Como visitar o Campo de Concentração de Dachau, na Alemanha

Confesso a todos vocês: nessas “andanças” pelo mundo, talvez a nossa visita ao Campo de Concentração de Dachau, localizado nas imediações de Munique/Alemanha, tenha sido uma das experiências mais tristes e marcantes da nossa vida. Conhecer de perto um dos locais onde ocorreram os piores horrores do Holocausto é uma experiência nada agradável, mas necessária para entender os absurdos que eventualmente são registrados na história da humanidade.

Lembrar que Hitler ordenou a construção desse campo de concentração em 1933 e ao longo dos 12 anos seguintes, tornou-se o lar de mais de 200.000 prisioneiros de 34 nações, é simplesmente revoltante. E o pior: a história registra inclusive que tudo começou com o aprisionamento de judeus, aos quais se juntaram homossexuais, passando para aqueles que simplesmente divergiam politicamente, como socialistas e comunistas.

Mesmo sabendo que as câmaras de gás de Dachau não foram utilizadas, conhecer de perto o local onde os prisioneiros eram amontoados em beliches, visitar aquele complexo onde seres humanos se tornavam esqueletos ambulantes e ver de perto o crematório usado inúmeras vezes para dispor dos caídos é de embrulhar o estômago, literalmente!!

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Campo de Concentração Dachau

Como Chegar:

Dachau está localizada no subúrbio de Munique, cerca de 19 Km ao norte da cidade.

Sugerimos duas maneiras para chegar ao local: caso prefira utilizar o trem S2, são 22 minutos a partir da estação central de Munique, saindo a cada 10 minutos durante o dia e cada 30 minutos durante a noite. Já o trem RB de alta velocidade leva apenas 11 minutos.  Em ambos os casos, chegando na estação de Dachau, são apenas 15 minutos após pegar o ônibus nº 726.

Como alugamos um carro e estávamos hospedados na cidade de “Landsberg am Lech“, localizada cerca de 40 Km de Munique, foram 30 minutos dirigindo por um verdadeiro “tapete” rodoviário, muito bem sinalizado e fácil de chegar.

Ao chegar nas imediações do campo de concentração, a primeira impressão ao visualizar aqueles muros rodeados com arame farpado, é que estamos ao lado de um quartel do exército, totalmente isolado e com guaritas espalhadas por todo o complexo. O coração até bate mais forte, pois estamos diante de um local que se tornou sinônimo de sofrimento, opressão, miséria e morte, tudo sob a vigilância brutal de Heinrich Himmler SS.

O memorial possui um estacionamento amplo. Caso esteja de carro, como era o nosso caso, é cobrada uma taxa de € 3,00 por carro e € 5,00 para ônibus. Entre novembro e fevereiro o estacionamento é gratuito.

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Estacionamento em Dachau

O Memorial de Dachau possui um “Visit Center” de excelente qualidade, que oferece aos turistas visitas guiadas individuais, “Áudio Guide” em diversas línguas, inclusive português, ao preço de 3,50 Euros, e ainda o Documentário “The Dachau Concentration Camp 1933-1945”, de 1969. É possível ainda reservar visitas guiadas para grupos e turmas escolares, mediante reserva antecipada.

Ainda no “Visit Center”, temos uma bela livraria e uma pequena mas deliciosa cafeteria.

Para mais informações, clique AQUI.

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Visit Center em Dachau Concentration Camp Memorial Site

Lembrando que a entrada é gratuita e o memorial está aberto diariamente de 9:00 às 17:00, fechando apenas no dia 24 de dezembro. O arquivo e a biblioteca do memorial estão abertos para visitas somente com hora marcada entre as 9h e as 17h de terça a sexta-feira. Para mais informações, clique AQUI.

Início da Visita:

Entre o “Visit Center” e a entrada do campo de concentração, é possível apreciar, numa rápida caminhada de menos de 5 minutos, belas paisagens, com muito verdade e ar fresco, talvez o prelúdio do paraíso para a entrada ao inferno.

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Do paraíso ao Inferno…

Logo na entrada do campo, o famoso portão com os dizeres “Arbeit Macht Frei” (O trabalho liberta), slogan nazista na década de 30.

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Portão de Entrada no Campo de Concentração em Dachau

Para facilitar a montagem de um roteiro individualizado para aqueles que desejam visitar o Memorial, clique AQUI e visualizar o croqui detalhado do local. E abaixo, vamos compartilhar um pouco da nossa experiência.

Separe pelo menos 3 horas para uma visitar completa e sem pressa, e prepare-se, pois cada pedaço deste lugar é um verdadeiro chute na “boca do estômago”.

Primeira constatação: As instalações são muito bem preservadas, e nas próximas fotos é possível ter uma pequena noção dos locais onde os prisioneiros eram mantidos, chamados de “barracões”.

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Barracks (Quartéis), no Campo de Concentração Dachau

É possível visualizar a chamada “estrada de acampamento”, que forma o eixo principal de Dachau, que continha 34 barracões ao longo de tal estrada, tanto ao lado direito como no lado esquerdo.

A partir de 1944, com a decisão de colocar o maior número possível de prisioneiros no acampamento, construído para 6.000 pessoas e que chegou a possuir 30.000, as condições de vida e saúde pioraram drasticamente, com fome, doenças das mais diversas e mortes diárias, sendo que no dia 29 de abril de 1945, Dachau foi libertado pelas tropas americanas.

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Barracão reconstruído em 2007

É possível conhecer a parte interna das instalações, bem como os armários, beliches, pias, banheiros, onde dezenas de prisioneiros permaneciam literalmente “amontoados” uns em cima dos outros.

A foto abaixo retrata bem o dia a dia dos prisioneiros: simplesmente revoltante!!

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Foto dos prisioneiros em Dachau

Para evitar a possível fuga de prisioneiros, as instalações possuíam guaritas com guardas, cerca elétrica e arame farpado. Aqueles que tentavam fugir eram literalmente “fuzilados”, conforme se vê numa das fotos abaixo.

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O destino dos que tentavam a fuga em Dachau

Na foto abaixo, o Monumento “Jourhau“, ou “International Memorial“, desenhado pelo artista iugoslavo Nandor Glid, em 2007, sobrevivente do campo de concentração. Tem como principal finalidade mostrar ao turista que o caminho traçado por ele naquela visita é o mesmo que milhares de prisioneiros fizeram durante o nazismo, no entanto sem a certeza que ao final estariam “livres”.

Ao lado do monumento, uma inscrição em muitas línguas, que diz mais ou menos o seguinte: “O exemplo dos exterminados aqui entre 1933 e 1945 devido sua luta contra o nazismo, une os vivos em sua defesa da paz, da liberdade e na reverência da dignidade humana.”(tradução deste escriba).

Na foto abaixo, um resumo da sua obra: postes, valas e arame farpado, objetos obrigatórios nas instalações de segurança em torno do acampamento. O esqueleto humano representa aqueles que, em um ato de desespero, tentaram fugir pela cerca de arame farpado.

A morte no campo de concentração era comum e certa!

Mais um chute na boca do estômago!

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International Memorial, no Campo de Concentração em Dachau

Agora duas fotos emblemáticas: a primeira representa uma urna com as cinzas do “prisioneiro desconhecido” e o lembrete “Nunca mais” nas costas.

A segunda, um relevo com uma série de triângulos unidos a uma corrente, que representa cada prisioneiro que passou por Dachau a partir de 1937, diferenciados pelas cores, como o triângulo rosa que representa os presos homossexuais ou o verde que representa os “prisioneiros criminosos”, dentre outras categorias perseguidas pelo regime nazista, seja por razões políticas, raciais ou religiosas.

É simplesmente de arrepiar!

São vários os monumentos religiosos em Dachau: na foto abaixo o “Memorial Judaico“, inaugurado em 7 de maio de 1967, projetado pelo arquiteto Zvi Guttmann e feito de basalto preto, que inclina-se para baixo como uma rampa.

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The Jewish Memorial, no Campo de Concentração em Dachau

Ao descer a rampa, é possível visualizar o filtro de luz que ilumina seu interior saindo do teto. A grade do lado de fora simboliza o arame farpado que fazia parte da rotina dos prisioneiros judeus, e a rampa tem o simbolismo que visa lembrar a todo momento o extermínio dos judeus europeus.

O seguinte verso está estampado na entrada do Memorial: “Ponha-os em temor, ó Senhor, para que as nações se saibam que são apenas homens. (9, 21)

Impossível não se emocionar!

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“Put them in fear, O Lord: that the nations may know themselves to be but men. Selah.” (9, 21)

Ao fundo na foto abaixo, o “The Mortal Agony of Christ Chapel”,  primeiro monumento religioso erguido em Dachau, em 1960. A posição da capela e a forma circular aberta foi projetada pelo arquiteto Josef Wiedemann, para simbolizar a libertação do cativeiro por Cristo.

Outro fato interessante: Em 1972, os sacerdotes poloneses sobreviventes de Dachau colocaram uma placa na parte de trás da capela para lembrar o sofrimento dos prisioneiros daquele país no campo de concentração.

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The Mortal Agony of Christ Chapel, em Dachau

É possível visitar ainda o “Carmelite Convent”, projetado na forma de uma cruz, a “Protestant Church of Reconciliation”, com seu portão de aço com as seguintes palavras do salmo 17: ” “Hide me under the shadow of thy wings”, ou algo como “”Esconda-me sob a sombra de suas asas” e a “Russian-Orthodox Chapel”, localizada ao longo de um caminho entre o antigo campo de prisioneiros e a área dos crematórios, sendo o mais novo dos monumentos religiosos.

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Numeração de cada uma das instalações onde ficavam os prisioneiros.

Talvez o lugar mais “impactante” da visita: você terá a oportunidade de assistir um pequeno filme/documentário de cerca de 15 minutos que relata a vida dos prisioneiros no dia a dia em Dachau,  que me abstenho de relatar os detalhes aqui.

Confesso que fiquei com o estômago embrulhado e saí do local totalmente revoltado com aquilo: será que o ser humano não possui limites para tanta crueldade com seus semelhantes?

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Documentário impactante!

O campo de concentração possui um belo museu, muito bem montado e detalhista, onde é possível conhecer pormenores sobre o dia a dia naquele inferno, bem como peças, utensílios e materiais diversos daquela época, e claro, fotos que irão mexer com o mais frio dos homens, como esta abaixo.

Existe ainda um painel de exposição, com fotografias de ex-prisioneiros, com informações e fotos.

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Foto da foto (Imagem de prisioneiros mortos no Campo de Concentração em Dachau)

Pois é, meus amigos, Dachau também possuía um crematório, mais conhecido como “Barracão X”, que servia para destruir as centenas de cadáveres daqueles que morriam todos os dias no campo de concentração.

E acredite se quiser: ao final do ano de 1944, sua capacidade já não era suficiente para incinerar a quantidade de mortos diária, sendo que em 1945, quando o campo foi libertado pelos americanos, os soldados encontraram inúmeros cadáveres amontoados no crematório.

Ao lado do “Barracão X”, você poderá admirar o Memorial “O prisioneiro desconhecido”,  com a inscrição “Para honrar a morte, para advertir os vivos”.

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Crematório de Dachau

Abaixo, “Brausebad”, em alemão, que significa “Ducha”. Neste local os prisioneiros simplesmente tomavam um banho, que era o último passo para admissão no campo de concentração. Os prisioneiros recém-chegados tinham a cabeça raspada, eram “desinfetados”, limpos e depois enviados para o quartel, vestidos com suas roupas de prisioneiro.

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Ducha em Dachau

Para encerrar o post, o mais cruel dos cômodos de Dachau: a Câmara de Gás, que no entanto, não há registros que realmente foi utilizada durante o funcionamento do Campo de Concentração.

Enfim, trata-se de uma visita imperdível, tanto para entendermos mais um pouco sobre esse lado negro da humanidade que foi o nazismo, quanto para constatar que o ser humano, quando deseja, não possui limites para o verdadeiro MAL.


Dachau Concentration Camp Memorial Site
Alte Römerstraße 75
D – 85221 Dachau
Deutschland

Funcionamento: diariamente, das 9h às 17h, exceto dia 24 de dezembro

Gratuito

Um tour pelas principais cervejarias e Biergarten de Munique

Por Fábio Almeida
Impossível visitar Munique e não escrever um post exclusivo sobre cervejas, ainda mais quando estamos diante de um blogueiro apaixonado por esse precioso líquido. Então, nessas poucas linhas, vamos compartilhar nossas experiências de 4 dias pelas cervejeiras  da capital da Baviera.
Inicialmente, vale relembrar que na maior festa cervejeira do mundo, a Oktoberfest, que ocorre anualmente no final de setembro e início de outubro, apenas 6 fabricantes de cerveja estão autorizadas a participar do evento: Augustiner, Hacker-Pschorr, Lowenbrau, Paulaner, Spatenbrau e Hofbrau. Daí nossa opção por visitar (ou pelo menos tentar!!) a maioria delas.

Típica vendedora de Pretzel,  na HB de Munique.
A caminho da HB
Hofbräuhaus
Platz 9, Munique, Alemanha
Horário de funcionamento: diariamente das 09h às 23:30h
Site: http://www.hofbraeuhaus.de/
Vamos começar pela maior e mais imponente cervejaria da cidade, e uma das marcas mais tradicionais da Alemanha:  Hofbrauhaus.
Em grande estilo!!

A origem da cerveja

O Duque da Baviera (Wilhelm V. – 1579-1597) estava insatisfeito com as cervejas fabricadas em Munique, motivo pelo qual importava cervejas a partir de Einbeck, na Baixa Saxônia.
Com a finalidade de conciliar custo e qualidade, resolveu fabricar a própria cerveja, recrutando o mestre cervejeiro do Mosteiro Geisenfeld (Heimeran Pongraz), dando origem ao primeiro lote da Hofbrau, em 1589.
Para chegar na cervejaria é muito fácil: ela fica localizada a menos de 400 metros da Marienplatz, principal ponto de referência de Munique, bem no meio do circuito turístico da cidade.

Trata-se de um dos lugares mais turísticos da cidade, no interior de um prédio imponente datado de 1589, com grandes salões no interior e suas mesas enormes compartilhadas por turistas do mundo todo, música ao vivo, danças típicas, ambiente descontraído e o mais importante: cerveja de qualidade e sem limite para moderação!! Destaque para a pintura no teto:

 

 

 

 

Em pesquisas na internet, lemos vários posts e relatos de viajantes criticando o excesso de pessoas que normalmente frequentam o lugar, que consequentemente causam desconforto e péssimo atendimento. No dia de nossa visita, a cervejaria contava com cerca de 70% de lotação e não tivemos qualquer motivo para criticar o atendimento, com garçons sempre solícitos e bem humorados.
Como a “sede” era quase insuportável, priorizamos a caneca de 1 litro, ao preço de 8 Euros cada (pode sofrer alteração), acompanhado do melhor joelho de porco que já devoramos na vida! Depois do que a Fabiane faz, claro!
Prost com nossa amiga Diana, do Blog Histórias da Di, que estava morando em Munique, à época!

 

Estando lá, aproveite para degustar alguns dos pratos típicos da Baviera, como o já citado joelho de porco, o lombo de porco e vários tipos de salsichas, como a Weisswurst.

 

Uma banda toca música alemã deixando o ambiente bem descontraído e divertido, dá para ver que eles se divertem bastante com o trabalho!

Observe, ainda, que além dos garçons que carregam inúmeras canecas de 1 litro (imaginem o peso!) ao mesmo tempo, as vendedoras/vendedores de Pretzel, que é muito consumido pelos alemães e outras guloseimas.

 

A cervejaria possui uma loja onde é possível comprar copos e canecas da HB, oportunidade única de aumentar nossa coleção com esse ícone de um litro do mundo cervejeiro!!
Enfim: se está em Munique, não deixe de visitar a HB!!
Prost!!

Augustiner Bräu

A Augustiner Bräu é a mais antiga cervejaria de Munique, datada de 1328, e possui diversos endereços em Munique. Escolhemos a unidade da Augustiner Am Platzl, situada no coração de Munique, com sua atmosfera agradável que atrai clientes de todas as idades.
Para chegar é muito fácil: basta pegar o metrô até Marienplatz (Linhas U3, U6/S-Bahn Linha S1, S2, S4-S8 até Kammerspiele, Bonde Linha 19)

 

Início das atividades do dia!!
Ao contrário da HB, a cervejaria não é tão espaçosa, mas apresenta uma decoração diferenciada e ambiente bastante descontraído, além de ótimo atendimento.

 

 

Os clientes dividem-se entre turistas de todas as partes do mundo e moradores da cidade, ávidos para degustar uma típica breja bávara!! Nossa sugestão: As versões Lager, Dunkell e Weiss (essa bem avermelhada e muito saborosa).
A cervejaria possui ainda cardápio variado e preços na média da cidade.

 

Weiss Bier para matar a sede!!

Ao final das atividades, adquirimos, como de costume, duas canecas de um litro para nossa coleção.

Novamente com nossa amiga Diana, do Histórias da Di.
Aproveitamos para comprar a Augustiner Lagerbier Hell (Nome sugestivo, não??). Uma Augustiner simples, básica, com líquido dourado bem claro e creme bem formado. Possui aroma levemente maltado com notas florais no final.
Recomendamos!!

 

Paulaner 
Agora é hora de visitarmos uma das diversas cervejarias da Paulaner em Munique, a famosa cervejaria conhecida pelas raízes na Ordem do Mínimos (Paulaner Orden, em Alemão), uma ordem religiosa fundada por São Francisco de Paula em Neuhauser Strabe, Munique, no século XVI. Basta olhar o rótulo atual das cervejas Paulaner para entender porque.
Curiosidade: os monges da Ordem dos Mínimos elaboravam sua própria cerveja desde 1634.
Escolhemos a cervejaria localizada na PaulanerPlatz, localizada cerca de 15 minutos a pé da Marienplatz.
Apesar do preço salgado até mesmo para os altos padrões de Munique, vale a pena experimentar essa preciosidade, acompanhado dos já citados excepcionais pratos típicos alemães, especialmente a enorme variedade de salsichas, tudo servido por garçons vestidos a caráter, com atendimento rápido e eficaz.
Nada como degustar uma bela caneca de um litro de Paulaner, sentado em uma das mesas da calçada, curtindo um fim de tarde no coração de Munique (isso, claro, se você for fora do inverno ou do final de outono, quando a cidade fica gelada).

 

BiergartenAgora uma excelente dica para a hora do almoço ou para degustar uma breja gelada no meio da tarde: Biergarten Am Viktualienmarkt, localizado ao lado do Mercado Central de Munique e apenas 10 minutos de caminhada a partir da Marienplatz, que abriga diversos restaurantes, um mercado muito interessante e um “biergarten” bem espaçoso.

 

 

 

Ótima oportunidade para degustar uma típica breja bávara ao ar livre acompanhado de petiscos alemães, após uma intensa e proveitosa caminhada pelo centro da cidade. Lembre-se: nos Biergartens de Munique, geralmente os bancos são enormes e de madeira, para 10 a 12 pessoas, onde todos se sentam juntos lado a lado, mesmo sem se conhecerem.
A praça é cercada por barracas, onde é possível comprar pães, petiscos dos mais variados, azeitonas, queijos de todos os tipos, salsichas, peixes, e o mais importante, é claro: CERVEJA!!
Turistas de todos os lugares do mundo costumam frequentar o lugar, além de  moradores de Munique, jovens, velhos, homens, mulheres, crianças…
Imperdível!!
Biergarten do Englischer Garten

 

Enfim, no último dia em Munique, visitamos o Englischer Garten (Jardim Inglês), localizado cerca de 3 Km da Marienplatz, um enorme parque público no centro de Munique, criado em 1789 por Sir Benjamin Thompson (1753-1814), e onde acontece o famoso surf de rio, em Munique.

 

Possui uma área de 3,7 Km quadrados e é um dos maiores parques públicos urbanos do mundo, maior até que o Central Park, em Nova York.

 

Ótima opção para um passeio junto da natureza no fim de semana, seja a pé ou a bicicleta, onde é possível inclusive apreciar “surfistas” de ondas artificiais praticando o esporte no meio do parque. No verão, o lugar é vibrante e cheio de jovens, e sentar para um piquenique é programa obrigatório.

Após uma rápida caminhada pelo parque, chegamos até o Biergarten localizado ao lado de uma belíssima torre Chinesa (Chinesischer Turm).

 

Prepare-se: o lugar é completamente lotado, é necessário enfrentar uma fila razoável para a compra da caneca de chopp HB, acompanhado de petiscos (decidimos por uma das inúmeras versões alemãs de salsicha e pelo já histórico e tradicional joelho de porco).

 

 

 

Já armados e equipados, outro desafio: conseguir um lugar ao sol, no caso, dois lugares entre os inúmeros bancos de madeira compartilhados por dezenas de pessoas. Já adianto: a tarefa não será fácil!!

 

Prost??

Ao final do dia, após muita cerveja, petiscos e músicas tipicamente alemãs, encerramos as atividades com uma certeza: cumprimos com vibração e afinco as missões confiadas!!

Hora de reabastecer!!

 

E para aqueles que desejarem um ambiente mais sofisticado, estilo um Eataly, vá ao Scharnnenhalle! Trata-se um espaço com bares, delicatessen, restaurantes e mercados gourmet (e lá também está localizada uma loja da Milka).

 

 

 

Agradecemos nossa amiga Diana, do Blog Histórias da Di, que estava morando em Munique na época da nossa viagem, e além de nos apresentar lugares incríveis na cidade, nos deu dicas e informações únicas!
Prost!

Visita ao Estádio do Bayern de Munique (Allianz Arena)



Por Fábio Almeida
Sempre que procuramos informações sobre a belíssima cidade de Munique, somos bombardeados por 9 entre 10 blogs especializados e agências de viagem sobre o Campo de Concentração de Dachau, a cervejaria Hofbrauhaus, a Igreja de Nossa Senhora (Frauenkirche), Igreja de St Peter ou o English Garden e a Marienplatz como pontos turísticos da cidade.
Sim, são pontos turísticos imperdíveis!!
Mas se você é um apaixonado por futebol como eu, eis um programa imprescindível para o seu roteiro: Visita ao antológico Estádio Allianz Arena, atual “casa” do poderoso Bayern de Munique.
Já vou adiantando: separe pelo menos 4 horas para um tour inesquecível envolvendo um dos mais famosos templos do futebol mundial.

Traje de Gala para a visita ao Allianz Arena
Localizado na parte norte da cidade, no distrito de Fronttmaning, chegamos ao Estádio de carro. Apesar das facilidades proporcionadas pelo GPS, o trajeto até o Allianz Arena é muito bem sinalizado e as avenidas largas e o trânsito ajudaram.

Para chegar utilizando o metrô também é fácil. Da Marienplatz (local onde existe concentração maciça de torcedores após os jogos), basta pegar a linha U6 na direção Garching-Hochbruck e descer em Frottmaning. Depois é só seguir a bolinha escrita “Arena”. Não tem erro.

Algumas informações relevantes: É o estádio oficial dos times TSV 1860 Munique (hoje decadente) e do poderoso Bayern de Munique, e foi construído para substituir o famoso Olympiastadion (que também visitamos e merece outro post). Sediou 6 jogos na Copa do Mundo de 2006, destacando-se a abertura, uma das Semi-Finais e o jogo Brasil 2×0 Austrália.

Possui capacidade de até 71 mil espectadores em pé ou 67.812 sentados, sendo dividido em sete pavimentos e três níveis de arquibancadas.

Allianz Arena

O Estádio possui amplo estacionamento, ao preço de 5 Euros, sem limite de tempo, pago ao final da visita.

Ansioso pelo início das atividades, deslocamos rapidamente para a área de visitas, dividida em 2 partes: O museu do Bayern e o tour guiado pelas dependências do Estádio, ao preço de 19 Euros.
E o show vai começar.
Confesso que o Bayern de Munique nunca foi um dos meus clubes europeus prediletos, ao contrário do Nápoli de Maradona, Milan de Van Basten, Real Madrid de Zidane ou o Barcelona de Ronaldinho, e mais recentemente da dupla Guardiola/Messi. Mas com a chegada de Pep Guardiola ao clube alemão, praticamente acompanhei todos os jogos do Bayern na última temporada e o interesse chegou ao nível dos times citados acima.
Logo na entrada do museu, as primeiras taças do clube e a escalação dos primeiros times campeões, onde destacamos o primeiro título alemão, na temporada 1931/1932.

A primeira taça – Campeão Alemão

Campeões históricos
Uma verdadeira aula de história sobre o clube. Os primórdios em 1900 quando de sua fundação, com nome original “Schwabinger Bayern”, modificado anos depois, os inúmeros títulos, onde destacamos as cinco conquistas na Liga dos Campeões da UEFA (1973/74, 1974/75, 1975/76, 2000/01 e 2012/13), os uniformes, os craques como Beckenbauer, Gerd Muller, Sepp Meier, Breitner, Robben, dentre tantos outros…
Campeão do mundo em 1976, após derrotar o Cruzeiro
Taças e Mais Taças, e claro, o patrocinador do clube
Bayern Campeão – Inglória rotina!!

As primeiras câmeras que registraram o gigante europeu em campo!!
A temporada de ouro 2012/2013 – O clube ganhou tudo!!
O museu do Bayern possui duas “seções”, se é que podemos assim dizer, sobre dois dos maiores ídolos do clube : Franz Beckenbauer e o goleiro Sepp Meier, com fotos, relatos, entrevistas, estatísticas, vídeos…
Fato pitoresco: um dos funcionários do museu, aficcionado por futebol, ao ver que eu estava vestindo o manto sagrado atleticano, puxou conversa, e assim permanecemos por cerca de 20 minutos papeando sobre futebol, inclusive sobre os motivos que impediram a final dos sonhos durante o último Mundial de Clubes em 2013, entre Bayern Munique x Atlético Mineiro.
Essa é especificamente para os almanaques ambulantes: O museu possui diversas telas “touch screen” ligadas a computadores! Basta um toque e você terá acesso a números infindáveis sobre jogadores do passado e atuais, formações, jogos, títulos e tudo que você imaginar!! É possível permanecer por horas a fio consultando tantas curiosidades.

Cronologia de um campeão – de 1900 até os dias atuais
Permanecemos por cerca de 2 horas no museu, e só encerramos as atividades devido ao início do tour guiado, às 1630hs, segunda e última parte do passeio.
Fique atento para os horários das visitas, isso se você fizer questão do guia em inglês (tivemos sorte!!), que são muito restritos.
A visita pelas dependências do Estádio dura cerca de 45 minutos, dividida em 5 partes: Arquibancadas, Sala de Imprensa, Vestiários, Gramado e Zona Mista (Local de contato dos jogadores com a imprensa após os jogos).
Infelizmente visitamos o Allianz Arena exatamente na época da troca do gramado, pois tratava-se de final de temporada, o que impossibilitou “pisarmos” no tapete alemão…Como consequência previsível, fotos não tão sensacionais!!

Visão privilegiada

Ano que vem tem mais!!

Sala de Imprensa

Acho que existe lugar pra mim nesse time!!

Prontos para mais uma batalha!!

O tapete verde é logo ali

Instrução pós-jogo

Torcida organizada??

Torcida VIP
Ao final do passeio, presença obrigatória na lanchonete do Bayern, onde você terá a oportunidade de degustar uma bela breja alemã acompanhado de diversos “quitutes”, e a loja do “Allianz Arena, para a compra de “souveniers”
Além da loja do Allianz, existe a loja do Bayern de Munique, que infelizmente estava fechada durante nossa visita.”
Uma breja alemã, por favor!!

Minhas impressões finais: Visita imperdível, museu sensacional!! No entanto, falo sem medo de errar: o Estádio do Bayern na parte externa ganha de goleada da maioria dos Estádios do mundo, no entanto, o nosso Mineirão, na parte interna, após as reformas pré-Copa, é mais bonito e confortável!!

Até a próxima!!



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