Presépio do Pipiripau em Belo Horizonte

Após cinco anos fechado para restauração, símbolo centenário volta a funcionar, mais moderno e sustentável

 

Foi reinaugurado hoje, 26 de abril, às 10 horas, no Museu de História Natural e Jardim Botânico (MHNJB) o Presépio do Pipiripau, restaurado pela UFMG em parceria com o Instituto Unimed-BH. A partir de agora, o Presépio estará aberto para visitação às quartas, quintas e sextas, às 11 e às 16 horas, e aos sábados e domingos, às 11h, 12h, 15h e 17 horas.

Instalação construída ao longo de 82 anos (1906-1988) que narra nascimento, vida, morte e ressurreição de Cristo, o Presépio do Pipiripau tem cerca de três mil objetos e 45 cenas que mobilizam 586 figuras, numa área de 20 metros quadrados. Todo o mecanismo é criação do artesão Raimundo Machado Azeredo. Autodidata, “Seu” Raimundo nunca projetou o resultado final da obra, cujos quadros surgem a partir da curiosidade, habilidade e devoção do próprio criador.

Com peças modeladas em argila, papel machê, conchas e outros materiais – e engenhoso maquinário desenvolvido a partir de barbante, carretéis de linha, polias, mecanismos de relógio, radiola, gramofone e todo tipo de maquinário que seu criador fosse conhecendo através das décadas – o Pipiripau é patrimônio cultural e artístico e uma das mais significativas expressões da arte popular de Belo Horizonte.

Em 1984 o Presépio do Pipiripau foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “Ele é um dos maiores patrimônios de nossa cultura, a obra da vida de um grande artista popular. As cenas e personagens que ele construiu aliam a religiosidade do povo mineiro, a simplicidade de seu cotidiano e o deslumbre com os engenhos. À medida que ia tendo contato com as tecnologias, que rapidamente se sobrepunham no século XX, foi incorporando-as à instalação, sempre para permitir uma nova representação. Para a UFMG, é um orgulho devolvê-lo restaurado à cidade de Belo Horizonte”, afirma o reitor Jaime Ramirez.

Presépio do Pipiripau (Fonte Divulgação: Tati Motta)

“O Presépio está funcionando maravilhosamente. Vamos devolvê-lo com a qualidade e o carinho que a cidade merece. É uma obra ímpar por sua delicadeza, inocência e capacidade de nos transformar”, ressalta o professor da Escola de Belas-Artes da UFMG, Fabrício Fernandino,  coordenador geral do projeto de restauração e professor da Escola de Belas Artes.

O projeto abrangeu a restauração e modernização da obra, aprovado pelo Iphan, com financiamento regulado pela Lei Rouanet. A captação total de R$ 565 mil foi firmada com o Instituto Unimed-BH.

“Além de cuidar das pessoas, também nos dedicamos a espaços que fazem parte da história e da identidade de Belo Horizonte, reforçando nosso compromisso social com a população e a cidade. Por isso, escolhemos participar do restauro do Presépio Pipiripau, um dos nossos patrimônios. “Estamos muito felizes com o resultado e, principalmente, em poder contribuir para esta entrega tão simbólica para os mineiros”, ressalta o diretor-presidente da Unimed, Samuel Flam.

A restauração

O Presépio foi fechado em abril de 2012, quando foi executado o diagnóstico para reparo. A partir daí, foram elaborados os projetos complementares para a nova edificação, como instalações elétricas, hidrossanitárias e de prevenção a incêndio, segurança eletrônica, sonorização, sinalização de emergência, entre outros.

A restauração de todas as peças do Presépio foi mapeada e registrada em vídeos e fotografias. O processo foi encerrado em fevereiro de 2017. O projeto, que abrangeu a restauração e modernização da obra, foi aprovado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com financiamento regulado pela Lei Rouanet. A captação total de R$ 565 mil foi firmada com o Instituto Unimed.

A restauração começou em 2014 e ficou a cargo do Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais (Cecor) da UFMG, com a participação de mais de 50 bolsistas de várias áreas. Além disso, contou com o trabalho voluntário de professores do curso de Engenharia Elétrica e Engenharia Hidráulica e Recursos Hídricos da UFMG, além de outros profissionais e empresas privadas. A construção de uma passarela de acesso para cadeirantes, pintura e reforma do telhado da sede foram executadas pelo Departamento de Manutenção de Infraestrutura (Demai) da UFMG.

“Todas as madeiras estavam completamente atacadas por cupins. No diagnóstico inicial, a equipe nem chegou a ter acesso ao último patamar porque não havia condições de subir. As condições de acesso eram muito precárias”, conta a professora Bethânia Reis Veloso, coordenadora geral da restauração do Presépio e diretora do Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis UFMG (Cecor/UFMG). Sua equipe fez muitas análises e raios-x das peças para entender qual a técnica, o modo de fazer, e assim manter a originalidade.

Os riscos da restauração eram relativos à estrutura elétrica e hidráulica. Além disso, os materiais estavam desgastados pelo uso e pelo tempo porque “Seu” Raimundo usou, na construção, os materiais que tinha acesso, como tubos de pasta de dente, papier-mâché, roach dentário, caco de vidro etc. “Todo o chassi, por exemplo, estava severamente comprometido por cupins”, lembra Fabrício Fernandino. O chassi foi trocado e professores e alunos da Escola de Engenharia da UFMG repararam a parte elétrica e hidráulica.

Cada peça do Presépio recebeu uma ficha, como se fosse um ‘prontuário médico’ e foram diagnosticadas todas as patologias e danos. “Os registros fotográficos e pequenos filmes que fizemos foram fundamentais na montagem da cenografia, para localizar a posição de todas as peças e permitir que tudo voltasse ao seu lugar exato”, explicou Thaís Carvalho, coordenadora técnica da restauração do Presépio e especialista em restauração pelo Cecor/UFMG.

Posteriormente, foram feitas as análises químicas de materiais como plásticos, a fim de se conhecer a estabilidade do material e definir a metodologia mais adequada para a recuperação.

Ao retirar as camadas de areia e papel, os restauradores viam que a madeira estava muito mais danificada do que se pensava. Eram coisas que superficialmente não apareciam. “Havia fios encapados com tecidos e reatores que poderiam ter causado um incêndio e também graxa impregnada nos eixos. Muitos bonequinhos já não funcionavam adequadamente”, lembra Thaís.

Detalhes

Todo o material usado na restauração foi compatível com o original. “Tudo teve que ficar idêntico”, diz Bethânia. Segunda ela, os processos tiveram qualidade de ponta, desde a fotografia, passando pelo diagnóstico, identificação de materiais, análise química e higienização, assim como tintas, vernizes, tecidos, vegetação sintética e resinas. “Visamos uma longevidade ainda maior do Presépio”, salientou a professora.

Presépio do Pipiripau (Fonte Divulgação: Tati Motta)

O tratamento dos tecidos das roupas foi feito nos próprios bonecos. “Se desmontasse, perderia o registro da costura. A ideia foi preservar o modo de fazer, a história”, disse Bethânia. Fabrício Fernandino relatou que os bonequinhos de plástico estavam frágeis como casca de ovo. Além disso, eram feitos de celulose, material altamente combustível. Alguns foram reproduzidos usando resina de poliéster, que não é inflamável.

Conforme destacou Thaís Carvalho, as substituições de materiais, como a vegetação natural, foram procedidas com o objetivo de se preservar a obra. “Além de ser coletado em local perigoso, a vegetação de musgos era úmida, continha terra, insetos e cupim de solo. Ainda tinha que ser molhada, o que favorecia o crescimento fúngico e a oxidação das bases metálicas”, observou. A vegetação cenográfica artificial, adquirida em São Paulo, foi costurada em uma tela, para que fosse dispensado o uso de cola. Essa tela foi amarrada com náilon em alguns pitões. “Isso tornará fáceis as substituições futuras. Pequenas adaptações como essas são justificáveis em função da conservação”, reforçou.

Assim como a vegetação, a nuvem de algodão também foi amarrada sem uso de cola, material que, com o passar do tempo, se torna áspero e ajuda na deterioração. O algodão convencional foi substituído por um similar de silicone, que não pega fogo. As lâmpadas incandescentes, que ao aquecer poderiam queimar o papelão e a madeira, foram trocadas por lâmpadas de led.

A parte metálica passou por um processo muito semelhante à lanternagem que é feita em carros, com remoção da ferrugem e laminação. A cenografia foi toda reintroduzida, “boneco a boneco, parafuso a parafuso, fio por fio”. “Tudo muito delicado e sutil”, pontua Bethânia.

Detalhes como o rótulo de uma lata de cera inglesa foram preservados. O Pipiripau contém também peças feitas com tampinhas de perfume, e outras com tubos de pasta de dente, como as capas dos reis magos. “Seu” Raimundo usou conchinhas com 1 milímetro de diâmetro para fazer olhos dos bonecos, peculiaridade que só foi percebida com o uso de uma microcâmera. “A princípio, achávamos que eram miçangas”, relata a professora.

Digitalização


Idealizado pela bibliotecária Laibe Batista em 2015, o projeto de restauração e digitalização dos documentos do Presépio do Pipiripau foi concluído no começo de abril em parceria com o Centro de Museologia e Conservação do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG (MHNJB). Laibe explica que “o acervo documental do presépio se confunde com o acervo pessoal do seu criador”, já que é composto, entre outros itens, por jornais, livros, catálogos, correspondências, fotografias, diplomas e medalhas de Raimundo Machado.

O conservador e restaurador Mário Sousa orientou os procedimentos de restauração do acervo documental do presépio.  Ele enfatiza que “realizar esse trabalho possibilitou se envolver com a memória da cidade de Belo Horizonte, que passou por rápidas transformações vislumbradas por um cidadão simples, do povo, apaixonado pelo movimento, esse mesmo movimento que o impulsionou na empreitada pela consecução de sua obra mestra”.

Todo o acervo documental do presépio foi digitalizado em DVDs que serão disponibilizados, em breve, para consulta local na Biblioteca do Museu.

Obra centenária

No ano de 1906, o Presépio do Pipiripau começou a ser construído por Raimundo Machado de Azevedo, ainda criança, em sua própria casa. A obra teve início com uma pequena imagem do Menino Jesus numa caixa de papelão, forrada com cabelo de milho, musgo e folhas. Ao longo das décadas, o Presépio ganhou outros personagens feitos de barro, papier-mâché e gesso.

O Pipiripau cresceu à medida que cenas do cotidiano e passagens da Bíblia foram sendo incorporadas. Entre os mecanismos usados para prover movimento aos personagens, o autor usou pedais de antigas máquinas de costura, sistema de cordas de gramofone e uma caldeira a vapor, substituída posteriormente por um motor elétrico.

Vendido para a UFMG em 1976, o Presépio foi transferido para o Museu, mas a manutenção continuou a ser feita por “Seu” Raimundo até sua morte, em 1986. Desde 1984, o Presépio é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Linha do tempo

1906 – Aos 12 anos, Raimundo Machado inicia a construção do presépio. Quatrocentos réis conseguidos com a venda de garrafinhas patrocinam a compra da primeira peça: o Menino Jesus.

1912 – Seu Raimundo começa a movimentar as peças por um sistema de pedal. O primeiro personagem a se mover é o pescador, que pesca sempre o mesmo peixe.

1919 – Por comando movido à água, a lagoa se enche e se esvazia. Seu Raimundo começa a trabalhar como mecânico da Central do Brasil, onde fica até 1923.  A Estrada de Ferro Central do Brasil foi uma das principais ferrovias do Brasil, ligando as então províncias do Rio de Janeiro, São Paulo,Minas Gerais e a então capital do país.

1920 – Seu Raimundo casa-se com Dona Ermenegilda e inicia-se uma década de investimentos no presépio. Aproveitando o movimento de um gramofone, a procissão pode entrar e sair da igreja, os sinos tocam e o lenhador corta a lenha. Esse mecanismo é substituído por uma caldeira a vapor (1923/1924) e depois pela eletricidade (1927).

1921 – O presépio ganha iluminação a gás (lampião) e um incêndio destrói a obra de arte. A reconstrução começa imediatamente.

1922 – Registro da primeira fotografia do presépio, tirada pelo Sr. Junqueira, funcionário da então Escola Livre de Engenharia.

1924 – As figuras do presépio começam a ganhar roupas, produzidas por Dona Ermenegilda.

1925 – Para dar continuidade à montagem do presépio, Seu Raimundo recorre ao financiamento patrocinado por amigos.

1927 – O presépio é descoberto pela imprensa. A primeira notícia foi publicada no Jornal Tribuna. Em seguida, no Diário de Minas. O então jornalista Carlos Drummond de Andrade, sob pseudônimo de Antônio Chrispim, escreve: “Meus olhos mineiros namoram o Presépio e dizem alegremente: mas que bonito!” O poema Pipiripau batiza o presépio.

1939 – A frente do Presépio do Pipiripau começa a ser ornada com cristais, sucata e pedraria.

1950 – Seu Raimundo começa a utilizar conchas para representar novas figuras.

1960 – Seu Raimundo aposenta-se na Imprensa Oficial (onde ingressou em 1927) e continua trabalhando na montagem do presépio em um galpão montado no quintal da sua casa, no bairro Sagrada Família. O presépio chega a 20 metros quadrados, 580 peças e 45 cenas. Pipiripim, a versão miniatura do Pipiripau, é criada.

1971 – Seu Raimundo recebe a Medalha da Ordem dos Pioneiros, em reconhecimento à sua significativa atuação na construção da história e da cultura de Belo Horizonte.

1976 – Primeira exposição pública do Pipiripau, no Parque de Exposições da Gameleira.

1976 – Transferência do Pipiripau para o Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, que o adquiriu formalmente em 1983. Seu Raimundo continuou oferecendo manutenção e supervisão ao presépio até falecer.

1984 – O Presépio do Pipiripau é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional .

1986 – O Pipiripim, versão miniatura do Pipiripau, também é transferido para a UFMG.

1988 – Em 27 de agosto, aos 93 anos de idade, Seu Raimundo falece.

2012 – O presépio é fechado para diagnóstico e elaboração de projetos de reparo.

2014 – Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais (Cecor) da UFMG inicia os trabalhos de restauração.

2017 – Reinauguração do Presépio do Pipiripau.

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Release: Rede Comunicação de Resultado

(31) 2555-5050 / 242 | (31) 9.88923987www.redecomunicacao.com

Localização:

Presépio do Pipiripau – Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG

R. Gustavo da Silveira, 1035 – Santa Ines, Belo Horizonte – MG, 31080-010

 

O que fazer na Cidade do Cabo

Como contamos neste post, encontramos uma passagem imperdível para a África do Sul, daquelas que não dá nem para pensar, e claro, compramos sem pensar como faríamos para viajar mesmo depois de um mês no Reino Unido! Mas como viajante compulsivo sempre dá um jeito, a gente pensou que mais perto a gente daria um jeito. Faltando um mês, quase cancelamos a viagem, mas ajustando daqui e dali, acabou tudo certinho, e em meados de março deste ano, chegamos na Cidade do Cabo.

Difícil descrever a energia que sentimos logo no primeiro momento que chegamos na cidade. Logo que chegamos, retiramos o nosso carro na locadora, e começamos a dirigir pelas ruas das cidades, já sentimos aquela sintonia de lugar que já se conhece, ou que está à vontade. A Cidade do Cabo (ou Cape Town na língua local) é contagiante, amistosa, exala uma vibe incrível que é difícil alguém dizer que não gostou do que viu por lá. Não é para menos que o Turismo da África do Sul diz:

“A Cidade do Cabo é uma cidade amigável, que oferece belezas naturais, experiências culturais, diversões e vários lugares para comer e badalar.

A Cidade do Cabo

É a capital legislativa da África do Sul, fica aos pés de uma cadeia de montanha e às margens do Oceano Atlântico (ainda). É tudo muito verde, muito arborizado e em um contexto muito agradável e belo. Tem atividade para todos os tipos de gosto, gênero e idade. Tem praia (de água é mais fria, mas tem), jardim botânico, aquário, belas vistas, vinícolas, feiras gastronômicas, shopping, tem de tudo um pouco… Possui restaurantes excelentes e no geral, os pratos são fartos com excelente custo (traduzindo, você vai comer muito bem, pagando muito pouco). Se ainda não te convencemos a conhecer a Cidade do Cabo, saiba que é um:

  • Destino para conhecer em 2017;
  • Destino de Família;
  • Destino de Aventura;
  • Destino de lua-de-mel;
  • Destino super romântico.

Informações básicas:

  • Voos pela empresa South African Airways via Joaneasburgo, a partir de São Paulo, e também pela LATAM. Mas a gente comprou uma promoção de passagem aérea imperdível pela companhia Angolona TAAG, e voamos via Luanda.
  • Alta temporada: do natal ao mês de janeiro. Mas os meses de novembro a fevereiro, a cidade fica super cheia, mas pode ocorrer um pouco de chuva, e pode ocorrer um pouco de vento (alguns dias ventaram bastante). Os meses de junho a agosto, a cidade fica mais vazia.
  • Verão: de novembro a março, com dias quentes, com um pouco de chuva e um pouco de vento. Já no inverno, de maio a setembro, as temperaturas são mais frias, chove um pouco mais, mas se alterna com dias belíssimo dias de chuva. A melhor época para fazer Safari é por volta do mês de setembro.
  • Moeda: Rand sul-africano (ZAR / R)
  • Fuso Horário: +5 com relação ao Brasil (UTC+2)
  • Mão de direção inglesa (leve a PID, pois precisa que a carteira de motorista esteja em inglês)
  • Idioma: 11 oficiais, mas falam inglês em qualquer lugar na cidade e no país;
  • Uber é bem utilizado em Cape Town, e Táxi somente com os que tiverem taxímetro.

Localização da Cidade do Cabo no País:

Existe uma diferença que é bom entender também entre a cidade “Cape Town” e a Península “Cape Town“. Isso por que você vai ver passeios, como por exemplo no Cabo da Boa Esperança, que é fora da cidade de Cape Town, mas que fica na Península de Cape Town, e que serão oferecidos quando você estiver em Cape Town. Isso pelo fato de o Cabo da Boa Esperança está localizado na Península Cape Town. Entenda os mapas abaixo, apesar do Google traduzir ambas para Cidade do Cabo (Cape Town).

Mapa da cidade de Cape Town:

Mapa da Península de Cape Town:

Antes de ir:

Antes de ir a vale muito a pena visitar os sites do Turismo da África do Sul, que fala de uma maneira geral do turismo no país, e do Cape Town Tourismque fala especificamente da Cidade do Cabo. Estes dois sites foram extremamente úteis para elaborarmos nosso roteiro, pois possuem muitas informações úteis e dicas práticas! E também não podemos deixar de agradecer todo o apoio e suporte que nos deram antes, durante e depois da nossa viagem, o que foi e está sendo fundamental para nossa viagem ter sido inesquecível e estarmos cheios de detalhes para passarmos para vocês 🙂

Logo que chegamos ao nosso hotel na Cidade do Cabo, encontramos estes mimos em nosso quarto deixados pelo Cape Town Tourism! Nosso muito obrigado! Amamos o vinho, a bolsa, o sabonete, o chocolate, o chá, os informativos, e, claro que eu, particularmente, usei todos os dias a pulseira! 🙂

Kit boas-vindas do Cape Town Tourism para o Blog Viagens e Vivências

i Venture Card 

É um cartão que dá acesso às principais atrações da cidade, onde você pode escolher dentre três pacotes flexíveis o que melhor lhe atenda. E se você para pensar, o pacote premium vale muito a pena, por quê, além das principais atrações da Cidade do Cabo, você pode escolher uma das 8 experiências premium incluídas, por exemplo, o passeio de Helicóptero, o Side Cars, ou o mergulho com tubarão*.

Nós recebemos alguns passes separadamente do Cape Town Tourism, mas como contamos no outro post, viajamos para a África do Sul com mais dois casais de amigos, e eles compraram e utilizaram o i Venture Card Cape Town. Ficaram muito satisfeitos e então, diante da experiência positiva deles, que são viajantes exigentes, achamos pertinente compartilhar esta dica aqui no blog.

Onde se hospedar na Cidade do Cabo:

  • Best Western Cape Suites Hotel: ficamos super satisfeitos com nossa hospedagem na Cidade! Possui excelente custo benefício, estacionamento gratuito para hóspedes, WiFi gratuito, localização próxima ao centro, quarto espaço, confortável, com cozinha conjugada, café-da-manhã satisfatório (english breakfast, com frutas, cereais, pães, croissants, muffins, iogurte, sucos, chás, e outras coisinhas mais), além de todo o staff super simpático!

Na época que fomos (março/2017), a cidade ainda estava bem cheia, então, os hotéis estavam lotas, e os únicos disponíveis possuíam diárias muito caras. Então, o Best Western Cape Suites Hotel foi um super achado!

Best Western Cape Suites Hotel, Cidade do Cabo

Se você gostou desta hospedagem, você pode reservar pelos links afiliados do blog, você não paga nada por isso, e nós recebemos uma pequena comissão que auxilia na manutenção do blog. Então, se puderem reservar por este link, ficaremos muito gratos! 😉

Se quiser uma opção mais luxuosa, cinco estrelas, recomendamos o Taj Cape Town, da rede Taj Hotel, que já tivemos oportunidade de nos hospedar em Boston e em Londres e são excelentes hotéis! Quem puder se hospedar lá, não se arrependerá! 🙂

O que fazer na Cidade do Cabo:

Como falamos, a Cidade do Cabo é uma cidade tão incrível que tem atrações para todo tipo de gosto! E até em dias feios (ou nublados) você encontra atividades na cidade. Infelizmente não conseguimos visitar todas as atrações que desejávamos, inclusive deixamos de visitar Robben Island, que é uma atração muito disputada, por que não compramos os tickets com antecedência. Mas com apenas três dias que ficamos na cidade, deu até para fazer bastante coisa (isso por quê a gente não para um segundo), mas com certeza teríamos ficado 5 ou mais!!!

O Turismo da África do Sul lista 6 atrações que não podem ficar de fora em sua visita a Cape Town, que eles chamam de “Big 6”: Table Mountain, Reserva Natural de Cape Point, V&A Waterfront, Robben Island, Jardins Botânicos de Kirstenbosch, Vinícola Groot Constantia. E junto a esta lista, nós acrescentaríamos o Bo-Kaap, que é um lugar muito especial da cidade, e que explicamos melhor logo abaixo.

  • Table Moutain: ou como também é conhecida “a Montanha da Mesa“, trata-se de uma belíssima e imponente montanha, com uma altura de 1086m, de onde se tem um belíssima vista não só da cidade, como da Península do Cabo (lugar onde está localizado o Cabo da Boa Esperança, Cape Point…). A Table Mountain é surpreendentemente linda! E é possível vê-la de diversos pontos da cidade, mas o bacana mesmo (e imperdível) é subir pelo teleférico que se move em 360graus, em uma subida de 5 minutos até o topo, e ter uma das melhores vistas da cidade.
Table Mountain, Cape Town, e o “blanket of clouds”, cobertor de nuvens, ou ainda “tablecloth of clouds” (?), toalha de mesa de nuvens

A Table Mountain foi eleita uma das Novas Sete Maravilhas da Natureza, em 2011. Possui uma fauna e flora de grande biodiversidade em seus 57 km de extensão, e o turista, durante a visita, tem chance de encontrar muitas surpresas!

Entretanto, como lemos que o ideal era aproveitar o primeiro dia que o tempo estivesse bom para visitar a Table Mountain, já que, com o vento forte, o teleférico fica fechado. Então, mesmo olhando lá debaixo, vendo que tinha uma “pequena” nuvem que encobria a montanha, chegando na portaria, fomos informados que estava frio lá em cima, e que a visibilidade estava “alternando”, e ainda pelo fato de que teríamos apenas três dias na cidade (e nos outros, a Table Mountain poderia estar fechada), optamos em subir.

O Teleférico, inaugurado em 1929, leva até 65 passageiros por viagem, que dura cerca 5 minutos até o topo, e proporciona uma vista incrível para todos os passageiros, pois os carros giram 360 graus durante a subida. O que a gente achou legal é que a subida é bem sutil.

Subida no teleférico da Table Mountain, Cape Town

Mas quando estava quase chegando no topo na montanha, a tal nuvem que víamos lá debaixo, realmente encobria a montanha e prejudicou nossa visibilidade. A gente sabe que ela estava alternando, por que depois vimos do outro lado, a montanha limpa, sem nuvem. Entretanto, devido ao pouco tempo que tínhamos na cidade, não pudemos esperar até o tempo abrir, e a visibilidade foi péssima durante o tempo em que estivemos lá 🙁

Camps Bay vista da Table Mountain, Cape Town

A foto abaixo, dá para ver como a visibilidade estava péssima! Não deu para fazermos nenhuma trilha do parque! Então, nossa dica é para se tiver aquela nuvem sobre a montanha, ou não vá naquele dia, ou se for, espere até a visibilidade melhorar, isso se tiver muito tempo.

Table Mountain encoberta de nuvem

Chegando lá, o que fazer:

  • Apreciar a vista;
  • Fazer uma das três trilhas, veja as dicas do próprio site da Table Mountain;
  • Caminha guiada às 9h e às 15h;
  • Descanse no Lounge com WiFi e aproveite para mandar fotos para os amigos;
  • Assistir ao pôr-do-sol;
  • Fazer rapel com a Abseil na Montanha;
  • Fazer uma refeição no restaurante;
  • Ou aproveitar e comprar um souvenir na loja do local.

Como o tempo estava muito ruim lá em cima, no dia que visitamos, tentamos ver um pouco da cidade, esperar um pouco de visibilidade, e então, como estava bem frio (parecia outro mundo), fomos para o restaurante e aproveitamos para fazer um lanche mais reforçado. O restaurante é excelente, e tem desde café ao buffet, e preços justos.

Horário de Funcionamento: todos os dias, e horário varia ao longo do ano, consulte horário AQUI.

Valor: 255R (inda e volta) para adulto, compre com antecedência AQUI.

Leia mais sobre a Table Mountain no Turismo da África do Sul, e veja as condições climáticas AQUI.

Não esqueça de levar uma blusa de frio, fomos em março, e estava super frio lá em cima.

Estacionamento: fomos de carro até o ponto de informações da Table Mountain, estacionamos nosso carro lá, gratuitamente, e pegamos um shuttle gratuito até a base da montanha, onde os tickets para o teleférico são vendidos. Mas vimos que muita gente estaciona na rua, nas proximidades da bilheteria.

  • Victoria & Alfred Waterfront (V&A Waterfront): daqueles lugares que você vai querer ir todos os dias durante sua estadia na Cidade do Cabo! Na verdade, fomos todos os dias à noite no Waterfront, e somente no último dia na cidade, que o conhecemos durante o dia. O V&A Waterfront é uma das atrações mais visitadas na cidade, e ficamos impressionados quando descobrimos que ele é mais visitado que as pirâmides do Egito. Mais de 24 milhões de visitantes passam no Waterfront por ano! São muitas lojas, restaurantes, pubs, além de muitas atividades interessantes, inclusive vários passeios de barcos partem de lá.
Waterfront, Cidade do Cabo

Conheça o restaurante Belthazar, um espetáculo de lugar! Carnes, frutos do mar e excelentes rótulos de vinhos.

Os amigos no Belthazar, no Waterfront

Quando você está chegando no Waterfront, você encontra vários estacionamentos públicos, onde recomendamos estacionar seu veículo, caso estejam de carro.

  • Robben Island: infelizmente não conseguimos visitar esta preciosidade da Cidade do Cabo, por que não compramos os ingressos para o tour com antecedência. Estando lá, é praticamente impossível conseguir comprar o ticket!

Robben Island, patrimônio mundial pela Unesco, infelizmente tornou-se famosa atração turística na Cidade do Cabo por ter sido prisão política durante a época do Apartheid, onde, inclusive, o Nelson Mandela esteve preso durante 18 anos dos 27 que ficou preso. Mas o primeiro presidente eleito democraticamente não foi a única personalidade notável presa na Ilha de Robben, também estiveram por lá os presidentes Kgalema Motlanthe e Jacob Zuma. A Ilha também também já foi usada com colônia de leprosos, no século XIX, além de base militar durante a Segunda Guerra Mundial.

Para chegar na Ilha, você deve pegar uma balsa, em um dos quatro tours disponíveis diariamente, que sair do Nelson Mandela Gateway em Waterfront. O percurso dura em torno de 20 minutos, e chegando lá, você será guiado nos pontos históricos da ilha, sendo que todos os guias turísticos foram prisioneiros políticos do local. Que pérola esta visita! Como não conseguimos visitar! 🙁

Duração da visita: em torno de 3h30

Horário de Funcionamento: 9h, 11h, 13h e 15h diariamente.

Ticket: 320R por adulto, 180R por criança, compre com antecedência AQUI.

Mais informações, veja no site oficial e no site do Cape Town Tourism.

  • Signal Hill: é uma colina plana onde está localizada a Lions Head. No Signal Hill tem uma boa vista para a Table Mountain, e eles ainda deixaram esta moldura para os turistas brincarem com algumas fotos. Signal Hill faz parte do Table Mountain National Park. Além da vista incrível de Signal Hill, a Signal Hill Road, que possui alguns paradas com “view point” são ainda mais incríveis!
Signal Hill, na Cidade do Cabo

Abaixo, da Signal Hill Road, observamos melhor a cidade. De lá da para ver a cidade não tão distante, como a Table Mountain, nem tão perto. Dá para ver a Robben Island, o Waterfront, o Cape Town Stadium, o Bo-Kaap, a Table Mountain… é muito linda a vista dali!

Cape Town Stadium visto de Signal Hill Road
Signal Hill Road, Cidade do Cabo
Signal Hill Road, Cidade do Cabo, ao fundo, Robben Island, Cape Point Stadium, e Waterfront

  • Kirstenbosch National Botanical Garden: um dos maiores jardins botânicos do mundo está localizado na Cidade do Cabo. Como falamos anteriormente, infelizmente tivemos apenas três dias na cidade, o que foi muito pouco para conhecer tanta coisa. E no dia que destinamos para conhecer o Jardim Botânico, também fomos convidados para o lançamento de um vinho no meio da tarde. Então, não teríamos muito tempo para conhecê-lo 🙁

Que lugar incrível! Tanto o Turismo África do Sul quanto o Cape Town Tourism citam o Kirstenbosch com uma das atrações imperdíveis na cidade, e realmente o é! Logo que chegamos o Jardim Botânico, muitas pessoas sob as copas das árvores com suas famílias fazendo piquenique, tudo verde, muito verde, e mais de 22 mil plantas típicas da região. E merecidamente, em 2004, foi declarado patrimônio natural da humanidade pela Unesco.

Kirstenbosch National Botanical Garden

O lugar é enorme, tem várias trilhas para serem seguidas, e aconselhamos ficar lá pelo menos meio dia. Inclusive, para quem ficar mais tempo, existe restaurante, casa de chá e cafeteria.

Conservatório Kirstenbosch National Botanical Garden
Um os restaurantes do Kirstenbosch, em Cape Town

Funcionamento: setembro a março: segunda-feira a domingo, das 08h às 19h / abril a agosto: 08h às 18h

Ticket: 60R para adultos, crianças acima de 6 anos, 15R, abaixo de 6 anos, free.

Tour gratuito: de segunda a sábado, às 11h e às 14h.

Concerto de Verão: domingo à noite / Galileo Cinema ao ar livre: quarta feira à noite.

Leia mais sobre o Jardim Botânico de Cape Town, AQUI, ou no site oficial. Veja o Mapa AQUI.

  • Bo-Kaap: trata-se de uma das regiões residenciais mais velhas e coloridas da Cidade do Cabo. Conhecida anteriormente como Malay Quarter, foi, por volta do ano de 1700, uma área declarada exclusivamente para moradia de escravos que vinham de outros países da África, Índia, Sri Lanka, Malásia e Indonésia. Mais tarde, chegaram mulçumanos no local, e curiosamente mais da metade da população de Bo-Kaap possui religião mulçumana. Para sua experiência ficar ainda mais completa, almoce em algum restaurante malaio da região, ou faça um lanche bem típico, garantimos que eles são muito simpáticos!
Bo-Kaap, Cidade do Cabo

Leia algumas curiosidades de Bo-Kaap AQUI.

  • Groot Constantia: visitar a Cidade do Cabo e não conhecer a principal e mais antiga vinícola da região, no mínimo, sua visita vai ficar muito incompleta! A Groot Constantia é a primeira vinícola da África do Sul e que permanece ativa até os dias de hoje.

São vários tipos de tour que podem ser realizados na Groot Constantia, e nós fizemos o Cellar Tour + degustação de vinhos. Este Cellar Tour é um tour realizado na adega da vinícola, com duração de um 45min a 1 hora, quando é explicado como os vinhos são produzidos. Ao final, eles dão uma lista com vários vinhos tintos e brancos, e você pode escolher 5 deles para degustar. Nossas escolhas foram: Sauvignon Blanc 2016, Chardonnay 2016 (brancos), Pinotage 2015, Shiraz 2015, Gouverneurs Reserve (Red) 2014 (tintos).

Vinhas da Groot Constantia, África do Sul
Adega da Groot Constantia

Vejam todos os tipos de tour AQUI. Inclusive o iVenture Card, que falamos no começo do post, inclui no flexi pass.

Dá para ir de City Sightseeing South Africa, ou de Uber (não é caro), e ainda recomendamos o Para serviço de transfer/motorista/guia na Cidade do Cabo e regiões, indicamos o Adriano D’Arienzo: e-mail [email protected] e Whatsapp +27722585323.

Além do tour e tasting, ainda dá para realizar refeições no restaurante Jonkershuis.

Não deixem de comprar o Grand Constantia, o vinho de sobremesa mais famoso do país. Na Groot Constantia, ele custou 583,00R, ou seja, em torno de R$ 150,00, mas nos mercados pode ser um pouco mais barato. Vale muito a pena comprar este vinho na África do Sul, pois o preço aqui no Brasil pode variar de R$ 500,00 a R$ 800,00.

Endereço: Groot Constantia Rd, Constantia, Cape Town, 7806, África do Sul.

  • Passeio de Barco: faça um dos passeios de barco que partem do Waterfront! Infelizmente não tivemos tempo para fazer. Mas nossos amigos fizeram e disseram que vale muito a pena, especialmente no fim da tarde, quando você poderá assistir ao pôr-do-sol. Se você tiver o i Venture Card, você terá direito a algum desses passeios, mas mesmo se não tiver comprado, vale a pena fechar algum deles.
Passeio de barco na Cidade do Cabo (Foto: arquivo pessoal Fernanda Jorge)
  • Neighbourgoods Market da The Old Biscuit Mill: todo sábado, a partir das 9h às 14h, acontece uma feira no The Old Biscuit Mill, que já foi uma fábrica de biscoitos, e hoje abriga galeria de arte, moda, restaurantes, que funcionam inclusive durante a semana. Mas aos sábados fica um ambiente super agradável, uma vibe animada, alegre, que deixa qualquer turista apaixonado! Lembra bastante aquele ambiente do Wynwood Walls, em Miami Beach, inclusive bem próximo dali, é possível ver vários grafites muito bem feitos e interessantes.

Chegamos bem cedo, e encontramos a feira no começo, quando ainda não tinha quase nenhum turista ou locais. Mas aos poucos foram chegando mais visitantes, e quando a gente viu, já estava bem cheio! O lugar tem de tudo um pouco, artesanatos, roupas, chocolate artesanal, cerveja, vinho, comidas, comidinhas… vale muito a pena!

The Old Biscuit Mill, Cidade do Cabo
Neighbourgoods Market, na Cidade do Cabo
  • Two Oceans Aquarium: excelente lugar com exibição de várias galerias, que são fascinantes para todas as idades, mas em especial, quem estiver com crianças na cidade, que vão ficar loucas com tubarões, pinguins, cavalos marinhos, medusas, e muitas espécies de peixes, como muitos Nemos. Two Oceans é orgulhosamente um membro com certificado planinum do Heritage Environmental Rating Program, que é o mais alto nível de realização neste programa de rótulo ecológico reconhecido internacionalmente
Two Oceans Aquarium (Foto Arquivo Pessoal da nossa amiga Fernanda Jorge)

Ticket: 160R para adulto, 115R para crianças (compre online com 10% de desconto AQUI), mas também está incluso no flexi pass no i Venture Card.

Endereço: Dock Rd, V & A Waterfront, Cape Town, 8002, África do Sul

  • District Six Museum: para entender o District Six Museum, imagine a seguinte situação: você é morador de um bairro que existe desde 1867, considerado por muitos a “vida e a alma” de uma das principais cidades do seu país, e de uma hora para outra, o governo simplesmente decide que a partir daquele momento você simplesmente será “removido” à força dali, por um simples e único motivo: a cor da sua pele. Como forma de preservar as memórias do “District Six”, foi criada a “District Six Museum Foundation”, e posteriormente, em 1994, o “District Six Museum”

Leia o post completo da nossa visita ao Museu AQUI.

  • Centro da Cidade do Cabo: não é um passeio muito turístico para nós brasileiros. Mas foi muito interessante fazer uma caminhada descompromissada pelo centro da cidade. Começamos no Greenmarket Square, seguimos até a St. George´s Cathedral, até chegar na Government Avenue e ao The Company´s Garden, onde passamos pela Biblioteca Nacional da África do Sul, o Parlamento da República da África do Sul, o Castelo da Boa Esperança e vários outros pontos muitos interessantes! Vamos fazer um post específico para falar destes pontos.
Tuynhuys, na Cidade do Cabo
Cape Town City Hall
  • Camps Bay e Clifton Bay (Praias): são as praias mais procuradas da Cidade do Cabo. E já adiantamos que a água é bem fria! Infelizmente, no dia que visitamos estava ventando muito e estava quase impossível ficar nas praias devido a areia. Mas nem por isso, deixamos de sentar em um dos aconchegantes restaurantes, tomar um drink, almoçar (ou quase jantar), e assistir a um belíssimo pôr-do-sol. Esta área é ideal para assistir ao pôr-do-sol.
Camps Bay, Cidade do Cabo (com muito vento)

Ficamos no The 41, um restaurante localizado à beira mar que adoramos o ambiente, o antedimento, as bebidas, as comidinhas e o preço!

The 41, Camps Bay, na Cidade do Cabo
The 41, em Camps Bay, na Cidade do Cabo
  • Long Street: é um lugar para curtir a vida noturna em Cape Town. Tem vários pubs, restaurantes, bares… fomos em um único Pub um dia, à noite, mas só tomamos uma cerveja para conhecer a região, e não ficamos muito tempo por que estava muito quente.

Passeios para fazer fora da Cidade do Cabo (mas que daremos as informações em outros posts):

Para conhecer no mundo: District Six Museum, em Cape Town

Para entender o District Six Museum, imagine a seguinte situação: você é morador de um bairro que existe desde 1867, considerado por muitos a “vida e a alma” de uma das principais cidades do seu país, e de uma hora para outra, o governo simplesmente decide que a partir daquele momento você simplesmente será “removido” à força dali, por um simples e único motivo: a cor da sua pele.

Pois foi exatamente isso que aconteceu no “District Six”, bairro de Cape Town, na África do Sul, onde residiam ex-escravos, mercadores, artesãos, trabalhadores e imigrantes.

No dia 11 de fevereiro de 1966, o governo Sul-Africano declarou o “District Six” como área exclusiva de brancos, com as remoções tendo início dois anos depois, em 1968.

District Six Museum – Cape Town

Em 1982, mais de 60.000 pessoas já haviam sido transferidas para uma outra área no subúrbio da cidade, cerca de 25 km de distância, sendo que as residências antigas de todos moradores foram simplesmente destruídas, exceção feita a alguns templos religiosos.  

Houve grande pressão internacional, e a construção de uma nova área foi muito difícil para o governo. Resultado: numa coincidência incrível, descobrimos que o hotel ao qual ficamos hospedados em Cape Town está localizado exatamente na região de “District Six”, hoje uma região com muitos terrenos vazios e com poucas construções, consequência deste evento traumático da história da África do Sul.

District Six Museum – Cape Town

Como forma de preservar as memórias do “District Six”, foi criada a “District Six Museum Foundation”, e posteriormente, em 1994, o “District Six Museum”, localizado na 25A Albertus St & Buitenkant Street, Zonnebloem, Cape Town, 8000, África do Sul, bem no centro de Cape Town.

Na minha opinião, o Museu é visita obrigatória para o viajante que estiver em Cape Town, como forma de conhecer e entender um dos absurdos mais marcantes do período do “Apartheid” e da história da África do Sul.

Comparado com outros museus das grandes cidades brasileiras, americanas ou européias, é fácil constatar que trata-se de um museu pequeno e simples, mas o seu grande diferencial é outro: trata-se de museu de história viva, que abriga uma impressionante coleção de materiais históricos, fotografias, pinturas, artefatos, vestígios físicos como placas de rua, bancos e livros, bem como gravações audiovisuais, sendo a maioria do material doado por seus ex-moradores.

District Six Museum – Cape Town

O ticket pode ser adquirido no próprio museu, ao preço de R30, cerca de R$ 8,00, com preços especiais para estudantes. Pagando um pouco mais, R45, ou cerca de R$ 11,00, você terá um guia à sua disposição durante o tour.

A ideia do museu também é propiciar espaço para os ex-moradores do “District Six” compartilharem suas memórias com os visitantes, praticamente obrigando o todos a uma profunda reflexão sobre o passado do Apartheid e suas consequências no presente e no futuro.

Nas fotos abaixo uma visão geral do museu, dividido em dois andares.

Nesta primeira foto, no chão logo na entrada do museu, um mapa que propicia ao visitante uma ideia do tamanho do bairro desocupado. À esquerda ao alto, réplica de um salão de beleza da época, além de dezenas de informações sobre moradores expulsos de suas próprias durante os eventos de remoção.

District Six Museum, Cape Town

Ao fundo placas originais de indicação das ruas do “District Six”.

District Six Museum, Cape Town

Na escada para o segundo andar, mais placas das ruas.

District Six Museum, Cape Town

Tributo aos moradores expulsos do bairro, com histórias e registros do dia a dia.

District Six Museum, Cape Town

Placa explicando os tristes e marcantes acontecimentos.

District Six Museum, Cape Town

Réplica de local onde as crianças brincaram no “District Six”.

District Six Museum, Cape Town

O museu possui ainda uma pequena livraria, onde é possível adquirir exemplares em inglês sobre o “Apartheid” e sobre os terríveis fatos envolvendo o “District Six”

District Six Museum, Cape Town

Réplica de um quarto de uma residência como tanto outras do District Six:

District Six Museum, Cape Town

Banco de praça do auge do período do Apartheid! Para causar ogeriza e indignação!!

District Six Museum, Cape Town

Documentos importantes da história do Apartheid e da África do Sul.

District Six Museum, Cape Town

Espaço com diversas fotos que retratam o período da desocupação do “District Six”.

District Six Museum, Cape Town

Momentos de uma época que ficou no passado…

District Six Museum, Cape Town

Impossível ficar impassível durante a visita, que já adianto, não dura menos de duas horas.

Oportunidade única para conhecer mais um pouco da rica história da África do Sul, e torcer para que fatos como este nunca mais se repitam!

Para mais informações sobre o museu, clique AQUI.

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District Six Museum

25A Albertus St & Buitenkant Street, Zonnebloem, Cape Town

Ticket 30R adulto – compre online AQUI

Funcionamento: Segundo a sábado – 09h às 16h

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