver o pôr do sol da Casapueblo é um dos rituais que eternizam Punta“. E realmente é verdade.

A Casapueblo é uma fascinante obra do pintor e escultor uruguaio Carlos Páez Vilaró (que foi amigo de Picasso), na verdade era sua casa de verão, que foi construída por por 36 anos, com muito capricho e espontaneidade e hoje é um labirinto de obra de arte. Seu interior possui salas com vista para o mar, com exposições de esculturas, pinturas e cerâmicas permanente. Vejam a vista aérea da Casa, construída a beira de um penhasco em Punta Ballena:

A construção possui traços hispânicos e Marroquinos, e lembra muito as casas de Santorini, na Grécia.

Caso você tenha interesse, pode ficar hospedado no magnífico Casapueblo Club Hotel, que dispõe de 70 apartamentos, com terraço com vista privilegiada para o famoso por do sol. Para verificar reservas e valores, acesse aqui.

O ingresso de entrada para o Museu e dependências da casa onde se vê o pôr do sol custa em torno de R$ 12,00 por pessoa (adulto).

Como ficamos por muito tempo lá, realmente foi cansativo. E neste momento eu já estava impaciente, pois nunca chegava, de fato, o pôr do sol… Então, não se esqueça de que é importante observar o horário no período do verão.

Enquanto o pôr do sol não chegava, fomos ao Bar da Casapueblo que é bastante aconchegante! E o Fábio aproveitou para degustar uma cerveja da região:

E o pôr do sol aconteceu por volta das 20:40hs:

Infelizmente, as nuvens não nos deixaram assistir ao espetáculo da natureza. Mas todos os dias, sagradamente, centenas de pessoas se deslocam para o local, para assistir ao pôr do sol, enquanto um poema realizado pelo idealizador da obra é ouvido pelas caixas de som do local, declamado pelo próprio Vilaró, seguido de extensa salva de palmas. Ah! O Vilaró ainda é vivo (cerca de 88 anos), reside no local, e dizem que não é difícil encontrar com este velhinho carismático nos labirintos da Casa. Infelizmente, também não tivemos este privilégio.

– Como estávamos bem cansados das atividades do dia, encerramos nossa noite em um delicioso restaurante do Av. Gorlero, na Península, (o cansaço não me deixou anotar o nome, nem tampouco registrei foto do ambiente externo e interno). Optamos por deliciosas massas, bem caras por sinal!

O post ficou um pouco extenso, mas tentei registrar o que fizemos em um dia, para se ter uma melhor noção de tempo, aproveitamento e logística.

Aguarde pelo próximo post.

Até lá, e um ótimo final de semana a todos.