Como tirar o Visto para a China

A China exige visto de entrada para turistas, com exceção do Visto de Trânsito de 72 horas. O processo para concessão do visto tem aquelas mesmas situações onde você deve apresentar formulários preenchidos, documentos, comprovantes, depois encaminhá-los ao Consulado e aguardar pelo deferimento.

Apesar do procedimento consular ser quase sempre mais delicado, o Visto Chinês possibilita que você entregue os documentos pessoalmente ou que outra pessoa faça isso para você. E estes documentos deverão ser entregues em um dos dois Consulados no Brasil, que ficam no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Mesmo assim, como somos de Belo Horizonte, e não poderíamos ir em nenhuma daquelas cidades para retirar o Visto, preferimos fazer tudo mediante a Despachatur, que é uma empresa de assessoria para vistos aqui da nossa cidade. E através deles, foi tudo mais fácil e não tivemos problemas!

Lembrando que você mesmo pode fazer todo o procedimento, preenchendo o formulário e juntamente com os documento solicitados entregar no Consulado. Mas se morar em uma cidade que não seja Rio ou São Paulo, o ideal é que procure uma assessoria de vistos em sua cidade, pois os gastos para ir até lá serão muito mais caros.

O visto chinês é concedido em um prazo de aproximadamente 7 dias úteis. Então, você pode tirá-lo quando estiver mais próximo da sua viagem, já que geralmente é emitido com validade de 90 dias. Mas não deixe para tão próximo a ponto de correr riscos desnecessários. E só depois que traçar seu roteiro de cidades, e tiver as reservas de hotéis e passagens de trem ou voo, que poderá solicitar o visto.

Quando retiramos nosso visto, ainda era necessário escolher qual tipo de visto tirar: de 1, 2 ou múltiplas entradas. Mas atualmente isso mudou. O tipo de visto para turistas é o L, destinado para quem vai à China “turistar”, ou visitar algum parente, ou amigo.

Veja todos os tipos de visto para a China, clicando aqui.

Visto de Turismo China

A documentação que você precisará apresentar é (apesar de algumas pessoas informarem que não precisou apresentar tantos documentos, mas melhor voltar com algum documento para casa, do que eles pedirem e você não ter):

  • Formulário de solicitação do visto, baixe aqui, que deverá ser totalmente preenchido e assinado da mesma forma que o seu passaporte. Você verá que no próprio formulário pedem para preencher todos os campos, e mesmo aqueles que você não tem resposta, ou não se aplica ao seu caso, você deve escrever: NÃO SE APLICA ou NÃO APLICÁVEL.
  • Passaporte: original, com validade de no mínimo de seis meses e páginas para vistos em brancos, bem como, uma cópia da página com dados e foto.

  • Formulário de visto e foto: um formulário preenchido com uma foto colorida (fundo branco) e recente, cabeça descoberta e de frente.

  • Materiais sobre itinerário contendo reserva de passagem aérea (ida e volta), e voucher do hotel, ou carta de convite emitida por órgão ou indivíduo da China com seguintes dados:

  • Nome, sexo, data de nascimento do convidado.

  • Data da chegada e saída, local(is)de visita.

  • Nome, telefone, endereço de órgão ou indivíduo convidante, carimbo de órgão e assinatura da representante legal de órgão ou indivíduo convidante.

  • Comprovante de renda.

Estes são os documentos que encaminhamos para o Consulado Chinês para concessão do nosso visto de duas entradas. Lembrando que estes documentos podem alterar de acordo com seu caso e sua viagem.

Valores taxa consular a partir de janeiro/2018:

  • R$ 460,00 por pessoa para a Taxa Consular.

Para maiores informações sobre o visto chinês, clique aqui.

As primeiras impressões sobre a China

Acabamos de voltar de uma viagem que, com certeza, entrou para nossa lista de “melhores viagens”! A China nos surpreendeu em tudo! Passamos alguns perrengues no período pré-viagem e durante os quase 25 dias do outro lado do mundo, é claro, nada mais natural, mas nada que não entrasse para nosso livro de “coisas para contar para amigos e família”. Quando decidimos que nosso próximo destino seria a China, fomos questionados muitas e muitas vezes: porque não Paris ou as Maldivas? “vão fazer o que na China? Comer espetinho de rato?” Putz!! Santa ignorância! Estamos falando de uma das civilizações mais antigas do mundo, de um dos países que mais cresce no mundo, a taxas de 7 a 12% ao ano nas últimas décadas, e que possui paisagens incríveis, sempre contrastando o velho com o novo, o antigo com o moderno!

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E nossa aventura começou assim: perdemos nosso voo para a China, no trajeto São Paulo/Shanghai! Inacreditável, não é mesmo? Mas por incompetência da companhia aérea responsável pelo voo doméstico Belo Horizonte/São Paulo (que não é a United!), com atraso de mais de quatro horas e o pior: sem qualquer assistência, com funcionários sendo até irônicos questionando “mas como vocês não conseguiram pegar o voo?”. Pois é, Senhora empresa aérea: “Não conseguimos pegar nosso voo, porque simplesmente a Cia Aérea não cumpriu com sua obrigação!”

Conseguimos embarcar somente no dia seguinte, ou seja, roteiro com um dia a menos! Mas em contra-partida, o trecho internacional foi feito em menos de 30 horas, com 3 horas de conexão em Chicago/USA. Trata-se de um voo cansativo, mas poderia ter sido muito pior, se tivessem outras conexões ou escalas. Anote a primeira dica: observar o número de conexões, priorizando Chicago e Newark, as mais rápidas.

Outro detalhe: Fomos beneficiados com os assentos economyplus da United Airlines, bem mais confortáveis que os assentos comuns (Thanks United). Assistimos vários filmes, dormimos bastante, mas mesmo assim, o primeiro dia foi praticamente nulo, e dentro do planejado, tudo para encarar o fuso-horário (+11) e os efeitos do Jet-Lag.

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E quais foram nossas primeiras impressões sobre a China? Tem coisa aqui que a gente pode dizer que outras pessoas não vão concordar. Mas é a nossa opinião sincera! Ficamos quase um mês nesta viagem, e pode até ser que a gente não tenha vivido da forma que outras pessoas. Friso, é a nossa real impressão!

  • Táxi não é nada fácil para estrangeiros na China: por mais que você mostre ao motorista o endereço escrito em Chinês, etc., a comunicação será um problema. Alguns balançam a cabeça como se não entendessem, outros mostram o tamanho de pequeno com os dedos, como se não enxergassem o que está escrito no papel, e alguns nem param o carro. Nossa dica: escolha hotéis próximo às estações de metrô, ou combinem um transfer antes da sua chegada.

Aproveite para usar bastante o transporte público, que é um dos mais eficientes do mundo!!! Os únicos lugares que realmente contamos com o transfer e taxistas (mas reservamos com antecedência) foi em Xí-an e Guilin. Xí-an, tem um metrô que ainda está em expansão, portanto, somente duas linhas (em formato de cruz) para toda a cidade. Já em Guilin, ainda não existe metrô. Em Macau, também ainda não existe metrô, mas utilizamos ônibus, táxi e transfer.

  • Extremamente essencial e necessário ter o nome e endereço do local em Mandarim: apesar da barreira da língua, os chineses são muito gentis e sempre estão dispostos a ajudar. Evite mostrar o nome ou endereço em inglês em um primeiro momento, pois a maioria deles simplesmente não entende. Por isso, planeje seu roteiro com nomes e endereços em inglês e em Mandarim. Por diversos momentos tivemos que perguntar a algum chinês informações sobre lugares, deslocamentos e outras informações essenciais. E quando mostrávamos o local ou endereço em Inglês, nada de nada. Já em Mandarim, era de imediato pelo menos um aceno, uma direção, ou qualquer forma de ajuda.
  • Os costumes dos chineses têm mudado: quando começamos a pesquisar sobre a China, era comum lermos que os chineses são mal educados, que cuspiam/escarravam/peidavam em qualquer lugar, arrotavam à mesa e não obedeciam as filas. Primeiro, é uma questão cultural. Segundo a Medicina Tradicional Chinesa, não é saudável engolir a própria saliva. Por outro lado, arrotar é sinônimo de aprovação da comida. Não temos dúvidas que isso tenha acontecido um dia. Mas a verdade é que isso tem mudado muito entre os chineses, sendo que estes costumes ficam para os mais velhos ou aquele jovem “mal educado” por natureza. Mas cá entre nós: no Brasil também temos os escarros nas ruas, e em grande quantidade! Só que estamos tão acostumados que sequer observamos mais. Passamos por Shanghai, Beijing, Xí-an, Guilin, Hong Kong, Macau e Suzhou. Os lugares que observamos as tais “escarradas”, e em quantidades pequenas foram Xí-an, Guilin e Suzhou. Nas demais cidades, raramente! Puns… não tivemos o desprazer de sentir algum, graças a Deus! Quanto aos fura-filas, pouquíssimos casos. No metrô, acontece com certa frequência aglomerações, mas mesmo assim, as placas de entrada e saída indicativas no chão são, na maioria das vezes, respeitadas. Outro costume muito comum: quando os chineses estão cansados, ficam de cócoras no metrô, na rua, ou em qualquer lugar que seja. Mas isso é só uma curiosidade mesmo! 😉
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Viu? Tem fila!
  • Você não vai passar fome na China, nem tampouco viver só de Fast Food: outro ponto que todo mundo acredita é que você vai viajar para a China para comer cachorro, rato, escorpião, ou qualquer outro bicho ou animal estranho. Não! Na China, come-se muito bem! As comidas mais estranhas ficam por conta da Wang Fu Jing Da Jie, em Beijing. Alguns lugares, como a própria feirinha da Wang Fu Jing Da Jie, não cheiram bem! Mas gente… Temos que parar de reclamar da cultura dos outros! Eles adoram o cheiro estranho e ponto final! Quem garante que outros povos, de outras culturas também não gostam do cheiro da nossa feijoada, que a gente adora? Ou quem sabe ao se depararem com o nosso delicioso feijão tropeiro ou a dobradinha, pensem: “que nojo!” Cultura tem que ser respeitada! E se você viaja para o outro lado do mundo para descobrir novas culturas, vai ficar falando mal disso? Melhor não viajar! O tempo que estivemos na China comemos muito bem! E você tem a liberdade de escolher onde e o que comer! Dá para ver de cara qual  restaurante é confiável, ou prefira comer naqueles indicados por outros viajantes ou sites especializados.
  • Banheiros públicos são sujos, não têm papel higiênico nem sabonete para lavar as mãos: mas alguns banheiros na China nos surpreenderam de tão limpos e tamanha tecnologia. Em Shanghai, vimos banheiros com controles digitais para ducha (quente ou fria e o tipo de jato!), com vasos tradicionais, papel higiênico, sabonete, e até com cheirinho! Já os banheiros públicos são bem sujos e com muito mal cheiro! O ideal é comprar lenços de papel (não precisa comprar aqui, em toda esquina vende-se lenços a 1 RMB), lenços umedecidos, álcool em gel para assepsia, e ter cuidado para não encostar em nada na hora de urinar. E os vasos sanitários são rentes ao chão.
Este banheiro estava até limpo! ;)
Este banheiro estava até limpo! 😉

Agora espere aí! No Brasil, tem banheiros públicos tão sujos quanto os da China, não é mesmo?

  • Prefira hotéis de grandes redes e próximos a estações de metrô: Geralmente os hotéis de grandes redes servem café-da-manhã continental (mas confirme esta informação antes de fechar os hotéis), e geralmente, estes hotéis também possuem funcionários que falam inglês. Em Guilin, ficamos em um ótimo hotel, mas de madrugada, quando fizemos o check out, o funcionário não falava absolutamente nada em inglês, mesmo o básico! E como todos os hotéis exigem um depósito prévio, ao final, você tem que confirmar o cancelamento daquele depósito, bem como realizar o pagamento de suas despesas. E se o funcionário do Hotel não fala inglês, eis mais um problema!
  • Tudo é sempre muito cheio: todo mundo sabe que tudo que envolve a China é superlativo, começa no milhão! Ou seja, qualquer atração turística estará sempre cheia, especialmente nos feriados locais, quando os chineses aproveitam para visitar as atrações da cidade! Em horários de pico, o Metrô parece um formigueiro!

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Portanto, é imprescindível chegar com antecedência em tudo! Primeiro, para não se perder no trajeto e segundo, devido à quantidade de gente e possíveis filas, etc., você pode acabar perdendo um voo, um trem, ou uma reserva. Quando era solicitado que chegássemos no aeroporto uma hora e meia antes do embarque, chegávamos três! Na estação de trem, você deve chegar com 30 minutos de antecedência, e para não corrermos riscos desnecessários, buscamos no dia anterior, e chegamos com mais de uma hora de antecedência. Melhor prevenir que remediar! Com todo este cuidado, não perdemos nenhum voo ou trem!

  • Toda atenção para atravessar as ruas é pouco: a mão-direita é livre. Ou seja, os veículos podem convergir à direita mesmo que o sinal esteja fechado, e aberto para os pedestres! Então, sempre olhe para todos os lados antes de atravessar, e tente seguir os outros chineses! Não é muito comum eles pararem em faixas de pedestres. Em ruas que não tiverem semáforos, fique bem esperto para atravessar a rua, senão não conseguirá atravessar nunca! Em Macau e Hong Kong, que apesar de serem regiões administrativas especiais da China, possuem mão inglesa de direção. Logo, ocorre da mesma forma que em Londres: volante e sentido de direção contrários! O uso de moto elétrica é muito comum nas cidades da China. E elas andam sobre os passeios, na contra-mão, de todas as formas possíveis! Fiquem atentos!
  • Vai ser quase impossível utilizar o Wi-Fi nas ruas: na China, a maioria dos lugares pede para enviar um código para o número do seu celular, e só depois a internet é liberada. Isso somente para quem tiver o roaming ativo! Mas para quem não ativar o roaming, ou seja, não tiver acesso às mensagens nem ligações, não vão ter acesso ao código que será enviado para o seu telefone, e consequentemente não poderá utilizá-lo para concluir o cadastro. O Wi-Fi era liberado em pouquíssimos lugares! Alguns sem senha, e alguns pedíamos para os próprios chineses (que trabalhavam no local) digitarem a senha em nosso celular.
  • Mesmo com o VPN, em alguns lugares você não terá acesso ao Google e redes sociais: demoramos um pouco para entender. Mas alguns lugares para cumprirem o determinado pelo Governo Chinês, que proíbe o acesso ao Google e redes sociais, realmente bloqueiam o uso do VPN. Também achamos o VPN muito instável! Demora para conectar e cai por diversas vezes. (O WhatsApp é liberado, e independe de VPN para ser utilizado).
  • A viagem para a China é cara! Apesar dos hotéis serem relativamente baratos, não é uma viagem barata! E se você acha que vale a pena comprar na China, está enganado! Não achamos nada barato! Ao contrário, achamos tudo muito caro! Se alguém tem alguma dica de compra na China, conte para a gente!
  • Você não precisa ter medo de violência e de crimes na China: Você não precisa ter medo de tirar celular da bolsa, de tirar fotos com máquinas, etc. Em nenhum momento sentimos medo ou qualquer receio durante nossa viagem! Você verá que é comum o raio-x em todas as estações de metrô e atrações turísticas. Por outro lado, o policial chinês não usa armas! Estranho isso? Não! É porque diante da severidade das penas para aqueles que cometerem crimes, o índice de criminalidade, na China, é baixíssimo! Ah! E os chineses são muito honestos! Só para exemplificar, logo que chegamos na China, ainda sem saber distinguir as notas, comprei duas águas que daria 10 RMB. Passei sem perceber uma nota de 100 RMB, achando que era de 10 e saí como se o valor das águas estivesse pago! A vendedora me chamou novamente para devolver o troco.
  • Não existe gorjetas na China: sabe o tal dos 10, 15, 18 ou 20% sobre o valor da conta de gorjeta? Não tem isso por lá! Em alguns lugares, os chineses sentem-se até constrangidos caso você deixar alguma gorjeta. Já em hotéis, os mensageiros sempre recebiam as gorjetas e demonstravam bem satisfeitos por recebê-la. 🙂
  • A China está em constante crescimento econômico: vimos pouquíssimos pedintes nas grandes cidades da China. Mas a verdade é que vimos a grande maioria dos chineses (ou quase todos) com o iPhone mais recente, carros do ano e os mais modernos possíveis! E muitas, muitas, muitas construções!

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  • Os aplicativos indispensáveis utilizados na nossa viagem foram: VPN Express, apesar de não ser tão estável e não ser gratuito; Betternet: é outro tipo de VPN mas gratuito (também, não achamos tão bom); China Metro, você baixa os mapas de metrô das cidades a serem visitadas (ajudou muito! Pois o GPS localiza a estação mais próxima, e você vê quais estações pegar até determinado lugar.); e os Guias offlines: Shanghai Travel Guide and Offline map, Hong Kong Travel Guide and Offilne map e Beijing Travel Guide and Offline map (eles são gratuitos, e a logo é uma flor branca com fundo vermelho, escrito Ulmon). São muito bons!

No próximo post, compartilharemos o esboço do nosso roteiro!

Os perrengues para preparar uma viagem à China

Em fevereiro deste ano, embarcaremos para uma viagem super diferente (como se cada viagem não fosse diferente!). Mas para lá é bem diferente mesmo: vamos passar o mês de fevereiro na China! Nosso primeiro país da Ásia, e já recebemos várias expressões de espanto: “nossa! Mas a China?”. Sim! A China! E estamos muito empolgados para conhecer este país que possui uma das civilizações mais antigas do mundo! E apesar de tanta notícia polêmica que envolve seu povo, meio ambiente, etc., estamos certos de que será uma viagem incrível, única e bem diferente, juntamente com nossos amigos Marcelo Brandão e Alessandra Ribeiro. 🙂

E logo que compramos as passagens, e começamos a ler sobre o destino, já tivemos um pequeno choque cultural, que imaginamos ser muito maior quando estivermos por lá. Por enquanto foram questões como: cospem, escarram, arrotam, não usam papel higiênico, furam fila e colocam no espeto tudo quanto é tipo de animal, bicho e esquisitices! Mas cultura, é cultura, não é mesmo? Então, vamos pular este ponto, e quando voltarmos, contaremos detalhadamente sobre isso tudo a vocês!

Mas se você está pensando em conhecer a China, deve saber de uns perrengues que passamos mesmo antes de visitá-la!

Ano Novo Chinês (ou Festival de Primavera)

Sabe aquelas promoções imperdíveis? Pois é! Encontramos uma em meados do ano passado, e sem pensar decidimos comprá-las! Minha cunhada, irmã do Fábio, tinha acabado de ir para a China (maio/15) e suas passagens tinham ficado em torno de R$ 5.700,00. E uma promoção que a passagem para nós dois dava em torno deste valor, estava para lá de bom! Compramos sem pestanejar!

Só que esta promoção imperdível era justamente para a época em que vão comemorar o ano novo chinês 2016, que será no dia 08/02, época da maior migração do planeta, e a gente nem tinha ideia de todo o transtorno que seria a programação da nossa viagem devido a isso. O ano novo chinês, é um período chamado Chūn yùn 春运 e engloba 40 dias (antes, durante e depois da data do Ano Novo), em que o número de viagens cresce vertiginosamente dentro da China. Esse ano a data do Chūn yùn é de 16 de janeiro a 24 de fevereiro”, como diz a querida Christiane do Blog China na Minha Vida, que nos ajudou muito a preparar nosso roteiro, esclarecer dúvidas, etc.

E como nosso roteiro engloba várias cidades da China, imaginamos que seria tudo muito fácil de percorrer com os famosos “trem bala”! Tsc Tsc Tsc!!! Blogueiro também sofre perrengues em viagens, e vamos compartilhar com vocês.

Tickets de Trem na China

Viajar pela China é relativamente barato. Hotéis, comida e atrações, tem preços até razoáveis (alguns hotéis são quase de graça!), mas o meio de transporte não é tão barato assim não! Então, já fique com isso em mente! 😉

Algumas empresas de trem abrem a compra de tickets com 60 (sessenta dias) de antecedência. E logo que a gente viu que tinha aberto o primeiro trecho da nossa viagem, que era de Shanghai (ou Xangai em Português) para Beijing (Pequim), nós compramos com grande facilidade os tickets para nós quatro pelo site da China Travel Guide.

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E quando fomos comprar o segundo trecho de trem, já não tinha mais passagens! Como assim?

Pois é! A gente não sabia que estaríamos viajando, nos locomovendo na China, durante a maior migração do Planeta! A Chris contou isso muito bem neste post. Mas em síntese, quase todos os chineses viajam das grandes cidades para as cidades do interior, onde ficam com seus familiares durante o Ano Novo Chinês. Então, usam todas as passagens!

A luta para comprar passagem Guilin/Hong Kong:

Com muita dificuldade, conseguimos comprar os tickets entre todas as cidades que visitaremos (vamos fazer um post detalhado com o roteiro depois). Mas agarramos, ficamos travados, parados, sem saber o que fazer com o trecho Guilin/Hong Kong, e foi o maior desespero que vocês possam imaginar!

Para chegar de Guilin a Hong Kong de trem, não é tão complicado não! Os trechos são Guilin a Shenzhen, que é uma cidade fronteira com conexão a Hong Kong. Então, depois pega-se um metrô até Hong Kong. Ou então, trem de Guilin a Guangzhou South, e de Guangzhou East a HK.

Parecia muito fácil, mas não tinha um bilhete sequer disponível para venda! Nem na primeira ou segunda classe, ou assento VIP, etc! Lembrando que precisávamos de 4 tickets!

Para comprar tickets de trem, duas empresas são excelentes:

China Travel Guide

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Na verdade, testamos as duas e gostamos muito do atendimento. Utilizamos a primeira para tickets de trem, e a segunda, para compra de passagens aéreas, mas ambas vendem trem e voo. E são muito atenciosos em nossas dúvidas, respondem e-mail, são solícitos e falam em inglês. Mas a primeira, era mais fácil conversar por volta das 01:30h, então, a gente tinha que ficar acordado até essa hora, para resolver alguma pendência, ou ter a resposta mais imediata! E como a gente precisava para ontem, foram alguns dias acordados neste horário!

Depois que desistimos de comprar o ticket de trem entre Guilin/HK, por não haver qualquer possibilidade de aparecer um ticket, começamos a luta para comprar as passagens de avião. E qual foi o problema desta vez? Preços exorbitantes! Quase o preço que pagamos do Brasil para a China, e nosso pagamento era sempre rejeitado. Depois que fomos entender que eles tem muito medo de fraude, etc., então, é super chato comprar as passagens perante às companhias aéreas da China. Não aceitavam nossos cartões (Visa, Master e Amex), e o tempo só ia passando. Ligamos para os cartões, e nenhum problema na autorização, etc. O problema era o medo da fraude que os chineses possuem! Tentamos com: Air China, Xiamen Air, Juneyao Airlines, China Southern e China Eastern.

Desde o começo do perrengue, cadastrei o alerta de preços do Skyscanner para o trecho que precisávamos. E todo dia era uma surpresa: às vezes baixava R$ 1,00. às vezes subia R$ 50,00… mas as passagens não abaixavam nunca e os voos só esgotavam! Tinha horário que nem tinha mais assento na quantidade que precisávamos. E quando solicitamos uma compra que nos atendia, e é direcionado para outro site, a compra foi cancelada pela E-dreams por possibilidade de fraude. Ham? Como assim??? A gente só queria comprar nossos bilhetes, com os nossos próprios cartões de crédito, não tinha fraude nenhuma, uai!

Tentamos com a queridíssima Ana Cláudia, da Flytour (e-mail [email protected]), uma agente super atenciosa de viagem que se tornou nossa amiga desde que fomos para Orlando pela primeira vez, em agosto de 2010. Mas também não conseguimos, porque primeiro, o voo que tinha no sistema não era o que gostaríamos de pegar, pois chegaríamos bem mais tarde e tínhamos um compromisso agendado em HK para mais cedo. E quando a gente achamos um bom e falamos: “Pode comprar, Ana!“, a passagem do nada (do além) dobrou de preço! Nem a Ana conseguiu entender, tadinha! Foi uma loucura! Mas quem, em sã consciência, deixa para comprar tickets de trem, avião, tão próximo assim da viagem, e para a época da maior migração em massa do planeta?

Obs.: quando a gente pesquisava alguns voos, e íamos confirmar a compra, dava erro no sistema, no site, e tínhamos que começar o processo todo de novo! Só que o valor era bem mais caro! Coisa mais estranha! 

A solução do problema!

Depois de tentarmos muito, a solução do nosso big problema foi comprar passagem de avião entre Guilin e Hong Kong na empresa China Travel Guide, que também contém muita dica e informação sobre a China (vale a pena pesquisar!). Mas não pagamos preços bons, ficou super caro o trecho (em torno de R$ 1.300,00), que é até justificável pelo fato de ser considerado um trecho internacional.

Mas mesmo assim, a gente ainda pagou via PayPal, que é o jeito que eles oferecem para pagamento de gente estrangeira. E ainda tivemos que mandar cópia do cartão, com um termo de autorização do pagamento e assinatura do titular do cartão.

Uma das compras que não foi confirmada e a gente não gostou muito foi a China Travel Depot. No site aparece que tem os tickets, eles cobram no cartão, mas depois eles checam e falam que não tem tickets. Não achamos as informações claras e um pouco confuso. Mas fizeram o ressarcimento do valor 4 dias depois do cancelamento, via PayPal.

PayPal

O PayPal é uma maneira segura de realizar seus pagamentos. É como se este site intermediasse sua compra e venda. Se estiver programando uma ida a China, a conta no PayPal vai te ajudar muito!

Já movimentamos pagamentos e recebimentos através deste site, e nunca tivemos problema! Ao contrário! São super prestativos, respondem rápido e é realmente muito seguro! Para saber mais sobre o PayPal acesse aqui.

Estamos ansiosos para a viagem chegar, e contar tudo aqui para vocês! Enquanto isso, entendam outros motivos que nos levaram a querer conhecer a China:

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Fotos via Discover China (https://www.facebook.com/idiscoverchina/?fref=ts)

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