Dicas para visitar a Grande Muralha da China (Mutianyu)

Quando pensávamos em conhecer a China, um dos primeiros primeiro lugares que vinha em nossa mente era a Grande Muralha. E com certeza não sentiríamos realizados e com a sensação de ter realmente conhecido o país, se não tivéssemos ido a algum dos locais onde a Grande Muralha é visitada.

Um pouco da História da Grande Muralha da China:

A Muralha da China ou Grande Muralha da China, como também é conhecida, é uma estrutura de arquitetura militar construída durante a China Imperial. A data correta do início da construção é incerta. Vimos três datas muito distintas nos sites de informação sobre o local: um deles ressalta que a construção se deu por volta do ano de 220 a.C., a segunda fala que foi entre os anos de 476 a.C. e 221 a.C. e a outra por volta do ano 600 a.C.. Mas a data de finalização da obra foi mais precisa… perdurou durante várias dinastias, finalizando por volta do século XV. Na verdade, ela continua sendo reconstruída/restaurada até os dias de hoje, com o único objetivo de preservá-la.

Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu

Sua extensão também possui informação distorcida. Alguns falam que era em torno de 8.500km. Mas, em 2012, informaram que uma nova medição foi realizada e que a Grande Muralha mede em torno de 21.196km, e com aproximadamente 7m de altura. Conforme o mapa abaixo, começou na fronteira noroeste da China, em Jiayuguan, e terminou na fronteira coreana, em Hushan, passando por nove províncias e municípios.

Great Wall map completo

Em 1987, a Grande Muralha da China (Great Wall) recebeu o título de Patrimônio Mundial da Unesco, e em 2007, tornou-se uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno.

Mas por que a Grande Muralha foi construída?

A Grande Muralha foi construída para proteger o Império Chinês de invasões de vizinhos do Norte. Os chineses sempre tiveram muito medo de invasões, e portanto, realizavam obras para sua proteção (não foi assim com os Guerreiros de Terracota?). Mas na verdade, quando a Grande Muralha começou a ser construída não havia qualquer ameaça de invasão. Logo, a construção foi para evitar ataques futuros!

Acabou que a Grande Muralha serviu para enviar aqueles que realizavam desordem no país, e obrigá-los a trabalhar, além de abrigar muitos soldados sem trabalho. Entretanto, mesmo com tamanha magnitude, não foi suficiente para proteção da China que sempre viveu invasões e ameaça de invasões dos Mongóis, xiambeis e outros povos.

Conta-se, também, que muitos chineses que ajudaram na construção da Muralha, quanto os soldados que lá trabalhavam morreram. Muitas vidas se perderam na Grande Muralha.

Em 1664, perdeu sua função estratégica e foi abandonada. E somente em 1980, tornou-se símbolo da China, passando a ser reconstruída, preservada, tornando-se um dos pontos mais visitados no país.

É possível ver a Grande Muralha do espaço? 

Grande Muralha vista do espaço
Grande Muralha vista do espaço

Procuramos muito a resposta para esta pergunta antes da nossa viagem. Mas na verdade, não é possível vê-la por completo do espaço sem alguma máquina ou aparelho profissional de aumento. Astronautas informam que do espaço é possível ver apenas água, nuvens e vegetações.

A NASA explica que apenas algumas partes, em épocas de neve e com um aparelho bem especial podem ser visto do espaço, divulgando a foto ao lado.

A Revista Galilleu também explica este mito criado ao longo dos anos.

Onde visitar a Grande Muralha da China?

Os pontos mais famosos da Grande Muralha são em Badaling, Jiankou, Mutianyu, Jinshanling e Simatai. Partindo de Beijing, os pontos mais visitados são Badaling e Mutianyu. Enquanto Badaling é mais turístico e fica sempre mais cheio, Mutianyu é menos turístico e consequentemente menos visitado, mas considerado um dos pontos mais bonitos.

Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu

Apesar de ser mais fácil e prático chegar em Badaling (inclusive de transporte público a partir de Beijing), preferimos visitar a Grande Muralha em Mutianyu. Ambos possuem o mesmo tempo a partir de Beijing (em torno de 1h30 / 1h40).

Sobre Mutianyu

Localizada a 65 km de Beijing, é uma das partes mais preservadas e conhecida por sua beleza! E como falamos acima, também é bem mais vazia que o trecho em Badaling. Além disso, foi reformada para viabilizar o turismo com segurança.

Mutianyu possui 5.400m, aproximadamente. Estima-se que sua construção se deu por volta de 550-557, depois, foi reforçada pela Dinastia Ming. Todo o caminho é feito por pedras, sendo que possui de 7 a 8 metros de altura, por 5 de largura. Alguns pontos da caminha possuem escadas bem íngremes.

Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu

Qual a melhor época para visitar a Grande Muralha?

Podemos dizer que todas as estações! Pois o lugar é bonito por si próprio, e traz um charme diferente na primavera, no verão, outono ou inverno. Talvez seja mais incômodo visitá-la durante o calor intenso do verão, ou sob chuva ou neve.

Visitamos a Grande Muralha (difícil acreditar nisso até hoje, rsss) em fevereiro de 2016, durante o inverno chinês. E apesar do frio (com temperaturas negativas), a caminhada acaba ajudando para nos manter aquecidos. Destaque para o céu azul, sem nenhuma nuvem!

Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu

Que tipo de roupa usar e o que levar?

Roupas bem confortáveis para a caminhada é o recomendado, além de não levar tanto peso em bolsas ou mochilas. Fomos apenas com as câmeras, calçado e roupa confortável para caminhada. E como estávamos no inverno, não dá para ficar sem gorro para a cabeça, cachecol e luvas. Nós também utilizamos um adesivo que mantém os pés e as mãos aquecidas por 5 a 8 horas (estes foram comprados nos Estados Unidos).

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Adesivos Toe Warmers para ajudar no aquecimento das mãos e pés

Água e protetor solar também são imprescindíveis!

Como chegar em Mutianyu?

Depois de decidir qual ponto visitaríamos da Grande Muralha, começamos a pesquisar como chegaríamos no local. Queríamos deixar tudo pronto daqui, por que mesmo tendo guias recomendados pelos hotéis, estando lá era tudo mais inseguro. Assim, encontramos um post da Dri Everywhere explicando como ela chegou na Grande Muralha, e o contato do guia chinês que utilizaram (Michael Dong, e-mail: [email protected] / telefone e WhatsApp +8613671038062).

E nós, também, aprovamos e recomendamos o trabalho do Michael (Michael Dong, e-mail: [email protected] / telefone e WhatsApp +8613671038062). Ele não faz exclusivamente a Grande Muralha da China, ele faz diversos outros passeios, busca em aeroporto, e também dá suporte em Beijing, Xian, Datong, Pingyao and Guilin. Podem contratá-lo de olhos fechados! Sempre estamos conversando, e ele me atualizando sobre novidades etc.

Atualizando: Michael tem recebido muitos brasileiros através da nossa indicação no blog. E ele é tão gentil, profissional, que tem aprendido um pouco de português para auxiliar a brasileiros que não falam o idioma inglês. Então, de verdade, o idioma com o Michael não é nenhum problema para visitar a Grande Muralha tendo-o como motorista.

Apesar do Michael ser chinês, fala em inglês fluentemente, respondeu meu e-mail sempre no mesmo dia (observando o fuso-horário é claro), foi super atencioso, nos buscou no hotel impreterivelmente no horário combinado, nos levou com segurança até a Grande Muralha, nos ajudou na compra dos tickets de entrada, nos aguardou durante nossa visita, e nos levou com segurança de volta até o hotel. E achamos muito bacana, também, que, quando estávamos quase chegando na Muralha, ele parou em uma cidade próxima para comprarmos água. Segundo Michael, na base da Grande Muralha tudo é muito mais caro (inclusive é bom negociar antes da compra).

Quanto custa visitar Mutianyu?

Não é um passeio barato! Mas para 4 pessoas ficou bem mais em conta. O Michael faz um preço de acordo com seu carro de passeio, onde cabe até 4 pessoas. No nosso caso, visitamos a Grande Muralha dois dias depois da virada do Ano Novo Chinês, que é considerado feriado e uma data muito importante para sua família. Sugerimos que consulte o preço diretamente com ele, pois o mesmo pode alterar de acordo com a data, período, etc.

Pagamos 45 CNY para o Ticket de entrada à Grande Muralha, 15 CNY pelo Ônibus e Cable Way e volta por Tobogã, por 100 CNY. Total por pessoa 160 CNY (valores para fevereiro/16). No total, pagamos 160 CNY por pessoa.

Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu

Como foi a nossa visita à Grande Muralha? 

Acordamos bem cedo, e às 07:30h, já estávamos saindo do Hotel. O melhor horário para visitar a Grande Muralha é pela manhã, uma vez que está ainda mais vazia que no decorrer do dia. O trajeto de carro até Mutianyu durou cerca de 1:40h (antes de chegar na base da Muralha, o Michael, nosso guia, parou para comprarmos água).

Logo na chegada, antes dos restaurantes e lojas, fica o local onde os tickets são vendidos. Pagamos em dinheiro (não aceitam cartões, como a maioria das atrações na China como parques, etc.). Fomos imediatamente para o local onde o ônibus parte até a base da Grande Muralha em Mutianyu, que parte conforme os horários da tabela abaixo:

Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu

O trajeto do ônibus dura em torno de 5 minutos. E logo estávamos aos pés da Grande Muralha, para subir a pé, de Cable Car ou Cable Way. Apesar da possibilidade de subida à pé, subimos no Cable Way com o casal de amigos, e mesmo com frio, foi super divertido!

Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu

O trajeto de Cable Way até o caminho da Grande Muralha, durou mais uns 10 minutos. Chegamos próximos ao ponto 6, do mapa abaixo, subimos uma escada e já estávamos no caminho da Grande Muralha. Mas do ponto 6, andamos até o 1, que possui mais escadas, e depois, andamos novamente pelo ponto 6, que é o mais plano.

Mapa da Grande Muralha, em Mutianyu
Mapa da Grande Muralha, em Mutianyu

Na verdade, a gente queria ter andado todo o trajeto, mas acabei tendo um resfriado durante a viagem, e andar com corpo dolorido acaba sendo mais difícil. Mas o tempo que estivemos lá, curtimos cada segundo! E escrever este post, é o mesmo que reviver cada momento.

Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
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Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu (Fábio e Marcelo)
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu (Minha amiga Alê e eu)

Para retornar à base, você pode ir a pé, de Cable Way/Cable Car ou descer de tobogã em um percurso de 1580m. Claro que descemos de tobogã! É muito fácil usar o freio e soltá-lo para acelerar o “carrinho” (para trás; freia, para frente, acelera), e não tem nenhum risco! Se você estiver com medo da velocidade, é só frear! Nossa decida durou cerca de 5 minutos.

Tobogã na Grande Muralha, em Mutianyu
Tobogã na Grande Muralha, em Mutianyu
Tobogã na Grande Muralha, em Mutianyu
Tobogã na Grande Muralha, em Mutianyu
Tobogã na Grande Muralha, em Mutianyu
Tobogã na Grande Muralha, em Mutianyu
Tobogã na Grande Muralha, em Mutianyu
Tobogã na Grande Muralha, em Mutianyu
Tobogã na Grande Muralha, em Mutianyu
Tobogã na Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Tobogã na Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu

Voltamos para o lugar que o Michael estava nos esperando com o carro, e aproveitamos para olhar alguns artesanatos e fazer um lanche, antes de voltar para Beijing.

O lugar tem muito artesanato, souvenir e produtos típicos da China. Mas tudo bem mais caro que na cidade de Beijing! Lembre-se de pechinchar bastante! Pois é da cultura chinesa pechinchar. Mas não pechinche tanto, ao ponto de desvalorizar o trabalho deles, nem tampouco comece uma negociação de algo que não vai comprar.

Base da Grande Muralha, em Mutianyu
Base da Grande Muralha, em Mutianyu
Base da Grande Muralha, em Mutianyu
Base da Grande Muralha, em Mutianyu

E para finalizar, vejam o vídeo do dia que visitamos a Grande Muralha:

Horário de visita para a Grande Muralha:

Abr-out: 8:00 -17: 00 – nov-mar: 8: 30-16: 30

Valor: 45 CNY para a entrada; 15 CNY para o cable way; 100 CNY para o Tobogã (os valores podem sofrer alteração).


Vejam o nosso post com as dicas sobre Beijing (Pequim), AQUI.

Nosso roteiro pela Ásia (China, Hong Kong e Macau)

Preparem-se, pois o post é longo! Quando decidimos que o próximo destino seria a China, o primeiro ponto decidido foi que a viagem deveria durar pelo menos duas semanas, devido à distância, tempo de vôo, inúmeros locais interessantes que poderiam ser visitados, dentre outras variáveis que serão relatados nesse texto. Feitas as contas e levadas em conta todas as variáveis, chegamos à conclusão que 3 semanas seria um número interessante.

Outro ponto importante que sempre devemos considerar: atravessar o mundo para conhecer apenas uma cidade, um lugar? Muito pouco!! Merecíamos mais!! Iniciamos o planejamento pensando em 4 cidades, e terminamos o roteiro com 8. Resultado? Ficamos plenamente satisfeitos com nossa viagem! 🙂

Decidimos iniciar e encerrar nossa viagem por Shanghai, cidade chinesa com os melhores preços de bilhetes partindo do Brasil e alvo constante de promoções. Após a confirmação da compra dos bilhetes, iniciamos a confecção do roteiro, com algumas diretrizes básicas: uma metrópole moderna, uma intermediária e uma no estilo Wild China, muito comum nos nos Documentários da B.B.C ou National Geographic.

Nada melhor que jogar todas as cidades no Google Maps,  não é mesmo? Daí para frente, é só pesquisar sobre a melhor logística para deslocamento. Nosso roteiro ficou dessa maneira:

ShanghaiBeijing – Xí-an – Guilin – Yangshuo – Hong Kong – Macau – Shanghai – Suzhou – Shanghai

Roteiro CHINA MAPA

Hong Kong e Macau são territórios independentes da China, com certa autonomia. Assim, caso decida incluir essas cidades (ou país?) no seu roteiro, observe qual o tipo de visto será necessário, ou seja, com uma, duas, ou entradas múltiplas na China. No nosso caso, decidimos pelo Visto de duas entradas, pois o roteiro englobava uma visita a Hong Kong e Macau, com retorno ao final a Shanghai. Nosso post sobre como tirar o Visto para a China está aqui.

Caso esteja na China apenas de passagem para algum outro País da Ásia, vale a pena verificar se a cidade da sua conexão possui a isenção do visto para 72 horas. Verifique no site da Embaixada da China.

Voltando ao assunto das cidades escolhidas, caso jogue nosso roteiro no Google Maps, é fácil constatar que decidimos por uma viagem em forma de círculo, com início e término em Shanghai. Dependendo da organização do seu roteiro, existe a possibilidade da visita a alguma cidade se tornar inviável, devido à distância, passagens/tickets, preços e outras variáveis importantes.

Recomendamos TODAS as cidades que visitamos! Foi uma viagem incrível, uma experiência que jamais nos esqueceremos. Inclusive recomendamos o acréscimo de mais três lugares: as montanhas coloridas (Rainbow Moutain), que só saíram do nosso roteiro devido ao difícil acesso e à falta de tempo, ; Chengdu, que é a única cidade em que você pode ter a experiência de tocar em um Panda; e Zhangjiajie, na Província de Hunan, local de inspiração para o filme Avatar. Na verdade, existem muitos lugares para visitar na Província de Hunan. A Thaís do Guia Mundo Afora foi em Zhangjiajie e nos deu muitas dicas! Vejam o post dela aqui.

Shanghai:

Shanghai (ou Xangai, em Português): das cidades que visitamos, trata-se do melhor local para conhecer de perto o desenvolvimento pulsante do País. Trata-se de uma renomada metrópole internacional que atrai olhares do mundo inteiro! Pense em uma cidade multicultural, em uma mistura perfeita do moderno com o tradicional, do Ocidente com o Oriente. Ao mesmo tempo que é possível admirar arranha-céus de arquitetura arrojada, é possível visitar construções e arquiteturas antigas, daquelas que conseguimos identificá-las em qualquer parte do mundo! Em Pudong, por exmplo, você com certeza se sentirá no futuro! Já imaginou banheiros de Shoppings Centers com vasos sanitários ultramodernos e digitais, onde você escolhe inclusive o tipo de jato e temperatura da água para se higienizar? Isso é Shanghai, meu amigo!

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Shanghai vista do The Bund
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Yu Yuan Garden

Ficamos hospedados em dois hotéis distintos durante nossa passagem por Shanghai. Eis a dica que sempre repetimos: prefira hotéis próximos às estações de Metrô. Outro aspecto importante: A língua é o maior obstáculo entre turistas e taxistas. Caso consiga pegar um táxi, tenha em mãos o nome do estabelecimento em Mandarim e torça para a boa vontade do motorista. Ou seja, melhor se deslocar a pé da estação de metrô, um dos melhores do mundo, para o hotel.  Ficamos hospedados no  Ibis Lianyang, localizado mais ou menos a uns 20 minutos a pé da estação de metrô  Middle Yanggao Road. E andar 20 minutos com as malas pelas ruas até encontrar o hotel, não é muito agradável, não é mesmo? Como sempre ficamos nos hotéis da rede Accor, achamos que na China eles seriam nossa salvação, já que conhecemos o padrão da rede. Detalhe: a rede Ibis na China é um pouco inferior ao que estamos acostumados na maioria países que já visitamos, e o café-da-manhã é tipicamente chinês, com muitos vegetais e outros quitutes que não estamos acostumados no Brasil. Outro ponto importante que vale destacar é que poucos funcionários falam inglês, e acredite: eis um fator que pode dificultar um pouco na hora do check out, pois é necessário o cancelamento do ” depósito prévio” , uma espécie de ” Crédito Pré-Pago”, muito comum na China.

Já no retorno a Shanghai, que foi nosso primeiro e último destino, ficamos hospedados no Mandarin Oriental Pudong, um maravilhoso hotel que vamos apresentar o review nos próximos posts. Importante ressaltar que quando recebemos o convite para nos hospedarmos em algum hotel, relatamos nossa real experiência. Mas sem sombras de dúvidas, a rede Mandarin Oriental foi uma das mais impressionantes que já hospedamos. O objetivo da rede é de te impressionar! E eles conseguem, acredite! Vejam o post sobre nossa hospedagem AQUI.

Mandarin Oriental Pudong

O Mandarin Oriental Pudong oferece transfer de até 6 km de 30 em 30 min, mas é possível ir a pé a partir da estação Lujiazui, em uma caminhada de cerca de 5 minutos. Quais são os principais benefícios que o MO oferece para os hóspedes? Listamos alguns deles: Staff que fala inglês fluente, café da manhã com grande diversidade ocidental (e o tipicamente chinês, ou inglês se preferir). Veja o post completo da hospedagem AQUI!

Principais pontos turísticos em Shanghai (veja o post AQUI): Oriental Pearl TV Tower; The Bund; Shanghai World Financial Center; French Concession; People Square; Shanghai Museum; Yu Yuan Garden; Shanghai Zoo; Xin Tian Di Shanghai; Shikumen; Tiazinfang; Nanjing Road; Jade Buddha Temple. Veja o post com nossas dicas sobre Shanghai (Xangai) AQUITotal de Dias em Shanghai: 5 dias. Moeda: Yuan.

Nosso segundo destino foi a capital Beijing, e decidimos pela compra das passagens de trem pelo site da Travel China Guide. Os valores do bilhete para o Ano Novo Chinês foram em torno de 100 dólares por pessoa (segunda classe), e a viagem durou cerca de 4h40 a 5h. Ao escolher, preste atenção na quantidade de paradas (pois quanto menos paradas, mais rápida será a sua viagem e até mais barata). Vamos fazer um post contando como foi a experiência no “Trem Bala”.

Beijing: 

Beijing (ou Pequim) é a Capital da República da China e uma das cidades mais populosas do país (em 2013, ultrapassava 20 milhões de habitantes). Está localizada ao Norte do País, e tornou-se uma das cidades mais visitadas no mundo, recebendo mais de 140 milhões de turistas ao ano. Além dos seus inúmeros pontos turísticos, é conhecida, também, por ser ponto de partida para a “Grande Muralha”. Foi a cidade que tivemos a oportunidade de visitar o maior número de templos e locais históricos, além de admirar a belíssima arquitetura chinesa. O que você vê em Beijing, dificilmente verá em outros lugares da China. Então, caso tenha curiosidade ou interesse em experimentar espetinhos de escorpiões ou outras esquisitices, eis o lugar! E já adiantamos: apesar de todo um processo psicológico para experimentarmos pelo menos um apetitoso espetinho de escorpião, simplesmente não conseguimos degustar essa iguaria!

Cidade Proibida, Beijing, China

Em Beijing, ficamos hospedados no Novotel Beijing Xin Qiao, que possui ótimo custo-benefício e excelente localização: fica em frente a estação de metrô Chongwenmen. Pequena descrição do hotel: quarto bem confortável, café-da-manhã delicioso e muito farto (tem de tudo que possa imaginar), além de staff atencioso. Possui inclusive um restaurante que serve pratos bem saborosos com preços justos.

Principais pontos turísticos, dos quais falamos com maiores detalhes AQUI: Tiananmen (Praça da Paz Celestial); The Place (um dos maiores Leds do mundo); Cidade Proibida (Forbidden City); Wangfujing Da Jie (local cheio de lojas, restaurantes e rua dos espetinhos de esquisitices; Behai Parque; Beijing Zoo; Palácio de Verão (Summer Palace); Estádio Ninho do Pássaro (Bird´s Nist) e Cidade Olímpica; Templo do Céu; Mercado das Pérolas; Hutongs.

Mutianyu (Grande Muralha)

Veja o post completo da AQUI.

Grande Muralha da China, Mutianyu

Total de dias em Beijing: 5 dias. Moeda: Yuan.

De Beijing para Xí-an você pode escolher o trajeto de Trem Bala, em torno de 4h50. Mas preferimos fazer o trajeto de avião, diante do horário que chegaríamos na cidade. Para trens, vejam no Travel China Guide (em torno de 129 dólares em primeira classe). Realizamos o trecho com a Air China, através da China High Lights. Vale a pena olhar também na Ctrip e na Travel China Guide

Xí-an: 

Nossa passagem em Xí-an foi rápida, mas extremamente proveitosa, principalmente para visitar os Guerreiros de Terracota ou Exército de Terracota (veja o post da nossa visita AQUI). Ao planejarmos o roteiro, achamos pouquíssimas informações na internet, e tínhamos a impressão que estávamos diante de uma cidade que não tinha sequer estrutura para abrigar turistas, etc. Que nada! A cidade é ótima, bem estruturada e cheia de pontos turísticos bacanas! E outra: nos arrependemos de ter ficado só dois dias na cidade (na verdade foi um dia e meio por causa da locomoção entre as cidades).

Ficamos hospedados no Hotel Ibis Heping Gate, localizado no interior do famoso “quadrado da Muralha da cidade” e bem perto de várias atrações turísticas. Detalhe importante: tivemos dificuldade para fazer o check out, pois os funcionários do hotel demoraram para fazer o cancelamento do depósito prévio, falam um inglês rudimentar, e ainda o tempos era escasso devido o próximo vôo! Mais uma dica: leve em conta tempo para imprevistos durante o check-out, exatamente para evitar problemas e riscos desnecessários. Principais pontos turísticos da cidade: Guerreiros de Terracota ou Exército de Terracota; Musilin Quarter (Quarteirão Árabe); City Wall Xian (Muralha da Cidade); Bell Tower (Torre do Sino); Big Pagoda; Defuxiang Bar Street (rua de 200 m cheia de Bares. Vale muito a pena conhecer!).

Total de Dias em Xí-an: 2 dias. Moeda: Yuan.

De Xí-an para Guilin, o próximo destino, caso decida ir de trem, são quase 24 horas de viagem. Preferimos fazer o trecho de avião, pela Beijing Capital Airlines, e compramos os tickets através da Travel China Guide. Já falamos aqui o motivos da preferência por essas agências.

Guilin: 

Guilin, China
Guilin, China

 

Guilin está localizada no sul da China e entrou para a nosso roteiro para conhecermos um pouco da “Wild China”. E  lá vivemos três experiências incríveis: subir de teleférico até a Yao Mountain, realizar um cruzeiro pelo Rio Li e um Raft em canoas de Bambu pelo Rio Yulong, um afluente do Rio Li. Para fazer o cruzeiro pelo Rio Li, necessariamente você terá que dormir uma noite em Guilin, ou ir bem cedo para a cidade. Por este motivo, preferimos estabelecer Guilin como nossa cidade âncora, e não Yangshuo. Ficamos hospedados no Grand Link Hotel, um hotel bem confortável, com excelente custo-benefício e bem próximo ao centro da cidade (5 min de táxi). Só tivemos um problema: os funcionários do turno da madrugada não falavam uma palavra sequer em inglês e tivemos mais uma vez uma pequena dificuldade durante o “check out”, pois apesar da boa vontade e do esforço para nos atender, foram quase 40 minutos para resolver tudo, com dificuldade para confirmação do cancelamento do depósito prévio, bem como para realizar o pagamento dos valores que gastamos no hotel. Mais uma vez: programe o check out com a antecedência necessária para esses imprevistos.

O que fazer na região (vamos falar detalhadamente de todas as atividades que fizemos em Guilin e Yangshuo):

  • Yaoshan Moutain;
  • Riyue Shuangta Cultural Park;
  • Elephant Runk Hill;
  • Cruzeiro pelo Rio Li;
  • Raft de bambu no Rio Yulong;
  • Passeios pelas plantações de Arroz ou chá.

Total de dias em Guilin: 2 dias (ficaríamos 5 dias tranquilamente). Moeda: Yuan.

De Guilin para Hong Kong tivemos a maior dificuldade durante a fase de planejamento da nossa viagem! Não haviam tickets de trem disponíveis, e por tratar-se de uma viagem internacional, os preços são bem salgados! Pagamos em torno de R$ 1.300,00 por pessoa para o trecho. Se não tivéssemos fechado os hotéis e comprado os tickets para o voo de Macau para Shanghai, havia a grande possibilidade de desistirmos dessas duas cidades, tudo diante da dificuldade de conseguirmos fechar o trecho Guilin/HK. Aos 42 minutos do segundo tempo, conseguimos fechar com a Travel China Guide, num voo pela Shanghai Airlines, com conexão em Shanghai. Saímos bem cedo de Guilin, e com essa conexão, chegamos em Hong Kong quase às 17h.

Veja o post sobre Guilin e Yanghsuo AQUI.

Tanto Guilin quanto Hong Kong foram destinos imperdíveis! O grande detalhe é que viajamos em pleno Ano Novo Chinês, quando acontece a maior migração de pessoas do planeta! Consequência: todos os tickets de trem se esgotaram com muita antecedência. Caso fosse possível, teríamos remanejado as cidades, o que infelizmente não foi possível!

Hong Kong:

Hong Kong foi outra grata surpresa da nossa viagem! Na verdade, todas foram bem acima das expectativas! 🙂 Hong Kong é uma região administrativa especial da China. Trata-se de um dos Centros Financeiros, Comerciais e Bancários mais importantes do mundo! Detalhes interessantes: A maioria das pessoas fala inglês, no entanto a língua oficial é o cantonês, um pouco diferente do Mandarim. De todas as cidades que visitamos, é a mais cara e a mais agitada, além daquela que voltaríamos fácil, fácil! Organizada, limpa, com excelente gastronomia e uma energia cativante!

Hong Kong

Devido à viagem ser em fevereiro, pegamos um bom pedaço de frio, além do tempo mais nublado, e um pouco de poluição/neblina, que não nos permitiu ter uma visão mais plena da cidade! A cidade ficou o tempo toda encoberta, inclusive no dia que fomos visitar o Big Buda, o que acabou prejudicado! Em Hong Kong, é fácil constatar a enorme influência inglesa, já que a cidade foi colonizada pelos britânicos: a mão de direção é inglesa e até as tomadas são do mesmo tipo daquelas adotadas na Inglaterra.

Hong Kong possui três hotéis da Rede Mandarin Oriental, e nós ficamos hospedados em dois deles: o The Landmark Mandarin Oriental (veja nosso post AQUI) e o Mandarin Oriental Hong Kong (veja nosso post AQUI). E verificamos pontos distintos de cada um destes hotéis que fizeram da nossa estadia única! Hotéis do nível do Mandarin Oriental são mais caros. No entanto trata-se de uma experiência única e inesquecível! E só mais um detalhe: saiba que cada centavo será muito bem gasto! O hotel surpreende! Acredite!

Caso não se hospedem em algum deles, experimentem a alta gastronomia de um dos seus restaurantes. Tanto o Amber, do Landmark, quanto o Pierre, do Mandarin Oriental Hong Kong, são restaurantes estrelados pelo Guia Michelin! O Mandarin Oriental Hong Kong foi o único hotel do mundo a receber status cinco estrelas pelo Forbes Travel Guide, em cinco categorias: hotel, spa e os três restaurantes: Pierre, Mandarin Grill e Bar and The Krug Room.

O que fazer na cidade (vamos falar detalhadamente em outros posts): Victoria Peak (e o Sky Terrace); Peak Tram; Lan Kwai Fong; Star Avenue (Avenida das Estrelas); Sinfonia das Luzes; Landmark; Centro Histórico; Sky 100 Observatório; Ngong Ping 360 (Teleférico); Ngong Ping Village; Big Buddha; Po Lin Monastery; Hong Kong Disneyland; Caseway Bay; The Latest Longevity Bridge; Jumbo Kingdom.

Total de dias em Hong Kong: 4 dias. Moeda: Dólar Hong Kong (HKD).

De Hong Kong para Macau fomos pelo Turbojet, que é um barco rápido e em torno de 50 minutos já estávamos no Porto de Macau. Como a maioria dos hotéis oferece transfer a partir do Ferry Boat, vale a pena conferir antes de chegar na cidade!

Macau 

Se incluir Hong Kong em seu roteiro, tente incluir Macau, que é a outra região administrativa especial da China, e que ficam muito próximas! Macau foi colonizada pelos Portugueses, no entanto só é possível constatar tal influência na  nas placas e nos documentos oficiais do governo, pois apenas 5% da população fala português. Vimos uma senhora que falava português (e mal!) e uma das funcionárias do Mandarin Oriental Macau que também falava poucas palavras.

Macau

Macau tem a parte histórica e a parte moderna, onde estão situados os Hotéis/Cassinos de cair o queixo, muito semelhante à icônica Las Vegas, com canais, passeios de gôndola, shows de águas e uma avenida que será a futura Strip (se já não for!). Apesar de muita gente preferir um bate-volta a partir de Hong Kong, não recomendamos uma estadia tão curta! A cidade é um espetáculo a parte, que vale a pena ficar pelo menos duas noites, sendo o ideal de três a quatro dias, para você curtir mesmo!

Ficamos hospedados no Mandarin Oriental Macau que possui uma vista incrível e está localizado ao lado do queridinho Hotel Lisboa. Atendimento especial, além de excelente restaurante/bar! E se tiver tempo, aproveite para um delicioso tempo bem gasto no Spa! Tivemos duas horas de tratamento e foi uma excelente oportunidade para descansarmos, desligarmos do corre-corre da viagem, e recarregar as energias! Saímos incrivelmente relaxados! 🙂 Veja nosso post AQUI.

Mandarin Oriental Macau

O que fazer (vamos falar detalhadamente): Conhecer os Cassinos; Ruínas de São Paulo; Largo do Senado; Rua da Felicidade; Rua Cunha e Vila da Taipa; Torre de Macau.

Total de dias em Macau: 2 dias (teríamos ficado 3 dias no total). Moeda: Pataca, mas o Dólar Hong Kong também é utilizado.

De Macau para Shanghai, seguimos pela empresa Macau Airlines. Lembrando que quando você chegar em Shanghai, terá que passar pela imigração novamente.

Suzhou: 

Suzhou foi a última cidade do nosso roteiro, e um dia é mais do que suficiente para um tour muito proveitoso, apesar de mais uma vez a barreira do idioma. Ou seja, saia de manhã bem cedo e retorne no fim do dia. Mais uma vez utilizamos o Trem Bala, em um trajeto de 25 min (com 2 paradas), ao custo de 26 dólares cada bilhete, na Primeira Classe. A cidade é diferente e antiga (cerca de 2.500 anos), cerca de  42% da cidade é banhada por lagoas e riachos, e é possível admirar muitos e muitos canais em estilo chinês, que fazem da cidade a “Veneza Oriental.”

Suzhou, China

O que fazer: Tiger Hill Pagoda ou Huqiu Tower; Shantang Street; Passeio de barco pelos canais; Humble Administrator’s Garden (Zhuo Zheng Yuan); Lion Grove Garden; Suzhou Silk Museum. Veja nosso post sobre Suzhou AQUI.

Total de dias em Suzhou: 1 dia. Moeda: Yuan.

Este foi o nosso roteiro, e esperamos ajudar nossos queridos viajantes! Caso tenha alguma dica, compartilhe nos comentários e deixe nosso blog mais rico de informações e opiniões. A medida que formos confeccionando os outros posts, vamos marcar os links aqui no blog.

Veja todos os posts da nossa viagem:

Os perrengues para preparar uma viagem à China;

As primeiras impressões sobre a China;

Como tirar o visto Chinês;

Como utilizar a internet na China;

Dicas para visitar a Grande Muralha na China;

Onde comer em Hong Kong – Dica 1;

Onde comer em Hong Kong – Dica 2;

Onde se hospedar em Hong Kong – Dica 1;

Onde se hospedar em Hong Kong – Dica 2;

Onde se hospedar em Macau;

Onde se hospedar em Shanghai (Xangai);

Suzhou, a Veneza do Oriente;

Wild China (Guilin e Yangshuo);

O que fazer em Shanghai (Xangai);

O que fazer em Beijing (Pequim);

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