O que você precisa saber antes de ir a Bonito/MS?

Quando marcamos nossa viagem a Bonito, no Mato Grosso do Sul, fizemos como a maioria das outras viagens: deixamos para preparar o roteiro quando estivesse próximo à viagem. Não que isso seja o correto não! O ideal é fazer o roteiro com antecedência. Mas como sempre temos mais viagens agendadas, vamos sempre fazendo o roteiro da que está mais próxima. Somando a isso, ainda ficamos dois meses nos Estados Unidos, o que ficou tudo atrasado, blog, roteiros, etc. Quando caiu a ficha, faltava pouquíssimo para nossa viagem a Bonito, e descobrimos que os passeios devem ser reservados com bastante antecedência!E então? Ficamos desesperados para conseguir reservar os passeios e contar com a sorte de ter vaga! Assim, baseado na nossa experiência de quase não conseguir reservar nossos passeios, seguem algumas dicas essenciais para você que deseja conhecer Bonito/MS.

Sobre Bonito/MS:

A cidade de Bonito está localizada no Estado do Mato Grosso do Sul, a 312 km de Campo Grande, quase na divisa com o Paraguai.

Bonito é conhecida mundialmente por suas belezas naturais e acreditem: os gringos piram com este lugar, e nós brasileiros ficamos arrependidos por não termos conhecido antes! Sempre achamos que Bonito era muito Bonito, mas a gente não imaginava que seria tanto! Ficamos impressionados! E como não conseguimos fazer todos os passeios, vamos ter que voltar de novo! 🙂

Mas acontece que Bonito só ganhou a fama mesmo (Desculpe-me pela sinceridade, Bonito!). A maioria dos passeios fica fora da cidade, ou seja, em outras cidades! Mas Bonito está localizado no meio dos passeios, e a cidade é bem estruturada, portanto, é o melhor local para quem deseja conhecer este paraíso de ecoturismo e de mergulho fluvial do sul-mato-grossense.
Mapa extraído do Site Portal de Bonito

1) Definindo a data da viagem (quando ir?):

A Cidade de Bonito está praticamente cheia o ano todo! Turistas do mundo inteiro e do Brasil estão sempre circulando por lá, seja em qualquer época do ano. Mas quando ir? Depende do que você procura! Se quer curtir as cachoeiras da região, a época das chuvas (de dezembro a março) é a época ideal! Já que as cachoeiras ficam mais cheias com as chuvas que ocorrem neste período. Mas se prefere a flutuação nos rios, já não é uma época boa, pois com a chuva, alguns locais ficam com a água mais turva.

E apesar de que pegamos chuva no final de um passeio (Rio da Prata), e continuamos a flutuação da mesma forma, a água não fica tão bonita como acontece quando está com sol.

Dependendo da chuva, alguns passeios também podem ser cancelados. Então, é até de praxe te entregarem o voucher dos passeios no próprio dia agendado (se o horário assim permitir), para que possam confirmar o passeio, ou até te impedir de deslocar-se em caso de cancelamento.

Na época das chuvas, como coincide com o verão, as temperaturas dos rios e dos lagos ficam mais quentes. Diferente do inverno, que a água das cachoeiras ficam mais frias. Os rios permanecem com a temperatura mais ou menos tolerável, mas com a obrigatória roupa de neoprene, todas de manga comprida (com exceção do Aquário Natural, que a roupa é de manga curta).

A Lagoa Misteriosa, também, permanece fechada no verão, geralmente de dezembro a abril, devido ao turvamento da água, que compromete a visibilidade do local.

Fomos na primeira semana de abril! Pegamos um dia de chuva, no finalzinho de um passeio, e no último dia, caiu quase um dilúvio em Bonito! Mas fora isso, os dias foram perfeitos! Lindo sol e céu azul.

2) Quanto tempo ficar? 

São muitas atrações para você fazer na região. Então, o ideal é de 5 a 7 dias. Alguns passeios você consegue conciliar com outro. Por exemplo, Gruta Lago Azul, com Grutas São Miguel, porque são próximas. Aquário Natural com Bonito Aventura. Ou Rio da Prata com Buraco das Araras… mas o pessoal da agência vai te orientar se você escolher passeios em direções contrárias.

3) Onde ficar?

Bonito oferece muitos tipos de hospedagens! Nós ficamos no Hotel Pousada Águas de Bonito, que falaremos detalhadamente no post seguinte. Mas só para vocês terem ideia, o Hotel é ideal para casais, família com crianças, viajantes sozinhos, que buscam paz, mas que seja próximo à rua principal da cidade. É o ÚNICO hotel da região que fornece a deliciosa Merenda Pantaneira, um lanche servido das 16h às 17h (4pm às 5pm), que ajuda muito depois de um dia cansativo de passeio. O café da manhã é excepcional, farto e com muitas variedades! Ele tem a Agência Águas Turismo que cuida da reserva de todos os seus passeios, além de dar assistência integral para que você não tenha qualquer problema! Além de contar com o Restaurante Encontro das Águas, com comida excepcional! Não deixe de comer o delicioso Risoto de Carne de Sol desfiada com purê de abóbora, bacon e mandioca chips! O melhor que já comemos em nossa vida! O Staff super atencioso e educado, e E o custo benefício é excelente!

4) Quando e onde reservar os passeios?

Como falamos anteriormente, quase não conseguimos fechar os passeios, se esperássemos mais dois dias! Como Bonito é uma cidade onde o meio-ambiente é muito bem preservado, todos os passeios são realizados com número limitado de pessoas para não prejudicar o meio-ambiente. O passeio ao Abismo Anhumas, além de ser um dos mais procurados, ele é realizado com um número bem restrito de pessoas por dia. Então, se você não fechar com bastante antecedência, não vai conseguir fazê-lo. O mergulho à Lagoa Misteriosa também é bastante procurado!

Fiquem atentos! Logo que fecharem a data da viagem, reserve com antecedência os passeios!

Fechamos todos os nossos passeios com o pessoal da Águas Turismo, a agência que está situada nas dependências do Hotel Pousada Águas de Bonito. Foram muito atenciosos, e deram todo o suporte tanto no momento de escolher e fechar os passeios, quanto na nossa chegada, nos explicando sobre os passeios, direção, dicas! Está super recomendada!

 

Para consultar os passeios que a agência oferece, acesse aqui. Nos posts dos passeios, falaremos sobre cada um deles, com valores etc. Mas você pode se informar com o pessoal da agência de acordo com os dias da sua viagem. Alta temporada e feriados tem valores diferentes de baixa temporada.

5) Como chegar em Bonito?

Bonito tem um pequeno aeroporto, e a Trip Linhas Aéreas realiza voos semanais, mas as passagens não são muito baratas!

Você pode desembarcar, também, no Aeroporto de Campo Grande, utilizar Transfer da Terra Transportes ou Ônibus que fazem o trajeto (olhar na Rodoviária de Campo Grande 67 3313-8703).

Mas a melhor forma mesmo é alugar um carro no Aeroporto de Campo Grande e seguir para Bonito, que é cerca de 300Km, em uma estrada razoavelmente boa. Mas o trajeto tem pouquíssimos lugares para lanches, almoço. Se chegar com muita fome, melhor fazer alguma refeição em Campo Grande e depois seguir caminho.

Nós percebemos que o aluguel de carro é quase essencial! Quem nos conhece, sabe que gostamos de pegar uma estrada! Mas para Bonito não é só isso não! Infelizmente os transportes para os passeios costumam ser mais caros.  E se você fizer dois passeios em um dia, terá mais liberdade de locomoção.

No aeroporto, tem um guichê turístico. Peça um mapa ou pegue um mapa da locadora. Também recomendo carregar o mapa do celular no Aeroporto, e ir acompanhando o trajeto. Mas você seguindo para as principais cidades, chegará facilmente em Bonito (Sidrolândia, Nioaque, Guia Lopes e depois, Bonito).

6) Internet na cidade: Infelizmente internet 3G em Bonito ainda não existe! Você só vai conseguir utilizar a internet WiFi, e quando chove fica pior ainda!

Hello, Claro, Oi, Vivo, Tim!!!! Vamos investir nesta Cidade maravilhosa e melhorar a internet! 

No próximo post vamos falar sobre nossa Hospedagem no Hotel Pousada Águas de Bonito, e depois sobre todos os passeios que realizamos!

Conhecendo as Cataratas do Iguaçu – Lado Brasileiro

 

Estivemos em Foz do Iguaçu em outubro de 2014, para conhecer as famosas Cataratas do Iguaçu e as atrações da região. Fizemos o post geral sobre a cidade aqui, e agora compartilhamos as dicas sobre os passeios, iniciando pelas Cataratas do lado Brasileiro e lado Argentino.

As Cataratas do Iguaçu é um conjunto de aproximadamente 275 quedas de água formadas pelo Rio Iguaçu, que estão localizadas entre o Parque Nacional do Iguaçu, no Estado do Paraná, e no Parque Nacional Iguazú, em Misiones, na Argentina. O lado Argentino corresponde a 80% das cataratas, e a área total de ambos os parques (argentino e brasileiro) correspondem a 250 mil hectares de floresta subtropical.
Antes de tudo, muita gente pergunta qual o lado que vale a pena conhecer. Não tem como dizer este ou aquele, ambos são diferentes e se completam. Mas achamos o lado argentino mais impressionante! Tanto visto do lado brasileiro, quanto visto do próprio lado argentino. E acaba que as trilhas do lado argentino também são mais estruturadas que as do nosso lado, o que acaba ficando bem melhor para caminhar.
Quanto tempo é necessário para fazer cada passeio? 
Não dá para fazer os dois passeios em um único dia. Apesar dos parques estarem de frente um para o outro, as entradas não são no mesmo local, e para chegar no lado argentino é um pouco mais distante.
Você pode dividir da seguinte forma:
Dia 1: Cataratas do Iguaçu, lado brasileiro + Macuco Safari + Parque das Aves.
Dia 2: Cataratas do Iguazu, lado argentino.
Não faça o passeio somente a um dos parques. Os dois valem muito a pena e se completam! E se você for somente a um deles, ficará se questionando por não ter ido ao outro.
Como chegar nas Cataratas do Iguaçu, lado Brasileiro?
As Cataratas do Iguaçu, do lado Brasileiro, estão localizadas no Parque Nacional do Iguaçu, em torno de 15 a 20 minutos do Centro de Foz do Iguaçu, seguindo pela Av. das Cataratas, conforme mapa abaixo.
Não tem como entrar de carro particular no parque. Mas há um estacionamento logo na entrada e de lá você pode seguir no ônibus disponibilizado pelo próprio parque! Como fechamos o transfer com a HT Turismo, o Ivo nos levou bem cedinho e buscou no final do dia.
Dicas e informações gerais sobre o Parque:
– Chegue cedo, por volta das 9h, que é o horário que o Parque abre. Como as Cataratas recebe muitos visitantes por dia, a fila para adquirir os tickets costuma ser imensa! Mas os empregados são bem eficientes e a fila anda super rápido!
– Leve uma bolsa ou mochila com água e algum lanche para comer durante o caminho na trilha. Vá com sapatilha confortável, que possa molhar. Lembre que a passarela para chegar próximo à Garganta do Diabo molha bastante! Não esqueça de levar a capa de chuva (no parque, é vendido por R$ 9,00, em outubro/14). Não deixe de levar um chapéu ou boné, passar protetor solar e repelente.
– Não deixe de levar o mapa cedido na entrada do Parque. Ele é muito importante para você se localizar:
– Depois que você adquirir seu ticket, você irá para o local do ônibus do parque, que te conduzirá até os pontos de paradas demarcados no mapa. Nós escolhemos o Ponto 13, e fomos andando pela trilha das cataratas até a Estação Espaço Canoas. De lá, pegamos o ônibus, novamente, descemos no Ponto 10, acesso para a trilha do Macuco Safari. Depois, pegamos novamente o ônibus e descemos no Centro de Visitantes. Todas as vezes que você necessitar do ônibus não pagará nada, o valor já está incluído no ticket do parque. Veja neste link o preço dos ingressos.
– Se tiver oportunidade de fazer o passeio com Guia Turístico, indicamos a Ana Roth, guia credenciada e esposa do Ivo (motorista do nosso transfer). O telefone dela é (45) 9139-5994, e email: [email protected]. Se falar que foi o Blog Viagens e Vivências que indicou, ela vai fazer um preço especial e diferenciado.O que você pode fazer no Parque?

– Trilhas:

O Parque possui três trilhas principais: Trilha do Poço PretoTrilha das Bananeiras, Trilha Macuco Safari e Trilha das Cataratas. Fomos somente nas Trilhas das Cataratas e do Macuco Safari.

– Passeio de Helicóptero sobre as Cataratas:

Uma experiência única que se tem como os voos panorâmicos de helicópteros sobre as cataratas!!! Apesar de ser um passeio caro, todos que foram disseram valer a pena! Mais informações neste linkNão fizemos.

– Macuco Safari:

Trata-se de um passeio dividido entre: trecho em um carro/trenzinho, trecho de caminhada na mata e passeio em um barco inflável até as quedas das Cataratas. Vamos relatar nossa experiência em outro post! Adiantamos que vale muito a pena! Informações neste link.

– Rafting nas Cataratas:

Possibilita que você enfrente as correntezas do Rio Iguaçu em bote com capacidades para 10 e 6 pessoas! Mais informações acesse aquiNão fizemos.

Única Hospedagem no Parque das Cataratas: 

Belmond Hotel das Cataratas:E para quem quiser uma experiência inesquecível e diferente, pode hospedar-se no Belmond Hotel das Cataratas, o único hotel situado dentro do Parque Nacional das Cataratas.

Foto Divulgação no site do Hotel.

Conhecendo as Cataratas:

A foto abaixo é ainda no começo do nosso passeio, quando pegamos o ônibus do parque.
O ônibus double-deck panorâmico proporciona uma excelente visão da vegetação do parque, o que torna este trajeto bastante interessante!
Nossa primeira parada, foi no Ponto 13 (Parada Trilha das Cataratas), começo da trilha para as Cataratas. onde já começamos a ver vários Quatis (O quati é um animal silvestre que você verá durante quase toda a trilha do parque). Você também várias placas pedindo para que você não os alimente! Apesar de parecerem dóceis, eles tem uns dentes bem afiados e podem acabar lhe machucando. E eles são tão espertinhos, que viu minha sobrinha abrir a mochila para tirar um boné, e avançou para “furtar” um lanchinho.

 

 

Durante esta Trilha das Cataratas, você encontra pontos de observatório para as cataratas. Tudo muito bem informado através das placas, mas é só seguir o fluxo!

 

 

 

 

E é neste ponto que você chegará mais próximo da “Garganta do Diabo”, do lado Brasileiro. As passarelas ficam sempre cheias, mas a rotatividade de turistas é muito grande! É possível você chegar bem próximo das quedas, onde se tem uma bela visão desta Maravilha da Natureza!

Mas é neste ponto, também, que você mais molha! Então, guarde tudo o que não puder molhar em sacolas plásticas, especialmente, equipamentos eletrônicos, e sinta a vibe!

 

A foto fica embaçada devido a quantidade de gotículas de água na passarela. E ao cento da foto fica a Garganta do Diabo, a mais impressionantes das quedas.

Já na foto abaixo, estávamos no Espaço Naipi, uma deque construído perto da queda Salto Floriano. Além da passarela, é outro ponto bem cheio do Parque Nacional, já que proporciona uma bela visão das quedas. Para quem não quiser andar pela trilha das Cataratas, pode descer diretamente no Ponto 15, e apreciar as Cataratas do mesmo jeito! Inclusive esta parte é totalmente adaptada para cadeirantes!

 

No Espaço Naipi também existe um elevador panorâmico, uma lojinha de lembrancinhas/souvenir (que é bem carinha!). Esta parte é muito bacana, porque proporciona uma proximidade muito grande com as quedas. Dá para ver o impressionante volume da água!

 

Nas fotos abaixo, já tínhamos subido no elevador, e tivemos uma vista estonteante das Cataratas!

 

 

Depois deste ponto, um pouquinho de caminhada e você já estará no Espaço Porto Canoas, que possui banheiros, ambulatórios, lojas com artigos/lembrancinhas oficiais, lanchonete, cafeteria e o Restaurante Porto Canoas. O espaço, sem dúvida, é um excelente local para descansar, alimentar-se e repor as energias!

A criançada adora o boné dos Quatis!

No Espaço Porto Canoas, fica outro ponto do ônibus com destino ao Centro de Visitantes. De lá, paramos no Ponto 10, que é a Parada Macuco Safari, que compartilharemos em outro post.

 

Cânions Fortaleza e Itaimbezinho, no Rio Grande do Sul

 
O Brasil possui belezas indiscutíveis.  O Rio Grande do Sul, por exemplo, possui os cânions Fortaleza e Itaimbeizinho que são incríveis. Saiba aqui como visitar os cânions Fortaleza e Itaibeizinho.
Na última semana, fizemos uma road trip pelo Rio Grande do Sul. Já conhecíamos Gramado, Canela e Bento Gonçalves. Gramado e Canela são cidades ideais para casais apaixonados, famílias com crianças, e destino muito procurado por pessoas da terceira idade. Já Bento Gonçalves é um caminho perfeito para conhecer vinícolas renomadas do Rio Grande do Sul, que hoje, estão lado a lado com importantes vinhos internacionais.
Desta vez, escolhemos conhecer o lado mais “aventureiro” do Sul, fazer ecoturismo, conhecer cachoeiras, desbravar trilhas e cânions. Então, escolhemos Caxias do Sul, como nosso ponto âncora, e de lá, de carro, conhecemos a região do Vale Trentino, Farroupilha, Nova Petrópolis, e os famosos cânions que partem de Cambará do Sul, o Cânion Fortaleza e o Itaimbezinho.
Nesta primeira etapa de publicações, vamos compartilhar as informações sobre os cânions, que, não desmerecendo os outros locais, foi um dos pontos altos da nossa viagem.

Sobre os Cânions Itaimbezinho e Fortaleza:

A região de Cambará do Sul tem vários cânions, mas os mais visitados e conhecidos são os Cânion Fortaleza e Cânion Itaimbezinho.

Cânion Fortaleza, Cambara do Sul, RS

O Cânion Fortaleza é o mais impressionante deles. Talvez por sua extensão que acaba o deixando mais belo. Ele está localizado no Parque Nacional da Serra Geral, que foi criado em 1992 e possui ao todo quase 18km de extensão. Os paredões do cânion possuem até 7,5km de extensão, e alguns pontos, eles medem até 900 metros de altura. Conta-se que seu nome é devido à sua formação geológica, que lembra uma Fortaleza. Nele, você pode fazer três trilhas: a trilha do mirante, trilha da cachoeira do tigre preto e a trilha da pedra do segredo.

Já o Cânion Itaimbezinho está localizado no Parque Aparatos da Serra, possui extensão de 5,8 km, 720 metros de profundidade e 600 metros de largura. O nome é de origem tupi-guarani, que significa “pedra cortada”. Na parte do Parque Aparados da Serra pode-se fazer duas trilhas: a trilha do vértice e a trilha do cotovelo.

Como Chegar nos Cânions Fortaleza e Itaimbeizinho:

A melhor forma de chegar aos Cânions é partindo de Cambará do Sul. Uma cidade bem pequena que, infelizmente, não possui aeroporto. Os aeroportos principais para chegar em Cambará do Sul são de Porto Alegre, a 193km, e o de Caxias do Sul, a 140 km.
Aeroportos:

Apesar de Caxias do Sul estar mais próxima de Cambará, tem uma grande desvantagem em seu aeroporto: uma neblina típica e constante que, quando toma conta da cidade, nenhum avião pousa ou decola de lá. Então, os voos são cancelados e redirecionados para Porto Alegre. Infelizmente, tivemos esse dissabor no nosso retorno. Por incrível que pareça, no final do dia, baixou uma neblina tão forte no aeroporto de Caxias do Sul, que os voos foram cancelados, e a empresa remarcou para o dia seguinte partindo de Porto Alegre. Em cumprimento às regras da ANAC, forneceram transporte até a cidade, além de hospedagem e refeição.

Tudo saiu certinho, sem maiores problemas. Mas não deixa de ser incômodo um cancelamento de voo. Mas se querem um dica, escolha o aeroporto de Porto Alegre para evitar este tipo de situação típica e comum por lá.Onde se hospedar

Ficamos hospedados em Caxias do Sul (falarei oportunamente), mas existem inúmeras opções em Cambará do Sul. Inclusive aconselhamos que a hospedagem seja lá. Já que partindo de Caxias do Sul, são 140km, a estrada não é boa, e quanto mais cedo chegar nos cânions melhor.

Quanto tempo é necessário para cada cânion:

Recomenda-se um dia para cada cânion, sendo que, se você for fazer a trilha do Rio do Boi, será necessário mais um dia. Impossível fazer as duas trilhas no mesmo dia, pois, em que pese os parques fecharem às 17h, a entrada para algumas trilhas se dá somente até às 15h.

Como chegar nos cânions:

Chegando em Cambará do Sul é muito fácil chegar nos Cânions. Os principais deles estão localizados em direções distintas, conforme mapa abaixo:

Para chegar no Cânion Fortaleza, é só continuar pela Av. Getúlio Vargas por 23 km, sendo uns 8km de estrada de terra (e não era tão boa), o que fará uma demora de uns 40 minutos no trajeto. Já para chegar ao Cânion Itaimbezinho, é só seguir pela Av. Getúlio Vargas, também, entretanto, virar à direita próximo ao supermercado Pioner (tem placas indicando também), e então é só seguir direto.Logo na entrada da cidade, existe uma Agência de Turismo que vende o mapa (R$ 3,00), e também oferece o passeio aos cânions, além de outras atrações.

Mas vamos ser justos e transparentes! Você pode fazer os passeios aos cânions sozinho, sem ajuda de um guia. Inclusive, no site da cidade que consta informações, fala que para conhecer os cânions não é necessário o acompanhamento de guias. Entretanto, apenas para a trilha do Rio do Boi recomenda-se a companhia de guias. Mas é sempre bom lembrar que, fazendo a trilha sem guia, devemos cuidar da nossa segurança, pois em quase todo o tempo, estamos a beira de paredões de 700 a 900 metros, onde acidentes podem ser fatais.

Fizemos todas as trilhas dos cânions sozinhos e não tivemos qualquer problema ou dificuldade. Com exceção da trilha do Rio do Boi, que nem é recomendada para o inverno, já que a água do rio é bastante fria.

Então, alugamos um carro normal (como não tinha barro, não foi necessário algum do tipo 4×4), e seguimos as indicações no caminho.

Logo no começo da estrada a neblina estava muito forte. Não era só nuvens que camuflava a paisagem, era quase impossível enxergar a estrada! Sem falar do frio intenso que, mesmo insistindo até o começo do cânion (esperança é a última que morre!), foi impossível descer do carro! Veja a diferença para o segundo dia que fomos:Cânion Itaimbezinho:

Como comentado anteriormente, a região é de muita instabilidade climática. Inclusive, o pessoal do parque nem fala com precisão se você deve ir aos cânions. E a primeira dica é que você não deve desistir! O primeiro dia da nossa viagem estava completamente coberto de neblina, mesmo saindo de Caxias do Sul com um lindo dia! Fomos primeiro no Cânion Fortaleza, e como estava completamente coberto, um frio absurdo, decidimos tentar o Cânion Itaimbezinho, que fica um pouco distante do Fortaleza, em direção oposta.

Para nossa surpresa, a região do Cânion Itaimbezinho estava bem melhor que a do Cânion Fortaleza, mas com grande instabilidade, claro! Era minutos de visibilidade, seguidos por minutos de paisagens encobertas.

O Cânion Itaimbezinho possui três importantes trilhas: a trilha do vértice, a trilha do cotovelo e a trilha do Rio do Boi. Como o tempo estava muito instável e já estava mais tarde, escolhemos conhecer apenas a trilha do vértice.

A trilha do vértice é bem curta, em torno de 1,5 km a caminhada, que leva até a borda do cânion e a belíssima Cascata Andorinhas. O caminho é bem tranquilo e fácil, além de ser bem cercado, com placas informando para não ultrapassar daquele ponto, sob risco de queda.

Mais da trilha
Vista para a Cascata Andorinhas, ainda encoberta por neblina.

Neste dia, como a visibilidade estava muito ruim, não conseguimos enxergar a Cascata Véu da Noiva, que se trata de uma queda de 700 metros, que é possível avistar da trilha do vértice. Mas mesmo com o tempo ruim, conseguirmos assistir à beleza da Cascata Andorinhas, logo no começo do cânion:

A grande instabilidade climática.

 

Cascata Andorinhas

A trilha do cotovelo é considerada uma trilha leve. Entretanto, são aproximadamente 6,3 quilômetros de ida e volta, sendo que do mirante desta trilha é possível observar em torno de 70% do cânion. Para os que desejarem fazer esta trilha, a mesma está aberta para última entrada às 15h. Depois deste horário, não é possível mais fazê-la.

A trilha do Rio do Boi é um passeio que se faz mediante guias da cidade, na parte inferior do cânion, que possui um rio que contorna toda a extensão, em torno de 8,3 km no total, que dura cerca de 5 a 7 horas. A informação que tivemos é que é um passeio maravilhoso! Entretanto, deve ser feito no verão, vez que a água do rio e das inúmeras cachoeiras que se formam no caminho é gelada!

Quem tiver interesse de fazer este passeio, existem inúmeras agências de turismo na cidade que oferecem o serviço.

Notas: quase todo o percurso da cidade de Cambará do Sul até a entrada do Parque Nacional Aparados da Serra é de estrada de terra (em torno de 18km). Logo que você chegar na entrada do parque, você deverá pagar pelo ingresso, que custa R$ 6,00 por pessoa, bem como o estacionamento do parque, que é R$ 10,00 por veículo. Um pouco mais adiante, no estacionamento, vão te cobrar os tickets. Depois, menos de 200m, chega-se ao ponto de apoio do Parque, que tem instrutores que explicam o cânion em uma maquete. Lá também, você encontra banheiro (em nenhum outro ponto da trilha existe banheiro). Deste ponto de apoio, parte-se para a Trilha do Vértice e do Cotovelo. A trilha do rio do boi sai de outra cidade, Praia Grande, em SC.

Cânion Fortaleza:

No primeiro dia que fomos ao Cânion Fortaleza, a única atração que vimos foi um Graxaim do Mato, muito típico por lá. Já no segundo dia, a paisagem foi incrível!

Vista da borda do cânion

O Cânion Fortaleza é um belíssimo espetáculo da natureza! Ficamos encantados e surpresos com tanta paisagem! Ficamos o dia todo e conseguimos fazer as três trilhas: trilha do mirante, trilha da cachoeira do tigre preto e trilha da pedra do segredo. Logo que você chega ao ponto onde os carros ficam estacionados, você segue uns 200 metros e já está na borda do cânion, com a visão abaixo:

Da foto abaixo, dá para ver como a estrada passa perto dos cânions. Se você quer somente ver a paisagem acima, é muito tranquilo! Qualquer idade (desde criança a pessoas mais velhas), conseguem fazer a trilha até a borda do cânion, que por si só, já vale a pena!

Para os mais dispostos, vale a pena fazer a trilha do mirante, que possui ao todo 3,2km. É um caminhada leve, com algumas subidas mais fortes, mas bem delimitada. É só seguir o caminho e fluxo das pessoas que não tem erro! Deste mirante você tem uma visão de 95% do cânion, onde é possível observar os paredões de forma panorâmica, além de visualizar o Rio da Pedra, e uma belíssima cachoeira que forma sua queda em um dos paredões.

É tudo muito indicado, conforme a foto abaixo. Dá para ver que ou você vai para o mirante, o topo que você enxerga na foto abaixo, ou para a Borda do cânion. Se você seguir reto, passando por uma pequena trilha, você também chega na borda do cânion.

O pontinho branco da estrada, ao centro, é onde estacionamos os veículos.
Conseguem ver o Fábio no alto do paredão?
Vista da borda do cânion

Depois, partimos para as outras duas trilhas, sendo a primeira delas a Trilha da Cachoeira do Tigre Preto. Para chegar nela, você volta em torno de 1,5km de carro, onde terá outros carros estacionados na beira da estrada (existem placas indicando também).

A trilha para a Cachoeira do Tigre Preto e da Pedra do Segredo é a mesma, mas é um pouco mais puxada. Os acostumados com trilhas devem pensar “ham? puxada?!” Puxada que eu digo para nós que somos iniciantes. Mas como dá para ver das fotos abaixo, você passar pela borda deste rio, e lá na frente já é a cachoeira, que só dá para ver direito se você continuar na trilha. Entretanto, você tem que passar pelo próprio rio, pulando de pedra em pedra. Sendo que alguns pontos você molha bastante os pés. Mas foi uma experiência incrível para nós, iniciantes de trilhas.

E todo cuidado é pouco! Como dá para ver da foto abaixo, chegamos bem próximo da queda da cachoeira. Neste ponto, dá para ter uma visão de apenas 10% do cânion.

Mas depois, a gratificação: uma bela visão da Cachoeira do Tigre Preto, que possui três quedas, e em torno de 400 metros.

Cachoeira do Tigre Preto
Nesta foto, dá para ver que a trilha é na borda superior da primeira queda da cachoeira

Continuando na trilha depois da cachoeira, que é só seguir o caminho e algumas placas indicativas, você chegará em outros pontos onde é possível visualizar o cânion e a Pedra do Segredo.

A Pedra do Segredo é bloco monolítico de 5 metros de altura e de aproximadamente 30 toneladas, que parece se equilibrar sobre uma placa de 50 centímetros. Bem… na verdade, esperávamos mais!

Notas: para chegar ao Cânion Fortaleza, é necessário continuar na Av. Getúlio Vargas, em Cambará do Sul, por cerca de 23 km, sendo que uns 9km são de estrada de terra. Faltando 4 km para a borda do cânion, existe um ponto de controle de entrada e saída de veículos. A entrada ao parque é gratuita, uma vez que não possui infraestrutura. Neste ponto, você pode ir ao banheiro, depois, não tem nem banheiro, nem local de venda de lanches etc. Você continuará de carro até bem próximo da borda do cânion, onde você deixará seu carro estacionado. Antes de chegar na borda do cânion, você passará pela entrada das duas trilhas (da cachoeira do tigre preto e da pedra do segredo). Continue adiante para chegar até a borda do cânion.

Para visitar os cânions não esqueça de:

– Vá com roupa confortável para caminhada;
– Vá com sapato para trekking ou tênis de caminhada;
– Passe protetor solar e repelente;
– Leve água;
– Leve algum lanche;
– Não jogue lixo na trilha.

Bem… valeu muito a pena!

O telefone de contato dos parques é (54) 3261-6964. Apesar deles falarem que dão informações sobre o tempo, para gente não deram. Na verdade, eles ficam receosos de falar que o tempo está bom, e mudar repentinamente! Mas vale a pena tentar!

Dica de restaurante em Cambará do Sul: recomendamos o Galpão Costaneira, localizado na Rua Dona Úrsula, 1069, em Cambará do Sul. O buffet é de comida típica gaúcha e muito saborosa, sendo o valor de R$ 25,00 por pessoa, incluindo buffet de sobremesa (bebidas não inclusas). Existe a possibilidade de pedir a parte carnes grelhadas. O restaurante aceita apenas cartões de débito.

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