Nossa dica hoje Para Conhecer no mundo é na cidade de Oxford, na Inglaterra.
Em novembro de 2015, tivemos uma rápida passagem pela cidade de Oxford, na Inglaterra, voltando de Stonehenge, sendo possível apenas conhecer uma pequena parte da bela e pequena cidade universitária. Já nessa segunda visita, foi possível conhecer a maior parte dos pontos turísticos, e deixamos essa dica para um programa imperdível na cidade: separe pelo menos 2 horas para visitar a “Christ Church”, a maior e uma das principais faculdades (Colleges) da Universidade de Oxford, fundada em 1546.
A Christ Church, que também é uma catedral, destaca-se pelo seu tamanho e imponência, pela beleza da sua arquitetura e pela sua atmosfera acolhedora. Por lá já passaram 13 Primeiros-Ministros ingleses, e sua estrutura foi inspiração e “set” de filmagens para vários dos filmes da franquia “Harry Potter”, como a sala de jantar da foto abaixo.
Uma verdadeira aula de história, arquitetura, e por que não, de ficção…
Para mais informações no site da faculdade, clique aqui.
(Preparem que o post é extenso! Mas para quem deseja fazer este passeio, está cheio de informações importantes). Quando começamos a elaborar nosso roteiro pela China, reafirmamos a necessidade de conhecer pelo menos um lugar da China Selvagem, estilo aqueles documentários da BBC disponíveis no Netflix (Wild China). Foi aí que Guilin e Yangshuo entraram para o roteiro. Mas não sabíamos nada além destes destinos. A escolha foi feita com o objetivo de fazer o cruzeiro pelo Rio Li e o famoso Raft em canoas de Bambu em Yangshuo.
Na verdade, não tínhamos a menor ideia de como seria difícil chegar lá durante a maior migração do planeta, que é o Ano Novo Chinês. Contamos AQUI, como foi nosso roteiro na China. Fizemos uma espécie de circulo, que facilitaria nossa locomoção entre os destinos. Então, estaríamos em Xí-an antes de ir para Guilin. As únicas opções de transportes que decidimos utilizar na China foram os trens e aviões. Trem, a partir de Xí-an, era muito demorado (em torno de 26 a 28 horas), além de ser daqueles trens para dormir (soft sleeper, hard sleeper e Hard Seat):
Já vimos muita gente reclamar deste tipo de trem. Então, descartamos imediatamente e passamos para a procura de voos. A passagem foi em torno de 139 dólares americanos por pessoa, e o trecho demoraria duas horas.
Optamos pelo voo bem mais cedo, para chegar em Guilin por volta das 09h, da manhã. Yanghsuo não tem aeroporto, e se sua intenção é de fazer o cruzeiro pelo Rio Li, a melhor opção é ficar em Guilin, pelo menos uma noite, pois eles saem de um ponto próximo a Guilin, somente descem com passageiros e retornam vazios.
Quanto tempo destinar para a região?
Reservamos dois dias para conhecer Guilin e Yangshuo, e foi muito pouco! Fizemos o básico do básico! Mas vale lembrar que estava muito frio, pois estávamos em pleno inverno chinês, e os passeios aos arrozais já foram descartados, uma vez que não existem plantações nesta época. Então, fizemos apenas três passeios: Yao Moutain, Cruzeiro pelo Rio Li, e Raft de Bambu, com a empresa Yangshuo Insider.
Teríamos ficado de 3 a 5 dias para conhecer a região, por que realmente tem muita atividade interessante para fazer. Veja alguma delas:
Quando começamos a pesquisar sobre Yangshuo e Guilin, ficamos um pouco perdidos sem indicação de empresas que atuassem na região. E então, descobrimos a Yangshuo Insider, que fica em Yangshuo, e realizamos o primeiro contato por e-mail sem muita esperança de como seria. Mas ‘Gerd’, o representante da empresa, agiu tão prontamente que, não só fechamos todos os passeios em Guilin e Yangshuo, como também fechamos o transfer do aeroporto/hotel/aeroporto e ficamos muito satisfeitos! Gerd fala em inglês, e durante toda a nossa estadia em Guilin/Yangshuo conversávamos com ele pelo telefone, ou por e-mail.
Quando você informa quais passeios deseja realizar, ele encaminha um e-mail com a confirmação e valores. O valor total dos nossos passeios e transfer ficou em US$ 592,50 para 4 pessoas. Então, para confirmar nossa reserva, pagamos uma porcentagem, correspondente a US$ 122,04, e o restante pagamos diretamente para o motorista no momento em que chegamos em Guilin. Não achamos o valor alto, por que dividindo para 4 pessoas ficou US$ 148,12, ou seja, em torno de R$ 480,00 para cada (cotação de R$ 3,25). Vejam abaixo a descrição das nossas reservas e valor:
Foi tudo muito cômodo e prático por que não tivemos que nos preocupar com mais nada! Desde as locomoções aos passeios em si. Quando você confirma as reservas, recebe um e-mail com as orientações, inclusive eles colocam os horários de todas as atividades, o que nem precisamos preocupar em fazer um roteiro. A única dificuldade que tivemos foi que, quase chegando no local de desembarque em Yangshuo, depois de realizarmos o cruzeiro pelo Rio Li, a guia nos mostrou em um mapa o local que deveríamos nos dirigir e esperar um motorista que nos conduziria ao Raft de Bambu. Tiramos uma foto do mapa, para não correr o risco de esquecer, e seguimos para o local. Só que o motorista atrasou um pouco devido ao trânsito, e como não sabíamos se estava tudo ok, se ele já tinha passado, etc., pedimos ajuda ao hotel para que ligassem para o Gerd. Ele confirmou que o motorista passaria em breve e então aguardamos até que chegasse. A identificação do motorista se dá pela placa do veículo, que é informada previamente.
Outro detalhe importante, os dois motoristas, tanto o que realizou o transfer do aeroporto/hotel/aeroporto e o que nos levou ao local para fazer o Raft em canoas de bambu não falavam absolutamente nada em inglês. Mas todas as vezes que precisava nos informar algo, etc., entrava em contato com o Gerd, que nos repassava a informação em inglês. Isso, na verdade, é muito comum por lá. Se o taxista ou motorista não falam inglês, eles ligam para um colega que fala e nos repassa o telefone. Na nossa chegada no aeroporto, o motorista nos aguardava com uma placa e nosso nome.
Recomendamos o trabalho do Gerd, da Yangshuo Insider. Para contratar seu serviço, você pode encaminhar e-mail para [email protected] ou acesse o site AQUI.
Onde ficar?
Inicialmente, reservamos através do Booking.com um hotel em Yangshuo. Mas depois descobrimos que para fazer o cruzeiro pelo Rio Li, deveríamos dormir pelo menos uma noite em Guilin, já que os barcos partem de uma cidade mais próxima a Guilin, e somente fazendo o trajeto Guilin/Yangshuo, pois os barcos voltam sem passageiros. E como ficamos somente dois dias na região, e nosso voo para Hong Kong era bem cedo, além do fato de que o aeroporto fica em Guilin (a aproximadamente 65Km de Yangshuo), resolvemos ficar todos os dias em Guilin, e não correr o risco de perder o avião já contamos como foi difícil conseguirmos esta passagem.
Ficamos hospedados no Grand Link Hotel e gostamos do conforto dos quartos, limpeza, inclusive do custo-benefício, em torno de R$ 200,00 a diária sem café-da-manhã (os hotéis na região são mais caros). O único contra-tempo que tivemos foi na hora do check out, pois o funcionário da madrugada não falava absolutamente nada em inglês, e tínhamos que cancelar o depósito prévio que foi feito na hora do check in. Apesar de muito atencioso, ele não entendia nada que falávamos e ficamos por um bom tempo tentando conversar. Nossa sorte foi que programamos para sair bem mais cedo do hotel, para não termos risco de perder o voo, e utilizamos o tradutor do telefone, que nos ajudou muito. Mas só para constar, os funcionários do hotel durante o dia falam inglês normalmente, só tivemos falta de sorte com este senhor que nos atendeu na madrugada.
A localização do hotel é ótima: bem próximo do Centro de Guilin e o nosso quarto tinha vista para o Rio Li (ou Lijiang River). Mas apesar de ser bem próximo do Centro, acabamos utilizando táxi, pelo fato de que ele é do outro lado do Rio e para acessar a outra parte, somente através de uma ponte, o que não fica tão perto para ir a pé.
Os quartos são bem confortáveis, como falamos, silenciosos e muito limpos! Tinha até pantufinhas para os hóspedes.
Grand Link Hotel (42 Chuanshan Rd, Qixing, Guilin, Guangxi, China +86 773 319 9999)
O que fazer em Guilin e Yangshuo?
Guilin é uma cidade relativamente grande do sudeste da China, localizada na Província de Guangxi, com cerca de 6 milhões de habitantes (isso mesmo! Os números na China começam em milhões). As principais atrações em Guilin são: Cruzeiro pelo Rio Li, Elephant Trunk Hill (uma pedra que tem o formato de uma tromba de elefante), Sun and Moon Pagodas (duas pagodas que formam uma paisagem incrível) Brocade Hills (paisagens e pedras com formatos incríveis), Reed Flute Cave (uma belíssima caverna localizada a 5Km de Guilin), os terraços de arroz(veja AQUI também), e a Yao Mountain (que é a montanha mais alta de Guilin com 909,3m). Em Guilin Zoo, você também tem a oportunidade de ver mais de cem espécies de animais, inclusive os fofos dos Pandas.
Já Yangshuo é uma pequena cidade rural da China, localizada a aproximadamente 65 km de Guilin. Tanto Guilin quanto Yangshuo são caracterizadas por seus picos de pedra calcária. Yangshuo oferece aos turistas a possibilidade de ver de perto como tem sido a vida na China ao longo de muitos anos. As principais atrações em Yangshuo são: Raft em canoas de bambu pelo Rio Yulong (foi o que fizemos) ou Rio Li, explorar o Moon Hill e as várias cavernas da região, ou explorar plantações de chá, visitar a cidade de pedra da Dinastia Qing, a Stone Village, Huang Yao Ancient Town, uma cidade antiga com mais de mil anos. E para os amantes de aventura, podem fazer ainda escalada, caiaque, ou ciclismo.
Como perceberam, dois dias não foram suficientes para conhecermos e realizarmos todas as atrações. E em uma difícil tarefa, escolhemos: a Yao Mountain, o cruzeiro pelo Rio Li e Raft de Bambu pelo Rio Yulong.
Yao Mountain
O principal motivo pelo qual escolhemos Yao Mountain foi pela vista que nos oferecia dos Picos de Guilin. Na primavera e verão, subir a Yao Mountain em uma caminhada pelas trilhas é uma boa pedida! Mas como vocês sabem, estivemos na China em pleno inverno de fevereiro. E neste dia que visitamos a montanha, estava um dia muito frio! Subir de teleférico até o topo quase congelou as nossas mãos e orelhas! Mas valeu muito a pena pela vista, mesmo estando um dia nublado.
O teleférico até o topo custa 95 RMB (ida e volta), e se o dia estiver bom, você pode descer de tobogã (45 RMB). Essa era nossa intenção porque mesmo em um dia frio, nossa experiência foi super bacana na Grande Muralha da China. Mas quando chove, o tobogã fica fechado, e este dia, estava bem instável com algumas pancadas de chuva. Então, acabamos subindo e descendo no teleférico.
O teleférico possui 1,4 km de extensão, realizado em torno de 20 minutos, e só este trajeto já vale o passeio!
No topo de Yao Mountain, você tem uma belíssima visão da paisagem cênica de Guilin:
Fizemos o passeio com a Yangshuo Insider, sendo que um motorista nos levou até a base da montanha e nos aguardou até o retorno. No valor que fechamos com a empresa, já estavam inclusos os tickets para o teleférico.
Tem possibilidade de ir de ônibus (linha 25) a partir do Centro de Guilin. Mas realmente ficamos inseguros de fazer o passeio sem uma assistência e orientação.
Horário de funcionamento da Yao Mountain: 08:30 às 16:30.
Cruzeiro pelo Rio Li
No outro dia bem cedo, fizemos o cruzeiro pelo Rio Li, que somente é possível através da cidade de Guilin. Também fizemos com a Yangshuo Insider, que nos pegou no hotel às 08:00h, em um ônibus turístico, e nos conduziu até o ponto onde partem os barcos para Yangshuo. A saída estava prevista para às 09:30, e teve duração de 4 horas, até chegarmos em Yangshuo.
O Cruzeiro pelo Rio Li possui três tipos: classe superior, classe de luxo e classe básica. Optamos pelo passeio intermediário que custou 61,75 dólares por pessoa, com guia em inglês (falava primeiro em Mandarim e depois em inglês), inclusa alimentação bem básica e estilo China, e preferimos lembrar do ditado “o que os olhos não vêem o coração não sente”.
Recebemos um mapa com a descrição dos lugares mais importantes do trajeto.
Logo que chegamos no ponto final do cruzeiro, na cidade de Yangshuo, alguns chineses estavam com corvos-marinhos, que auxiliavam na pesca tradicional. Este assunto é bem polêmico, porque os pescadores amarravam o pescoço das aves, que mergulham e pegam os peixes, mas não conseguem engolir devido a corda amarrada. Então, os pescadores retiram os peixes, e assim repetem o processo até conseguir a quantidade desejada. Apesar de falarem que não realizam mais esta prática em Yangshuo, não sabemos informar até que ponto isso é verdade. Pois durante o raft em Yulong, vimos alguns pescadores demonstrando a atividade para alguns turistas.
Depois do Cruzeiro pelo Rio Li, seguimos até o ponto onde o motorista nos levaria para o próximo passeio, que era o Raft em canoas de Bambu pelo Rio Yulong. Não tivemos muito tempo para ver a cidade, mas observamos que é uma cidade bem diferente das que estávamos acostumados a ver na China, mais rural, mais rústica, mais simples, mas com seus encantos.
Raft em canoas de Bambu pelo Rio Yulong
Logo que encontramos o motorista, ele nos conduziu até o local de onde partem as canoas de bambu pelo Rio Yulong. O passeio parte de um local e finaliza em outro. Esta hora confesso que foi o momento que mais ficamos ansiosos, pois não saberíamos se o motorista estaria nos esperando ou não, onde estaria, etc. Mas novamente, ele percebendo que não entendemos nada, ligou para o Gerd, e ele nos informou que o motorista estaria nos esperando no final do passeio.
Lá também não tivemos que nos preocupar com os tickets, que já estavam inclusos no valor que pagamos anteriormente. Como podem ver, dá para entender tudo que está escrito no ticket, não é mesmo?
Neste passeio, fizemos o trecho mais popular que é a partir de Chaoyang para a ponte Gongnong, e durou cerca de uma hora. É um passeio muito relaxante e tranquilo, que nos dá a oportunidade de descansar um pouco em meio a paisagens tão incríveis. Não nos ofereceram coletes salva-vidas, e apesar de descermos em algumas corredeiras, ao longo do caminho, não sentimos qualquer perigo ou ameaça de queda. Os jangadeiros conduzem com grande tranquilidade e nos passaram muita segurança.
Logo no final do passeio, você perceberá um grande assédio de chineses oferecendo cartões postais da China, miniaturas dos corvos-marinhos esculpidos em madeira, e acabamos comprando por tamanha insistência. Mas acabou valendo a pena porque foi o nosso souvenir desta parte da viagem.
Também realizamos o passeio com a Yangshuo Insider, que ao final, nos conduziu até Gulin, onde estávamos hospedados.
Onde comer em Guilin
Não tivemos tantas opções gastronômicas na cidade, e na verdade, nem oportunidade, pois ficamos apenas duas noites por lá. No primeiro dia, almoçamos em nosso hotel (Grand Link Hotel), e a noite fomos para o centro da cidade, onde encontramos este bar (Irish Pub). Para o que estamos acostumados em refeições na China, e apesar de ter vários comentários negativos no TripAdvisor, o lugar possui boas cervejas, pratos fartos e bem saborosos! O preço também foi bem justo. Assim, como não tínhamos nenhuma outra sugestão, acabamos voltando no dia seguinte.
Informações básicas:
Hospedagem:Grand Link Hotel (ao reservar por este link, você não paga nada a mais e nós recebemos uma pequena comissão que ajuda na manutenção do site).
Em sugestão do comentário de um leitor, abaixo, vamos acrescentar nossa conclusão sobre esta viagem, com o que poderíamos ter feito de diferente para otimizar nossa estadia em Guilin/Yangshuo: teríamos ficado 2 dias em Guilin e 2 dias em Yangshuo. Em Guilin, no primeiro dia, conheceria a cidade pela manhã, visitando seus principais pontos, e à tarde, visitaria Yao Mountain. No outro dia, visitaria uma plantação de arroz. Já em Yangshuo, no primeiro dia seria realizado o Cruzeiro pelo Rio Li (descendo com as malas), depois faria check in no hotel, e exploraria o centro da cidade. Já no outro dia deixaria para o Raft em canoas de Bambu. Ou então, faria o Raft no primeiro dia, e no segundo, visitaria uma plantação de chás. Outro ponto interessante, é que preferiria ir em outros meses, sem ser no inverno. No inverno, não é possível visitar plantações de arroz, uma das atrações mais procuradas na região. Mas mesmo sendo inverno, para os demais lugares que visitamos na China, não tivemos nenhum problema.
Suzhou, localizada ao Sul da Província de Jiangsu, na China, é daquele tipo de cidade para se fazer mil fotos! Considerada a Veneza do Oriente ou a Veneza Chinesa, possui 42% de água em seu território, constituído por lagoas e riachos. Conta-se que Suzhou foi construída por volta do ano de 514 a.C., ou seja, uma cidade com mais de 2.500, sendo que suas características até hoje são preservadas. Inclusive, alguns de seus jardins foram declarados como Patrimônio Mundial pela Unesco.
Na verdade, Suzhou entrou para nosso roteiro quase dez dias antes do início da nossa viagem. O planejamento inicial era de finalizar os últimos dias da viagem em Shanghai, e assim, demos uma “apertada” em nosso roteiro e incluímos um bate-volta a este lugar interessante e belo!
Mas em virtude do idioma, tivemos dificuldade para elaborar o roteiro, pesquisar pontos turísticos, e colocar tudo literalmente no papel para evitarmos o máximo de problema! Na verdade, a maior de nossas facilidades foi comprar os bilhetes de trem. Vamos explicar o porquê, mas já adiantamos que vale muito a pena conhecer Suzhou!
Localização:
Suzhou está localizada na Província de Jiangsu, que é relativamente perto de Shanghai, cerca de 25 minutos de “trem bala”.
Como chegar em Suzhou?
Suzhou fica a 25 minutos de trem de Shanghai quando você começa a curtir o trem, já está na estação que irá descer. E o engraçado foi que mesmo sendo em pleno Ano Novo Chinês (na verdade, já estava quase no fim do período), tinham bilhetes de sobra!
Compramos os tickets pela Travel China Guide, e o bilhete de ida e volta ficou em menos de 30 dólares por pessoa. Você deve procurar por Suzhou (Jiangsu):
Esta empresa pede para que você envie alguns dados para confirmação da compra, como passaporte de quem está comprando as passagens de trem. Mas tudo que for necessário eles te encaminham por e-mail. Eles pedem que você não coloque um e-mail do Google, diante do bloqueio que existe na China. Mas para este site, nós colocamos e não tivemos problemas!
Confirme se realmente recebeu o voucher para retirar o ticket na estação de trem. No dia da viagem, chegamos bem mais cedo (apesar do embarque ser permitido em quinze minutos antes do horário), e comparecemos ao guichê para retirada dos bilhetes. Além do voucher, levamos o recibo de pagamento, e tivemos que apresentar os passaportes de todos que viajaram conosco.
Como o trem passa por outras cidades, guarde o bilhete em um lugar mais fácil, pois terá que apresentá-lo no desembarque, para comprovar que você realmente comprou até aquele trecho.
Bom frisar que os trens saem impreterivelmente no horário marcado. Então, logo que o embarque for permitido, acelere seus passos para não ter problemas para encontrar seu vagão, seus assentos, colocar bagagens no compartimento superior, etc. A mesma regra vale para o desembarque: logo que é informada a próxima parada, tudo acontece muito rápido (o nome da estação aparece em Mandarin e em seguida em inglês).
A Chegada foi na estação de trem Suzhou Railway Station (苏州站). E lá ficamos quase que completamente perdidos. Pelo Google Maps, imaginamos que daria para ir a pé até a maioria dos pontos que pretendíamos visitar. Mas não! Era uma rodovia, estávamos sem internet no celular, não sabíamos nem para que lado seguir. Foi neste ponto também, que vimos vários chineses oferecendo um tour pela cidade. Mas preferimos não fazer por que não tínhamos nenhuma recomendação de como seria este passeio com guia, se tinha algum brasileiro que fez, se deu tudo certo, se valeu a pena.
Táxi também era impossível! Mesmo com o nome em Mandarim impresso, a maioria dos motoristas prefere não fazer uma corrida para um estrangeiro.
Seguimos para um prédio ao lado da saída da estação de trem, e foi lá que encontramos a solução! Uma agência de turismo que vendia um cartão de um ônibus e realizava um city tour pela cidade. E as atendentes falavam inglês! Bem básico, mas falavam e foram muito gentis!
Compramos o cartão para cada um de nós, e ele dava direito a descer em todos os pontos turísticos da cidade, que eram delimitados no mapa (em mandarim). Pela foto de alguns dos lugares, marcamos o que a gente pretendia conhecer, e pedimos para que a atendente grifasse no papel o nome da estação de trem que precisávamos retornar para voltar para Shanghai. Ficou mais ou menos assim:
Tentamos fazer uma lógica do que seria visitado primeiro, mas infelizmente não deu muito certo! O que deu certo foi que paramos no primeiro ponto e de lá fomos seguindo a pé conhecendo a cidade. Depois só pegamos mais uma vez o ônibus até outro ponto.
Obs.: mapa bom são os fornecidos dos hotéis (aqueles turísticos que a gente recebe gratuitamente). Pegar na rua, impossível de entender qualquer coisa devido ao idioma. Se você quiser comprar, não vale muito a pena também por que eles são mapas gigantescos e lindos, do tipo para se fazer um quadro! Ou seja, não são muito práticos.
A foto abaixo já foi do nosso retorno. Mas é para perceberem o tanto que foi importante pedirmos para que a atendente grifasse o nome da estação de trem. Pouquíssimas pessoas falam inglês na cidade na verdade só vimos uma guia que falava inglês. Como a gente conseguiria voltar para a estação de trem se não tivéssemos grifado o no impresso?????? Mesmo com o papel, tivemos que comparar a escrita do papel com a escrita nos pontos do ônibus turístico (Suzhou Tour). Nenhuma palavra em inglês!
No ônibus, o motorista e seu assistente não falavam nada em inglês para variar. O que a gente fez foi mostrar no papel onde queríamos descer! Eles entenderam e assim foi feito quando chegamos no local. Mas só isso!
Metrô:
Suzhou possui duas linhas de metrô. Confirma o mapa aqui.
Nossa primeira parada foi próxima ao Lion Grove Garden, que é um jardim bem extenso, e logo na porta, um grande assédio de guias oferecendo seu serviço!
O Lion Grove Garden é um dos mais famosos jardins em Suzhou. Sua história gira em torno de 650 anos, com muitos bambus, muitas rochas, tudo cheio de significado! O jardim é tão famoso, que em Beijing, um jardim foi inspirado nas belezas do Lion Grove Garden.
Endereço: 23, Yuanlin Estrada – Valor: 30 CNY no inverno – 40 CNY nos demais meses.
A rua onde está localizado este Jardim é bem limpa e cheia de lojas de artesanatos, roupas e outras coisinhas, além de vários lugares de alimentação (lanchonetes, restaurantes, etc)!
Em algumas das ruas não é permitido o trânsito de carro. Mas fiquem atentos! As motos andam até nos passeios! 🙂
E a partir dali, você já começa a ver vários canais bastante fotogênicos!!!!!
Nossa próxima parada foi na Shantang Street, o ponto mais fotografado da cidade. Descemos próximo de uma estação de bicicleta, mas além do frio, era impossível entender como eram as regras de devolução e outras informações importantes (se alguém tiver alugado, conte para a gente como foi, nos comentários abaixo). 😉
Shantang Street é o ponto mais popular entre os turistas! Trata-se de uma das primeiras ruas de Suzhou, com cerca de 1.200 anos, e está localizada em um canal de aproximadamente 2,2 milhas. Ali, você pode ver o rio ao longo de pequenas pontes, muitos barcos de madeira, várias lojas, restaurantes, bares.
Em alguns pontos mais largos, mesas dos restaurantes dividem a calçada com os pedestres.
O interior dos bares e restaurantes são bem fofos. No da foto abaixo, paramos para tomar um café e esquentar um pouco do frio.
Ficamos muito tempo nesta parte da cidade curtindo a paisagem, vendo os chineses andando de um lado para o outro, alguns turistas… tirando fotos, comprando alguns souvenirs.
Do outro lado do canal (à esquerda) ficam muitas lojas locais, onde é possível comprar produtos típicos da China. Lembre-se de negociar o valor, e nunca pagar o que é informado de primeira. Faz parte da cultura chinesa estas negociações.
Fomos caminhando até o ponto em que o leito do rio ficava mais largo. E como na foto abaixo, você vai ver que é muito comum os chineses se exercitarem em qualquer canto da cidade.
Em Shatang também partem os barcos para passeios pelos canais. Infelizmente não conseguimos fazer este passeio, porque demoramos muito para chegar nos pontos turísticos de Suzhou, além do fato de que os passeios são de, no mínimo, 30 minutos. Para garantir o retorno a Shanghai e evitar qualquer problema, decidimos ficar somente nessa parte da cidade e combinamos de voltar cedo para a Estação de Trem de Suzhou (já que nosso trem partiria às 17h).
O lado oposto de onde começa o canal em Shatang Street (o cartão postal da cidade), fica uma feira local de Suzhou. Vende de tudo que você possa imaginar, desde comida a todo tipo de bugigangas que se possa imaginar. Infelizmente, o cheiro não é muito agradável. Lembra a rua dos espetinhos estranhos em Beijing.
Humble Administration’s Garden: construído em 1509, possui 2.000 metros e é considerado um dos maiores de Suzhou, e é declarado como Patrimônio Mundial pela Unesco. Este jardim, além do Palácio de Verão, Mountain Resort de Chengde e o Jardim de Ligering são considerados os mais bonitos e impressionantes do país.
Valor: de 70 a 90 CNY, depende da época da visita.
Ligering Garden: construído em 1593 durante a Dinastia MIng (1368-1644), ocupa uma área de 23.300 metros quadrados e é considerado um dos jardins mais famosos da China. Possui estilo Qing, e é bem requintado! Foi declarado como Patrimônio Mundial da Unesco.
Valor: 45 a 55 CNY, dependendo da época.
Tiger Hill: localizado em uma colina de aproximadamente 14.000 metros, possui uma pagoda de 36 metros de altura, e muitas outras atrações para serem admiradas.
Valor: 60 a 80 CNY
Considerações Finais sobre Suzhou: valeu muito a pena conhecer esta cidade na China. Parece aquelas pinturas que a gente vê em livros antigos ou de história. Ainda mais na época que fomos (Ano Novo Chinês) estava tudo ornamentado com as belíssimas lanternas vermelhas, muito presentes nesta época do ano. Fora a dificuldade com o idioma e a dificuldade para entender como chegar aos pontos turísticos desde a estação de trem, correu tudo bem!
Apesar de irmos bem abertos a experimentar a comida local, infelizmente não sentimos segurança em nenhum dos restaurantes ou lanchonetes que passamos. Era tudo muito pequeno, e sem desmerecer, mas sabe-se lá como era a cozinha daqueles locais. Então, fizemos um lanche em um mercado que vendia vários produtos industrializados.
Vale a pena pesquisar por pérolas legítimas, o preço é bem vantajoso!
Por fim, como é muito rápido a partir de Shanghai, se fôssemos hoje, teria agendado a volta para mais tarde. Dizem que o anoitecer em Shatang Street é muito lindo!
Minha amiga Christine do Blog China na Minha Vida fez vários posts sobre a cidade. Veja AQUI.
Visitou a cidade? Tem alguma dica? Deixe nos comentários abaixo!