Chez Françoise reúne estrelas da gastronomia da França no dia 14/11/2015

Chez Françoise reúne estrelas da gastronomia da França

Três chefs franceses e um brasileiro fazem homenagem ao Les Pantagruels, evento de alta gastronomia, que há cinco anos ocorre em Búzios, balneário do Rio de Janeiro

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Les Pantagruels 2014

 

Desde 2010, o Hotel Le Relais La Borie e o Restaurante Chez Françoise, em Búzios, realizam o evento Les Pantagruels, promovendo um delicioso e prazeroso intercâmbio gastronômico entre chefs franceses premiados pelo Guia Michelin e brasileiros. E para homenagear o sucesso das edições anteriores, o Chez Françoise vai reunir no dia 14 de novembro, das 14 às 21h30, três chefs franceses em um único dia. Eles vão oferecer um cardápio composto de quatro pratos preparados com o toque especial de cada chef.

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Os franceses Frederic Monnier, David Mansaud e Phillippe Brye e Paulo Cezar Cordeiro, residente do restaurante Chez Françoise, vão promover uma alquimia de sabores. Quatros receitas compõem o menu, que vai dispor de uma entrada, prato principal, pré-sobremesa e sobremesa.

Especialista em sobremesas, o chef pâtissier Philippe Brye terá o chocolate como carro-chefe, mas fazendo um mix bem sofisticado. “Vou harmonizar o chocolate com capim-limão e gengibre. E também escolhi o maracujá porque traz uma acidez que faz um contraponto com os ingredientes mais doces”, comentou Brye, que reserva outras surpresas para a data.

Idealizado pelo empresário Paul Lindemann, o evento se apoia em dois pilares: o do raro convívio com chefs estrelados e o de pratos exclusivos.

“Os chefs que vão participar deste evento ajudaram a escrever ao longo destes cinco anos um rico capítulo da história da gastronomia francesa no Brasil. A ideia do evento deste ano é celebrar, lembrando o sucesso das edições anteriores com um menu desenvolvido a dez mãos”, explica Paul.

Responsável pela entrada, que será uma cavaquinha com ingredientes como maçã, aipo, castanha-de-caju e açafrão, o chef Frederic Monnier, lembra do clima e da importância dos festivais do Les Pantagruels.

“O Les Pantagruels é único! Só tinha visto eventos similares, com tantos chefs estrelados, na França. No Brasil, foi a primeira e única vez que participei de um evento como esse. Adoro o conceito de desenvolver menu por todos na hora. A forma não convencional de se relacionar com os chefs mudou minha carreira. Foi um divisor de águas”, comenta Monnier, que já participou de todas as edições do festival.

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Les Pantagruels 2014

Cardápio / Menu

Entrada –  Cavaquinha em waldorf e crocante de yusu

Frederic Monnier adapta a cozinha francesa ao paladar brasileiro. Cavaquinha com ingredientes como maçã, aipo, castanha-de-caju e açafrão

 

Prato principal – Tornedo de namorado em robe de nori, legumes verdes croquantes e fina mariniere ao limão confitado.

David Mansaud investe em cozinha com produtos da “terra-mar” e sustentáveis.

 

Pré-sobremesa – Um sopa de morango com maracujá e açafrão

Sobremesa – Passion Carioca e sorvete de fava tonka (cumaru)

Philippe Brye prepara uma pré-sobremesa e uma sobremesa. A sobremesa com base francesa, porém com sabores brasileiros. A pré-sobremesa será algo frutado com um pouco de acidez para limpar a boca. A fruta traz frescor e o maracujá a acidez que vai dar vontade de comer a sobremesa principal, que será um chocolate harmonizado com o capim-limão e gengibre.  O sorvete de Cumaru, considerada a baunilha brasileira, completa a surpreendente sobremesa.

 

Sobre os chefs participantes:

David Mansaud (França) – Assumiu, em 2008, a cozinha do Hotel Astor Saint-Honoré, localizado na rua mais charmosa de Paris, a Rue Du Faubourg Saint-Honoré. Após sua participação na primeira edição do Les Pantagruels, em 2010, se estabeleceu no Brasil e, atualmente, é o chef executivo do curso de gastronomia na Universidade Estácio. Influenciado por Alain Ducasse e Yannick Alléno, David faz uma gastronomia baseada na intuição e na natureza. Ele já carimbou sua passagem pelas cinco edições do evento do Chez Françoise, de 2010 a 2014.

Frederic Monnier (França) – Desde 2001 no Brasil, Frédéric Monnier já trabalhou na equipe do restaurante Garcia & Rodrigues, liderado pelo chef Christopher Lidy. Depois de alguns anos, decidiu abrir seu próprio estabelecimento – La Brasserie do Rosário, no centro do Rio de Janeiro. O desafio de Monnier agora é aliar a alta gastronomia ao ritmo frenético do centro econômico desta região.  

Philippe Brye (França) – Formado pela Câmara de Comércio e Indústria de Paris, o chef é residente no Brasil há mais de três décadas. Neste tempo, Philippe foi chef executivo da confeitaria do hotel Meridien e comandou a Traiteurs de France, ambos em Copacabana. Atualmente, é o chef pâtissier do Sofitel e presidente do evento Coupe Du Monde de pâtisserie. Já foi eleito, por duas ocasiões, o melhor confeiteiro do Rio, pela revista Gula. Philippe Brye participou da edição do Les Pantagruel no ano de 2014.

Paulo Cezar Cordeiro (Brasil) – Chef residente do restaurante-sede do evento, Paulo Cezar Cordeiro ganhou expertise com os intercâmbios da culinária francesa. O chef faz um mix de sabores marcantes com a gastronomia dos dois países.

História do Les Pantagruels – Sobre o nome do evento, Pantagruel, de acordo com a mitologia francesa, significa filho de Gargantua, um comilão, criado pelo escritor François Rabelais, no século XVI. Ele ficou conhecido pelas suas refeições “pantagruélicas”, onde se comia bem e ao lado dos amigos em um ambiente descontraído. E foi nessa atmosfera que foi criada Les Pantagruels, em Búzios, sinônimo de prazer e simplicidade à mesa. Os três garfos do logotipo correspondem à descoberta, à amizade e à união quando se janta ou almoça juntos pratos inovadores em lugares especiais. Como se não bastasse, a tradição francesa entrou para a prestigiosa lista de Patrimônio Imaterial da Humanidade.

As cinco edições do Les Pantagruels foram compostas por time de estrelas formado por Marc Meurin, Patrick Gauthier, Nicolas Frion, Julien Montbabut, Emmanuel Ruz e Didier Anies somados aos premiados Olivier Briand, David Mansaud, Regis Ferey, Jean Chauvel, Will Francois, Frederic Monnier e Roland Villard, além dos brasileiros Ivo Faria e o residente do restaurante Chez Francoise Paulo Cordeiro. 

Leia nossa matéria durante o evento Les Pantagruels 2014 aqui.

Serviço:

Restaurante Chez Francoise (Hotel Le Relais La Borie)

Rua Gerbert Périssé, 554, Geribá, Armação de Búzios, RJ

Telefone: (22) 2620-8504

Valor R$ 250 por pessoa (bebidas não incluídas) – Vagas limitadas – reserva necessária com antecedência.

E-mail: laborie@laboriebuzios.com

Site: www.laborie.com.br

Pisa das uvas no Vale do Douro, em Portugal! Experiência incrível e única!

No primeiro dia da nossa viagem ao Vale do Douro, passamos na Quinta do Pessegueiro, onde conhecemos a adega, realizamos prova de vinhos e depois seguimos para um delicioso almoço no espaço privativo de uma das propriedades da Quinta. Vejam a matéria aqui.

Depois, antes de conhecermos a próxima vinícola, o Oscar, um dos proprietários da Quevedo Port Winenos levou para uma experiência única em nossa viagem (e em nossas vidas!): a Pisa das Uvas na Quinta das Aranhas.

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A Quinta das Aranhas é uma vinícola bem familiar, inclusive estavam presentes durante nossa visita toda a família, incluindo esposo, esposa, filhos super simpáticos e até cachorro com filhotinhos! Vimos de perto a chegada das uvas e de todo o processo para a fabricação dos vinhos, inclusive do enchimento do local onde faríamos a pisa das uvas, e degustações de Vinho do Porto.

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Quem nunca viu ou sempre pensa em uma cena de pisa das uvas quando se fala em fazer vinhos? Portugal ainda mantém a pisa das uvas na produção de vinhos. E não tem nada de estranho nisso! As melhores uvas são amassadas com os pés! Isso por que não existe melhor forma para não agredir as uvas.

No processo de produção de vinhos, é necessário amassar as uvas para separar a casca do sumo e da semente. Nas prensas, que fazem este trabalho de amassar as uvas, em poucos minutos, uma grande quantidade de uvas é amassada. Mas ainda não existe maquinário que não agrida as sementes. Desta forma, amassar as uvas com os pés, é um processo que pode muitas durar horas, mas é realmente eficaz, porque amassa a uva e não quebra a semente.

Antes de entrar no local, você faz uma higienização, e não precisa nem dizer que se a pessoa estiver com algum problema nos pés vai ter o bom senso de não entrar! Mas mesmo que isto aconteça, não existe bactéria que resista ao processo de fermentação das uvas!

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No começo, o local é bem frio, e você ainda vê a maioria das uvas inteiras e somente um pouco de sumo, com um cor bem aguada. Mas como o passar do tempo e do trabalho realizado, você vai vendo e sentindo as uvas mais amassadas, e o lugar tomando a cor de suco de uva. Claro! Foi tudo uma festa e um momento de muita diversão entre o grupo da press trip. Mas já parou para pensar que este trabalho ainda é realizado em diversas vinícolas de Portugal, e a equipe fica por mais de três horas, sem parar, apoiando-se um ao outro, com o único objetivo de amassar as uvas? É um trabalho muito sério e difícil!

No dia seguinte, com uma equipe de verdade, pudemos ver de perto como este trabalho acontece. E enquanto a gente fazia prova de vinhos, participávamos do jantar na Ramos Pinto, tomamos mais vinho, batemos papo, eles estavam lá! Trabalhando sério para a produção de um futuro e especial vinho! Não é brincadeira não!

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Vejam o vídeo sobre nossa experiência:

Parabéns a todos que ainda realizam este trabalho, e agradecemos especiais ao IVDP, Catavino, Oscar da Quevedo e aos queridos da Quinta da Aranha, por nos proporcionar este momento que, com certeza, será inesquecível e único!

Conhecendo a Região do Vale do Douro, em Portugal – Quinta do Pessegueiro – Dia 1

Como falamos anteriormente, tivemos o prazer de conhecer recentemente a única região autorizada a produzir o Vinho do Porto, que é a região demarcada do Douro, onde estivemos para a press trip #Douro15, à convite do IVDP. Antes de ler esta matéria, seria interessante você ler 10 Motivos para você conhecer Portugal e as Dicas Gerais sobre a região do Vinho do Porto.

Para quem não sabe, os Vinhos do Porto são produzidos no Vale do Douro e transportados para envelhecimento nas caves localizadas em Vila Nova de Gaia, localizada do outro lado da cidade do Porto.

Vale Douro
Vale Douro

Classificado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco desde 2001, a região demarcada do Douro estende-se pelo Rio Douro e seus afluentes em uma região de aproximadamente 250.000 hectares. Começa a partir de Barqueiros e se estende até Bacar d’Alva.

Região do Douro

E o que faz desta região tão especial é exatamente a capacidade do homem de produzir um vinho em um lugar tão acidentado e de tamanho declive, com pouquíssimo recurso de água e terra, além de um solo rico em xisto e granito, que, depois de tratado, acaba sendo ideal para a maturação das vinhas.

A melhor forma de conhecer a região é mergulhando no universo único de cada vinícola. E além de existirem em grandes quantidades, todas sob fiscalização do IVDP, também existem da mais familiar às mais profissionais e de um requinte que só se vendo de perto! Você pode fazer desde um tour pela adega com degustações dos vinhos da casa, como participar de um jantar, ou até mesmo pernoitar na casa de hóspede de alguma dessas vinícolas.

Partimos bem cedo de Porto com destino à primeira vinícola do plano apresentado pelo IVDP e Catavino. O trajeto durou em torno de duas horas, porque acabamos parando para fazer um pequeno lanche e fomos por um caminho que, apesar de mais bonito (N101), possui muitas curvas. Para quem costuma enjoar-se em estradas sinuosas, melhor tomar um remédio para enjoo com um pouco de antecedência.

QUINTA DO PESSEGUEIRO

www.quintadopessegueiro.com

E-mail: [email protected]

Tel. (+351) 254 422 081 – 5130-114 Everdosa do Douro/Portugal.

E chegando ao nosso primeiro destino, a Quinta do Pessegueiro, o enólogo João Nicolau de Almeida já nos esperava para conduzir a uma agradável visita, que durou cerca de uma hora e meia.

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A Quinta do Pessegueiro é de propriedade do francês Roger Zannier, que se apaixonou pela região, e em meados do ano de 1991, decidiu adquiri-la.

Os vinhos produzidos pela Quinta do Pessegueiro saem de três propriedades distintas, situadas na região de Cima Corgo, bem próxima a São João da Pesqueira (Quinta do Pessegueiro, do Teixeira e da Afurada). E a press trip #Douro15 foi preparada para acontecer exatamente em um dos meses mais alegres e divertidos da região, que é a época das vindimas, ou melhor, da colheita das uvas. Então, foi muito comum avistarmos pelas estradinhas do Vale do Douro caminhões transportando caixas de uvas para as adegas onde seria produzido o vinho.

A Adega da Quinta do Pessegueiro foi construída com uma tecnologia avançada, onde o prédio, bem mais novo que as demais adegas que visitamos, possui 5 níveis. Inclusive, apenas como um detalhe, a decoração e objetos de adorno são também de se admirar! Mas esta adega foi construída em níveis, para não utilizar bombas. Assim, todo o processo de produção do vinho é realizado apenas com a força da gravidade.

Outro diferencial da Quinta do Pessegueiro é que as uvas são muito bem selecionadas, e somente as melhores seguem para a produção dos vinhos, o que nem sempre acontece em outras vinícolas. E como podem ver das fotos abaixo, o sistema de limpeza é bem severo. É tudo muito limpo para garantir a qualidade do vinho.

Depois da visita com explicações bem interessantes do enólogo João Nicolau de Almeida, passamos para a prova dos vinhos, que foram no total de 6 Quinta da Pessegueira Tinto, iniciando com o ano de 2008 até 2013. Apreciamos bastante o Quinta do Pessegueiro Tinto 2011, embora seja ainda um vinho jovem.

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A Quinta do Pessegueiro também dispõe de uma loja para aquisição de alguns produtos como vinhos, azeite e chocolate, e os preços são bem interessantes!

Depois da visita com prova de alguns vinhos da Casa, fomos para um espaço super aconchegante em uma das propriedades da Quinta do Pessegueiro, onde tivemos um delicioso almoço com uma das vistas mais bonitas da viagem! Caso vocês tenham interesse em uma experiência bem diferente e marcante, eles preparam tudo para que seu momento seja perfeito, desde que previamente ajustado por email ([email protected]).

Observamos que os Portugueses dominam a arte de servir bem! Cada uma das recepções, almoços e jantares, nos surpreendiam mais que a outro. Tudo é sempre muito farto, em muitas variedades e muito bem posto à mesa.

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Como tira-gosto antes do almoço, inúmeras delícias como risoles de peixe, croquetes, alheiras (que é um embutido com vários tipos de carne, pão e condimentos, e se parece muito com linguiças defumadas), melão com um tipo especial de presunto e tomatinhos cereja. Os vinhos escolhidos pelo enólogo João para harmonizar com os pratos foram um Tinto Quinta da Pessegueira 2008 e 2013, um Vinho Branco Aluzé 2014, e por último o Quinta da Pessegueira Porto Vintage 2003.

Para o almoço, de entrada tivemos cogumelo com creme de queijo, servido em uma torrada, e como prato principal, um delicioso Bacalhau gratinado! O Bacalhau está quase presente nos pratos portugueses.

Iniciamos muito bem nossa viagem ao Douro!!! Deu fome por aí?

Outra tradição, em Portugal, é servir ao final de cada refeição um Vinho do Porto acompanhados de queijos. E depois disso, ou na mesma sequência uma sobremesa.  Geralmente são dois Vinhos do Porto, queijos e sobremesa. E só para entender um pouco, existem os Vinhos Portugueses de mesa (os que comumente tomamos durante nossas refeições), e o Vinho do Porto, que é servido como aperitivo, digestivo ou de sobremesa. Este último é um vinho mais fortificado, com maior teor alcoólico e mais doce. Portanto, servido em pequenas quantidades.

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Sobremesa: Bolo de Chocolate com framboesas

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E assim, terminou nossa visita à Adega Quinta do Pessegueiro! Seguimos, então, para a experiência mais marcante da nossa viagem: a pisa das uvas, que será compartilhada em outro post!

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