Glenfinnan Viaduct: o viaduto do Expresso Hogwarts de Harry Potter, na Escócia

Glenfinnan Viaduct: um dos viadutos mais famosos no mundo, localizado em plena Highlands na Escócia

Nota: este post foi escrito durante a pandemia de Covid-19, sendo que nossa viagem em outubro de 2019. Logo, antes de programar sua viagem (ou se você estiver na Escócia agora, ler este post e desejar fazer o passeio, verifique as condições de fechamento do local em face da pandemia.

Confesso que não sou tão fã da série Harry Potter como sou de Outlander, por exemplo 🙁 Apenas gosto, mas não sou apaixonada a ponto de ver e rever, decorar falas, ser fã de atores, procurar visitar locações, etc. Mas uma das locações de Harry Potter que fiz questão de visitar é justamente um viaduto localizado na Escócia, em meio a um cenário simplesmente surreal e cheio de história!

Na verdade, acabei descobrindo que o viaduto era localizado na Escócia, depois de ver inúmeras fotos de blogueiros e digital influencers sobre o local. E em um primeiro momento, eu fiquei apaixonada apenas pela paisagem, e nem sabia que tinha sido cenário em “Harry Potter e as Câmaras Secretas” e em outros filmes da saga. Veja um trecho da cena no filme abaixo: 

Um pouco da História do Viaduto de Glenfinnan:

O Viaduto de Glenfinnan é um viaduto exclusivo para ferrovia, localizado nas Highlands, que liga Glasgow a Mallaig, na Escócia. Ele ainda continua em funcionamento, inclusive com o famoso The Jacobite Steam Train:

O Viaduto de Glenfinnan foi construído a partir de 1897 até 1901, possui 380 metros de comprimento e 21 arcos, sendo que o mais alto ultrapassa 30 metros de altura.

Apesar de ter ficado ainda mais famoso depois de aparecer em um dos filmes da saga Harry Potter, ele também foi cenário de vários outros filmes e séries como, por exemplo, o queridíssimo seriado “The Crown”.

Para terem ideia das distâncias até o viaduto Glenfinnan

De Edimburgo até Glenfinnan: 60 milhas

De Glasgow até Glenfinnan: 125 milhas

De Inverness até Glenfinnan: 80 milhas

De Portree até Glenfinnan: 74 milhas

De Fort William até Glenfinnan: 17,3 milhas

Apesar de existirem diversas hospedagens em Glenfinnan, veja clicando aqui, nós ficamos hospedados em Fort William, no charmoso Cruachan Hotel. Que hotel mais charmoso, confortável e aconchegante! Possui estacionamento e está localizado a poucos metros da rua principal da cidade.

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Se você estiver de carro, como nós estávamos, compensa muito se hospedar em Fort William, a cidade é fofa, e é ponto de parada para várias outras atrações nas Highlands, especialmente na região de Glencoe.

Passeio no trem Jacobite ou assistir a passagem do trem?

Isso é algo que você deve saber e definir com antecedência. Se você estiver com tempo, sugiro que faça tanto o passeio de trem, quanto assista à sua passagem por algum dos view points. Mas se estiver com pouco tempo, então, veja o que seria mais importante para você. Nossa viagem coincidiu com o último dia da temporada das viagens do trem Jacobite. Então, a gente não tinha tempo! Ou fazia o passeio de trem, ou assistia à sua última passagem pelo viaduto. Optamos por apenas assistir à sua passagem, pois nosso tempo de viagem e a logística não ajudariam para fazer ambos.

Uma sugestão para se você quiser fazer os dois: você pode comprar/reservar com antecedência o passeio de trem, no trajeto Fort William a Mallaig, aproveitar para visitar a Ilha de Skye. No retorno, faça o inverso, pare apenas para assistir a passagem do trem – de acordo com os horários. Ou vice versa, assista primeiro e faça o passeio depois.

Outra dica importante para quem for apenas assistir à passagem do trem: você precisa saber com antecedência o horário do trem, e de Fort William até o view point de Glenfinnan é em torno de 20 a 30 minutos. Eu tentei chegar quase 1h antes, porque você precisa calcular que deverá: estacionar o carro, fazer a caminhada até o view point – que é de 15 a 20min (você vai parar para tirar fotos), e ainda garantir de pegar um bom lugar! Eu fiquei impressionada a quantidade de gente que assiste à passagem do trem Jacobite. Eu não sei se foi por se tratar do último trem da temporada, antes do inverno. Mas estava muito cheio:

Pessoas chegando no Viaduto Glenfinnan, na Escócia (depois ficou bem cheio)

Para conferir os horários que o trem Jacobite parte de cada cidade, clique aqui. Lembrando que de Fort William até Glenfinnan é em torno de 20 a 30 minutos o trajeto. 

Onde assistir a passagem do trem Jacobite no Viaduto Glenfinnan?

Existem basicamente três view points para assistir a passagem do trem pelo viaduto. Como assistiríamos a passagem dele de Fort William a Mallaig, ou seja, pela imagem abaixo, ele surgiu da direita com destino a esquerda. Então, ele passaria de frente para onde escolhemos ficar, que é no local indicado pela seta. Agora se você for assistir ao retorno dele de Mallaig para Fort William, você deve ficar no ponto contrário.

O traçado em azul é a caminhada que a gente fez do estacionamento onde deixamos o veículo até o view point.

Logo que chegar no Centro de Visitantes de Glenfinnan, se tiver dúvidas de como chegar ao View Point, pergunte aos atendentes ou funcionários no estacionamento. Eles são muitos solícitos. Ah! E uma vez estacionando o carro, não esqueça de pagar por ele e deixar o recibo a vista no painel do carro. A máquina para realizar o pagamento fica na própria área externa do estacionamento. 

Depois de estacionado o veículo, e identificar o local que chega ao point view, só seguir as indicações. Além do caminho com outros turistas, existem várias indicações ao longo do caminho. E o próprio caminho já valeria a viagem!

Este dia, foi um dos mais frios que a gente passou durante nossa viagem na Escócia. Tinha nevado nos pontos mais altos das montanhas (veja na foto acima), e a sensação térmica estava bem mais baixa que a temperatura. 

Depois que passa o viaduto, a trilha já fica na terra. Não há o caminho pavimentado na montanha. Então, melhor ir com um calçado próprio, seja uma botinha de trilha, ou um tênis confortável e impermeável. Mas são poucos metros que andamos na trilha da montanha… 

Eu não sei descrever para vocês a minha emoção quando vi a paisagem abaixo:

O ideal é subir um pouco, ao ponto que você fique acima da linha do trem. Assim, a vista é melhor!

Na Selfie o viaduto ficou invertido 🙂

 

Na Selfie o viaduto ficou invertido 🙂

Depois que “tomar” o seu lugar para o grande show, só aguardar a fumacinha da locomotiva surgir atrás das montanhas… Minha outra sugestão é que continue no seu lugar. Não saia até o momento que passar o trem. Quanto mais próximo do horário que o trem for passar, mais vai enchendo de visitantes/telespectadores. Então, se chegar cedo e pegar um bom lugar, fique nele! Rsss 

Agora, para que vocês sintam pelo menos um pouquinho da emoção que senti ao ver a fumaça da locomotiva surgir, compartilho uma sequência de fotos e depois o vídeo:

Gente! É emocionante ver o trem passando, as pessoas acenando do seu interior. Senti como se estivesse no filme do Harry Potter despedindo das crianças/adolescentes que seguiam para a escola dos bruxos. É uma sensação de magia indescritível!

Agora assistam ao vídeo que gravamos do momento: 

Depois que o trem passa, as pessoas começam a voltar para o estacionamento e Centro de Visitantes. E neste momento, era possível observar que a neve caía novamente sobre as montanhas ao fundo. Confesso que tive uma esperançazinha de que teríamos neve na cidade… mas não! Ficou só para os pontos mais altos mesmo! 

 

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Endereço: A830 Rd, Glenfinnan PH37 4LT, Reino Unido

Para assistir a passagem do trem no view point é gratuito

Para adquirir tickets para algum dos trajetos do Jacobite Train, clique aqui.

Valor do ticket: a partir de 48 Libras. Veja os preços atualizados clicando aqui.

Geralmente, a temporada de Jacobite Train vai de abril a outubro, funciona os 7 dias da semana, e apenas dois horários por dia, na parte da manhã e na parte da tarde, de cada ponto de partida.

A viagem pelo Jacobite Trem é “descrita como a maior viagem ferroviária do mundo, esta viagem de ida e volta de 135 km leva você a uma lista de extremos impressionantes. Começando perto da montanha mais alta da Grã-Bretanha, Ben Nevis, ele visita a estação ferroviária do continente mais ocidental da Grã-Bretanha, Arisaig; passa perto do lago de água doce mais profundo da Grã-Bretanha, Loch Morar, e do rio mais curto da Grã-Bretanha, o Rio Morar, chegando finalmente ao lado do lago de água do mar mais profundo da Europa, Loch Nevis!” 

 

Greyfriars Bobby: o cão mais famoso e fiel de Edimburgo

Greyfriars Bobby: a história de cãozinho fiel, devoto e amigo, que marcou a história da Escócia

O ditado “o cão é o melhor amigo do homem” já diz tudo. E se tem histórias que mexem com o emocional das pessoas são aquelas que relatam a lealdade de alguns animaizinhos a seus donos. Sei que devem existir uma grande quantidade delas. Mas algumas ficaram mais conhecidas como a de Hachiko – do Japão, que até originou o filme “Sempre ao Seu lado“, a de Canelo, na Espanha, e a de Greyfriars Bobby, na Escócia. 

Estátua de Greyfriars Bobby, em Edimburgo

A história de Greyfriars Bobby, de Edimburgo

Ainda no século XIX, lá pelos anos 1850, quando a Cidade Nova acaba de ser construída, chegava em Edimburgo um jardineiro com sua esposa e filho. Mas coincidia que a cidade recebia muitos imigrantes e não foi tão fácil para John Gray encontrar um trabalho como jardineiro. Então, em uma busca constante para não ficar sem emprego, John conseguiu um emprego de vigia noturno na cidade. 

Mas como também era de se esperar, as noites de John não era fáceis, sem falar da dificuldade com o frio do inverno da capital escocesa. Assim, John decidiu arrumar um cachorrinho para lhe fazer companhia durante as longas e noites frias na cidade. O cachorro escolhido foi um Skye Terrier, que John colocou o nome de Bobby.

Na rara fotografia da família de John abaixo, já dava para ver o carinho dele por seu dono: olhos fixos em seu companheiro e amigo.

Fotografia de Greyfriars Bobby. O falecido Sr. Traill e família, com “Greyfriars Bobby” no colo da Sra. Traill. Fonte: https://simplyfixit.co.uk/
Estátua de Greyfriars Bobby, em Edimburgo

Logo, não só durante as noites frias de inverno, mas também durante as noites mais brandas dos verões, tornou-se uma visão comum e familiar que John e seu cãozinho Bobby andassem pelas ruas de Edimburgo.

Com o passar de alguns anos, John infelizmente contraiu tuberculose, e acabou falecendo da doença em 15 de fevereiro de 1858, sendo enterrado no cemitério da cidade chamado “Greyfriars Kirkyard“, que inclusive é cheio de histórias e merece uma visita! 

Greyfriars Kirkyard, em Edimburgo

 

Greyfriars Kirkyard, em Edimburgo

E aí que a história de lealdade ganhou ainda mais força: Bobby comoveu os moradores locais ao recusar deixar o túmulo de seu companheiro e amigo John, mesmo nas noites mais frias de inverno. Mesmo cansado de tentar expulsar o cachorrinho de perto do túmulo do ex dono, o Jardineiro e zelador do cemitério decidiu ajeitar um abrigo para que Bobby continuasse ali, pelo menos de uma forma mais confortável. 

Greyfriars Bobby, em Edimburgo

Conta a História, que multidões compareciam diariamente ao cemitério, por volta do meio dia – quando soltavam o tiro de canhão do Castelo de Edimburgo, para ver o cãozinho Bobby deixar o túmulo e ir até a mesma cafeteria onde costumava ir com seu falecido dono, onde lhe davam uma refeição. 

Bobby se tornou um cão tão querido na cidade, que até o Lord Provost Sir William Chambers pagou sua licença, depois da publicação do Estatuto de 1867, onde todos os cães da cidade deveriam ser licenciados ou caso contrário deveriam ser sacrificados. Sir William ainda o presentou com uma coleira com a inscrição em latão que dizia “Greyfriars Bobby from the Lord Provost 1867 licensed“, que se encontra exposta no Museu de Edimburgo

E assim, ao longo de 14 anos, Bobby continuou presente ao lado do túmulo do seu falecido dono, sendo muito bem cuidado pelos próprios moradores de Edimburgo, quando infelizmente chegou o ano de sua morte, em 1872, 14 anos depois da morte de seu dono.

Uma baronesa da época, Angelina Georgina Burdett-Coutts, quis homenagear o tão leal e devoto cãozinho Bobby, e assim solicitou que fosse erguida uma fonte de granito com a estátua de Bobby no topo, localizada bem próxima do próprio cemitério, e que hoje recebe vários turistas sensibilizados com a história e que visitam a cidade:

Há também uma lápide em sua homenagem logo na entrada do cemitério Greyfriars Kirkyard, que fica a poucos metros da estátua erguida em sua homenagem: 

Greyfriars Kirkyard, em Edimburgo

 

Greyfriars Kirkyard, em Edimburgo

 

Greyfriars Kirkyard, em Edimburgo

Para visitar a estátua e o túmulo de Bobby, veja a localização neste mapa.

E ai? Qual sua história favorita de lealdade de animais? Compartilhe conosco nos comentários abaixo.

 

The Kelpies, na Escócia

As gigantescas esculturas dos Kelpies na Escócia, valorizando e ressaltando a mitologia escocesa em Falkirk

Uma das coisas que observei da primeira vez que fomos à Escócia foi que se trata de um país cheio de lendas, folclore, história, e uma energia indescritível! Tem histórias de fadas, bruxas, gigantes, monstroscomo o do Lago Ness, Kelpies… A Escócia é um país de seres mitológicos!

Kelpies

Os Kelpies são considerados pela mitologia Escocesa como espíritos da água que habitam os rios e lagos da Escócia. Na maioria das vezes, ele se apresentava na forma de um cavalo, mas também podem aparecer na forma humana.

A lenda dos Kelpies

Mas não se engane! Os Kelpies não são criaturas bondosas, ao contrário, são malévolas que inclusive trouxeram muito medo aos escoceses no passado.

Conta a lenda que os Kelpies podem parecer lindos e dóceis pôneis a beira de um rio. Por isso, crianças são atraídas e ao encostarem em sua pele mágica e pegajosa, não conseguem mais se soltarem. Assim, o Kelpie arrasta a criança para o fundo da água e se alimenta dela. Neste aspecto, historiadores acreditam que essa lenda era para evitar que crianças se aproximassem das águas.

Mas também existe a lenda que diz que os Kelpies podem aparecer como uma bela moça a beira dos rios e lagos atraindo jovens rapazes para a morte.

A lenda dos Kelpies na Escócia

Há tanta magia por trás das lendas dos Kelpies, que também tem a história de que quando sua calda entra na água, o som se assemelha ao barulho de um trovão.

Mas como toda criatura tem seu ponto fraco, o dos Kelpies é seu freio. Uma vez alcançado, você tem tanto o seu domínio quanto de diversos outros Kelpies.

Bem, na dúvida se é lenda ou verdade, prefiro ficar longe das águas da Escócia 😉

Mas um ponto positivo da lenda dos Kelpies é que eles possuem força e resistência, muito importantes para o país. Então, os Kelpies representam a importância dos cavalos na economia da Escócia, principalmente no passado, quando os cavalos trabalhavam no campo, puxavam vagões, etc.

The Kelpies, em Falkirk

Inspiradas nesta lenda dos Kelpies, foram construídas esculturas de 30metros de altura, com mais de 300 toneladas, pelo artista Andy Scott, que são consideradas as maiores esculturas equinas do mundo.

The Kelpies, Falkirk, Escócia

Estas esculturas foram construídas em 2013, mas abertas ao público em abril de 2014, e estão localizadas no Helix Park, em Falkirk, que possui área para ciclismo, caminhada, esportes aquáticos, dentre outros. Delícia de parque para um passeio, especialmente no fim do dia, para pegar o pôr do sol e o acender das luzes dos Kelpies.

Como as esculturas ficam em um parque, você não paga para entrar no parque, o que permite que você as veja bem de perto. Mas para subir nos Kelpies somente com um tour guiado (7,50 Libras por adulto).

Nós não fizemos o tour guiado pelos Kelpies pois chegamos bem no final da tarde, e como no inverno as atrações fecham mais cedo, na Escócia, só aproveitamos no entorno às esculturas mesmo.

Para saber mais sobre o tour guiado pelos Kelpies, clique aqui.

(Observação: no verão ou dias menos frios, este parque fica cheio! Mas como o visitamos no final de outubro, quando o clima começa a esfriar, ele estava bem vazio!)

The Kelpies, Falkirk, Escócia

The Kelpies, Falkirk, Escócia

The Kelpies, Falkirk, Escócia

The Kelpies, Falkirk, Escócia

The Kelpies, Falkirk, Escócia

The Kelpies, Falkirk, Escócia

Como chegar nos The Kelpies?

Para chegar no parque a partir de Edimburgo, são em torno de 30km, e a partir de Glasgow, são 35km. Veja mais detalhes de como chegar nos Kelpies, clicando aqui.

Veja no mapa abaixo

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