O que fazer em Beijing (Pequim), na China (4 dias)

Beijing (ou Pequim, como falamos em português) é o centro político, econômico e cultural do país. É uma dasmetrópoles mais populosas do mundo, uma das seis cidades mais antigas da China com mais de 3.000 anos de história registrada, sem falar do “homem de Pequim”, onde estudos revelam que o material encontrado data em torno de 700.ooo a 800.000 anos! Beijing também cediou os Jogos Olímpicos em 2008, construindo um dos estádios mais incríveis e modernos, o “Ninho do Pássaro”, um verdadeiro contraste em meio a tantos templos antigos e de arquitetura tipicamente chinesa.

Estivemos em Beijing em pleno ano novo chinês, o conhecido Festival da Primavera, que acontece no final de janeiro ou até meados do mês de fevereiro (a data é flexível de acordo com o calendário lunar). E apesar de Beijing estar bem ao norte do país e estarmos na cidade durante o inverno, os dias não estavam tão frios quanto imaginávamos. Podemos dizer que a temperatura estava tolerável.

Outra surpresa durante a nossa visita foi que, mesmo durante a maior migração do Planeta, Beijing continuava cheia. De onde pode sair tanta gente???? Então, como deve ser a cidade em dias comuns??? No dia que visitamos o Palácio de Verão, por exemplo, aconteceu algo inédito em nossas vidas: fomos literalmente levados pela multidão rumo à saída do pavilhão.

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Na saída do Palácio de Verão, em Beijing

Como ir de Shanghai a Beijing?

Como estávamos em Shanghai, seguimos no famoso trem bala em uma viagem que durou em torno de 5h/5h30, e foi tão tranquila que nem vimos o tempo passar!

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Trem bala de Shanghai a Beijing

Vamos fazer um post exclusivo para contar como foi nossa experiência no trem bala, como funciona, os tipos de assentos, etc. E quando publicarmos, a gente atualiza com o link aqui.

Onde se hospedar?

Adoramos nosso hotel em Beijing! Não poderia ter melhor custo x benefício! O Novotel Beijing Xinqiao está localizado em frente à estação de metrô Chongwenmen, que passa as Linhas 2 e 5, e está a 5 minutos a pé da estação de trem da cidade. O hotel também está localizado muito próximo da Rua Wangfujing e da Praça da Paz Celestial. Outros pontos que adoramos no hotel foram o conforto do quarto e a variedade do café-da-manhã. Tinha para todos os gostos, desde o café continental, ao english breakfast e o tipicamente chinês. As diárias são em torno de R$ 265,00 reais.

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Nosso quarto no Novotel Beijing Xinqiao

Para reservas no Novotel Beijing Xinqiao clique AQUI (somos afiliados do Booking.com e recebemos uma pequena comissão que não aumenta em nada o valor da sua reserva e ajuda na manutenção do blog!)

Como foi a noite do Ano Novo Chinês?

Chegamos exatamente no dia da virada para o Ano Novo Chinês, o que seria o nosso Reveillon. Mas os chineses tem costumes e tradições muito diferentes dos nossos! Não encontramos nada na internet que mencionava como era esta virada, se tinha alguma festa, jantar, comemorações, etc. Então, escolhemos um lugar que é conhecido por ser cheio de restaurantes e ter um dos maiores Leds da Ásia, The Place – Beijing Shopping Mall (End. 9 Guanghua Rd, Chaoyang, Beijing). E assim, nos dirigimos para o local. Detalhe: as estações de metrô fecham mais cedo neste dia. Ao chegarmos lá, tudo vazio, fechado, apenas um segurança que não falava uma palavra sequer em inglês só acenava com as mãos sinalizando “não”. Voltamos para a estação, que já estava fechada, e aí começou nossa missão impossível de conseguir um táxi para voltar para o hotel, que era bem longe de onde estávamos. Depois de inúmeras tentativas frustradas, tivemos a ideia de pedir o atendente de um hotel próximo para pedir um táxi para a gente. Nada! Nenhum táxi parava! Nem para os próprios chineses! Os poucos que passavam estavam cheios ou tinham finalizado seu trabalho naquela noite. Então, tivemos a ideia de chamar o Uber (que também opera na China), e assim, fomos auxiliados pelo mesmo atendente, já que também é uma missão impossível digitar o nome do local. Foi a nossa grande salvação! Em poucos minutos já estávamos em nosso hotel, e durante o caminho, não vimos nada que pudesse parecer festa, comemorações de virada de ano, etc… somente alguns chineses soltavam fogos de artifício na rua, por ser uma tradição e necessidade, de acordo com suas crenças. No final das contas, tivemos sorte que o restaurante do hotel estava aberto e ainda pudemos jantar por ali mesmo!

Se for sair, prefira roupa vermelha que é a cor da sorte, prosperidade, fartura na China.

Leia mais sobre o Festival de Primavera (Spring Festival) ou também como é conhecido “Ano Novo Chinês” aqui.

Como se locomover em Beijing?

O metrô é um excelente meio de transporte em Beijing. Utilizamos todos os dias, para todos os nossos passeios e foi muito útil! É como qualquer metrô no mundo: observe sempre o sentido da linha (destinos finais), e fique de olho na estação que irá descer. As estações são sinalizadas em Mandarim e em Inglês.

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Mapa metrô em Pequim (Beijing)

O que vocês vão observar na China é que o metrô possui “raio x”em todas as estações. Se você estiver com uma bolsa bem pequena, pode ser que eles nem peçam para você colocá-la na esteira. Mas se for mochila, ou bolsa grande, pode ter a certeza de que terá que passar pelo raio x.

Quanto tempo ficar em Beijing (Pequim)?

Pelo menos 5 dias na cidade, mas 7 estaria de bom tamanho! A cidade tem muitas atrações gigantescas, com o Palácio de Verão, por exemplo, ou a Cidade Proibida, que exigem quase um dia para conhecê-las. Lembrando, também, que é a partir de Beijing que a maioria das pessoas visitam a Grande Muralha. Nós ficamos 5 dias em Beijing, incluindo 1 dia para visitar a Grande Muralha.

Sugestão de Roteiro em Beijing para 04 (quatro) dias (nosso roteiro em Beijing):

Apesar de termos ficado 5 dias na cidade, acabou que aproveitamos somente 4 dias. Pois o primeiro dia, mesmo chegando depois do almoço, foi um dia praticamente perdido devido ao Ano Novo Chinês.

Dia 1: 

  • Praça da Paz Celestial;
  • Cidade Proibida;
  • Como sobrou tempo, conseguimos visitar o Beihai Park no mesmo dia, pois fica bem próximo da Cidade Proibida;
  • Rua dos espetinhos bizarros, Wangfujing St.;
  • E finalizamos o dia na Great Leap Brewing (uma das melhores cervejarias artesanais que conhecemos durante nossa viagem);

Dia 2:

  • Grande Muralha da China – Mutianyu (fomos bem cedo e voltamos por volta das 14h);
  • Zoo de Beijing (fomos exclusivamente para ver os Pandas, mas se tiver com crianças, vale a pena explorar melhor o Zoológico de Beijing)
  • Mao’her Hutong;
  • Yandaixie Street;
  • Qianhai Lake (o lago estava congelado, e os chineses faziam a festa!)

Dia 3:

  • Palácio de Verão;
  • Ninho do Pássaro;
  • National Stadion;
  • Vila Olímpica;
  • Finalizamos o dia na Lush Beijing (hamburguer, cervejas e coqueteis).

Dia 4:

  • Templo do Céu;
  • Mercado das Pérolas (Hongqiao Pearl Market);
  • Beijing Confucian Temple (Templo de Confucio);
  • Lama Temple (Templo Yongle);
  • Guanshuyuan Hutong;
  • Finalizar na Wangfujing St. para comer o famoso Pato de Pequim.

O que fazer em Beijing?

Beijing é uma cidade cheia de atrações, que foi até difícil de escolher qual delas iríamos visitar. Tentamos pegar os principais pontos turísticos da cidade, visitando atrações próximas no mesmo dia. Mas praticamente todas atrações são daquelas gigantescas, com vários detalhes importantes para ver. Abaixo, listamos as atrações imperdíveis em Beijing para te ajudar a confeccionar o roteiro.

1 – Cidade Proibida (Forbidden City – Palace Museum ou GuGong)

Quem poderia imaginar que o Centro Político da China Imperial um dia se transformaria em uma das maiores atrações turísticas do país? A Cidade Proibida serviu como Palácio Imperial para 24 Imperadores durante as dinastias Ming e Qing (1368 a 1911), sendo que sua construção demorou 14 anos para ser concluída. Por outro lado, pensem na quantidade de serviçais necessários para servir a família do Imperador, suas concubinas e herdeiros, em uma construção que ocupa uma área de 720 mil metros quadrados?

O nome de “Cidade Proibida” se deu pela rigidez do sistema de segurança que controlava tanto a entrada quanto a saída das pessoas do local. Portanto, a grande maioria dos funcionários que vivia na cidade nunca saíam de lá, já que, cercada por um muro com mais de 10 metros de altura, além de um fosso cheio de água com mais de 6 metros de profundidade, era literalmente uma Cidade Proibida.

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Foto de Mao Tse Tung na entrada da Cidade Proibida, em Beijing.

Por 500 anos, a Cidade Proibida seguiu com toda a sua funcionalidade. Até que uma revolução no país fez com que o Imperador Pyui fosse o último a usufruir do local. E quem diria que, em 1925, a Cidade Proibida tornou-se o Museu do Palácio, e pela primeira vez na história aberta ao público. Em 1987 foi declarada como Patrimônio Mundial pela Unesco.

Para visitar a Cidade Proibida você deve procurar o Portão Sul da Cidade, chamado Meridian Gate, ou seja, o portão com acesso pela Praça da Paz Celestial. Por isso, a maioria dos turistas aproveitam para conhecer a praça no mesmo dia. Já para a saída da Cidade Proibida, somente é possível pela parte norte, no chamado “Gate of Divine Prowess“. E até lá, o caminho é longo, com mais de 900 edifícios para sua apreciação (980 para ser mais exata) .

Como chegar de Metrô na Cidade Proibida: a maneira mais fácil é pela linha 1, e descer na estação Tiananmen East, saída A, ou descer na estação Tiananmen West, saída B. Então é só procurar o Portão Meridional. Este portão fica próximo à foto de Tao Tse Tung. Fique atento! Logo que chegamos nas proximidades da Cidade Proibida, a gente não sabia onde era a entrada e acabamos entrando em um portão mais à direita da foto. Lá, fomos gentilmente guiados por um chinês que nos auxiliou para comprar os tickets de entrada, e depois, nos convidou para conhecer uma espécie de ateliê com manuscritos chineses… depois escreveu meu nome em um papel que poderia ser usado para um quadro, e por fim queria vender o papel que estava só demonstrando como era a escrita.

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Um dos leões de guarda da Cidade Proibida, em Beijing
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Torre do canto Noroeste da Cidade Proibida, Beijing

Para ler sobre a história e maiores informações da Cidade Proibida, clique AQUI e no site da Chris do China na Minha vida.

Informações adicionais:

  • De abril a outubro: 08:30h às 17h – 60 CNY
  • De novembro a março: 08:30h às 16:30h – 40 CNY
  • Obs.: existem algumas salas pagas à parte, como a sala do tesouro (10 CNY).
  • Obs.2: na saída da Cidade Proibida, está localizado o Jingshan Park que possui uma belíssima vista para a Cidade Proibida (entrada 2 CNY).

2 – Praça Tiananmen (ou Praça da Paz Celestial)

Podemos dizer que foi o nosso primeiro contato com a cidade de Beijing, já que na noite anterior andamos, andamos até lugar nenhum, já que não achamos nada para que pudéssemos passar a noite da virada do Ano Novo Chinês. Como falamos no tópico anterior, sobre a Cidade Proibida, acaba que todo mundo concilia a visita à Cidade Proibida com a visita à Praça de Tiananmen, já que esta é a porta de entrada para aquela. Quando desembarcamos na estação de metrô, e já saímos para aquela imensidão de praça, já ficamos surpresos com tanta segurança. Já não bastava termos passado pelo raio-x do metrô, também tivemos que passar novamente pelo raio-x da Praça. Mas o que faz desta Praça tão segura, tão importante?

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Praça Tiananmen (ou Praça da Paz Celestial)

Para os Chineses, a praça é conhecida como o coração simbólico do país. Mas para o mundo, ficou conhecida como o local dos Protestos dos Estudantes, em 1989, marcada pela imagem de um misterioso homem com sacolas nas mãos, impedindo que os tanques de guerra passassem em um dos maiores protestos contra o Partido Comunista no País.

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Fonte: Estudo Prático

Com o fim da União Soviética e a China voltando-se para o lado do capitalismo, inúmeros descontentamentos e protestos começaram a tomar conta do país por parte dos chineses que, na verdade, não viam mudanças do antigo regime de governo para o atual. Mas tudo acabava abafado pelos líderes do momento. Até que em 15 de abril de 1989, faleceu Hu Yaobang, líder destituído pelo presidente e que lutava pela reforma política (o que angariou inúmeros inimigos). Com o líder morto, milhares de estudantes da Universidade de Beijing saíram para a rua, acamparam na Praça Tiananmen, e o que era um protesto de luto, acabou tornando-se um dos maiores protestos políticos. As tentativas para desocupação da praça causaram inúmeros mortos, sendo que, nas noites dos dias 3 e 4 de junho de 1989, o governo chinês usou de toda a sua força para massacrar aproximadamente 1.300 pessoas indefesas que estavam no local. E assim, as imagens marcaram o mundo, como a imagem abaixo:

A Praça da Paz Celestial, ou Praça Tiananmen é uma das maiores praças públicas do mundo, sendo superada apenas pela Praça Merdeka, localizada na Indonésia, e pela Praça dos Girassóis, em Palmas, no Brasil. A sensação que tive, quando estava lá, era a de ser uma formiga em meio a lugar tão extenso! Será que este era o objetivo? Que as pessoas se sentissem pequenas perante a imensidão do Governo, do País?

O que mais é possível encontrar na Praça da Paz Celestial? Além de servir de porta de entrada para a Cidade Proibida, também é possível encontrar Tiananmen Torre (paga 10 CNY para subir em seu topo), Monumento aos Heróis do Povo, Grande Salão do Povo, Museu Nacional da China e o Memorial Hall do Presidente Mao (Mausoleu de Mao Zedong).

Estando lá, você verá muitos guardas chineses que não são nada simpáticos para uma foto. Ao contrário, dizem taxativamente, em alto e bom tom: NO!

Para chegar na Praça de Tiananmen é da mesma forma que utilizamos para chegar na Cidade Proibida. Veja no item 1 (Cidade Proibida).

3 – Palácio de Verão (Summer Palace ou Yiheyuan)

O Palácio de Verão é um vasto conjunto de lagos, jardins e palácios, que juntos formam um dos maiores e mais bem preservados jardim real da China. Sua construção começou em 1750 como um jardim real de luxo para famílias reais descansarem e se entreterem, e mais tarde se tornou a principal residência dos membros reais no final da Dinastia Qing. Merecidamente foi declarada como Patrimônio Mundial pela Unesco, em 1998.

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Palácio de Verão, Beijing

O Palácio de Verão possui uma beleza singular composta principalmente pela Montanha da Longevidade (Longevity Hill, ou Wanshou Shan) e pelo Kunming Lake, que juntos ocupam uma área de 300,59 hectares. Ao longo do Palácio de Verão existem mais de 3.000 estruturas antigas, além de pavilhões, torres, pontes e corredores.

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Palácio de Verão e uma fila quase indiana para acesso à Colina da Longevidade

Ficamos impressionados com a extensão e beleza do Palácio de Verão! E foi lá que vimos que realmente os números da China começam em milhões: nunca vimos tanta gente concentrada em um único lugar! Em alguns momentos, fomos literalmente levados pela multidão.

Vale muito a pena subir até a Torre do Incenso Budista localizada no alto da Colina da Longevidade. Paga-se uma a taxa a parte (10 CNY), depois vários degraus até o topo. E de lá, o prêmio: uma belíssima vista para o Lago, pavilhões e jardins.

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Colina da Longevidade ao fundo e o Torre do Incenso Budista, do Palácio de Verão
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Torre de Incenso Budista, do Palácio de Verão

Abaixo, um Longo Corredor que leva até a Torre de Incenso Budista. Nele, muitas pessoas descansando, curtindo a vista, ou fazendo exercícios físicos.

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Palácio de Verão, Beijing

Teria sido melhor se tivéssemos visitado o Palácio de Verão, durante o verão, claro. Mas no inverno, ele ganha muito charme com seu lago congelado. Só que algumas atrações/atividades ficam fechadas, como é o caso do passeio de barco pelo Lago. Então, nossa visita acabou sendo mais rápida.

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Ao fundo, a ponte dos dezessete arcos, que em dias de verão é uma das atrações mais procuradas do Palácio de Verão

Informações adicionais:

  • De abril a outubro: 30 CNY
  • De novembro a março: 20 CNY
  • Existem outros valores de entrada, como na Torre do Incenso Budista, por exemplo (10 CNY). Pagando 60 CNY, você pode acessar todas as dependências do Palácio.
  • Como chegar no Palácio de Verão? Pegue a Linha 4 do Metrô, desça na estação Beigongmen.
  • Leia sobre o Palácio de Verão AQUI.

4 – Beihai Park

O Beihai Park está localizado bem próximo à Cidade Proibida e Jingshan Park. Logo que saímos da Cidade Proibida, viramos à esquerda, passando pela Torre Noroeste da Cidade Proibida, e dali, você já avistará placas indicativas para o Beihai Park. Trata-se de um dos maiores e mais bem preservados jardins imperiais da China. Com história de mais de 1.000 anos, é uma integração perfeita entre palácios imperiais e templos religiosos.

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Beihai Park, Beijing

Beihai Park possui 69 hectares, incluindo um lago de 39 hectares e foi aberto ao público somente em 1925! No dia que visitamos, estava cheio de lanternas vermelhas devido o Ano Novo Chinês, formando uma paisagem ainda mais bela! Depois desta ponte e Portal Chinês, fica a “Jade Flowery Islet” (ou Ilha Qiónghuá), uma ilhota que abriga a principal atração do parque, uma Dagoba Branca que se destaca nas fotos.

Beihai Parque é um joia de jardim imperial chinês!

O parque possui um lago que ocupa mais da metade da área. E neste lago tem uma ilha (Jade Isle) que é o local onde está localizada a principal atração do parque, a Dagoba Branca, que também é avistada logo na entrada do parque.

O que ver no Beihai Park são:

  • Dagoba Branca (ou Pagoda Branca): construída, em 1651, no antigo local onde Kublai Khan (o quinto grande Khan do Império Mongol, 1260-1294, o fundador da Dinastia Yuan) se encontrou com o mercador Marco Polo. É o lugar mais alto de Beihai, que permite uma bela vista do parque. Aproveitamos para dar uma volta nesta ilha, que é cheia de outros pontos interessantes. Inclusive tem alguns lugares para refeição. Mas não sentimos muita segurança para comer lá não…
  • O Jardim Hao Pu Creek (Haopujian) foi criado em 1757 com o objetivo de ser um lugar de tranquilidade e felicidade.
  • Quiet Heart (Jingxin) Studio: é um jardim independente criado durante a Dinastia Ming (1368-1644) e ampliado durante a Dinastia Qing. Nele há palácios, salões, torres, pavilhões, corredores, colinas artificiais, além de muitas pedras artisticamente colocadas.
  • Pavilhão dos Cinco Dragões (Five-Dragon Pavillions): são cinco pavilhões construídos em 1602 de maneira conexa, sendo que a metade fica sobre a água.
  • Circular City (Cidade Circular): também com salões, torres e pavilhões, onde você poderá ver muita obra da pedra jade.

Informações para visitar o Beihai Park:

  • Como chegar: metrô linha 4, estação Ping’anli. Mas se você conseguir conciliar a visita ao parque para o mesmo dia da visita à Cidade Perdida (gastamos em torno de 2 horas para visitar o parque), logo que sair da Cidade Perdida, vire a esquerda e continue até o fim do quarteirão. De lá mesmo já avistará umas placas indicando a direção do parque. É muito perto!
  • Valor da entrada: 10 CNY (fora do inverno), e 5 CNY (inverno), mas se comprar o ticket completo, por 20 CNY e 15 CNY, você pode entrar tanto no Beihai Park, quanto na Ilha de Jade e na Cidade Circular.
  • Horário: 06:30h às 21h (de abril a novembro) e 06:30h às 20h (dezembro a março).

5 – Beijing Zoo

Quando começamos a fazer nosso roteiro da viagem à China, verificamos todas as cidades que a gente poderia visitar os Pandas. E como não visitamos a Reserva dos Pandas em ChengDu, e a viagem seria apertadíssima de atrações para visitar, achamos melhor na primeira oportunidade já visitar estas fofuras e não perder a chance. Assim, no dia que visitamos a Grande Muralha da China, já voltamos direto para o Zoológico de Beijing.

O Beijing Zoo foi o primeiro do tipo a ser aberto na China, e possui atualmente uma grande quantidade de animais, sendo cerca de 450 espécies e de aproximadamente 5.000 animais. Mas os Pandas acaba sendo um dos maiores motivos das visitas tanto dos chineses quanto dos turistas. Você identifica que está indo para o pavilhão dos Pandas, quando vê um aglomerado sem fim de pessoas 🙂 Mas também existem outros animais como o macaco dourado, tigres, ursos polares, zebras, girafas, etc…

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Só no broto de bambu!

Nunca vi uma criatura mais fofa que os pandas! Mas também nunca vi tanta gente aglomerada em um único lugar! Foi super difícil conseguir um espaço para tirar uma foto. E o pior é que quando eu consegui me infiltrar na multidão, queria ficar ali parada só olhando e pegando todos as poses e fofuras possíveis! Mas quando tive que ir embora do pavilhão dos pandas, tudo perdeu a graça no zoológico. Será por quê? 😉

Informações para visitar o Zoológico de Beijing:

  • Como chegar: metrô linha 4, desça na estação Dongwuyuan, saída B.
  • Horário: de 01 de Abril a 31 de Outubro – 07:30h às 18:00h – 15 CNY
  • De 01 de novembro a 31 de Março: 07:30h às 17:00h – 10 CNY

6 – Hutong

É a melhor forma conhecer a história, a cultura e ver de perto como é a vida dos nativos em Beijing! Apesar da China ter crescido muito nos últimos anos, com muitas construções que, inclusive, parecem ter mudado tudo, ainda é possível encontrar algumas dessas vilas antigas ao longo da cidade. Elas tiveram origem na Dinastia Yuan (1271-1368), e seu nome, em Mongol, significa Poço de água. Naquela época, os mongóis davam muita importância à água, por isso, todas as comunidades eram construídas no entorno destes poços para houvesse o abastecimento da população. No começo da Dinastia Yuan, era em torno de 29 Hutongs. No decorrer dos anos, este número chegou a 3.250, e hoje, existem em torno de 1.000.

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Mao’her Hutong

Descendo na estação de Metrô Chichahai, viramos à esquerda e logo nas primeiras ruas já começa a Mao’her Hutong. Contam que algumas celebridades chinesas já moraram lá, como a Wan Rong, a última imperatriz, e o Hong Chengchou, um general da Dinastia Ming.

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Mao’her Hutong

Apesar de parecer um lugar meio estranho, não tivemos qualquer receio de caminhar pelas ruelas da vila antiga. Vimos muitas pessoas caminhando tranquilamente, além do fato de que as Hutongs estão sendo um lugar bastante procurado para restaurantes, cervejarias, etc. Inclusive degustamos uma das melhores cervejas da viagem nesta Hutong: Great Leap Brewing (6, Doujiao Hutong).

Em frente a Mao’her Hutong, ou melhor, do outro lado da rua da estação Chichahai, você verá um destes portais chineses que praticamente te convida a entrar por aquela rua. A Skewed Tobacco Pouch Street é considerada a Hutong mais antiga de Beijing. E apesar disso, achamos a mais bem cuidada e organizada! Tudo muito limpo, cheio de lojinhas, restaurantes e turistas para todo lado! Mas parece uma Hutong mais cinematográfica, sabe? Vale a pena conhecer o estilo das outras vilas, como a Mao’her.

Skewed Tobacco Pouch Street (Hutong), Beijing

Continuando pela rua principal desta Hutong, chega-se em frente ao Houhai Lake, que quando visitamos estava completamente congelado! O lugar é lindo e lembra uma pintura:

Houhai Lake, Beijing

Imperdível! Não deixem de conhecer!

7 – Heaven Temple (Templo do Céu)

Imaginem um templo construído em uma área de 2.500.000m²? A área é enorme e é maior que a Cidade Proibida!! O Templo do Céu foi construído para que os imperadores da Dinastia Ming (1368-1644) e Dinastia Qing (1644-1911) realizassem a cerimônia de culto ao céu. Além de ser a maior, é a mais representativa obra-prima existente entre os edifícios de sacrifício da China. Começou a ser construído em 1420, e somente em 1988, foi aberto ao público como um parque.

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(Hall of Prayer for Good Harvests) Templo do Céu, Beijing

Mas claro que é quase impossível conhecer toda a área do Templo. Por isso, recomenda-se conhecer pelo menos os lugares mais importantes, ou considerados os principais. E diferente do que a gente pensa, que é este Templo da foto acima, o principal é na verdade o “Circular Mound Altar“, pois ele é o Templo do Céu, propriamente dito.

A área do Templo do Céu possui mais de 600.000 árvores, e uma delas é super querida: um Cypress Nine-Dragon, de 500 anos de idade!

  • Como chegar? Pela Linha 5 do Metrô, desça na Estação Dongmen Tiantan, e pela saída A, você chegará ao Portão Leste do Parque (East Gate).
  • Tickets: no inverno, a partir de 10 CNY o ticket mais simples, enquanto nos demais meses, 15 CNY.
  • Funcionamento: varia bastante, mas as principais atrações estão abertas das 08h às 17:30h.

8 – HongQiao Pearl Market (Mercado das Pérolas) 

Em frente ao Templo do Céu, mais precisamente do outro lado da rua, está localizado o Mercado das Pérolas, que é mundialmente conhecido pelas pérolas verdadeiras a um preço de bijuterias. Claro que também tem muita pérola falsa e por isso você deve estar atento. O que os turistas costumam fazer é comprar as pérolas, e colocar o corrente de ouro aqui no Brasil.

Mas ele não é só de pérolas que vive o Mercado das Pérolas! Ele também tem lenços de seda, produtos digitais e eletrônicos, bolsas, roupas, e muitas as outras coisas! Mas infelizmente não tivemos como visitá-lo (só vimos da porta). Como estávamos em pleno Ano Novo Chinês, ele estava fechado e só abriria no dia seguinte, quando deixaríamos Beijing para seguir viagem. 🙁

Mas minha cunhada, a irmã do Fábio, comprou muitos produtos lá, além das pérolas originais e lindas! Lembrando que para tudo de compras na China, pechinche! 😉

  • Como chegar? Linha 5 do Metrô, desça na Estação Tiantan Dongmen, saída A.
  • Funcionamento: diariamente das 09:30h às 19h.
  • Endereço: 9 Tiantan E Road, Dongcheng Qu.

9 – Templo de Confúcio

Tínhamos tempo para conhecer apenas mais um Templo: ou o Templo de Confúcio ou o Lama Temple. E como a fila estava enorme, acabamos optando pelo Templo de Confúcio. E que sorte! Foi um dos que mais gostamos durante toda a viagem da China e dos diversos templos que visitamos. O Templo Lama é também muito recomendado e quem tiver tempo, vale a pena conhecer.

Trata-se do lugar onde as pessoas prestavam homenagem a Confúcio, durante a Dinastia Yuan (1271-1368), da Dinastia Ming (1368-1644) e da Dinastia Qing (1644-1911). Começou a ser construído em 1302, é o segundo maior templo construído para Confúcio, e foi melhorando e aumentando durante as Dinastias Ming e Qing.

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Em frente ao “Evil Touch Cypress”, com 700 anos, turistas escutam sobre a lenda de que a árvore sabe distinguir as boas e más pessoas
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Estátua de Confúcio, em Beijing

Exige muito de ti e espera pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos. Confúcio

  • Como chegar? Metrô linha 2, desça na Estação Yonghegong, saída C.
  • Funcionamento: 1 de maio a 31 de outubro – das 08:30h às 18:00h / 1 de novembro a 30 de abril – das 08:30h às 17h.
  • Valor: 30 CNY.

10 – Estado Nacional (Ninho do Pássaro ou Bird’s Nest)

Outro ponto para quem está em Beijing que vale a pena conhecer é Ninho do Pássaro, localizado no Olympic Green, onde aconteceu os Jogos Olímpicos de 2008, e onde será palco dos Jogos Olímpicos de Inverno, em 2022. Depois do término dos jogos de 2008, foi aberto ao público como atração turística, e é o atual centro das atividades internacionais ou nacionais de competições e de recreações.

O “Ninho do Pássaro”, como é chamado, é realmente impressionante e realmente parece o formato de um ninho. Quanto foi projetado, a intenção era de que parecesse um ninho que abraça a humanidade, ou um berço que espera o melhor para o futuro. Sua construção começou em 24 de dezembro de 2003, ficou interrompida por um tempo, devido a uma alteração do projeto, e depois de reiniciadas as obras foi finalizada apenas em março de 2008. Sua construção gerou em torno de 33 milhões de dólares!

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Bird Nest, o Estádio Nacional, em Beijing

Durante o inverno, o Ninho do Pássaro abriga o “Ice Bird’s Nest”, quando se transforma em uma estação de esqui, onde os turistas podem participar de mais de 30 atividades/atrações do inverno, como patinação no gelo, saltos de esqui, dentre outros.

Como chegar? Metrô linha 8, desça na Estação Sports Center Station, e então é só seguir em um caminhada leve em direção ao estádio.

  • Ticket: 50 CNY, ticket de visita comum, e 80 CNY o VIP. Já no inverno, durante o Ice Bird’s Nest, é a partir de 120 CNY.
  • Funcionamento: abril a outubro, das 09h às 19h / novembro a março, das 09h às 17:30h.

10 – Wangfujing Street 

Foi um dos locais que mais preparamos para visitar durante nossa viagem à China. Em um dos becos da Wangfujing Street abriga os espetinhos mais estranhos já falados no mundo. Pensamos: “ah! Vamos lá na China e não vamos esperar os espetinhos de escorpiões? Pelo menos um para contar como foi a experiência!” 🙁 Não rolou! Foi impossível tanto para mim, quanto para o Fábio, quanto para os nossos amigos Marcelo e Alessandra, e vamos contar o porquê!

Wangfujing Street é uma das principais ruas do comércio em Beijing, com grande variedade de lojas, boutiques, restaurantes, e tudo o mais que imaginar! E foi lá, também, que entramos em um loja de óculos com preços especialíssimos de óculos RayBan (em torno de 100 reais). Até que a vendedora falou que aqueles óculos não eram originais, e se tínhamos interesse de ver os originais, que possuem preços semelhantes aos dos Estados Unidos.

Foi em Wangfujing Street, também, que comemos o famoso “Pato de Pequim”. Mas infelizmente o principal objetivo da visita a esta rua, era para tentar os “benditos” espetinhos de tudo o que os Chineses pensam que pode colocar em uma panela, não conseguimos cumprir!

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Wangfujing Street, Beijing

Logo que você desembarca na estação de Wangfujing Street, você já avista uma rua cheia de chineses e lojas. E logo no primeiro “beco” ou  “ruela” à esquerda, você encontra a feirinha de Wangfujing, com os espetinhos, além de artesanatos e souvenirs.

Tem espetinho de tudo que você imaginar, e no começo, você já vê alguns escorpiões vivos nos espetinhos, e os chineses te oferecendo, outros comendo com a boca melhor do mundo! Mas o cheiro do lugar não é nem um pouco convidativo. Confesso que em alguns momentos cheguei a fazer vômito. E então, não deu! Não conseguimos experimentar e vir aqui contar para vocês! 🙁

Se você já foi em Beijing e está lendo este post agora, teve coragem de comer um desses espetinhos? E quem ainda não foi, depois volte aqui e conte se teve coragem! Por que nós não tivemos! 🙁

Não conseguimos comer os espetinhos de escorpiões em Wangfujing Street! 🙁
  • Como chegar na Wangfujing Street? Pegue a Linha 1 do Metrô e desça na Wangfujing Station. Ande poucos quarteirões e já avistará o comércio (e o portal da rua, que não tem como confundir).

Onde comer o Pato de Pequim em Beijing?

A gente tinha lido bastante sobre onde comer o famoso “Pato de Pequim”, e já tínhamos uma definição de onde seria. Mas o nosso motorista Michael, para a Grande Muralha, deu uma dica bem bacana que valeu para o restante da nossa viagem à China: coma sempre nos grandes restaurantes e não precisará ter medo da procedência da carne. Já nos pequenos, só Deus sabe de onde vem! Outra dica também é para não ficar olhando a cozinha dos restaurantes, ou tentando ver alguma coisa, senão…

E foi assim que comemos no Quanjude, facilmente identificado por este pato em frente à entrada:

Quanjude, Beijing (Pato de Pequim)

É um restaurante bem turístico, onde há uma rotatividade enorme! Não reservamos mesa, e ao chegarmos lá, avisamos que gostaríamos de uma mesa para dois. Já fomos encaminhados imediatamente (pode ser que tenha fila de espera, mas no dia que visitamos não tinha).

O Quanjude Roast Duck (Qianmen Quanjude) é um tradicional restaurante em Beijing, onde você tem a possibilidade de assistir ao garçom cortar o prato e trazê-lo para sua mesa.

Cozinheiro preparando nosso Pato de Pequim (pedimos meia porção para nós dois e foi mais que suficiente!)

Depois do garçom cortar em nossa frente, outro atendente nos serviu e mostrou brevemente como era comido, por que na verdade, a gente nem pediu e ele gentilmente nos ensinou.

O Pato de Pequim, sim, vale a pena experimentar! A refeição para duas pessoas fica em torno de 120 CNY, e eles aceitam cartões de crédito.

  • Endereço: clique aqui para ver a localização próxima a Wangfujing Street.

11 – Grande Muralha

Contamos sobre nossa visita à Grande Muralha AQUI.

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Estas são as nossas dicas sobre a cidade de Beijing (Pequim). Se tiver alguma dica que não colocamos aqui, escreva nos comentários abaixo e vamos deixar o post mais rico em detalhes!

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Vejam nossos outros posts sobre a China:

 

 

Dicas para visitar a Grande Muralha da China (Mutianyu)

Quando pensávamos em conhecer a China, um dos primeiros primeiro lugares que vinha em nossa mente era a Grande Muralha. E com certeza não sentiríamos realizados e com a sensação de ter realmente conhecido o país, se não tivéssemos ido a algum dos locais onde a Grande Muralha é visitada.

Um pouco da História da Grande Muralha da China:

A Muralha da China ou Grande Muralha da China, como também é conhecida, é uma estrutura de arquitetura militar construída durante a China Imperial. A data correta do início da construção é incerta. Vimos três datas muito distintas nos sites de informação sobre o local: um deles ressalta que a construção se deu por volta do ano de 220 a.C., a segunda fala que foi entre os anos de 476 a.C. e 221 a.C. e a outra por volta do ano 600 a.C.. Mas a data de finalização da obra foi mais precisa… perdurou durante várias dinastias, finalizando por volta do século XV. Na verdade, ela continua sendo reconstruída/restaurada até os dias de hoje, com o único objetivo de preservá-la.

Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu

Sua extensão também possui informação distorcida. Alguns falam que era em torno de 8.500km. Mas, em 2012, informaram que uma nova medição foi realizada e que a Grande Muralha mede em torno de 21.196km, e com aproximadamente 7m de altura. Conforme o mapa abaixo, começou na fronteira noroeste da China, em Jiayuguan, e terminou na fronteira coreana, em Hushan, passando por nove províncias e municípios.

Great Wall map completo

Em 1987, a Grande Muralha da China (Great Wall) recebeu o título de Patrimônio Mundial da Unesco, e em 2007, tornou-se uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno.

Mas por que a Grande Muralha foi construída?

A Grande Muralha foi construída para proteger o Império Chinês de invasões de vizinhos do Norte. Os chineses sempre tiveram muito medo de invasões, e portanto, realizavam obras para sua proteção (não foi assim com os Guerreiros de Terracota?). Mas na verdade, quando a Grande Muralha começou a ser construída não havia qualquer ameaça de invasão. Logo, a construção foi para evitar ataques futuros!

Acabou que a Grande Muralha serviu para enviar aqueles que realizavam desordem no país, e obrigá-los a trabalhar, além de abrigar muitos soldados sem trabalho. Entretanto, mesmo com tamanha magnitude, não foi suficiente para proteção da China que sempre viveu invasões e ameaça de invasões dos Mongóis, xiambeis e outros povos.

Conta-se, também, que muitos chineses que ajudaram na construção da Muralha, quanto os soldados que lá trabalhavam morreram. Muitas vidas se perderam na Grande Muralha.

Em 1664, perdeu sua função estratégica e foi abandonada. E somente em 1980, tornou-se símbolo da China, passando a ser reconstruída, preservada, tornando-se um dos pontos mais visitados no país.

É possível ver a Grande Muralha do espaço? 

Grande Muralha vista do espaço
Grande Muralha vista do espaço

Procuramos muito a resposta para esta pergunta antes da nossa viagem. Mas na verdade, não é possível vê-la por completo do espaço sem alguma máquina ou aparelho profissional de aumento. Astronautas informam que do espaço é possível ver apenas água, nuvens e vegetações.

A NASA explica que apenas algumas partes, em épocas de neve e com um aparelho bem especial podem ser visto do espaço, divulgando a foto ao lado.

A Revista Galilleu também explica este mito criado ao longo dos anos.

Onde visitar a Grande Muralha da China?

Os pontos mais famosos da Grande Muralha são em Badaling, Jiankou, Mutianyu, Jinshanling e Simatai. Partindo de Beijing, os pontos mais visitados são Badaling e Mutianyu. Enquanto Badaling é mais turístico e fica sempre mais cheio, Mutianyu é menos turístico e consequentemente menos visitado, mas considerado um dos pontos mais bonitos.

Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu

Apesar de ser mais fácil e prático chegar em Badaling (inclusive de transporte público a partir de Beijing), preferimos visitar a Grande Muralha em Mutianyu. Ambos possuem o mesmo tempo a partir de Beijing (em torno de 1h30 / 1h40).

Sobre Mutianyu

Localizada a 65 km de Beijing, é uma das partes mais preservadas e conhecida por sua beleza! E como falamos acima, também é bem mais vazia que o trecho em Badaling. Além disso, foi reformada para viabilizar o turismo com segurança.

Mutianyu possui 5.400m, aproximadamente. Estima-se que sua construção se deu por volta de 550-557, depois, foi reforçada pela Dinastia Ming. Todo o caminho é feito por pedras, sendo que possui de 7 a 8 metros de altura, por 5 de largura. Alguns pontos da caminha possuem escadas bem íngremes.

Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu

Qual a melhor época para visitar a Grande Muralha?

Podemos dizer que todas as estações! Pois o lugar é bonito por si próprio, e traz um charme diferente na primavera, no verão, outono ou inverno. Talvez seja mais incômodo visitá-la durante o calor intenso do verão, ou sob chuva ou neve.

Visitamos a Grande Muralha (difícil acreditar nisso até hoje, rsss) em fevereiro de 2016, durante o inverno chinês. E apesar do frio (com temperaturas negativas), a caminhada acaba ajudando para nos manter aquecidos. Destaque para o céu azul, sem nenhuma nuvem!

Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu

Que tipo de roupa usar e o que levar?

Roupas bem confortáveis para a caminhada é o recomendado, além de não levar tanto peso em bolsas ou mochilas. Fomos apenas com as câmeras, calçado e roupa confortável para caminhada. E como estávamos no inverno, não dá para ficar sem gorro para a cabeça, cachecol e luvas. Nós também utilizamos um adesivo que mantém os pés e as mãos aquecidas por 5 a 8 horas (estes foram comprados nos Estados Unidos).

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Adesivos Toe Warmers para ajudar no aquecimento das mãos e pés

Água e protetor solar também são imprescindíveis!

Como chegar em Mutianyu?

Depois de decidir qual ponto visitaríamos da Grande Muralha, começamos a pesquisar como chegaríamos no local. Queríamos deixar tudo pronto daqui, por que mesmo tendo guias recomendados pelos hotéis, estando lá era tudo mais inseguro. Assim, encontramos um post da Dri Everywhere explicando como ela chegou na Grande Muralha, e o contato do guia chinês que utilizaram (Michael Dong, e-mail: [email protected] / telefone e WhatsApp +8613671038062).

E nós, também, aprovamos e recomendamos o trabalho do Michael (Michael Dong, e-mail: [email protected] / telefone e WhatsApp +8613671038062). Ele não faz exclusivamente a Grande Muralha da China, ele faz diversos outros passeios, busca em aeroporto, e também dá suporte em Beijing, Xian, Datong, Pingyao and Guilin. Podem contratá-lo de olhos fechados! Sempre estamos conversando, e ele me atualizando sobre novidades etc.

Atualizando: Michael tem recebido muitos brasileiros através da nossa indicação no blog. E ele é tão gentil, profissional, que tem aprendido um pouco de português para auxiliar a brasileiros que não falam o idioma inglês. Então, de verdade, o idioma com o Michael não é nenhum problema para visitar a Grande Muralha tendo-o como motorista.

Apesar do Michael ser chinês, fala em inglês fluentemente, respondeu meu e-mail sempre no mesmo dia (observando o fuso-horário é claro), foi super atencioso, nos buscou no hotel impreterivelmente no horário combinado, nos levou com segurança até a Grande Muralha, nos ajudou na compra dos tickets de entrada, nos aguardou durante nossa visita, e nos levou com segurança de volta até o hotel. E achamos muito bacana, também, que, quando estávamos quase chegando na Muralha, ele parou em uma cidade próxima para comprarmos água. Segundo Michael, na base da Grande Muralha tudo é muito mais caro (inclusive é bom negociar antes da compra).

Quanto custa visitar Mutianyu?

Não é um passeio barato! Mas para 4 pessoas ficou bem mais em conta. O Michael faz um preço de acordo com seu carro de passeio, onde cabe até 4 pessoas. No nosso caso, visitamos a Grande Muralha dois dias depois da virada do Ano Novo Chinês, que é considerado feriado e uma data muito importante para sua família. Sugerimos que consulte o preço diretamente com ele, pois o mesmo pode alterar de acordo com a data, período, etc.

Pagamos 45 CNY para o Ticket de entrada à Grande Muralha, 15 CNY pelo Ônibus e Cable Way e volta por Tobogã, por 100 CNY. Total por pessoa 160 CNY (valores para fevereiro/16). No total, pagamos 160 CNY por pessoa.

Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu

Como foi a nossa visita à Grande Muralha? 

Acordamos bem cedo, e às 07:30h, já estávamos saindo do Hotel. O melhor horário para visitar a Grande Muralha é pela manhã, uma vez que está ainda mais vazia que no decorrer do dia. O trajeto de carro até Mutianyu durou cerca de 1:40h (antes de chegar na base da Muralha, o Michael, nosso guia, parou para comprarmos água).

Logo na chegada, antes dos restaurantes e lojas, fica o local onde os tickets são vendidos. Pagamos em dinheiro (não aceitam cartões, como a maioria das atrações na China como parques, etc.). Fomos imediatamente para o local onde o ônibus parte até a base da Grande Muralha em Mutianyu, que parte conforme os horários da tabela abaixo:

Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu

O trajeto do ônibus dura em torno de 5 minutos. E logo estávamos aos pés da Grande Muralha, para subir a pé, de Cable Car ou Cable Way. Apesar da possibilidade de subida à pé, subimos no Cable Way com o casal de amigos, e mesmo com frio, foi super divertido!

Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu

O trajeto de Cable Way até o caminho da Grande Muralha, durou mais uns 10 minutos. Chegamos próximos ao ponto 6, do mapa abaixo, subimos uma escada e já estávamos no caminho da Grande Muralha. Mas do ponto 6, andamos até o 1, que possui mais escadas, e depois, andamos novamente pelo ponto 6, que é o mais plano.

Mapa da Grande Muralha, em Mutianyu
Mapa da Grande Muralha, em Mutianyu

Na verdade, a gente queria ter andado todo o trajeto, mas acabei tendo um resfriado durante a viagem, e andar com corpo dolorido acaba sendo mais difícil. Mas o tempo que estivemos lá, curtimos cada segundo! E escrever este post, é o mesmo que reviver cada momento.

Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
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Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu (Fábio e Marcelo)
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu (Minha amiga Alê e eu)

Para retornar à base, você pode ir a pé, de Cable Way/Cable Car ou descer de tobogã em um percurso de 1580m. Claro que descemos de tobogã! É muito fácil usar o freio e soltá-lo para acelerar o “carrinho” (para trás; freia, para frente, acelera), e não tem nenhum risco! Se você estiver com medo da velocidade, é só frear! Nossa decida durou cerca de 5 minutos.

Tobogã na Grande Muralha, em Mutianyu
Tobogã na Grande Muralha, em Mutianyu
Tobogã na Grande Muralha, em Mutianyu
Tobogã na Grande Muralha, em Mutianyu
Tobogã na Grande Muralha, em Mutianyu
Tobogã na Grande Muralha, em Mutianyu
Tobogã na Grande Muralha, em Mutianyu
Tobogã na Grande Muralha, em Mutianyu
Tobogã na Grande Muralha, em Mutianyu
Tobogã na Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Tobogã na Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu
Grande Muralha, em Mutianyu

Voltamos para o lugar que o Michael estava nos esperando com o carro, e aproveitamos para olhar alguns artesanatos e fazer um lanche, antes de voltar para Beijing.

O lugar tem muito artesanato, souvenir e produtos típicos da China. Mas tudo bem mais caro que na cidade de Beijing! Lembre-se de pechinchar bastante! Pois é da cultura chinesa pechinchar. Mas não pechinche tanto, ao ponto de desvalorizar o trabalho deles, nem tampouco comece uma negociação de algo que não vai comprar.

Base da Grande Muralha, em Mutianyu
Base da Grande Muralha, em Mutianyu
Base da Grande Muralha, em Mutianyu
Base da Grande Muralha, em Mutianyu

E para finalizar, vejam o vídeo do dia que visitamos a Grande Muralha:

Horário de visita para a Grande Muralha:

Abr-out: 8:00 -17: 00 – nov-mar: 8: 30-16: 30

Valor: 45 CNY para a entrada; 15 CNY para o cable way; 100 CNY para o Tobogã (os valores podem sofrer alteração).


Vejam o nosso post com as dicas sobre Beijing (Pequim), AQUI.

Nosso roteiro pela Ásia (China, Hong Kong e Macau)

Preparem-se, pois o post é longo! Quando decidimos que o próximo destino seria a China, o primeiro ponto decidido foi que a viagem deveria durar pelo menos duas semanas, devido à distância, tempo de vôo, inúmeros locais interessantes que poderiam ser visitados, dentre outras variáveis que serão relatados nesse texto. Feitas as contas e levadas em conta todas as variáveis, chegamos à conclusão que 3 semanas seria um número interessante.

Outro ponto importante que sempre devemos considerar: atravessar o mundo para conhecer apenas uma cidade, um lugar? Muito pouco!! Merecíamos mais!! Iniciamos o planejamento pensando em 4 cidades, e terminamos o roteiro com 8. Resultado? Ficamos plenamente satisfeitos com nossa viagem! 🙂

Decidimos iniciar e encerrar nossa viagem por Shanghai, cidade chinesa com os melhores preços de bilhetes partindo do Brasil e alvo constante de promoções. Após a confirmação da compra dos bilhetes, iniciamos a confecção do roteiro, com algumas diretrizes básicas: uma metrópole moderna, uma intermediária e uma no estilo Wild China, muito comum nos nos Documentários da B.B.C ou National Geographic.

Nada melhor que jogar todas as cidades no Google Maps,  não é mesmo? Daí para frente, é só pesquisar sobre a melhor logística para deslocamento. Nosso roteiro ficou dessa maneira:

ShanghaiBeijing – Xí-an – Guilin – Yangshuo – Hong Kong – Macau – Shanghai – Suzhou – Shanghai

Roteiro CHINA MAPA

Hong Kong e Macau são territórios independentes da China, com certa autonomia. Assim, caso decida incluir essas cidades (ou país?) no seu roteiro, observe qual o tipo de visto será necessário, ou seja, com uma, duas, ou entradas múltiplas na China. No nosso caso, decidimos pelo Visto de duas entradas, pois o roteiro englobava uma visita a Hong Kong e Macau, com retorno ao final a Shanghai. Nosso post sobre como tirar o Visto para a China está aqui.

Caso esteja na China apenas de passagem para algum outro País da Ásia, vale a pena verificar se a cidade da sua conexão possui a isenção do visto para 72 horas. Verifique no site da Embaixada da China.

Voltando ao assunto das cidades escolhidas, caso jogue nosso roteiro no Google Maps, é fácil constatar que decidimos por uma viagem em forma de círculo, com início e término em Shanghai. Dependendo da organização do seu roteiro, existe a possibilidade da visita a alguma cidade se tornar inviável, devido à distância, passagens/tickets, preços e outras variáveis importantes.

Recomendamos TODAS as cidades que visitamos! Foi uma viagem incrível, uma experiência que jamais nos esqueceremos. Inclusive recomendamos o acréscimo de mais três lugares: as montanhas coloridas (Rainbow Moutain), que só saíram do nosso roteiro devido ao difícil acesso e à falta de tempo, ; Chengdu, que é a única cidade em que você pode ter a experiência de tocar em um Panda; e Zhangjiajie, na Província de Hunan, local de inspiração para o filme Avatar. Na verdade, existem muitos lugares para visitar na Província de Hunan. A Thaís do Guia Mundo Afora foi em Zhangjiajie e nos deu muitas dicas! Vejam o post dela aqui.

Shanghai:

Shanghai (ou Xangai, em Português): das cidades que visitamos, trata-se do melhor local para conhecer de perto o desenvolvimento pulsante do País. Trata-se de uma renomada metrópole internacional que atrai olhares do mundo inteiro! Pense em uma cidade multicultural, em uma mistura perfeita do moderno com o tradicional, do Ocidente com o Oriente. Ao mesmo tempo que é possível admirar arranha-céus de arquitetura arrojada, é possível visitar construções e arquiteturas antigas, daquelas que conseguimos identificá-las em qualquer parte do mundo! Em Pudong, por exmplo, você com certeza se sentirá no futuro! Já imaginou banheiros de Shoppings Centers com vasos sanitários ultramodernos e digitais, onde você escolhe inclusive o tipo de jato e temperatura da água para se higienizar? Isso é Shanghai, meu amigo!

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Shanghai vista do The Bund
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Yu Yuan Garden

Ficamos hospedados em dois hotéis distintos durante nossa passagem por Shanghai. Eis a dica que sempre repetimos: prefira hotéis próximos às estações de Metrô. Outro aspecto importante: A língua é o maior obstáculo entre turistas e taxistas. Caso consiga pegar um táxi, tenha em mãos o nome do estabelecimento em Mandarim e torça para a boa vontade do motorista. Ou seja, melhor se deslocar a pé da estação de metrô, um dos melhores do mundo, para o hotel.  Ficamos hospedados no  Ibis Lianyang, localizado mais ou menos a uns 20 minutos a pé da estação de metrô  Middle Yanggao Road. E andar 20 minutos com as malas pelas ruas até encontrar o hotel, não é muito agradável, não é mesmo? Como sempre ficamos nos hotéis da rede Accor, achamos que na China eles seriam nossa salvação, já que conhecemos o padrão da rede. Detalhe: a rede Ibis na China é um pouco inferior ao que estamos acostumados na maioria países que já visitamos, e o café-da-manhã é tipicamente chinês, com muitos vegetais e outros quitutes que não estamos acostumados no Brasil. Outro ponto importante que vale destacar é que poucos funcionários falam inglês, e acredite: eis um fator que pode dificultar um pouco na hora do check out, pois é necessário o cancelamento do ” depósito prévio” , uma espécie de ” Crédito Pré-Pago”, muito comum na China.

Já no retorno a Shanghai, que foi nosso primeiro e último destino, ficamos hospedados no Mandarin Oriental Pudong, um maravilhoso hotel que vamos apresentar o review nos próximos posts. Importante ressaltar que quando recebemos o convite para nos hospedarmos em algum hotel, relatamos nossa real experiência. Mas sem sombras de dúvidas, a rede Mandarin Oriental foi uma das mais impressionantes que já hospedamos. O objetivo da rede é de te impressionar! E eles conseguem, acredite! Vejam o post sobre nossa hospedagem AQUI.

Mandarin Oriental Pudong

O Mandarin Oriental Pudong oferece transfer de até 6 km de 30 em 30 min, mas é possível ir a pé a partir da estação Lujiazui, em uma caminhada de cerca de 5 minutos. Quais são os principais benefícios que o MO oferece para os hóspedes? Listamos alguns deles: Staff que fala inglês fluente, café da manhã com grande diversidade ocidental (e o tipicamente chinês, ou inglês se preferir). Veja o post completo da hospedagem AQUI!

Principais pontos turísticos em Shanghai (veja o post AQUI): Oriental Pearl TV Tower; The Bund; Shanghai World Financial Center; French Concession; People Square; Shanghai Museum; Yu Yuan Garden; Shanghai Zoo; Xin Tian Di Shanghai; Shikumen; Tiazinfang; Nanjing Road; Jade Buddha Temple. Veja o post com nossas dicas sobre Shanghai (Xangai) AQUITotal de Dias em Shanghai: 5 dias. Moeda: Yuan.

Nosso segundo destino foi a capital Beijing, e decidimos pela compra das passagens de trem pelo site da Travel China Guide. Os valores do bilhete para o Ano Novo Chinês foram em torno de 100 dólares por pessoa (segunda classe), e a viagem durou cerca de 4h40 a 5h. Ao escolher, preste atenção na quantidade de paradas (pois quanto menos paradas, mais rápida será a sua viagem e até mais barata). Vamos fazer um post contando como foi a experiência no “Trem Bala”.

Beijing: 

Beijing (ou Pequim) é a Capital da República da China e uma das cidades mais populosas do país (em 2013, ultrapassava 20 milhões de habitantes). Está localizada ao Norte do País, e tornou-se uma das cidades mais visitadas no mundo, recebendo mais de 140 milhões de turistas ao ano. Além dos seus inúmeros pontos turísticos, é conhecida, também, por ser ponto de partida para a “Grande Muralha”. Foi a cidade que tivemos a oportunidade de visitar o maior número de templos e locais históricos, além de admirar a belíssima arquitetura chinesa. O que você vê em Beijing, dificilmente verá em outros lugares da China. Então, caso tenha curiosidade ou interesse em experimentar espetinhos de escorpiões ou outras esquisitices, eis o lugar! E já adiantamos: apesar de todo um processo psicológico para experimentarmos pelo menos um apetitoso espetinho de escorpião, simplesmente não conseguimos degustar essa iguaria!

Cidade Proibida, Beijing, China

Em Beijing, ficamos hospedados no Novotel Beijing Xin Qiao, que possui ótimo custo-benefício e excelente localização: fica em frente a estação de metrô Chongwenmen. Pequena descrição do hotel: quarto bem confortável, café-da-manhã delicioso e muito farto (tem de tudo que possa imaginar), além de staff atencioso. Possui inclusive um restaurante que serve pratos bem saborosos com preços justos.

Principais pontos turísticos, dos quais falamos com maiores detalhes AQUI: Tiananmen (Praça da Paz Celestial); The Place (um dos maiores Leds do mundo); Cidade Proibida (Forbidden City); Wangfujing Da Jie (local cheio de lojas, restaurantes e rua dos espetinhos de esquisitices; Behai Parque; Beijing Zoo; Palácio de Verão (Summer Palace); Estádio Ninho do Pássaro (Bird´s Nist) e Cidade Olímpica; Templo do Céu; Mercado das Pérolas; Hutongs.

Mutianyu (Grande Muralha)

Veja o post completo da AQUI.

Grande Muralha da China, Mutianyu

Total de dias em Beijing: 5 dias. Moeda: Yuan.

De Beijing para Xí-an você pode escolher o trajeto de Trem Bala, em torno de 4h50. Mas preferimos fazer o trajeto de avião, diante do horário que chegaríamos na cidade. Para trens, vejam no Travel China Guide (em torno de 129 dólares em primeira classe). Realizamos o trecho com a Air China, através da China High Lights. Vale a pena olhar também na Ctrip e na Travel China Guide

Xí-an: 

Nossa passagem em Xí-an foi rápida, mas extremamente proveitosa, principalmente para visitar os Guerreiros de Terracota ou Exército de Terracota (veja o post da nossa visita AQUI). Ao planejarmos o roteiro, achamos pouquíssimas informações na internet, e tínhamos a impressão que estávamos diante de uma cidade que não tinha sequer estrutura para abrigar turistas, etc. Que nada! A cidade é ótima, bem estruturada e cheia de pontos turísticos bacanas! E outra: nos arrependemos de ter ficado só dois dias na cidade (na verdade foi um dia e meio por causa da locomoção entre as cidades).

Ficamos hospedados no Hotel Ibis Heping Gate, localizado no interior do famoso “quadrado da Muralha da cidade” e bem perto de várias atrações turísticas. Detalhe importante: tivemos dificuldade para fazer o check out, pois os funcionários do hotel demoraram para fazer o cancelamento do depósito prévio, falam um inglês rudimentar, e ainda o tempos era escasso devido o próximo vôo! Mais uma dica: leve em conta tempo para imprevistos durante o check-out, exatamente para evitar problemas e riscos desnecessários. Principais pontos turísticos da cidade: Guerreiros de Terracota ou Exército de Terracota; Musilin Quarter (Quarteirão Árabe); City Wall Xian (Muralha da Cidade); Bell Tower (Torre do Sino); Big Pagoda; Defuxiang Bar Street (rua de 200 m cheia de Bares. Vale muito a pena conhecer!).

Total de Dias em Xí-an: 2 dias. Moeda: Yuan.

De Xí-an para Guilin, o próximo destino, caso decida ir de trem, são quase 24 horas de viagem. Preferimos fazer o trecho de avião, pela Beijing Capital Airlines, e compramos os tickets através da Travel China Guide. Já falamos aqui o motivos da preferência por essas agências.

Guilin: 

Guilin, China
Guilin, China

 

Guilin está localizada no sul da China e entrou para a nosso roteiro para conhecermos um pouco da “Wild China”. E  lá vivemos três experiências incríveis: subir de teleférico até a Yao Mountain, realizar um cruzeiro pelo Rio Li e um Raft em canoas de Bambu pelo Rio Yulong, um afluente do Rio Li. Para fazer o cruzeiro pelo Rio Li, necessariamente você terá que dormir uma noite em Guilin, ou ir bem cedo para a cidade. Por este motivo, preferimos estabelecer Guilin como nossa cidade âncora, e não Yangshuo. Ficamos hospedados no Grand Link Hotel, um hotel bem confortável, com excelente custo-benefício e bem próximo ao centro da cidade (5 min de táxi). Só tivemos um problema: os funcionários do turno da madrugada não falavam uma palavra sequer em inglês e tivemos mais uma vez uma pequena dificuldade durante o “check out”, pois apesar da boa vontade e do esforço para nos atender, foram quase 40 minutos para resolver tudo, com dificuldade para confirmação do cancelamento do depósito prévio, bem como para realizar o pagamento dos valores que gastamos no hotel. Mais uma vez: programe o check out com a antecedência necessária para esses imprevistos.

O que fazer na região (vamos falar detalhadamente de todas as atividades que fizemos em Guilin e Yangshuo):

  • Yaoshan Moutain;
  • Riyue Shuangta Cultural Park;
  • Elephant Runk Hill;
  • Cruzeiro pelo Rio Li;
  • Raft de bambu no Rio Yulong;
  • Passeios pelas plantações de Arroz ou chá.

Total de dias em Guilin: 2 dias (ficaríamos 5 dias tranquilamente). Moeda: Yuan.

De Guilin para Hong Kong tivemos a maior dificuldade durante a fase de planejamento da nossa viagem! Não haviam tickets de trem disponíveis, e por tratar-se de uma viagem internacional, os preços são bem salgados! Pagamos em torno de R$ 1.300,00 por pessoa para o trecho. Se não tivéssemos fechado os hotéis e comprado os tickets para o voo de Macau para Shanghai, havia a grande possibilidade de desistirmos dessas duas cidades, tudo diante da dificuldade de conseguirmos fechar o trecho Guilin/HK. Aos 42 minutos do segundo tempo, conseguimos fechar com a Travel China Guide, num voo pela Shanghai Airlines, com conexão em Shanghai. Saímos bem cedo de Guilin, e com essa conexão, chegamos em Hong Kong quase às 17h.

Veja o post sobre Guilin e Yanghsuo AQUI.

Tanto Guilin quanto Hong Kong foram destinos imperdíveis! O grande detalhe é que viajamos em pleno Ano Novo Chinês, quando acontece a maior migração de pessoas do planeta! Consequência: todos os tickets de trem se esgotaram com muita antecedência. Caso fosse possível, teríamos remanejado as cidades, o que infelizmente não foi possível!

Hong Kong:

Hong Kong foi outra grata surpresa da nossa viagem! Na verdade, todas foram bem acima das expectativas! 🙂 Hong Kong é uma região administrativa especial da China. Trata-se de um dos Centros Financeiros, Comerciais e Bancários mais importantes do mundo! Detalhes interessantes: A maioria das pessoas fala inglês, no entanto a língua oficial é o cantonês, um pouco diferente do Mandarim. De todas as cidades que visitamos, é a mais cara e a mais agitada, além daquela que voltaríamos fácil, fácil! Organizada, limpa, com excelente gastronomia e uma energia cativante!

Hong Kong

Devido à viagem ser em fevereiro, pegamos um bom pedaço de frio, além do tempo mais nublado, e um pouco de poluição/neblina, que não nos permitiu ter uma visão mais plena da cidade! A cidade ficou o tempo toda encoberta, inclusive no dia que fomos visitar o Big Buda, o que acabou prejudicado! Em Hong Kong, é fácil constatar a enorme influência inglesa, já que a cidade foi colonizada pelos britânicos: a mão de direção é inglesa e até as tomadas são do mesmo tipo daquelas adotadas na Inglaterra.

Hong Kong possui três hotéis da Rede Mandarin Oriental, e nós ficamos hospedados em dois deles: o The Landmark Mandarin Oriental (veja nosso post AQUI) e o Mandarin Oriental Hong Kong (veja nosso post AQUI). E verificamos pontos distintos de cada um destes hotéis que fizeram da nossa estadia única! Hotéis do nível do Mandarin Oriental são mais caros. No entanto trata-se de uma experiência única e inesquecível! E só mais um detalhe: saiba que cada centavo será muito bem gasto! O hotel surpreende! Acredite!

Caso não se hospedem em algum deles, experimentem a alta gastronomia de um dos seus restaurantes. Tanto o Amber, do Landmark, quanto o Pierre, do Mandarin Oriental Hong Kong, são restaurantes estrelados pelo Guia Michelin! O Mandarin Oriental Hong Kong foi o único hotel do mundo a receber status cinco estrelas pelo Forbes Travel Guide, em cinco categorias: hotel, spa e os três restaurantes: Pierre, Mandarin Grill e Bar and The Krug Room.

O que fazer na cidade (vamos falar detalhadamente em outros posts): Victoria Peak (e o Sky Terrace); Peak Tram; Lan Kwai Fong; Star Avenue (Avenida das Estrelas); Sinfonia das Luzes; Landmark; Centro Histórico; Sky 100 Observatório; Ngong Ping 360 (Teleférico); Ngong Ping Village; Big Buddha; Po Lin Monastery; Hong Kong Disneyland; Caseway Bay; The Latest Longevity Bridge; Jumbo Kingdom.

Total de dias em Hong Kong: 4 dias. Moeda: Dólar Hong Kong (HKD).

De Hong Kong para Macau fomos pelo Turbojet, que é um barco rápido e em torno de 50 minutos já estávamos no Porto de Macau. Como a maioria dos hotéis oferece transfer a partir do Ferry Boat, vale a pena conferir antes de chegar na cidade!

Macau 

Se incluir Hong Kong em seu roteiro, tente incluir Macau, que é a outra região administrativa especial da China, e que ficam muito próximas! Macau foi colonizada pelos Portugueses, no entanto só é possível constatar tal influência na  nas placas e nos documentos oficiais do governo, pois apenas 5% da população fala português. Vimos uma senhora que falava português (e mal!) e uma das funcionárias do Mandarin Oriental Macau que também falava poucas palavras.

Macau

Macau tem a parte histórica e a parte moderna, onde estão situados os Hotéis/Cassinos de cair o queixo, muito semelhante à icônica Las Vegas, com canais, passeios de gôndola, shows de águas e uma avenida que será a futura Strip (se já não for!). Apesar de muita gente preferir um bate-volta a partir de Hong Kong, não recomendamos uma estadia tão curta! A cidade é um espetáculo a parte, que vale a pena ficar pelo menos duas noites, sendo o ideal de três a quatro dias, para você curtir mesmo!

Ficamos hospedados no Mandarin Oriental Macau que possui uma vista incrível e está localizado ao lado do queridinho Hotel Lisboa. Atendimento especial, além de excelente restaurante/bar! E se tiver tempo, aproveite para um delicioso tempo bem gasto no Spa! Tivemos duas horas de tratamento e foi uma excelente oportunidade para descansarmos, desligarmos do corre-corre da viagem, e recarregar as energias! Saímos incrivelmente relaxados! 🙂 Veja nosso post AQUI.

Mandarin Oriental Macau

O que fazer (vamos falar detalhadamente): Conhecer os Cassinos; Ruínas de São Paulo; Largo do Senado; Rua da Felicidade; Rua Cunha e Vila da Taipa; Torre de Macau.

Total de dias em Macau: 2 dias (teríamos ficado 3 dias no total). Moeda: Pataca, mas o Dólar Hong Kong também é utilizado.

De Macau para Shanghai, seguimos pela empresa Macau Airlines. Lembrando que quando você chegar em Shanghai, terá que passar pela imigração novamente.

Suzhou: 

Suzhou foi a última cidade do nosso roteiro, e um dia é mais do que suficiente para um tour muito proveitoso, apesar de mais uma vez a barreira do idioma. Ou seja, saia de manhã bem cedo e retorne no fim do dia. Mais uma vez utilizamos o Trem Bala, em um trajeto de 25 min (com 2 paradas), ao custo de 26 dólares cada bilhete, na Primeira Classe. A cidade é diferente e antiga (cerca de 2.500 anos), cerca de  42% da cidade é banhada por lagoas e riachos, e é possível admirar muitos e muitos canais em estilo chinês, que fazem da cidade a “Veneza Oriental.”

Suzhou, China

O que fazer: Tiger Hill Pagoda ou Huqiu Tower; Shantang Street; Passeio de barco pelos canais; Humble Administrator’s Garden (Zhuo Zheng Yuan); Lion Grove Garden; Suzhou Silk Museum. Veja nosso post sobre Suzhou AQUI.

Total de dias em Suzhou: 1 dia. Moeda: Yuan.

Este foi o nosso roteiro, e esperamos ajudar nossos queridos viajantes! Caso tenha alguma dica, compartilhe nos comentários e deixe nosso blog mais rico de informações e opiniões. A medida que formos confeccionando os outros posts, vamos marcar os links aqui no blog.

Veja todos os posts da nossa viagem:

Os perrengues para preparar uma viagem à China;

As primeiras impressões sobre a China;

Como tirar o visto Chinês;

Como utilizar a internet na China;

Dicas para visitar a Grande Muralha na China;

Onde comer em Hong Kong – Dica 1;

Onde comer em Hong Kong – Dica 2;

Onde se hospedar em Hong Kong – Dica 1;

Onde se hospedar em Hong Kong – Dica 2;

Onde se hospedar em Macau;

Onde se hospedar em Shanghai (Xangai);

Suzhou, a Veneza do Oriente;

Wild China (Guilin e Yangshuo);

O que fazer em Shanghai (Xangai);

O que fazer em Beijing (Pequim);

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