Presépio do Pipiripau em Belo Horizonte

Após cinco anos fechado para restauração, símbolo centenário volta a funcionar, mais moderno e sustentável

 

Foi reinaugurado hoje, 26 de abril, às 10 horas, no Museu de História Natural e Jardim Botânico (MHNJB) o Presépio do Pipiripau, restaurado pela UFMG em parceria com o Instituto Unimed-BH. A partir de agora, o Presépio estará aberto para visitação às quartas, quintas e sextas, às 11 e às 16 horas, e aos sábados e domingos, às 11h, 12h, 15h e 17 horas.

Instalação construída ao longo de 82 anos (1906-1988) que narra nascimento, vida, morte e ressurreição de Cristo, o Presépio do Pipiripau tem cerca de três mil objetos e 45 cenas que mobilizam 586 figuras, numa área de 20 metros quadrados. Todo o mecanismo é criação do artesão Raimundo Machado Azeredo. Autodidata, “Seu” Raimundo nunca projetou o resultado final da obra, cujos quadros surgem a partir da curiosidade, habilidade e devoção do próprio criador.

Com peças modeladas em argila, papel machê, conchas e outros materiais – e engenhoso maquinário desenvolvido a partir de barbante, carretéis de linha, polias, mecanismos de relógio, radiola, gramofone e todo tipo de maquinário que seu criador fosse conhecendo através das décadas – o Pipiripau é patrimônio cultural e artístico e uma das mais significativas expressões da arte popular de Belo Horizonte.

Em 1984 o Presépio do Pipiripau foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “Ele é um dos maiores patrimônios de nossa cultura, a obra da vida de um grande artista popular. As cenas e personagens que ele construiu aliam a religiosidade do povo mineiro, a simplicidade de seu cotidiano e o deslumbre com os engenhos. À medida que ia tendo contato com as tecnologias, que rapidamente se sobrepunham no século XX, foi incorporando-as à instalação, sempre para permitir uma nova representação. Para a UFMG, é um orgulho devolvê-lo restaurado à cidade de Belo Horizonte”, afirma o reitor Jaime Ramirez.

Presépio do Pipiripau (Fonte Divulgação: Tati Motta)

“O Presépio está funcionando maravilhosamente. Vamos devolvê-lo com a qualidade e o carinho que a cidade merece. É uma obra ímpar por sua delicadeza, inocência e capacidade de nos transformar”, ressalta o professor da Escola de Belas-Artes da UFMG, Fabrício Fernandino,  coordenador geral do projeto de restauração e professor da Escola de Belas Artes.

O projeto abrangeu a restauração e modernização da obra, aprovado pelo Iphan, com financiamento regulado pela Lei Rouanet. A captação total de R$ 565 mil foi firmada com o Instituto Unimed-BH.

“Além de cuidar das pessoas, também nos dedicamos a espaços que fazem parte da história e da identidade de Belo Horizonte, reforçando nosso compromisso social com a população e a cidade. Por isso, escolhemos participar do restauro do Presépio Pipiripau, um dos nossos patrimônios. “Estamos muito felizes com o resultado e, principalmente, em poder contribuir para esta entrega tão simbólica para os mineiros”, ressalta o diretor-presidente da Unimed, Samuel Flam.

A restauração

O Presépio foi fechado em abril de 2012, quando foi executado o diagnóstico para reparo. A partir daí, foram elaborados os projetos complementares para a nova edificação, como instalações elétricas, hidrossanitárias e de prevenção a incêndio, segurança eletrônica, sonorização, sinalização de emergência, entre outros.

A restauração de todas as peças do Presépio foi mapeada e registrada em vídeos e fotografias. O processo foi encerrado em fevereiro de 2017. O projeto, que abrangeu a restauração e modernização da obra, foi aprovado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com financiamento regulado pela Lei Rouanet. A captação total de R$ 565 mil foi firmada com o Instituto Unimed.

A restauração começou em 2014 e ficou a cargo do Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais (Cecor) da UFMG, com a participação de mais de 50 bolsistas de várias áreas. Além disso, contou com o trabalho voluntário de professores do curso de Engenharia Elétrica e Engenharia Hidráulica e Recursos Hídricos da UFMG, além de outros profissionais e empresas privadas. A construção de uma passarela de acesso para cadeirantes, pintura e reforma do telhado da sede foram executadas pelo Departamento de Manutenção de Infraestrutura (Demai) da UFMG.

“Todas as madeiras estavam completamente atacadas por cupins. No diagnóstico inicial, a equipe nem chegou a ter acesso ao último patamar porque não havia condições de subir. As condições de acesso eram muito precárias”, conta a professora Bethânia Reis Veloso, coordenadora geral da restauração do Presépio e diretora do Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis UFMG (Cecor/UFMG). Sua equipe fez muitas análises e raios-x das peças para entender qual a técnica, o modo de fazer, e assim manter a originalidade.

Os riscos da restauração eram relativos à estrutura elétrica e hidráulica. Além disso, os materiais estavam desgastados pelo uso e pelo tempo porque “Seu” Raimundo usou, na construção, os materiais que tinha acesso, como tubos de pasta de dente, papier-mâché, roach dentário, caco de vidro etc. “Todo o chassi, por exemplo, estava severamente comprometido por cupins”, lembra Fabrício Fernandino. O chassi foi trocado e professores e alunos da Escola de Engenharia da UFMG repararam a parte elétrica e hidráulica.

Cada peça do Presépio recebeu uma ficha, como se fosse um ‘prontuário médico’ e foram diagnosticadas todas as patologias e danos. “Os registros fotográficos e pequenos filmes que fizemos foram fundamentais na montagem da cenografia, para localizar a posição de todas as peças e permitir que tudo voltasse ao seu lugar exato”, explicou Thaís Carvalho, coordenadora técnica da restauração do Presépio e especialista em restauração pelo Cecor/UFMG.

Posteriormente, foram feitas as análises químicas de materiais como plásticos, a fim de se conhecer a estabilidade do material e definir a metodologia mais adequada para a recuperação.

Ao retirar as camadas de areia e papel, os restauradores viam que a madeira estava muito mais danificada do que se pensava. Eram coisas que superficialmente não apareciam. “Havia fios encapados com tecidos e reatores que poderiam ter causado um incêndio e também graxa impregnada nos eixos. Muitos bonequinhos já não funcionavam adequadamente”, lembra Thaís.

Detalhes

Todo o material usado na restauração foi compatível com o original. “Tudo teve que ficar idêntico”, diz Bethânia. Segunda ela, os processos tiveram qualidade de ponta, desde a fotografia, passando pelo diagnóstico, identificação de materiais, análise química e higienização, assim como tintas, vernizes, tecidos, vegetação sintética e resinas. “Visamos uma longevidade ainda maior do Presépio”, salientou a professora.

Presépio do Pipiripau (Fonte Divulgação: Tati Motta)

O tratamento dos tecidos das roupas foi feito nos próprios bonecos. “Se desmontasse, perderia o registro da costura. A ideia foi preservar o modo de fazer, a história”, disse Bethânia. Fabrício Fernandino relatou que os bonequinhos de plástico estavam frágeis como casca de ovo. Além disso, eram feitos de celulose, material altamente combustível. Alguns foram reproduzidos usando resina de poliéster, que não é inflamável.

Conforme destacou Thaís Carvalho, as substituições de materiais, como a vegetação natural, foram procedidas com o objetivo de se preservar a obra. “Além de ser coletado em local perigoso, a vegetação de musgos era úmida, continha terra, insetos e cupim de solo. Ainda tinha que ser molhada, o que favorecia o crescimento fúngico e a oxidação das bases metálicas”, observou. A vegetação cenográfica artificial, adquirida em São Paulo, foi costurada em uma tela, para que fosse dispensado o uso de cola. Essa tela foi amarrada com náilon em alguns pitões. “Isso tornará fáceis as substituições futuras. Pequenas adaptações como essas são justificáveis em função da conservação”, reforçou.

Assim como a vegetação, a nuvem de algodão também foi amarrada sem uso de cola, material que, com o passar do tempo, se torna áspero e ajuda na deterioração. O algodão convencional foi substituído por um similar de silicone, que não pega fogo. As lâmpadas incandescentes, que ao aquecer poderiam queimar o papelão e a madeira, foram trocadas por lâmpadas de led.

A parte metálica passou por um processo muito semelhante à lanternagem que é feita em carros, com remoção da ferrugem e laminação. A cenografia foi toda reintroduzida, “boneco a boneco, parafuso a parafuso, fio por fio”. “Tudo muito delicado e sutil”, pontua Bethânia.

Detalhes como o rótulo de uma lata de cera inglesa foram preservados. O Pipiripau contém também peças feitas com tampinhas de perfume, e outras com tubos de pasta de dente, como as capas dos reis magos. “Seu” Raimundo usou conchinhas com 1 milímetro de diâmetro para fazer olhos dos bonecos, peculiaridade que só foi percebida com o uso de uma microcâmera. “A princípio, achávamos que eram miçangas”, relata a professora.

Digitalização


Idealizado pela bibliotecária Laibe Batista em 2015, o projeto de restauração e digitalização dos documentos do Presépio do Pipiripau foi concluído no começo de abril em parceria com o Centro de Museologia e Conservação do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG (MHNJB). Laibe explica que “o acervo documental do presépio se confunde com o acervo pessoal do seu criador”, já que é composto, entre outros itens, por jornais, livros, catálogos, correspondências, fotografias, diplomas e medalhas de Raimundo Machado.

O conservador e restaurador Mário Sousa orientou os procedimentos de restauração do acervo documental do presépio.  Ele enfatiza que “realizar esse trabalho possibilitou se envolver com a memória da cidade de Belo Horizonte, que passou por rápidas transformações vislumbradas por um cidadão simples, do povo, apaixonado pelo movimento, esse mesmo movimento que o impulsionou na empreitada pela consecução de sua obra mestra”.

Todo o acervo documental do presépio foi digitalizado em DVDs que serão disponibilizados, em breve, para consulta local na Biblioteca do Museu.

Obra centenária

No ano de 1906, o Presépio do Pipiripau começou a ser construído por Raimundo Machado de Azevedo, ainda criança, em sua própria casa. A obra teve início com uma pequena imagem do Menino Jesus numa caixa de papelão, forrada com cabelo de milho, musgo e folhas. Ao longo das décadas, o Presépio ganhou outros personagens feitos de barro, papier-mâché e gesso.

O Pipiripau cresceu à medida que cenas do cotidiano e passagens da Bíblia foram sendo incorporadas. Entre os mecanismos usados para prover movimento aos personagens, o autor usou pedais de antigas máquinas de costura, sistema de cordas de gramofone e uma caldeira a vapor, substituída posteriormente por um motor elétrico.

Vendido para a UFMG em 1976, o Presépio foi transferido para o Museu, mas a manutenção continuou a ser feita por “Seu” Raimundo até sua morte, em 1986. Desde 1984, o Presépio é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Linha do tempo

1906 – Aos 12 anos, Raimundo Machado inicia a construção do presépio. Quatrocentos réis conseguidos com a venda de garrafinhas patrocinam a compra da primeira peça: o Menino Jesus.

1912 – Seu Raimundo começa a movimentar as peças por um sistema de pedal. O primeiro personagem a se mover é o pescador, que pesca sempre o mesmo peixe.

1919 – Por comando movido à água, a lagoa se enche e se esvazia. Seu Raimundo começa a trabalhar como mecânico da Central do Brasil, onde fica até 1923.  A Estrada de Ferro Central do Brasil foi uma das principais ferrovias do Brasil, ligando as então províncias do Rio de Janeiro, São Paulo,Minas Gerais e a então capital do país.

1920 – Seu Raimundo casa-se com Dona Ermenegilda e inicia-se uma década de investimentos no presépio. Aproveitando o movimento de um gramofone, a procissão pode entrar e sair da igreja, os sinos tocam e o lenhador corta a lenha. Esse mecanismo é substituído por uma caldeira a vapor (1923/1924) e depois pela eletricidade (1927).

1921 – O presépio ganha iluminação a gás (lampião) e um incêndio destrói a obra de arte. A reconstrução começa imediatamente.

1922 – Registro da primeira fotografia do presépio, tirada pelo Sr. Junqueira, funcionário da então Escola Livre de Engenharia.

1924 – As figuras do presépio começam a ganhar roupas, produzidas por Dona Ermenegilda.

1925 – Para dar continuidade à montagem do presépio, Seu Raimundo recorre ao financiamento patrocinado por amigos.

1927 – O presépio é descoberto pela imprensa. A primeira notícia foi publicada no Jornal Tribuna. Em seguida, no Diário de Minas. O então jornalista Carlos Drummond de Andrade, sob pseudônimo de Antônio Chrispim, escreve: “Meus olhos mineiros namoram o Presépio e dizem alegremente: mas que bonito!” O poema Pipiripau batiza o presépio.

1939 – A frente do Presépio do Pipiripau começa a ser ornada com cristais, sucata e pedraria.

1950 – Seu Raimundo começa a utilizar conchas para representar novas figuras.

1960 – Seu Raimundo aposenta-se na Imprensa Oficial (onde ingressou em 1927) e continua trabalhando na montagem do presépio em um galpão montado no quintal da sua casa, no bairro Sagrada Família. O presépio chega a 20 metros quadrados, 580 peças e 45 cenas. Pipiripim, a versão miniatura do Pipiripau, é criada.

1971 – Seu Raimundo recebe a Medalha da Ordem dos Pioneiros, em reconhecimento à sua significativa atuação na construção da história e da cultura de Belo Horizonte.

1976 – Primeira exposição pública do Pipiripau, no Parque de Exposições da Gameleira.

1976 – Transferência do Pipiripau para o Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, que o adquiriu formalmente em 1983. Seu Raimundo continuou oferecendo manutenção e supervisão ao presépio até falecer.

1984 – O Presépio do Pipiripau é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional .

1986 – O Pipiripim, versão miniatura do Pipiripau, também é transferido para a UFMG.

1988 – Em 27 de agosto, aos 93 anos de idade, Seu Raimundo falece.

2012 – O presépio é fechado para diagnóstico e elaboração de projetos de reparo.

2014 – Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais (Cecor) da UFMG inicia os trabalhos de restauração.

2017 – Reinauguração do Presépio do Pipiripau.

******

Release: Rede Comunicação de Resultado

(31) 2555-5050 / 242 | (31) 9.88923987www.redecomunicacao.com

Localização:

Presépio do Pipiripau – Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG

R. Gustavo da Silveira, 1035 – Santa Ines, Belo Horizonte – MG, 31080-010

 

Como visitar o Estádio Camp Nou, em Barcelona

Se você é fã, ou então apenas gosta e aprecia, ou pelo menos “simpatiza” com este esporte chamado futebol, a visita ao lendário Estádio Camp Nou é programa obrigatório na cidade de Barcelona, casa de um dos maiores e melhores clubes de futebol de toda história: o poderoso Barcelona F.C.

Estádio Camp Nou – FC Barcelona

 

Confesso que sempre tive uma simpatia enorme pelo Barcelona, seja pela quantidade de craques brasileiros que passaram e fizeram sucesso por lá (Ronaldo Fenômeno, Romário, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho) e agora Neymar, seja pelo fato de até poucos anos atrás o clube não estampar em sua camisa qualquer tipo de patrocínio, ou seja pelo bom futebol sempre praticado pela equipe ao longo dos anos, verdade seja dita, o “Barça” é o meu primeiro time na Europa.

Vou ser sincero: separe pelo menos 4 horas para uma imersão total no “mundo Barça”, com direito a visita às instalações do Estádio, ao fantástico museu e à “Megastore”.

Como chegar no Estádio do Camp Nou

Chegar no “Camp Nou” é muito fácil. O Estádio está localizado no distrito residencial de “Les Corts”, uma das regiões mais bacanas da cidade, na parte alta da “Avenida Diagonal”, formado por 3 bairros: “Les Corts”, “La Maternitat i Sant Ramon” e “Pedralbes”. Para visualizar a região, clique AQUI. 

Mesmo não possuindo estação de metrô própria, existem algumas estações nas imediações, como as estações “Les Corts”, “Maria Cristina”, “Palau Reial” e “Zona Universitária” (Linha 3 – Verde), ou ainda as estações “Badal” e “Collblanc” (Linha 5 – Azul). O grande “macete” é analisar no mapa do metrô da cidade a sua localização inicial para então decidir qual o melhor trajeto.
Caso seu deslocamento seja pelo “ônibus turístico” da cidade, vale lembrar que existe um ponto bem em frente o Camp Nou.
Estádio Camp Nou – FC Barcelona 
Algumas informações e curiosidades sobre o “Camp Nou”:
  • Seu nome oficial é “ESTADI FUTBOL CLUB BARCELONA”, e é considerado 05 estrelas pela UEFA;
  • Inaugurado em 24 de setembro de 1957, quando o FCBarcelona abandonou seu antigo “Estádio de Les Corts”, por ser muito pequeno. A primeira partida no novo estádio foi um amistoso entre o Barcelona e a seleção da Varsóvia, com vitória catalã por 4 a 2;
  • Já o primeiro jogo oficial, válido pela Segunda Rodada do Campeonato Espanhol da temporada 1957/58, ocorreu na vitória do Barcelona sobre o Real Jaén por 6 a 1;
  • O Estádio também é famoso pela frase “MÉS QUE UN CLUB”, que significa um clube defensor dos direitos e das liberdades democráticas, pois o Barcelona foi duramente perseguido pela ditadura de Primo de Rivera, a partir de 1925, e posteriormente pelo Franquismo, até a intervenção fascista no clube. Esses fatos reforçaram a identidade catalã e a luta pela democracia.  
  • O estádio foi projetado por Francesc Mitjans (1909/2006), nascido na própria cidade de Barcelona e trata-se de figura chave para interpretar a renovação da arquitetura catalã a partir da década de 50. 
  • O “Camp Nou” passou por algumas reformas. Em 1981 o estádio foi ampliado para 150 mil lugares visando a COPA DO MUNDO DE 1982, disputada na Espanha. Em 1998, obedecendo normas da UEFA, substituiu as áreas onde torcedores ficavam em pé por assentos, diminuindo sua capacidade para 99.354 pessoas, segundo a página sobre o Camp Nou no site do Barça. Do total de sócios (mais de 173.000), cerca de 86 mil são “abonados”, ou seja, contam com carnê para toda a temporada. Comprar ingresso para jogos decisivos não é nada fácil!
Més Que un Club – Estádio Camp Nou – FC Barcelona

 

Outro fato interessante é que no próprio estádio estão localizados tanto a sede social quanto administrativa do clube, além de um excepcional museu. O complexo esportivo conta ainda com outro estádio, o “Mini Estadi” (capacidade para 20 mil pessoas) utilizado pelo Barcelona B e um ginásio multiuso para  8 mil pessoas, além de dormitórios para os jogadores das categorias de base. O CAMP NOU também é palco de diversos eventos (esportivos, sociais e culturais).
Estádio Camp Nou – FC Barcelona
Chegamos ao estádio pelo “ônibus turístico” já no final da manhã, e a expectativa era enorme, afinal de contas, teria a oportunidade de conhecer “in loco” um dos mais famosos templos do futebol mundial,  visitado por cerca de 1,3 milhão de pessoas todos os anos.

Comprar o ticket de entrada é muito fácil, e nossa opção foi pela própria bilheteria do estádio, ao preço de 25 Euros cadaExistem outras alternativas, como adquirir o ingresso “on line” ou através de máquinas com vendas automáticas. Para saber os locais e preços atualizados, clique AQUI.

 

Do lado externo do estádio estátua do ídolo búlgaro Kubala, cujo talento levava muitos adeptos do futebol ao antigo campo de LES CORTS, que se tornou rapidamente pequeno para tantos apaixonados pelo seu futebol. Esse foi um dos fatores que levou o Barça a construir o CAMP NOU.
Estádio Camp Nou – FC Barcelona

No site do Barcelona, a visita ao Estádio tem o nome de “Camp Nou Experience”, e é dividida em 3 partes, a contar:  o Museu, o Tour e a “Zona Multimídia”. Iniciamos nossa “viagem” pelo museu, logo após uma rampa ao lado da bilheteria, e nada mais óbvio e convidativo para a recepção do Barça:  o próprio escudo do Barça.

A próxima hora foi de puro deleite: muitas curiosidades sobre o clube, tais como o primeiro escudo, uma camisa imortalizada pelo Capitão Puyol, fotos antigas de jogadores, chuteiras, bolas e camisas imortalizadas.
Camp Nou – FC Barcelona

Mais adiante, parada obrigatória na sala de troféus, onde deparamos com as grandes conquistas da história do Barcelona, dentre Campeonatos Espanhóis, Copas do Rei, Ligas dos Campeões, e outros, muitos outros títulos.

Destaque especial para as 6 copas levantadas pelo Barça em 2009: Liga Espanhola, Copa do Rei, Champions League, Supercopa da Espanha, Supercopa da Europa e Mundial Interclubes (ah, eles também valorizam o Mundial Interclubes, ao contrário do senso comum!). Você pode ouvir o imponente hino do Barça, com tradução da letra para vários idiomas.
Estádio Camp Nou – FC Barcelona

Camisas comemorativas!!

Camp Nou – FC Barcelona

Destaque especial para os craques do passado, dentre eles os brasileiros Ronaldo e Romário, além de Suarez (o outro, não o atual uruguaio), e Cruyff.

O mais interessante no museu, na minha opinião, é a “Zona Multimídia”.

Uma mesa enorme cheia de telas “touchscreen” permite ao visitante saber mais sobre 200 (duzentos!) capítulos importantes da história “blaugrana”, como o primeiro clássico Barça-Real Madrid, o primeiro título, os primeiros ídolos, as mais antigas “samarretas” (camisetas, em catalão) e muitas outras opções interativas.

Permaneci simplesmente por cerca de 40 minutos nesse local, visualizando gols dos brasileiros Romário, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo, o gol do primeiro título do Barça na Champions League, além de lances de Maradona, Messi, Laudrup dentre tantos outros craques que vestiram a camisa do Barcelona.  É necessário apenas um toque na tela e o lance ou gol aparece à sua frente.
Sensacional!!
Após nos deliciarmos com toda estrutura do museu e da Zona Multimídia, iniciamos o “tour” pelas arquibancadas do Estádio.
Estádio Camp Nou – FC Barcelona

Verdade seja dita: Sim, o Estádio é realmente de arrepiar, mas a verdade é que a “mística” do Barcelona se confunde com a própria cidade de Barcelona, devido a toda uma história que resumimos no início deste post. Não há como negar que o “Camp Nou”, em comparação com o Mineirão, Itaquerão ou Alianz Park, e tantos outros estádios construídos para a Copa 2014, em alguns aspectos encontra-se bastante ultrapassado, principalmente nas arquibancadas.

Saindo das arquibancadas, temos uma tela enorme que exibe um mosaico de torcedores de todo o mundo cantando o hino do Barcelona. É de arrepiar até o mais incrédulo torcedor de futebol, mesmo aquele que não tenha qualquer simpatia pelo clube!! 

Abaixo imagens dos craques no formato “figurinhas”. Jogadores e seguidores, todos unidos pelo Barça!!
Simplesmente espetacular!!
Estádio Camp Nou – FC Barcelona

Lembrando que a visita ao “Estádio Camp Nou” não é guiada. Caso queira, o interessado pode alugar um audioguia. Na última etapa da visita, é possível conhecer o gramado, passando antes pelos vestiários e pela capela do estádio.

Estádio Camp Nou – FC Barcelona

Última parada: Espaço reservado para a imprensa.

Estádio Camp Nou – FC Barcelona

Finalizamos o tour na loja do clube, onde comprei mais um adesivo para minha coleção, por 6 Euros (uma camisa do Barça custa cerca de 105 Euros).

Experiência sensacional e plenamente recomendada!!
Para horários atualizados de visita ao Estádio, clique AQUI.

Para saber sobre Amsterdam Arena, veja AQUI.

Para saber sobre o Estádio Rose Bowl, Pasadena, Los Angeles, veja AQUI.

Para saber sobre o Estádio Bayern de Munique, veja AQUI.

Para saber sobre o Estádio do Wembley, veja AQUI.

Para saber sobre o Estádio Vicente Calderón, veja AQUI.

Dicas de Pubs em Camden Town, Londres

Promessa é dívida! Conforme dissemos no último post sobre Camden Town, hoje vamos compartilhar nossa experiência cervejeira em 4 Pubs imperdíveis no bairro mais “cool” de Londres. Para ler o primeiro post sobre Camden Town, clique AQUI.

Nossa sugestão: após um dia de intensas atividades turísticas pela região, faça um verdadeiro “tour” pelos pubs do bairro, sendo plenamente possível conhecê-los a pé.

1 – The Elephants Head 

224 Camden High Street, Londres

Localizado em local estratégico em Camden Town, ao lado do prédio da MTV e minutos de caminhada da estação de metrô Camden Town, a nossa primeira dica é um autêntico Pub londrino vitoriano, inaugurado no longínquo ano de 1832, que à época fazia parte da cervejaria “Elephant Ale”, que fabrica cervejas desde 1800.

The Elephants Head – Camden Town

Ótima opção para aquela “Happy Hour” regada a excelentes brejas e o imprescindível “Fish and Chips”, o Pub também oferece aos visitantes uma programação musical diversificada, que vai do rock n’roll ao reggae.  Às quartas-feiras o dia é de “Karaokê”, onde os turistas de diversas partes do mundo fazem a festa.

Para conhecer a programação detalhada do Pub, clique AQUI.

The Elephants Head – Camden Town

No cardápio, que conta com boa carta de brejas em garrafas e de “Draft Beers”, o Pub disponibiliza ainda opções de vinhos brancos e tintos, além de espumantes e alguns “quitutes” para acompanhamento.

Para conhecer o menu completo do Pub, clique AQUI.

The Elephants Head – Camden Town

Como não poderia deixar de ser, iniciamos as atividades cervejeiras da noite com uma deliciosa “Guinness”, acompanhado, claro, do tradicional “Fish and Chips”. Nada mais clichê e delicioso!

Outro detalhe interessante é que o lugar também é frequentado por “punks” e “skins” (os originais, não os racistas!!), todos reunidos e sem nenhuma confusão.

The Elephants Head – Camden Town

Enfim, trata-se de um típico pub inglês, com boa comida, excelentes brejas, ótimo custo-benefício e internet de qualidade. Como diferencial, oferece no cardápio até chocolate quente e possui banheiros muito arrumados,  que fornecem até creme hidratante para as mãos.

Para saber mais sobre o Pub, clique AQUI.

The Elephants Head – Camden Town

2 – BREWDOG Camden 

113 Bayham Street | Camden Town 

Duas curiosidades sobre este Pub: ao contrário da maioria dos Pubs de Londres, que sempre se vangloriam que foram abertos há mais de 100 anos, o “Brewdog” não esconde que foi aberto apenas em 2011, sendo um dos caçulas da região. E outra: trata-se do primeiro pub da franquia fora da Escócia!!

Brewdog – Camden Town

Também com ótima localização em Camden Town, bem próximo às principais estações de metrô, o forte deste pub é a grande quantidade e variedade de cervejas artesanais internacionais, além da ótima estrutura de dois andares e do menu tipicamente britânico, com um leve toque escocês, onde destacamos os menu de hamburgueres, pizzas, asinhas de frango e cachorros quentes, minuciosamente preparados para harmonizarem com as ótimas brejas disponíveis. Para conhecer o menu degustação, clique AQUI.

Brewdog – Camden Town

Sempre muito concorrido, a dica é chegar logo no início da “Happy Hour”. Também são destaques o ótimo atendimento, com garçons sempre solícitos para repassar as mais diversas informações sobre cervejas, música de qualidade e ambiente muito agradável!

Dentre as brejas que degustamos, não deixe de apreciar a “PUNK IPA” e a “COCA PSYCHO”, simplesmente fantásticas! Para o cardápio completo de brejas disponíveis e mais informações sobre o pub, clique AQUI.

Brewdog – Camden Town

Outro diferencial da “Brewdog”: é possível adquirir brejas para viagem e souveniers diversos, como camisas, chaveiros e taças/copos.

Brewdog – Camden Town

3 – The Camden Eye

2 Kentish Town Rd, Camden Town 

O diferencial deste Pub, além, é claro, das ótimas cervejas especiais e do cardápio variado, é que trata-se de um Pub temático, com foco esportivo, principalmente eventos esportivos americanos, como NFL e NBA. Da mesma maneira que os dois primeiros pubs deste post, encontra-se localizado no coração de Camden Town, e o primeiro andar é ideal para festas privadas, reuniões entre amigos ou celebrações diversas, como aniversários.

The Camden Eye – Camden Town

No cardápio, destaca-se (novamente!!) o “Fish and Chips” e a pizza à lenha, que tivemos a oportunidade de degustar e realmente é uma delícia! Para conhecer o cardápio completo, clique AQUI.

The Camden Eye – Camden Town

Além das excelentes opções de cervejas e boa comida, o Pub possui uma decoração diferenciada, ótimo atendimento e é sempre muito animado, com a presença de DJ’s sempre às sextas-feiras e sábados.

The Camden Eye – Camden Town

Outra dica é degustar a famosa salsicha com purê e os “bolinhos com nutella” como sobremesa. Imperdível!

O Pub oferece também algumas das melhores cervejas inglesas do mercado. No dia da nossa visita, a famosa breja do Iron Maiden, idealizada nada menos que por Bruce Dickinson estava disponível para os fãs de brejas e rock n’roll.

O Camden Eye também oferece uma gama enorme de tipos de Tequila para aqueles que necessitam de uma bebida mais “caliente”!!

4 – The Hawley Arms 

2 Castlehaven Road, Londres

Para encerrar com chave de ouro o post, o icônico “The Hawley Arms”, inaugurado em 2004 e um dos locais preferidos da finada cantora Amy Winehouse.

Localizado praticamente ao lado da Camden Lock, é local ideal para um “pit stop” após um dia intenso pelos mercados locais, seja para degustar uma excelente breja, ouvir músicas de qualidade ou simplesmente para apreciar a ótima estrutura, que conta com dois bares, pátio, terraço e até lareira.

The Hawley Arms – Camden Town

O cardápio é variado, com destaque para as excelentes “asas de frango” e a saborosa “lula frita”. Para conhecer todo cardápio, clique AQUI. Os hamburgeres também são sensacionais, e confesso: experimentei umas das melhores IPAs da minha vida neste PUB!!

The Hawley Arms – Camden Town

A decoração também é muito bacana, com diversas fotos e citações nas paredes de frequentadores ilustres e uma pequena escultura da Amy, além do bom atendimento e aquele ambiente descolado e informal típico de Camden Town.

The Hawley Arms – Camden Town

 Para mais informações sobre o The Hawley Arms, clique AQUI.

The Hawley Arms – Camden Town

Cheers!!

Translate »