O inesquecível almoço na Quinta da Manoella, pela Wine & Soul!

Nosso segundo dia pelo Vale do Douro, em Portugal, foi mais do que especial! Tivemos o prazer de conhecer pessoas, lugares, comida e vinhos maravilhosos! Talvez, se fosse tão fácil de escolher, este tenha sido o nosso preferido pelo #Douro15. Mas o que a gente vem aqui contar para vocês é que a região do Douro, em Portugal, tem paisagens belíssimas (daquelas de tirar o fôlego!), onde se pode fazer um excelente roteiro no mundo dos vinhos e deliciosa gastronomia portuguesa. Vamos compartilhar com vocês um pouco da nossa extraordinária experiência pela Wine & Soul.

Wine & Soul (A vinícola)

12112375_10206297297728801_4097071903739485413_nFundada em 2001 e de propriedade do casal de enólogos Sandra Tavares e Jorge Borges, a Wine & Soul veio de um projeto pessoal cumulado com a procura por vinhas excepcionais no vale do Pinhão. E dia-a-dia, com extrema dedicação, a Wine & Soul alcança uma notável projeção de qualidade dos seus vinhos, sendo reconhecida por importantes críticos de vinhos a nível internacional.

A primeira criação do casal foi o Pintas, que reflete a imagem da história e tradição do Douro, fazendo uso de uvas de vinhas velhas com mais de 30 castas misturadas. Posteriormente, em 2009, nasceram os vinhos da Quinta da Manoella, propriedade belíssima onde tivemos nosso almoço e onde vinhas com mais de cem anos de idade vigoram lado a lado com vinhas jovens de 30 anos e algumas ainda mais recentes.

Localização:

Visita à Adega da Wine & Soul

Bem cedo, fomos visitar a Adega da Wine & Soul, quando Sandra nos apresentou todos os departamentos e processos de fabricação dos vinhos. Logo no começo, já observamos todo o cuidado dos enólogos, que separam as melhores uvas para a produção de seus vinhos. Na primeira foto do lado esquerdo, dá ver que o próprio Jorge também realizava cuidadosamente esta tarefa.

Ainda tivemos o prazer de fazer a prova de dois vinhos, ainda em barrica. Inclusive um deles era um vinho recém armazenado e que ainda se encontrava bruto, cor esbranquiçado e bem diferente do que estamos acostumados a ver de um vinho branco.

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Também experimentamos um vinho tinto, ainda envelhecendo em barricas:

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Quando vocês visitarem uma vinícola, vão ver o quanto eles se esforçam pela limpeza do local, para garantir a qualidade do vinho.

Vinhas:

Depois da visita à adega, paramos para ver uma das vinhas da Wine & Soul, onde também pudemos experimentar as uvas no pé. Que uvas deliciosas e doces! Poderíamos ficar ali, observando a paisagem dramática do Vale do Douro, chupando uva no pé e conversando com pessoas tão especiais! E não precisa ficar pensando que isso é privilégio de Blogueiro. A Wine & Soul realiza tour de visitação, e você pode até solicitar um orçamento de um tour de visitação com o especial almoço.

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Quinta Manoela

A Quinta da Manoela é uma propriedade muito querida do casal, onde existem vinhas com mais de cem anos, ao lado de vinhas com trinta anos e algumas até mais recentes. Passamos para conhecer os tonéis da Quinta da Manoella, e durante o caminho para a varanda onde foi servido nosso almoço, encontramos pés de maçãs, de oliveiras e muitas outras frutas! Aproveitamos para degustar uma suculenta maçã colhida ali mesmo.

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Almoço:

Foi então ali, que tivemos um dos momentos mais memoráveis da viagem: almoçamos sob parreiras carregadas de uvas, e tudo com vista para as vinhas do Vale do Douro. Não teve um do nosso grupo que não se encantasse com tudo o que a gente viu. E tanto a Sandra, quanto o Jorge, e a equipe da Wine & Soul que estava no almoço foram extremamente carinhosos, receptivos! Os queridos Portugueses sabem receber muito bem, e nós, brasileiros, somos muito bem-vindos!

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Vejam os detalhes da nossa mesa com as olivas frescas!

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A Wine & Soul também produz um delicioso azeite  de olivas o Azeite Pintas, que também foi servido em nossa mesa:

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Abaixo uma comida típica portuguesa que você verá em vários lugares e é delicioso: chama-se Bôla Portuguesa, e este era feito de inchados. Mas tem de calabresa, de bacon, de presunto, etc. Vejam uma receita global aqui.

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Chouriça assada (linguiça):

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O primeiro prato foi uma canja de galinha! Delícia! E depois da degustação de tantos vinhos, foi uma excelente escolha! 🙂

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E como prato principal, a Feijoada à Portuguesa que difere da nossa pelo feijão branco, e esta continha tripas (que a gente chama de “dobradinha”), além de carne, alheira e chouriça (linguiça). É bem forte e diferente da nossa! Mas tem que experimentar!

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Como sobremesa, tivemos uma mousse de chocolate com bolo de chocolate na área central. Uma delícia!!!!

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Foto da turma do #Douro15 com a Wine & Soul:

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E para encerrar com chave de ouro, eis todos os vinhos que degustamos no dia:

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  • Passadouro 2014 – Branco – Quinta do Passadeiro
  • Guro – Pintas – Wine & Soul 2014 – Vinho Branco produzido a partir de vinhas com mais de 50 anos! Depois, permanecem em barricas novas de carvalho francês à temperatura controlada;
  • Manoella – Wine & Soul – 2015 – Vinho tinto de uma vinha mai recente, de 35 anos. Este vinho ainda é produzido através da pisa de uvas em largares (o que é ainda é o modo mais eficiente para não agredir as uvas);
  • Pintas Character – Wine & Soul – Vinho tinto mais vigoroso e sedutor, e que pelo fato de permanecer por menos tempo em madeira nova, as suas notas florais e frutadas se sobressaem estrategicamente.
  • Quinta da Manoela VV 2013 – Wine & Soul – Vinho Tinto produzido a partir de mais de 20 castas, permanecendo por longo tempo em madeira de carvalho francesa. Adoramos este vinho!!!!
  • Pintas 2013 – Wine & Soul – Um tinto de vinhas com mais de 80 anos e mais de 30 castas! Um verdadeiro deleite! Este foi o nosso favorito!
  • Passadouro 2012 – DOC – Touriga Francais
  • Passadora 2012 – DOC – Touringa Nacional
  • Porto Tawny 10 anos – Wine & Soul

Ainda não dominamos tecnicamente a linguagem dos vinhos, e adoraríamos descrever com maestria cada um destes que degustamos na Quinta da Manoella. Mas acreditem que para um paladar ainda em aprendizagem, ficamos apaixonados com a qualidade e especialidade dos vinhos!

Agradecemos o carinho da Sandra e Jorge e por terem nos receber tão bem, além de todos os demais da equipe Wine & Soul e do convite do IVDP para participar do #Douro15! Foram momentos especiais que jamais nos esqueceremos! E para encerrar este post, e mostrar a vocês a grandeza do trabalho de um enólogo, compartilho carinhosamente uma foto doa acervo pessoal da Sandra Tavares, durante as vindimas (colheita das uvas).  12079643_10206295617846805_1481802344722883192_n

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Wine & Soul

Av.Júlio de Freitas l Vale de Mendiz – 5085-101 Pinhão – Portugal

[email protected]

www.wineandsoul.com

 

Pisa das uvas no Vale do Douro, em Portugal! Experiência incrível e única!

No primeiro dia da nossa viagem ao Vale do Douro, passamos na Quinta do Pessegueiro, onde conhecemos a adega, realizamos prova de vinhos e depois seguimos para um delicioso almoço no espaço privativo de uma das propriedades da Quinta. Vejam a matéria aqui.

Depois, antes de conhecermos a próxima vinícola, o Oscar, um dos proprietários da Quevedo Port Winenos levou para uma experiência única em nossa viagem (e em nossas vidas!): a Pisa das Uvas na Quinta das Aranhas.

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A Quinta das Aranhas é uma vinícola bem familiar, inclusive estavam presentes durante nossa visita toda a família, incluindo esposo, esposa, filhos super simpáticos e até cachorro com filhotinhos! Vimos de perto a chegada das uvas e de todo o processo para a fabricação dos vinhos, inclusive do enchimento do local onde faríamos a pisa das uvas, e degustações de Vinho do Porto.

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Quem nunca viu ou sempre pensa em uma cena de pisa das uvas quando se fala em fazer vinhos? Portugal ainda mantém a pisa das uvas na produção de vinhos. E não tem nada de estranho nisso! As melhores uvas são amassadas com os pés! Isso por que não existe melhor forma para não agredir as uvas.

No processo de produção de vinhos, é necessário amassar as uvas para separar a casca do sumo e da semente. Nas prensas, que fazem este trabalho de amassar as uvas, em poucos minutos, uma grande quantidade de uvas é amassada. Mas ainda não existe maquinário que não agrida as sementes. Desta forma, amassar as uvas com os pés, é um processo que pode muitas durar horas, mas é realmente eficaz, porque amassa a uva e não quebra a semente.

Antes de entrar no local, você faz uma higienização, e não precisa nem dizer que se a pessoa estiver com algum problema nos pés vai ter o bom senso de não entrar! Mas mesmo que isto aconteça, não existe bactéria que resista ao processo de fermentação das uvas!

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No começo, o local é bem frio, e você ainda vê a maioria das uvas inteiras e somente um pouco de sumo, com um cor bem aguada. Mas como o passar do tempo e do trabalho realizado, você vai vendo e sentindo as uvas mais amassadas, e o lugar tomando a cor de suco de uva. Claro! Foi tudo uma festa e um momento de muita diversão entre o grupo da press trip. Mas já parou para pensar que este trabalho ainda é realizado em diversas vinícolas de Portugal, e a equipe fica por mais de três horas, sem parar, apoiando-se um ao outro, com o único objetivo de amassar as uvas? É um trabalho muito sério e difícil!

No dia seguinte, com uma equipe de verdade, pudemos ver de perto como este trabalho acontece. E enquanto a gente fazia prova de vinhos, participávamos do jantar na Ramos Pinto, tomamos mais vinho, batemos papo, eles estavam lá! Trabalhando sério para a produção de um futuro e especial vinho! Não é brincadeira não!

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Vejam o vídeo sobre nossa experiência:

Parabéns a todos que ainda realizam este trabalho, e agradecemos especiais ao IVDP, Catavino, Oscar da Quevedo e aos queridos da Quinta da Aranha, por nos proporcionar este momento que, com certeza, será inesquecível e único!

Conhecendo a Região do Vale do Douro, em Portugal – Quinta do Pessegueiro – Dia 1

Como falamos anteriormente, tivemos o prazer de conhecer recentemente a única região autorizada a produzir o Vinho do Porto, que é a região demarcada do Douro, onde estivemos para a press trip #Douro15, à convite do IVDP. Antes de ler esta matéria, seria interessante você ler 10 Motivos para você conhecer Portugal e as Dicas Gerais sobre a região do Vinho do Porto.

Para quem não sabe, os Vinhos do Porto são produzidos no Vale do Douro e transportados para envelhecimento nas caves localizadas em Vila Nova de Gaia, localizada do outro lado da cidade do Porto.

Vale Douro
Vale Douro

Classificado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco desde 2001, a região demarcada do Douro estende-se pelo Rio Douro e seus afluentes em uma região de aproximadamente 250.000 hectares. Começa a partir de Barqueiros e se estende até Bacar d’Alva.

Região do Douro

E o que faz desta região tão especial é exatamente a capacidade do homem de produzir um vinho em um lugar tão acidentado e de tamanho declive, com pouquíssimo recurso de água e terra, além de um solo rico em xisto e granito, que, depois de tratado, acaba sendo ideal para a maturação das vinhas.

A melhor forma de conhecer a região é mergulhando no universo único de cada vinícola. E além de existirem em grandes quantidades, todas sob fiscalização do IVDP, também existem da mais familiar às mais profissionais e de um requinte que só se vendo de perto! Você pode fazer desde um tour pela adega com degustações dos vinhos da casa, como participar de um jantar, ou até mesmo pernoitar na casa de hóspede de alguma dessas vinícolas.

Partimos bem cedo de Porto com destino à primeira vinícola do plano apresentado pelo IVDP e Catavino. O trajeto durou em torno de duas horas, porque acabamos parando para fazer um pequeno lanche e fomos por um caminho que, apesar de mais bonito (N101), possui muitas curvas. Para quem costuma enjoar-se em estradas sinuosas, melhor tomar um remédio para enjoo com um pouco de antecedência.

QUINTA DO PESSEGUEIRO

www.quintadopessegueiro.com

E-mail: [email protected]

Tel. (+351) 254 422 081 – 5130-114 Everdosa do Douro/Portugal.

E chegando ao nosso primeiro destino, a Quinta do Pessegueiro, o enólogo João Nicolau de Almeida já nos esperava para conduzir a uma agradável visita, que durou cerca de uma hora e meia.

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A Quinta do Pessegueiro é de propriedade do francês Roger Zannier, que se apaixonou pela região, e em meados do ano de 1991, decidiu adquiri-la.

Os vinhos produzidos pela Quinta do Pessegueiro saem de três propriedades distintas, situadas na região de Cima Corgo, bem próxima a São João da Pesqueira (Quinta do Pessegueiro, do Teixeira e da Afurada). E a press trip #Douro15 foi preparada para acontecer exatamente em um dos meses mais alegres e divertidos da região, que é a época das vindimas, ou melhor, da colheita das uvas. Então, foi muito comum avistarmos pelas estradinhas do Vale do Douro caminhões transportando caixas de uvas para as adegas onde seria produzido o vinho.

A Adega da Quinta do Pessegueiro foi construída com uma tecnologia avançada, onde o prédio, bem mais novo que as demais adegas que visitamos, possui 5 níveis. Inclusive, apenas como um detalhe, a decoração e objetos de adorno são também de se admirar! Mas esta adega foi construída em níveis, para não utilizar bombas. Assim, todo o processo de produção do vinho é realizado apenas com a força da gravidade.

Outro diferencial da Quinta do Pessegueiro é que as uvas são muito bem selecionadas, e somente as melhores seguem para a produção dos vinhos, o que nem sempre acontece em outras vinícolas. E como podem ver das fotos abaixo, o sistema de limpeza é bem severo. É tudo muito limpo para garantir a qualidade do vinho.

Depois da visita com explicações bem interessantes do enólogo João Nicolau de Almeida, passamos para a prova dos vinhos, que foram no total de 6 Quinta da Pessegueira Tinto, iniciando com o ano de 2008 até 2013. Apreciamos bastante o Quinta do Pessegueiro Tinto 2011, embora seja ainda um vinho jovem.

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A Quinta do Pessegueiro também dispõe de uma loja para aquisição de alguns produtos como vinhos, azeite e chocolate, e os preços são bem interessantes!

Depois da visita com prova de alguns vinhos da Casa, fomos para um espaço super aconchegante em uma das propriedades da Quinta do Pessegueiro, onde tivemos um delicioso almoço com uma das vistas mais bonitas da viagem! Caso vocês tenham interesse em uma experiência bem diferente e marcante, eles preparam tudo para que seu momento seja perfeito, desde que previamente ajustado por email ([email protected]).

Observamos que os Portugueses dominam a arte de servir bem! Cada uma das recepções, almoços e jantares, nos surpreendiam mais que a outro. Tudo é sempre muito farto, em muitas variedades e muito bem posto à mesa.

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Como tira-gosto antes do almoço, inúmeras delícias como risoles de peixe, croquetes, alheiras (que é um embutido com vários tipos de carne, pão e condimentos, e se parece muito com linguiças defumadas), melão com um tipo especial de presunto e tomatinhos cereja. Os vinhos escolhidos pelo enólogo João para harmonizar com os pratos foram um Tinto Quinta da Pessegueira 2008 e 2013, um Vinho Branco Aluzé 2014, e por último o Quinta da Pessegueira Porto Vintage 2003.

Para o almoço, de entrada tivemos cogumelo com creme de queijo, servido em uma torrada, e como prato principal, um delicioso Bacalhau gratinado! O Bacalhau está quase presente nos pratos portugueses.

Iniciamos muito bem nossa viagem ao Douro!!! Deu fome por aí?

Outra tradição, em Portugal, é servir ao final de cada refeição um Vinho do Porto acompanhados de queijos. E depois disso, ou na mesma sequência uma sobremesa.  Geralmente são dois Vinhos do Porto, queijos e sobremesa. E só para entender um pouco, existem os Vinhos Portugueses de mesa (os que comumente tomamos durante nossas refeições), e o Vinho do Porto, que é servido como aperitivo, digestivo ou de sobremesa. Este último é um vinho mais fortificado, com maior teor alcoólico e mais doce. Portanto, servido em pequenas quantidades.

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Sobremesa: Bolo de Chocolate com framboesas

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E assim, terminou nossa visita à Adega Quinta do Pessegueiro! Seguimos, então, para a experiência mais marcante da nossa viagem: a pisa das uvas, que será compartilhada em outro post!

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