31 dias em Nova York: Visita ao The Intrepid Sea, Air & Space Museum

Nas três vezes que visitamos Nova York, tivemos a oportunidade de conhecer praticamente todos os principais museus da cidade, seja o “Metropolitan Museum of Art“, ou o  MOMA, o mundialmente conhecido museu de arte moderna, ou até mesmo o “Museu de História Natural“, retratado inclusive na franquia “Uma Noite no Museu”, estrelada pelo ator Ben Stiller.

Nessa última visita, em janeiro de 2015, um museu em especial nos chamou a atenção, e arrisco a dizer que  se trata de um programa imperdível para aqueles que tiverem um tempinho a mais na “Big Apple”.

Estamos falando do “Intrepid Sea Air & Space Museum“, localizado no lado oeste de Manhattan, Pier 86, mais especificamente na 12th Ave. com 46th Street., região do “Hell’s Kitchen”. Fica a 15 minutos a pé da Times Square e é facilmente acessível via metrô a partir de praticamente todas as regiões de Nova York.

Qual o diferencial desse museu?

Pois bem, o museu “É” um legítimo porta-aviões americano, construído em 1943 e que lutou na Segunda Guerra Mundial, sobrevivendo a cinco ataques dos “kamikazes” japoneses e a um torpedo inimigo. Anos após o término da 2 Guerra Mundial, o navio “combateu” ainda na “Guerra Fria” e na “Guerra do Vietnã”, além de servir como “navio de recuperação” de objetos e cápsulas da NASA na década de 1960. Resumindo: mais de 50.000 homens já serviram a bordo do “Intrepid” durante todos esses anos, e mais de 270 marinheiros perderam suas vidas em combate.

Intrepid foi “aposentado” em 1974 e hoje é peça fundamental desse museu totalmente diferente e muito interessante.

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Algumas informações importantes sobre o museu:

  • Disponibiliza visitas guiadas em grupos/excursões;
  • Preços a partir de $24 o ticket adulto para a visita básica. Para conhecer todos os tipos de ingressos disponíveis, clique aqui/;
  • Dependendo do tempo disponível e das atrações programadas pelo viajante, vale a pena adquirir o ticket para o “Intrepid” incluso no “City Pass NYC”. Para saber mais e avaliar se vale a pena no seu caso, clique aqui;
  • Se quiser evitar filas e ainda ganhar descontos e convites especiais, torne-se um membro da “Associação Intrepid”. Para saber mais clique aqui;
  • Horário de funcionamento do museu: Segunda a sexta de 10hs às 17hs e sábados, domingos e feriados de 10hs às 18hs. Para conhecer o calendário anual de atividades completo, clique aqui;
  • Existem algumas recomendações importantes a serem seguidas antes da visita, como inspeção antes da entrada e vestuário adequado. Vale a pena ler todas as recomendações aqui.

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Primeira dica: Separe pelo menos 3 horas para essa inesquecível visita, sendo ideal uma manhã ou uma tarde inteira!!

O mais bacana do “Intrepid” é a oportunidade de conhecer de perto alguns dos aviões mais famosos do mundo, aqueles que só aparecem na tela do cinema.

Não sou especialista e tampouco aficcionado em aviões, mas fotografar de perto e tocar um legítimo “British Airways Concorde”, aquele mesmo que cruzou em 7 de fevereiro de 1996 o Oceano Atlântico em apenas 2 horas, 52 minutos e 59 segundos é realmente uma experiência, no mínimo, “cool”.

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Abaixo um pequeno vídeo do Rio Hudson, completamente congelado, ao lado do “The Intrepid”

O local é um verdadeiro sonho de consumo de adultos e crianças, e além de conhecer de perto um verdadeiro porta-aviões, o visitante estará diante de helicópteros, submarino e ainda um ônibus espacial, tudo num mesmo lugar. Inesquecível!!

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Para os aficcionados em aviação, e principalmente aqueles que na infância adoravam montar e desmontar esses objetos voadores, prepare-se para horas de puro deleite.

A exibição audiovisual sobre os “Kamikazes” que atacaram o porta-aviões durante a 2 Guerra, feita exatamente no ponto onde um dos aviões japoneses explodiu, é outro ponto forte do passeio.

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Momentos de puro deleite!!

São três “decks” no Intrepid, onde é possível conhecer de forma bastante detalhada e interativa como era o dia a dia no interior do porta-aviões, visitando dormitórios, refeitórios, sala do comando e demais instalações desse colosso. E a caneca do comandante?

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No “Flight Deck”, você conhecerá mais de duas dúzias de aviões originais e restaurados.

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Não deixe de visitar a nave espacial “Enterprise”, o famoso protótipo da NASA que literalmente pavimentou o caminho para o programa de ônibus espaciais mais bem sucedido do mundo, com artefatos originais, fotografias, áudio e filmes que literalmente “mergulham” os visitantes no mundo da ciência e da história da era de ouro dos ônibus espaciais.

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Hora da diversão!!

Outro ícone da avião: o Lockheed SR-71, também conhecido como “Blackbird”, o avião projetado como aeronave de reconhecimento (SR: Strategic Reconnaissance), capaz de fazer a vigilância de uma superfície de até 12mil km/h, permitindo operar em países como China, Ex-União Soviética ou Cuba sem precisar entrar no respectivo espaço aéreo.

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Lockheed SR-71 – Blackbird

Desde o início de 2015, está disponível para visitação no museu o “Intrepid e a Guerra do Vietnã”, que explora os eventos e impactos da Guerra do Vietnã através das lentes do Intrepid. A exposição, que foi inaugurada para relembrar o 40º aniversário do fim da guerra, oferece imersão total em um capítulo importante da história americana. Vale relembrar também que o porta-aviões serviu durante três turnos de serviço no Vietnã entre os anos de 1966 e 1969.

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Prontos para o combate!!

Para conhecer a relação completa de aviões do Intrepid, sua história e suas especificações, clique aqui.

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Uma verdadeira aula de história da aviação de guerra!

Como não poderia faltar num museu de guerra, helicópteros escolhidos a dedo!!

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Durante a visita ao “Flight Deck”, é possível inclusive visualizar de forma privilegiada a região do “Hell’s Kitchen”, muito bem retratada no série Netflix do “Demolidor”. Aproveite para tirar muitas fotos!!

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Para encerrar com chave de ouro, nada melhor que conhecer o “Submarino Growler”, que inaugurou sua participação no “Intrepid” em 1989 e é o único submarino americano com capacidade para lançamento de mísseis  guiados aberto ao público.

O “Growler” oferece aos visitantes uma visão detalhada de como era a vida a bordo de um submarino de guerra e, como não poderia deixar de ser,  você terá a oportunidade única de tocar um verdadeiro míssil. 

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Submarino Growler

Após essa verdadeira aula de história, continuamos as atividades do dia na região do “Hell’s Kitchen”.

Mas isso fica para outro post.

Até logo!!

 

31 dias em Nova York: Central Park – Parte 01

Neste post, vamos compartilhar um pouco do nosso dia 01 de janeiro de 2015, num passeio inesquecível, sem pressa e preocupações pelo Central Park, o primeiro de uma série de 03 posts sobre um dos mais conhecidos parques urbanos do mundo e primeiro parque público dos EUA, com entrada gratuita desde 1858.

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Além disso, vamos compartilhar um pequeno guia sobre o parque, fruto das diversas visitas que fizemos durante os 31 dias que ficamos em NYC. Para saber como foi o nosso Reveillon, também no Central Park, clique aqui.

Primeira dica: Ilusão achar que é possível conhecer o Central Park durante uma manhã de caminhada, ou até mesmo em um dia.

Nas duas visitas anteriores a Nova York, em 2010 e 2013, confesso que apenas “passamos” pelo Central Park, com duas caminhadas muito superficiais nas regiões mais badaladas (leia-se W 59th St nas proximidades da 5 Avenida e região do entorno da 81th St, ao lado do Museu de História Natural).

Dessa vez foi muito diferente e muito mais proveitoso!!

Com 31 dias disponíveis para explorar a “Big Apple”, começamos o ano visitando o famoso Edifício Dakota, situado na esquina da 72nd Street com Central Park West:

Foi neste local onde, no dia 8 de dezembro de 1980, por volta das 23h, o Ex-Beatle John Lennon foi brutalmente assassinado com 4 disparos de arma de fogo por Mark David Chapman, que até hoje cumpre prisão perpétua pelo ocorrido. Para os fãs declarados de uma das maiores bandas de todos os tempos, foi como sentir um chute no estômago!

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Adeus, John Lennon!!

Logo na entrada do Central Park pela 72nd Street, a poucos metros do Edifício Dakota, você pode iniciar sua visita pelo “Strawberry Fields“, um memorial vivo a John Lennon e homenagem a uma de suas canções favoritas, “Strawberry Fields Forever”, de 1966.

O Strawberry Fields foi inaugurado no dia 09 de outubro de 1985, no 45 aniversário de nascimento de Lennon, e o mosaico em preto e branco da foto abaixo foi criado por artesãos italianos e entregue como presente pela cidade de Nápoles. Nas proximidades do mosaico, encontra-se uma placa de bronze que lista os 121 países que endossam o “Strawberry Fields” como um “Jardim da Paz”.

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Imagine there’s no heaven/ It’s easy if you try/ No hell below us/ Above us only sky/ Imagine all                                                                           the people/ Living for today

E para fechar com chave de ouro o momento “John Lennon” de NYC, uma “palhinha” de “Imagine”, do mestre John Lennon.

Também ao lado do Edifício Dakota, logo na entrada do Central Park, temos o “Riftstone Arch“, construído com blocos de xisto e parada obrigatória para ótimas fotos.

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Sugerimos caminhar sentido “norte” do Central Park, acompanhando o “Central Park W” até o “The Lake”, lago criado pelos desenhistas de parques Frederick Law Olmsted e Calvert Vaux, no local onde era localizado um antigo pântano e hoje uma excelente opção para passeios de barco no verão. É uma excelente local para apreciar a bela paisagem e fotografar a selva de pedra novaiorquina.

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Era um lindo dia ensolarado e de muito frio, na faixa dos 3 graus, e resolvemos caminhar sem pressa pela “West Drive”, apreciando as belíssimas paisagens.

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Próximo ao “The Lake”, parada obrigatória para o “Ladies Pavilion”, um exemplo clássico das artes decorativas americanas do século 19, projetado pelo arquiteto Jacob Wrey para ser um ponto de parada para os passageiros do bonde que por ali trafegava, inicialmente localizado na entrada do Central Park West 59th e transferida para o local atual décadas atrás.

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Ladies Pavilion

Do “Ladies Pavilion” você tem vista privilegiada do “The Lake”, bem como dos prédios localizados na “Central Park West.”

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Seguindo pelo norte do Central Park, rumo a “Oak Bridge”, ou “Ponte de Carvalho”, aproveite os encantos do Central Park e aproveite para tirar muitas fotos.

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Belas paisagens!!
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Parada obrigatória para fotos!!

Mudando um pouco a direção e seguindo para o centro do Central Park, rumo ao “The Ramble”, eis a primeira parada para fotos: “Oak Bridge at Bank Rock Bay”, uma ponte construída com carvalho branco, daí seu nome, e recriada em 2009, utilizando para tanto fotos antigas e desenhos originais. Projetado por Calvert Vaux, é uma das pontes mais elegantes do Central Park e porta de entrada para o “The Ramble”, ou “Jardim Selvagem”.

Eis um dos lugares mais populares e visitados do parque, principalmente para os que adoram observar pássaros e devido ao excepcional “skyline” de NYC.

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Cerca de 300 metros após a “Oak Bridge”, estamos diante da porta de entrada do “The Ramble”, conhecido como “Ramble Stone Arch”, um arco formado por rochas no formato de uma fenda, construído com pedras do próprio parque. No século 19 existia inclusive uma caverna subterrânea, que foi fechada na década de 1920.

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Agora sim, você está diante do “The Ramble”, o famoso “Jardim Selvagem” do Central Park. Os designers do Central Park imaginaram um local tranquilo, onde os visitantes poderiam passear tranquilamente e descobrir lindos jardins floridos ao longo de uma caminhada. Eis, então, o lugar ideal para fugirmos da rotina das metrópoles e ficarmos completamente perdidos no meio da natureza. Aprecie sem moderação!!

Após se deliciar com as belíssimas paisagens do “The Ramble”, caminhe em direção à “Bow Bridge”, a primeira ponte de ferro fundido do parque e a segunda mais antiga da América, construída entre 1859 e 1862, que lembra o arco de um violinista e liga o “The Ramble” ao “Cherry Hill”, nossa próxima parada.

A ponte é considerada um dos cenários mais românticos de NYC e xodó dos fotógrafos que lotam as imediações.

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Bow Bridge

Das proximidades da Bow Bridge e do “The Lake” é possível, inclusive, tirar fotos muito bacanas com os prédios da “Central Park West” ao fundo.

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The Lake começando a ficar congelado

Em 5 minutos de caminhada após a “Bow Bridge”, mais um “pit stop” obrigatório, com vista privilegiada para o “The Lake” e para o “The Ramble”. Estamos diante do “Cherry Hill”, um espaço perfeito para piqueniques, uma boa leitura ou banhos de sol no verão.

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Cherry Hill
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Vista privilegiada do “The Lake”

No centro do “Cherry Hill” temos o “Cherry Hill Fountain”, projetado por Jacob Wrey, o mesmo responsável pelo “Bethesda Terrace”, e que fora utilizado em tempos remotos como bebedouro para cavalos. Nos dias atuais é famoso pelas belas fotografias e está presente em diversos filmes hollywoodianos.

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Cherry Hill Fountain

Já na parte final do nosso passeio, finalmente chegamos ao “Bethesda Terrace”, considerado o coração do Central Park, um verdadeiro “terraço” com vista fantástica para o “The Lake”. As lindas esculturas do local representam as quatro estações do ano.

No centro do “Bethesda Terrace”, a belíssima “Bethesda Fountain”, com o belíssimo Anjo no topo. A estátua faz referência ao Evangelho de João, que descreve um anjo abençoado compartilhando seus poderes de cura. O anjo segura um lírio na mão esquerda, que é o símbolo da pureza da água, muito importante para uma cidade que sofreu uma epidemia devastadora antes da criação do sistema atual.

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O mesmo local, já com neve, no final do mês de janeiro de 2015.

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Bethesda Terrace

Do “Bethesda Terrace” é fácil chegar ao “The Loeb Boathouse”, um restaurante bastante agradável à beira do lago, com preço razoável, comida deliciosa e bom atendimento. Boa oportunidade para uma pausa estratégica durante um dia de intensas atividades no parque.

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The Loeb Boathouse

Seguindo para o Sul do Central Park pelo “The Mall”, eis a primeira escultura do Central Park, o busto do dramaturgo, poeta e filósofo “Johann Von Schiller”, originalmente instalado no “Ramble” e “transferido” para as proximidades do “The Mall” ainda no século 20.

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Homenagem ao dramaturgo, poeta e filósofo Johann Von Schiller

Poucos metros ao sul, o busto de bronze do famoso compositor e maestro irlandês-americano Victor Herbert, localizado no exato local de suas inúmeras performances memoráveis nos idos de 1890. Nascido em Dublin, Herbert se mudou para Nova York com sua esposa Therese, uma famosa cantora de ópera de Viena.

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Homenagem ao famoso compositor e maestro irlandês-americano Victor Herbert

Praticamente ao lado da “Center Drive”, caminhando rumo a 65th St Transverse, a escultura “Eagles e Prey”, construída em Paris no ano de 1850, entregue como presente à cidade e instalada no longínquo ano de 1863.

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Eagles e Prey

Encerramos o nosso primeiro dia no Central Park caminhando pela “Central Drive” até a “65th St Transverse”, e aproveitamos para tirar mais algumas belas fotos do parque. Retornamos pela 67 Central Park West, ao lado da “Tavern On The Green”.

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Lindo dia no Central Park!!

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Aqui praticamente encerramos o nosso primeiro de janeiro de 2015 em NYC, bem como esse primeiro de uma série de 03 posts sobre o “Central Park”, lembrando que o roteiro compartilhado nesse post pode ser realizado no mínimo durante um dia inteiro, para caminhar, apreciar e tirar muitas e muitas fotos…

Até a próxima!!

31 dias em Nova York: Tribeca

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Essa é uma das vantagens de visitar Nova York por 31 dias: a oportunidade de conhecer bairros e lugares fora do “circuito turístico” tradicional, com tranquilidade e tempo.

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Hoje vamos compartilhar um pouco sobre nossas “andanças” pelo TRIBECA, ou TriBeCa (TRIangle BElow CAnal Street, ou simplesmente “Triângulo Abaixo da Rua do Canal”), bairro localizado na região centro-sul de Manhattan, limitado ao norte pela Canal Street, ao Sul pelo Park Place, a leste pelo Rio Hudson e oeste pela Broadway.

Anos atrás era conhecido pelo seu distrito industrial e pelos inúmeros armazéns, e após intensa revitalização nas últimas décadas, TRIBECA é hoje um dos bairros mais nobres e caros de Nova York, com seus apartamentos de milhões de dólares, restaurantes de luxo, lojas e galerias.

O bairro também é conhecido pelo famoso “Festival de Cinema de Tribeca” (este ano ocorreu entre os dias 16 a 25 de abril), fundado em 2001 pelo ator Robert De Niro, pela produtora cinematográfica Jane Rosenthal e pelo investidor Craig Hatkoff, para revitalizar a região atingida pelos atentados terroristas de 11 de setembro contra as “Torres Gêmeas”.

Dizem que é possível encontrar pelas ruas do Tribeca famosos de Hollywood como Gwyneth Paltrow e Harvey Keitel.

Infelizmente não tivemos essa sorte!!

Chegar no TRIBECA é muito fácil e a melhor maneira é via metrô:

  • Linhas 1 e 9 com paradas na Canal St, Franklin ou Chambers;
  • Linhas Expressas 2 e 3, somente na Chambers;
  • C e E na Canal St, nas proximidades da West Broadway.

Nesse nosso roteiro, ideal para a metade de um dia, iniciamos nossa caminhada a partir da estação do metrô da Canal Street, pela linha 1, partindo do Harlem, norte de Manhattan, onde estávamos hospedados.

Como primeiro “pit stop”, visitamos a “LADDER COMPANY 8“, (14 N. Moore St). E o que há de tão especial nesse local?

Bem, podemos dizer que boa parte do filme Ghostbusters (Caça-Fantasmas), o clássico de 1984, foi filmado nesse local, um típico “quartel-general” do Corpo de Bombeiros novaiorquino.

Para os cinéfilos de plantão e fãs da franquia, como nós, foi puro deleite!!

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“Dogs and cats living together! Mass hysteria!” Dr. Peter Venkman (Bill Murray)

Infelizmente o prédio encontrava-se fechado, impedindo nossa visita e contato com os bombeiros daquela fração, mas valeu pelas fotos e pela nostalgia. Impossível sair do lugar sem ouvir aquela velha música na cabeça:

“If you’rs seein’ things runnin”through your head

Who you an you call (Ghostbusters)

An invisible man sleepin’in your bed,

oh who you gonna call (Ghostbusters)”

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I can’t hear you… (ghostbusters) Who you gonna call (ghostbusters) Louder ghostbusters Who you gonna call (ghostbusters) Who you can call ghostbusters… (till fade)

Depois do “Momento Cinéfilo” do dia e o sentimento de nostalgia anos 80, resolvemos caminhar pelas ruas do bairro sem muita preocupação. Ao contrário das ruas lotadas de turistas de Midtown e imediações, Tribeca possui ruas tranquilas, na maioria das vezes ocupada por pessoas que realmente residem ou trabalham na região.

Sugerimos iniciar pela “Brandy Library” (25 N Moore St), ideal para aquela “Happy Hour” regada a deliciosos coquetéis, vinhos criteriosamente escolhidos e cervejas especiais.

Logo a frente, no número 32, temos a famosa loja de brinquedos “Playing Mantis“, especializada em brinquedos feitos pelas mãos de artesãos do mundo todo, onde é possível encontrar fantoches, cavalos de madeira, caixas de músicas, trens e tantos outros que nos remetem a uma época em que os brinquedos eram repassados de pai para filho.

Vale a visita!!

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De volta aos bons e velhos tempos!!

Do outro lado da rua, a famosa “Cheryl Hazan Gallery“,  galeria de arte muito bem recomendada pelos sites de turismo e arte de Nova York, especializada em arte contemporânea, com exposições tanto de artistas emergentes quanto consagrados.

Já no número 41, a tradicional loja de molduras “Steven Amedee“, com preços para deixar qualquer um de “cabelo em pé”.

É bom lembrar que a região do Tribeca também é conhecida pelos preços altíssimos dos imóveis, que chegam facilmente aos milhões de dólares. Não é a toa que ícones do cinema americano, como Robert De Niro e Leonardo Di Cáprio, possuem imóveis na região.

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Ideal para os apreciadores de arte contemporânea

Na esquina da N Moore St e Hudson St, duas ótimas sugestões gastronômicas:

  • No número 121 da Hudson St, o Mr Chow, famoso e renomado restaurante especializado na gastronomia chinesa, inaugurado em 2006 e muito frequentado por artistas das indústrias da arte, moda e música. Com sua decoração diferenciada e preços salgados, tem como prato referência o “Pato Pequim”.
  • Já no número 120 da Hudson St, o Bubby’s Tribeca, inaugurado em 1990, restaurante “descolado” especializado na comida tradicional americana (ou seja, com muitas calorias!!), com seus preços em conta e o excepcional “brunch” de domingo, sempre recomendado pelos blogs de viagem.

No entanto, por azar do destino, o Bubby’s encontrava-se fechado para reforma.

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Hora do lanche!!

Ao chegar na esquina da N Moore St com a Hudson St, sugerimos duas opções:

  • Seguir adiante até o Hudson River Park (de preferência Pier 25 ou 26) para admirar as belas paisagens e tirar muitas fotos do segundo maior parque de Nova York, perdendo em extensão apenas para o Central Park. Caso prefira explorar a região alugando uma bicicleta, vale a pena procurar o Pier 86.
  • Seguir adiante pela Hudson St, sentido centro financeiro, que foi a nossa opção.

No número 119 da Hudson St, não deixe de admirar a “Flagship Store“, loja de moda do estilista japonês Issey Miyake, e suas instalações metálicas criadas pelo arquiteto Frank Gehry. O interior da loja é outro espetáculo a parte.

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Inspiração japonesa em NYC!!

O Edifício Bendheim, localizado na 122 Hudson St, abriga um salão de exposições com mais de 2 mil amostras de vidros, de todos os tipos, tamanhos e formatos imagináveis.

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Para os adeptos da alta gastronomia japonesa, não deixe de visitar o “Nobu” e/ou “Nobu Next Door” (105 Hudson St), com seus pratos criativos e de excelente qualidade, muito bem frequentado e com ambiente agradável.

  • Dica 01: Prepare seu bolso!!
  • Dica 02: Não vá para comer “sushi” ou “temaki”. Prefira o “menu do chef”, de custo intermediário e geralmente composto de 5 ou 6 pratos quentes/frios.

Torça para visitar o restaurante no período do “Restaurant Week“, com preços muito mais em conta, sendo que o “Nobu” tradicional participa com pratos no almoço e o “Nobu Next Door” no jantar.

Detalhe: caso a casa esteja cheia, você pode deixar o seu número de telefone com o garçon e continuar sua caminhada pelo Tribeca. Liberando uma mesa, você será acionado imediatamente!!

No número 81, esquina com Harrison St, caso queira matar sua sede com uma bela breja gelada, acompanhada de um excelente sanduíche na hora do almoço ou tira-gostos tipicamente americanos na “Happy Hour”, não deixe de visitar o “Puffy’s Tavern“. Com ambiente casual, que nos remete aos anos 50, é uma excelente opção para reunir os amigos após um dia intenso de atividades turísticas pelo Tribeca.

E no número 77 da Hudson St, outra ótima opção, o Zutto, primeiro restaurante japonês do Tribeca e favorito de John F. Kennedy Jr, que morava praticamente ao lado.

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O preferido de John F. Kennedy Jr

A partir da Hudson St com Jay St já é possível visualizar a One World Trade Center. E caso tenha oportunidade de visitar o “World Trade Center Memorial”, repare nas inúmeras fotos e filmagens que um dos isolamentos de perímetro utilizados durante os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 fora exatamente nessa região do Tribeca.

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Vista privilegiada do One World Trade Center

No número 105 da Hudson St, o famoso Powell Building e seus apartamentos na faixa dos milhões de dólares, construído em 1892 por Carrere&Hastings, os mesmos que projetaram a “New York Public Library” e o “The Frick Collection“.

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Agora é só procurar a imobiliária mais próxima!!

Na esquina da Hudson St com a Duane St, parada obrigatória no Duane Park. Tanto a rua quanto o parque são homenagens a James Duane (1733-1797), primeiro prefeito de Nova York após a Guerra Revolucionária. Curiosidade: O parque foi comprado em 1797 por míseros 5 dólares.

Aproveite para fotos com a One World Trade Center ao fundo.

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Aproveite a oportunidade para apreciar sem moderação um dos bairros mais seguros de Nova York.

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Encerramos nossa caminhada no “Bogardus Garden“, localizado na 133 Reade St, uma homenagem a um dos arquitetos mais importantes do século 19 de Nova York, e pioneiro da “arquitetura do ferro fundido”.

 Não é a toa que James Bogardus é considerado por muitos o “pai dos arranha-céus”

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Bogardus Garden

O “Bogardus Garden” é o local ideal para aquele café e a prática do inglês junto a residentes do bairro ou turistas de todo o mundo, ou ainda para utilizar o wi-fi gratuito e compartilhar algumas belas fotos do Tribeca.

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Tenha cuidado com as rígidas regras do local, que incluem não alimentar pombos, não fumar e manter a limpeza impecável.

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Após um dia extremamente proveitoso, seguimos caminho para o Central Park… Mas isso fica para uma outra história!!

See you soon!!

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