Como visitar os Guerreiros de Terracota (Terracotta Army) – Xian, China

Xian foi a terceira cidade da nossa viagem à China. E o principal objetivo de visitarmos a cidade foi para ver de perto o Exército de Terracota (ou Guerreiros de Terracota, ou ainda Terracotta Army, como também é conhecido). Trata-se de uma das mais importantes descobertas arqueológicas do século XX, além de atrair milhares de visitantes (turistas e chineses) por ano!

Quando confeccionamos o roteiro, estabelecemos dois dias na cidade, sendo que um deles era para conhecer o Exército de Terracota, e outro para conhecer a cidade de Xian, que também possui atrações bem interessantes. Ocorre que, por um equívoco, adquirimos as passagens de avião Xian/Guilin com a data errada, e só descobrimos isso quando chegamos em Xian. Como estávamos em pleno Ano Novo Chinês, e a maioria das passagens estavam esgotadas, passamos quase que o restante do dia tentando resolver esta situação. Quando resolvemos, já era tarde e então só demos uma volta nos arredores do hotel para ver um pouco da cidade.

Mas se você tiver disponibilidade, tente separar pelo menos dois dias inteiros para visitar a cidade, vai ser bem bacana e você vai adorar!

Exército de Terracota, Xian: os soldados feitos de argila para guardarem o mausoléu do Primeiro Imperador da China

História sobre o Exército de Terracota:

Por volta do ano 246 a.C., um Imperador muito jovem (com apenas 13 anos) assumiu seu trono, e mais tarde, famoso por unificar a China, ficou conhecido como o Imperador Qin (Qin Shi Huang Di) ou o Primeiro Imperador da China. Mas preocupado como seria sua vida pós-morte, começou a preparar o seu mausoléu que demorou cerca de 11 anos para ser concluído.

E assim, em 210 a.C., foi enterrado em seu Mausoléu localizado a poucos quilômetros da atual cidade de Xian, capital da Província de Shaanxi, onde é estimado que exista muito tesouro do antigo Imperador (talvez todo o seu tesouro!). Mas há uma grande discussão entre os arqueólogos, historiadores e especialistas se o Mausoléu deve ser aberto ou continuar lacrado, apesar de muita curiosidade e especulações sobre o que tem em seu interior.

De um lado, acreditam que as condições de hoje e ausência do conhecimento de como era a técnica de preservação daquela época, todo o tesouro pode ser perdido. Por outro lado, há uma lenda que deixa os chineses temerosos da abertura da tumba: o espírito do Imperador ser libertado e as consequências disso para a sociedade. Assim, ela permanece, por enquanto e por prazo indeterminado, lacrada e todos curiosos com o seu interior. Bem, vamos deixar o Imperador descansar em paz!

Entretanto, como se não bastasse todo este mistério acerca do interior da tumba do Imperador Qin, em 1974, um grupo de trabalhadores que cavava um poço na região (em torno de 1.500 metros do Mausoléu de Qin) descobriu o maior sítio arqueológico do século XX: soldados feitos de argila, em tamanho real, cada um com uma fisionomia (alguns ainda com um pouco de tinta), além de cavalos, armas, espadas, todos apostos como se fosse para uma batalha! Um espetáculo da história, bem ali, intactos, depois de tantos anos!

Apesar de nem tudo ainda ter sido escavado, e já terem contado mais de 7.000 soldados, arqueólogos estimam que o local abriga em torno de 8.000 soldados!

Como chegar no Exército de Terracota:

Enquanto preparávamos o roteiro, vimos vários relatos de que era bem fácil visitar o Museu dos Guerreiros de Terracota através do transporte público de Xian. E realmente! Foi bem tranquilo e não tivemos qualquer problema!

O Museu do Exército de Terracota está localizado a 43,4 km do centro de Xian, conforme mapa abaixo.

Atualização da viajante Anna (novembro/2019): desde outubro de 2019, os ônibus 306 partem da saída A da estação de fangzhicheng (metrô).

Para visitar o Museu dos Guerreiros de Terracota (Museum of Qin Terracotta Warrios and Horses), pegue qualquer uma das linhas 914, 915 ou 5 (306). Mas parece o 306 ser a melhor opção.

Ponto de embarque: saída A da estação de fangzhicheng (metrô)
Horário: das 07:00 h às 19:00 h da Estação de Xian para o Exército de Terracota / das 08: 10h – 19: 00h do Exército de Terracota para Xian
Intervalo: 10 a 30 minutos, ou quando os assentos estão totalmente ocupados  
Tempo de viagem: 1 hora
Tarifa do bilhete: em torno de CNY7 /10 por pessoa

Nós tiramos uma foto desta placa, para qualquer inconveniente, e mostramos para alguns chineses que estavam próximos aos ônibus. Então, eles indicaram qual era o ônibus que estava saindo naquela hora, entramos, mostrei novamente para a cobradora o nome do Museu (eles não falam nada em inglês, tudo na base de apontar e contar com a boa vontade!), e ela fez um sinal de joia.

O percurso da estação de trem de Xian até o Museu dos Guerreiros de Terracota dura cerca de uma hora, e a passagem custou 7 CNY por pessoa. Logo que chegou ao ponto do Museu, a cobradora nos avisou e descemos do ônibus. Se não estamos enganados, é o ponto final da linha.

Não se esqueça de observamos o lugar que você desceu para ficar fácil na hora de voltar.

Há outras formas para ir até o Museu, como pegar um táxi (em torno de 200 CNY), ou contratar empresas que realizam o passeio como a Travel China Guide. O passeio custa em torno de 69 CNY e dura o dia todo.

Depois que descemos do ônibus, seguimos para a bilheteria que estava lotada! Mas colocando em prática a cultura chinesa, fomos nos infiltrando na fila furando fila sem nenhuma vergonha, e na nossa vez de comprar o bilhete, um chinês fura a fila e compra na nossa frente! Super normal! Nem ficamos com raiva! 🙂

O valor do ticket para visitar o Museu dos Guerreiros de Terracota é 120 CNY, de 01 de dezembro até o fim de fevereiro, e 150 CNY de 01 de março a 30 de novembro. No inverno, os tickets de atrações na China são mais baratos.

Bilheteria para visitar o Museu dos Guerreiros de Terracota

Esquecemos de contar que estava nevando no dia da nossa visita ao Museu, que foi em fevereiro de 2016, durante o inverno chinês.

Fábio, Marcelo, Alessandra e eu

O Museu dos Guerreiros de Terracota é dividido em três principais partes, que eles chamam de Pit 1, Pit 2 e Pit 3. Mas ainda possui um anexo de exibição dos carros (carruagens) e cavalos, além de um anexo de exibição das armas, conforme mapa abaixo:

Fonte: Top China Travel
Entrada do Museu dos Guerreiros de Terracota

P1: é o maior de todos os sítios, com 38 fileiras, sendo que desenterraram aproximadamente 6.000 soldados. A parte da frente é composta pelos soldados e a parte ao fundo dos carros (carruagens). Historiadores acreditam que seja o próprio exército de Qinshihuang.

O maior pavilhão com cerca de 6 mil soldados, sendo que mil estão à mostra, e os outros tantos ainda para restauração.

A restauração de cada soldado encontrado dura cerca de 6 meses! É um processo lento e delicado!

Guerreiros de Terracota
Mais detalhes dos Guerreiros de Terracota
Inacreditável estar ali!

Pit 2: trata-se de uma escavação mais lenta, pois alguns dos soldados são coloridos (diferente dos primeiros que são todos cinzas), e ainda não encontraram uma forma de não prejudicá-los. Acredita-se que é uma tropa especial.

Ainda em processo de escavação

Ainda há uma exibição de alguns dos soldados, em que é possível observar os detalhes de cada um deles. Lembrando que cada soldado é único, já que o Imperador mandava construir uma estátua para cada um de seus soldados.

Soldado de Terracota visto de perto
Mais um soldado com seu cavalo
Soldado de Terracota

Já no Pit 3, bem menor, encontram-se 68 soldados que acreditam ser de um comando militar.

Imagine a riqueza cultural do povo chinês depois de visitar este Museu com peças feitas há mais de 2.000 anos! E o detalhe que mais impressiona é que não se trata de qualquer peça ou objeto: trata-se de um exército inteiramente enterrado junto com seu Imperador.

Mas por quê Qin construiu o Exército de Terracota (ou os Guerreiros de Terracota)? Por que ele acreditava que estes soldados poderiam garantir seu poder, seu tesouro e sua segurança eternamente!

Depois da saída do museu, tem uma parte com um calçadão com várias lojinhas de souvenirs, produtos tipicamente chineses, além de algumas barraquinhas de comida. Mas no Museu tem restaurante (uma espécie de lanchonete) com café, capuccino, chocolate quente, biscoitos, chocolates, sorvetes…

Informações adicionais do Museum of Qin Terracotta Warriors and Horses:

  • Horário de Funcionamento: 16 de Março a 15 de Novembro: 08:30h às 18:00h (bilheteria fecha às 17h) / 16 de novembro a 15 de março: 08:30h às 17:30h (bilheteria fecha às 16:30h)
  • Valor dos tickets: 1 de março a 30 de novembro: 150 CNY / 01 de dezembro a último dia de fevereiro: 120 CNY
  • Site Oficial, clique AQUI (mas está em Mandarim).
  • Como chegar: ônibus 914, 915 e 5(306). Observe o último horário do ônibus que sai do Museu para Xian, às 19h.

Em Xian, não deixe de visitar:

  • City Wall (Muralha da Cidade);
  • Bell Tower (Torre do Sino);
  • Mulin Quarter (Quarteirão Árabe);
  • Big Wild Goose Pagoda;
  • Qin Shin Huang Mausoléu.
  • Xian Bar Street: uma rua ótima cheia de bares, pubs e restaurantes.

Sugestões de Hospedagem em Xian: Hotel Ibis Xi’an Heping ou Sofitel Legend People ‘s Grand Hotel Xi’an.

O que fazer em Beijing (Pequim), na China (4 dias)

Beijing (ou Pequim, como falamos em português) é o centro político, econômico e cultural do país. É uma dasmetrópoles mais populosas do mundo, uma das seis cidades mais antigas da China com mais de 3.000 anos de história registrada, sem falar do “homem de Pequim”, onde estudos revelam que o material encontrado data em torno de 700.ooo a 800.000 anos! Beijing também cediou os Jogos Olímpicos em 2008, construindo um dos estádios mais incríveis e modernos, o “Ninho do Pássaro”, um verdadeiro contraste em meio a tantos templos antigos e de arquitetura tipicamente chinesa.

Estivemos em Beijing em pleno ano novo chinês, o conhecido Festival da Primavera, que acontece no final de janeiro ou até meados do mês de fevereiro (a data é flexível de acordo com o calendário lunar). E apesar de Beijing estar bem ao norte do país e estarmos na cidade durante o inverno, os dias não estavam tão frios quanto imaginávamos. Podemos dizer que a temperatura estava tolerável.

Outra surpresa durante a nossa visita foi que, mesmo durante a maior migração do Planeta, Beijing continuava cheia. De onde pode sair tanta gente???? Então, como deve ser a cidade em dias comuns??? No dia que visitamos o Palácio de Verão, por exemplo, aconteceu algo inédito em nossas vidas: fomos literalmente levados pela multidão rumo à saída do pavilhão.

img_1203
Na saída do Palácio de Verão, em Beijing

Como ir de Shanghai a Beijing?

Como estávamos em Shanghai, seguimos no famoso trem bala em uma viagem que durou em torno de 5h/5h30, e foi tão tranquila que nem vimos o tempo passar!

img_0793
Trem bala de Shanghai a Beijing

Vamos fazer um post exclusivo para contar como foi nossa experiência no trem bala, como funciona, os tipos de assentos, etc. E quando publicarmos, a gente atualiza com o link aqui.

Onde se hospedar?

Adoramos nosso hotel em Beijing! Não poderia ter melhor custo x benefício! O Novotel Beijing Xinqiao está localizado em frente à estação de metrô Chongwenmen, que passa as Linhas 2 e 5, e está a 5 minutos a pé da estação de trem da cidade. O hotel também está localizado muito próximo da Rua Wangfujing e da Praça da Paz Celestial. Outros pontos que adoramos no hotel foram o conforto do quarto e a variedade do café-da-manhã. Tinha para todos os gostos, desde o café continental, ao english breakfast e o tipicamente chinês. As diárias são em torno de R$ 265,00 reais.

img_0807
Nosso quarto no Novotel Beijing Xinqiao

Para reservas no Novotel Beijing Xinqiao clique AQUI (somos afiliados do Booking.com e recebemos uma pequena comissão que não aumenta em nada o valor da sua reserva e ajuda na manutenção do blog!)

Como foi a noite do Ano Novo Chinês?

Chegamos exatamente no dia da virada para o Ano Novo Chinês, o que seria o nosso Reveillon. Mas os chineses tem costumes e tradições muito diferentes dos nossos! Não encontramos nada na internet que mencionava como era esta virada, se tinha alguma festa, jantar, comemorações, etc. Então, escolhemos um lugar que é conhecido por ser cheio de restaurantes e ter um dos maiores Leds da Ásia, The Place – Beijing Shopping Mall (End. 9 Guanghua Rd, Chaoyang, Beijing). E assim, nos dirigimos para o local. Detalhe: as estações de metrô fecham mais cedo neste dia. Ao chegarmos lá, tudo vazio, fechado, apenas um segurança que não falava uma palavra sequer em inglês só acenava com as mãos sinalizando “não”. Voltamos para a estação, que já estava fechada, e aí começou nossa missão impossível de conseguir um táxi para voltar para o hotel, que era bem longe de onde estávamos. Depois de inúmeras tentativas frustradas, tivemos a ideia de pedir o atendente de um hotel próximo para pedir um táxi para a gente. Nada! Nenhum táxi parava! Nem para os próprios chineses! Os poucos que passavam estavam cheios ou tinham finalizado seu trabalho naquela noite. Então, tivemos a ideia de chamar o Uber (que também opera na China), e assim, fomos auxiliados pelo mesmo atendente, já que também é uma missão impossível digitar o nome do local. Foi a nossa grande salvação! Em poucos minutos já estávamos em nosso hotel, e durante o caminho, não vimos nada que pudesse parecer festa, comemorações de virada de ano, etc… somente alguns chineses soltavam fogos de artifício na rua, por ser uma tradição e necessidade, de acordo com suas crenças. No final das contas, tivemos sorte que o restaurante do hotel estava aberto e ainda pudemos jantar por ali mesmo!

Se for sair, prefira roupa vermelha que é a cor da sorte, prosperidade, fartura na China.

Leia mais sobre o Festival de Primavera (Spring Festival) ou também como é conhecido “Ano Novo Chinês” aqui.

Como se locomover em Beijing?

O metrô é um excelente meio de transporte em Beijing. Utilizamos todos os dias, para todos os nossos passeios e foi muito útil! É como qualquer metrô no mundo: observe sempre o sentido da linha (destinos finais), e fique de olho na estação que irá descer. As estações são sinalizadas em Mandarim e em Inglês.

beijing-subway
Mapa metrô em Pequim (Beijing)

O que vocês vão observar na China é que o metrô possui “raio x”em todas as estações. Se você estiver com uma bolsa bem pequena, pode ser que eles nem peçam para você colocá-la na esteira. Mas se for mochila, ou bolsa grande, pode ter a certeza de que terá que passar pelo raio x.

Quanto tempo ficar em Beijing (Pequim)?

Pelo menos 5 dias na cidade, mas 7 estaria de bom tamanho! A cidade tem muitas atrações gigantescas, com o Palácio de Verão, por exemplo, ou a Cidade Proibida, que exigem quase um dia para conhecê-las. Lembrando, também, que é a partir de Beijing que a maioria das pessoas visitam a Grande Muralha. Nós ficamos 5 dias em Beijing, incluindo 1 dia para visitar a Grande Muralha.

Sugestão de Roteiro em Beijing para 04 (quatro) dias (nosso roteiro em Beijing):

Apesar de termos ficado 5 dias na cidade, acabou que aproveitamos somente 4 dias. Pois o primeiro dia, mesmo chegando depois do almoço, foi um dia praticamente perdido devido ao Ano Novo Chinês.

Dia 1: 

  • Praça da Paz Celestial;
  • Cidade Proibida;
  • Como sobrou tempo, conseguimos visitar o Beihai Park no mesmo dia, pois fica bem próximo da Cidade Proibida;
  • Rua dos espetinhos bizarros, Wangfujing St.;
  • E finalizamos o dia na Great Leap Brewing (uma das melhores cervejarias artesanais que conhecemos durante nossa viagem);

Dia 2:

  • Grande Muralha da China – Mutianyu (fomos bem cedo e voltamos por volta das 14h);
  • Zoo de Beijing (fomos exclusivamente para ver os Pandas, mas se tiver com crianças, vale a pena explorar melhor o Zoológico de Beijing)
  • Mao’her Hutong;
  • Yandaixie Street;
  • Qianhai Lake (o lago estava congelado, e os chineses faziam a festa!)

Dia 3:

  • Palácio de Verão;
  • Ninho do Pássaro;
  • National Stadion;
  • Vila Olímpica;
  • Finalizamos o dia na Lush Beijing (hamburguer, cervejas e coqueteis).

Dia 4:

  • Templo do Céu;
  • Mercado das Pérolas (Hongqiao Pearl Market);
  • Beijing Confucian Temple (Templo de Confucio);
  • Lama Temple (Templo Yongle);
  • Guanshuyuan Hutong;
  • Finalizar na Wangfujing St. para comer o famoso Pato de Pequim.

O que fazer em Beijing?

Beijing é uma cidade cheia de atrações, que foi até difícil de escolher qual delas iríamos visitar. Tentamos pegar os principais pontos turísticos da cidade, visitando atrações próximas no mesmo dia. Mas praticamente todas atrações são daquelas gigantescas, com vários detalhes importantes para ver. Abaixo, listamos as atrações imperdíveis em Beijing para te ajudar a confeccionar o roteiro.

1 – Cidade Proibida (Forbidden City – Palace Museum ou GuGong)

Quem poderia imaginar que o Centro Político da China Imperial um dia se transformaria em uma das maiores atrações turísticas do país? A Cidade Proibida serviu como Palácio Imperial para 24 Imperadores durante as dinastias Ming e Qing (1368 a 1911), sendo que sua construção demorou 14 anos para ser concluída. Por outro lado, pensem na quantidade de serviçais necessários para servir a família do Imperador, suas concubinas e herdeiros, em uma construção que ocupa uma área de 720 mil metros quadrados?

O nome de “Cidade Proibida” se deu pela rigidez do sistema de segurança que controlava tanto a entrada quanto a saída das pessoas do local. Portanto, a grande maioria dos funcionários que vivia na cidade nunca saíam de lá, já que, cercada por um muro com mais de 10 metros de altura, além de um fosso cheio de água com mais de 6 metros de profundidade, era literalmente uma Cidade Proibida.

img_7260
Foto de Mao Tse Tung na entrada da Cidade Proibida, em Beijing.

Por 500 anos, a Cidade Proibida seguiu com toda a sua funcionalidade. Até que uma revolução no país fez com que o Imperador Pyui fosse o último a usufruir do local. E quem diria que, em 1925, a Cidade Proibida tornou-se o Museu do Palácio, e pela primeira vez na história aberta ao público. Em 1987 foi declarada como Patrimônio Mundial pela Unesco.

Para visitar a Cidade Proibida você deve procurar o Portão Sul da Cidade, chamado Meridian Gate, ou seja, o portão com acesso pela Praça da Paz Celestial. Por isso, a maioria dos turistas aproveitam para conhecer a praça no mesmo dia. Já para a saída da Cidade Proibida, somente é possível pela parte norte, no chamado “Gate of Divine Prowess“. E até lá, o caminho é longo, com mais de 900 edifícios para sua apreciação (980 para ser mais exata) .

Como chegar de Metrô na Cidade Proibida: a maneira mais fácil é pela linha 1, e descer na estação Tiananmen East, saída A, ou descer na estação Tiananmen West, saída B. Então é só procurar o Portão Meridional. Este portão fica próximo à foto de Tao Tse Tung. Fique atento! Logo que chegamos nas proximidades da Cidade Proibida, a gente não sabia onde era a entrada e acabamos entrando em um portão mais à direita da foto. Lá, fomos gentilmente guiados por um chinês que nos auxiliou para comprar os tickets de entrada, e depois, nos convidou para conhecer uma espécie de ateliê com manuscritos chineses… depois escreveu meu nome em um papel que poderia ser usado para um quadro, e por fim queria vender o papel que estava só demonstrando como era a escrita.

img_7347
Um dos leões de guarda da Cidade Proibida, em Beijing
img_7365
Torre do canto Noroeste da Cidade Proibida, Beijing

Para ler sobre a história e maiores informações da Cidade Proibida, clique AQUI e no site da Chris do China na Minha vida.

Informações adicionais:

  • De abril a outubro: 08:30h às 17h – 60 CNY
  • De novembro a março: 08:30h às 16:30h – 40 CNY
  • Obs.: existem algumas salas pagas à parte, como a sala do tesouro (10 CNY).
  • Obs.2: na saída da Cidade Proibida, está localizado o Jingshan Park que possui uma belíssima vista para a Cidade Proibida (entrada 2 CNY).

2 – Praça Tiananmen (ou Praça da Paz Celestial)

Podemos dizer que foi o nosso primeiro contato com a cidade de Beijing, já que na noite anterior andamos, andamos até lugar nenhum, já que não achamos nada para que pudéssemos passar a noite da virada do Ano Novo Chinês. Como falamos no tópico anterior, sobre a Cidade Proibida, acaba que todo mundo concilia a visita à Cidade Proibida com a visita à Praça de Tiananmen, já que esta é a porta de entrada para aquela. Quando desembarcamos na estação de metrô, e já saímos para aquela imensidão de praça, já ficamos surpresos com tanta segurança. Já não bastava termos passado pelo raio-x do metrô, também tivemos que passar novamente pelo raio-x da Praça. Mas o que faz desta Praça tão segura, tão importante?

img_7224
Praça Tiananmen (ou Praça da Paz Celestial)

Para os Chineses, a praça é conhecida como o coração simbólico do país. Mas para o mundo, ficou conhecida como o local dos Protestos dos Estudantes, em 1989, marcada pela imagem de um misterioso homem com sacolas nas mãos, impedindo que os tanques de guerra passassem em um dos maiores protestos contra o Partido Comunista no País.

praca-da-paz-celestial
Fonte: Estudo Prático

Com o fim da União Soviética e a China voltando-se para o lado do capitalismo, inúmeros descontentamentos e protestos começaram a tomar conta do país por parte dos chineses que, na verdade, não viam mudanças do antigo regime de governo para o atual. Mas tudo acabava abafado pelos líderes do momento. Até que em 15 de abril de 1989, faleceu Hu Yaobang, líder destituído pelo presidente e que lutava pela reforma política (o que angariou inúmeros inimigos). Com o líder morto, milhares de estudantes da Universidade de Beijing saíram para a rua, acamparam na Praça Tiananmen, e o que era um protesto de luto, acabou tornando-se um dos maiores protestos políticos. As tentativas para desocupação da praça causaram inúmeros mortos, sendo que, nas noites dos dias 3 e 4 de junho de 1989, o governo chinês usou de toda a sua força para massacrar aproximadamente 1.300 pessoas indefesas que estavam no local. E assim, as imagens marcaram o mundo, como a imagem abaixo:

A Praça da Paz Celestial, ou Praça Tiananmen é uma das maiores praças públicas do mundo, sendo superada apenas pela Praça Merdeka, localizada na Indonésia, e pela Praça dos Girassóis, em Palmas, no Brasil. A sensação que tive, quando estava lá, era a de ser uma formiga em meio a lugar tão extenso! Será que este era o objetivo? Que as pessoas se sentissem pequenas perante a imensidão do Governo, do País?

O que mais é possível encontrar na Praça da Paz Celestial? Além de servir de porta de entrada para a Cidade Proibida, também é possível encontrar Tiananmen Torre (paga 10 CNY para subir em seu topo), Monumento aos Heróis do Povo, Grande Salão do Povo, Museu Nacional da China e o Memorial Hall do Presidente Mao (Mausoleu de Mao Zedong).

Estando lá, você verá muitos guardas chineses que não são nada simpáticos para uma foto. Ao contrário, dizem taxativamente, em alto e bom tom: NO!

Para chegar na Praça de Tiananmen é da mesma forma que utilizamos para chegar na Cidade Proibida. Veja no item 1 (Cidade Proibida).

3 – Palácio de Verão (Summer Palace ou Yiheyuan)

O Palácio de Verão é um vasto conjunto de lagos, jardins e palácios, que juntos formam um dos maiores e mais bem preservados jardim real da China. Sua construção começou em 1750 como um jardim real de luxo para famílias reais descansarem e se entreterem, e mais tarde se tornou a principal residência dos membros reais no final da Dinastia Qing. Merecidamente foi declarada como Patrimônio Mundial pela Unesco, em 1998.

img_7657
Palácio de Verão, Beijing

O Palácio de Verão possui uma beleza singular composta principalmente pela Montanha da Longevidade (Longevity Hill, ou Wanshou Shan) e pelo Kunming Lake, que juntos ocupam uma área de 300,59 hectares. Ao longo do Palácio de Verão existem mais de 3.000 estruturas antigas, além de pavilhões, torres, pontes e corredores.

img_7671
Palácio de Verão e uma fila quase indiana para acesso à Colina da Longevidade

Ficamos impressionados com a extensão e beleza do Palácio de Verão! E foi lá que vimos que realmente os números da China começam em milhões: nunca vimos tanta gente concentrada em um único lugar! Em alguns momentos, fomos literalmente levados pela multidão.

Vale muito a pena subir até a Torre do Incenso Budista localizada no alto da Colina da Longevidade. Paga-se uma a taxa a parte (10 CNY), depois vários degraus até o topo. E de lá, o prêmio: uma belíssima vista para o Lago, pavilhões e jardins.

img_7659
Colina da Longevidade ao fundo e o Torre do Incenso Budista, do Palácio de Verão
img_7684
Torre de Incenso Budista, do Palácio de Verão

Abaixo, um Longo Corredor que leva até a Torre de Incenso Budista. Nele, muitas pessoas descansando, curtindo a vista, ou fazendo exercícios físicos.

img_7676
Palácio de Verão, Beijing

Teria sido melhor se tivéssemos visitado o Palácio de Verão, durante o verão, claro. Mas no inverno, ele ganha muito charme com seu lago congelado. Só que algumas atrações/atividades ficam fechadas, como é o caso do passeio de barco pelo Lago. Então, nossa visita acabou sendo mais rápida.

img_7672
Ao fundo, a ponte dos dezessete arcos, que em dias de verão é uma das atrações mais procuradas do Palácio de Verão

Informações adicionais:

  • De abril a outubro: 30 CNY
  • De novembro a março: 20 CNY
  • Existem outros valores de entrada, como na Torre do Incenso Budista, por exemplo (10 CNY). Pagando 60 CNY, você pode acessar todas as dependências do Palácio.
  • Como chegar no Palácio de Verão? Pegue a Linha 4 do Metrô, desça na estação Beigongmen.
  • Leia sobre o Palácio de Verão AQUI.

4 – Beihai Park

O Beihai Park está localizado bem próximo à Cidade Proibida e Jingshan Park. Logo que saímos da Cidade Proibida, viramos à esquerda, passando pela Torre Noroeste da Cidade Proibida, e dali, você já avistará placas indicativas para o Beihai Park. Trata-se de um dos maiores e mais bem preservados jardins imperiais da China. Com história de mais de 1.000 anos, é uma integração perfeita entre palácios imperiais e templos religiosos.

img_7380
Beihai Park, Beijing

Beihai Park possui 69 hectares, incluindo um lago de 39 hectares e foi aberto ao público somente em 1925! No dia que visitamos, estava cheio de lanternas vermelhas devido o Ano Novo Chinês, formando uma paisagem ainda mais bela! Depois desta ponte e Portal Chinês, fica a “Jade Flowery Islet” (ou Ilha Qiónghuá), uma ilhota que abriga a principal atração do parque, uma Dagoba Branca que se destaca nas fotos.

Beihai Parque é um joia de jardim imperial chinês!

O parque possui um lago que ocupa mais da metade da área. E neste lago tem uma ilha (Jade Isle) que é o local onde está localizada a principal atração do parque, a Dagoba Branca, que também é avistada logo na entrada do parque.

O que ver no Beihai Park são:

  • Dagoba Branca (ou Pagoda Branca): construída, em 1651, no antigo local onde Kublai Khan (o quinto grande Khan do Império Mongol, 1260-1294, o fundador da Dinastia Yuan) se encontrou com o mercador Marco Polo. É o lugar mais alto de Beihai, que permite uma bela vista do parque. Aproveitamos para dar uma volta nesta ilha, que é cheia de outros pontos interessantes. Inclusive tem alguns lugares para refeição. Mas não sentimos muita segurança para comer lá não…
  • O Jardim Hao Pu Creek (Haopujian) foi criado em 1757 com o objetivo de ser um lugar de tranquilidade e felicidade.
  • Quiet Heart (Jingxin) Studio: é um jardim independente criado durante a Dinastia Ming (1368-1644) e ampliado durante a Dinastia Qing. Nele há palácios, salões, torres, pavilhões, corredores, colinas artificiais, além de muitas pedras artisticamente colocadas.
  • Pavilhão dos Cinco Dragões (Five-Dragon Pavillions): são cinco pavilhões construídos em 1602 de maneira conexa, sendo que a metade fica sobre a água.
  • Circular City (Cidade Circular): também com salões, torres e pavilhões, onde você poderá ver muita obra da pedra jade.

Informações para visitar o Beihai Park:

  • Como chegar: metrô linha 4, estação Ping’anli. Mas se você conseguir conciliar a visita ao parque para o mesmo dia da visita à Cidade Perdida (gastamos em torno de 2 horas para visitar o parque), logo que sair da Cidade Perdida, vire a esquerda e continue até o fim do quarteirão. De lá mesmo já avistará umas placas indicando a direção do parque. É muito perto!
  • Valor da entrada: 10 CNY (fora do inverno), e 5 CNY (inverno), mas se comprar o ticket completo, por 20 CNY e 15 CNY, você pode entrar tanto no Beihai Park, quanto na Ilha de Jade e na Cidade Circular.
  • Horário: 06:30h às 21h (de abril a novembro) e 06:30h às 20h (dezembro a março).

5 – Beijing Zoo

Quando começamos a fazer nosso roteiro da viagem à China, verificamos todas as cidades que a gente poderia visitar os Pandas. E como não visitamos a Reserva dos Pandas em ChengDu, e a viagem seria apertadíssima de atrações para visitar, achamos melhor na primeira oportunidade já visitar estas fofuras e não perder a chance. Assim, no dia que visitamos a Grande Muralha da China, já voltamos direto para o Zoológico de Beijing.

O Beijing Zoo foi o primeiro do tipo a ser aberto na China, e possui atualmente uma grande quantidade de animais, sendo cerca de 450 espécies e de aproximadamente 5.000 animais. Mas os Pandas acaba sendo um dos maiores motivos das visitas tanto dos chineses quanto dos turistas. Você identifica que está indo para o pavilhão dos Pandas, quando vê um aglomerado sem fim de pessoas 🙂 Mas também existem outros animais como o macaco dourado, tigres, ursos polares, zebras, girafas, etc…

img_7580
Só no broto de bambu!

Nunca vi uma criatura mais fofa que os pandas! Mas também nunca vi tanta gente aglomerada em um único lugar! Foi super difícil conseguir um espaço para tirar uma foto. E o pior é que quando eu consegui me infiltrar na multidão, queria ficar ali parada só olhando e pegando todos as poses e fofuras possíveis! Mas quando tive que ir embora do pavilhão dos pandas, tudo perdeu a graça no zoológico. Será por quê? 😉

Informações para visitar o Zoológico de Beijing:

  • Como chegar: metrô linha 4, desça na estação Dongwuyuan, saída B.
  • Horário: de 01 de Abril a 31 de Outubro – 07:30h às 18:00h – 15 CNY
  • De 01 de novembro a 31 de Março: 07:30h às 17:00h – 10 CNY

6 – Hutong

É a melhor forma conhecer a história, a cultura e ver de perto como é a vida dos nativos em Beijing! Apesar da China ter crescido muito nos últimos anos, com muitas construções que, inclusive, parecem ter mudado tudo, ainda é possível encontrar algumas dessas vilas antigas ao longo da cidade. Elas tiveram origem na Dinastia Yuan (1271-1368), e seu nome, em Mongol, significa Poço de água. Naquela época, os mongóis davam muita importância à água, por isso, todas as comunidades eram construídas no entorno destes poços para houvesse o abastecimento da população. No começo da Dinastia Yuan, era em torno de 29 Hutongs. No decorrer dos anos, este número chegou a 3.250, e hoje, existem em torno de 1.000.

img_7614
Mao’her Hutong

Descendo na estação de Metrô Chichahai, viramos à esquerda e logo nas primeiras ruas já começa a Mao’her Hutong. Contam que algumas celebridades chinesas já moraram lá, como a Wan Rong, a última imperatriz, e o Hong Chengchou, um general da Dinastia Ming.

img_7604
Mao’her Hutong

Apesar de parecer um lugar meio estranho, não tivemos qualquer receio de caminhar pelas ruelas da vila antiga. Vimos muitas pessoas caminhando tranquilamente, além do fato de que as Hutongs estão sendo um lugar bastante procurado para restaurantes, cervejarias, etc. Inclusive degustamos uma das melhores cervejas da viagem nesta Hutong: Great Leap Brewing (6, Doujiao Hutong).

Em frente a Mao’her Hutong, ou melhor, do outro lado da rua da estação Chichahai, você verá um destes portais chineses que praticamente te convida a entrar por aquela rua. A Skewed Tobacco Pouch Street é considerada a Hutong mais antiga de Beijing. E apesar disso, achamos a mais bem cuidada e organizada! Tudo muito limpo, cheio de lojinhas, restaurantes e turistas para todo lado! Mas parece uma Hutong mais cinematográfica, sabe? Vale a pena conhecer o estilo das outras vilas, como a Mao’her.

Skewed Tobacco Pouch Street (Hutong), Beijing

Continuando pela rua principal desta Hutong, chega-se em frente ao Houhai Lake, que quando visitamos estava completamente congelado! O lugar é lindo e lembra uma pintura:

Houhai Lake, Beijing

Imperdível! Não deixem de conhecer!

7 – Heaven Temple (Templo do Céu)

Imaginem um templo construído em uma área de 2.500.000m²? A área é enorme e é maior que a Cidade Proibida!! O Templo do Céu foi construído para que os imperadores da Dinastia Ming (1368-1644) e Dinastia Qing (1644-1911) realizassem a cerimônia de culto ao céu. Além de ser a maior, é a mais representativa obra-prima existente entre os edifícios de sacrifício da China. Começou a ser construído em 1420, e somente em 1988, foi aberto ao público como um parque.

img_7809
(Hall of Prayer for Good Harvests) Templo do Céu, Beijing

Mas claro que é quase impossível conhecer toda a área do Templo. Por isso, recomenda-se conhecer pelo menos os lugares mais importantes, ou considerados os principais. E diferente do que a gente pensa, que é este Templo da foto acima, o principal é na verdade o “Circular Mound Altar“, pois ele é o Templo do Céu, propriamente dito.

A área do Templo do Céu possui mais de 600.000 árvores, e uma delas é super querida: um Cypress Nine-Dragon, de 500 anos de idade!

  • Como chegar? Pela Linha 5 do Metrô, desça na Estação Dongmen Tiantan, e pela saída A, você chegará ao Portão Leste do Parque (East Gate).
  • Tickets: no inverno, a partir de 10 CNY o ticket mais simples, enquanto nos demais meses, 15 CNY.
  • Funcionamento: varia bastante, mas as principais atrações estão abertas das 08h às 17:30h.

8 – HongQiao Pearl Market (Mercado das Pérolas) 

Em frente ao Templo do Céu, mais precisamente do outro lado da rua, está localizado o Mercado das Pérolas, que é mundialmente conhecido pelas pérolas verdadeiras a um preço de bijuterias. Claro que também tem muita pérola falsa e por isso você deve estar atento. O que os turistas costumam fazer é comprar as pérolas, e colocar o corrente de ouro aqui no Brasil.

Mas ele não é só de pérolas que vive o Mercado das Pérolas! Ele também tem lenços de seda, produtos digitais e eletrônicos, bolsas, roupas, e muitas as outras coisas! Mas infelizmente não tivemos como visitá-lo (só vimos da porta). Como estávamos em pleno Ano Novo Chinês, ele estava fechado e só abriria no dia seguinte, quando deixaríamos Beijing para seguir viagem. 🙁

Mas minha cunhada, a irmã do Fábio, comprou muitos produtos lá, além das pérolas originais e lindas! Lembrando que para tudo de compras na China, pechinche! 😉

  • Como chegar? Linha 5 do Metrô, desça na Estação Tiantan Dongmen, saída A.
  • Funcionamento: diariamente das 09:30h às 19h.
  • Endereço: 9 Tiantan E Road, Dongcheng Qu.

9 – Templo de Confúcio

Tínhamos tempo para conhecer apenas mais um Templo: ou o Templo de Confúcio ou o Lama Temple. E como a fila estava enorme, acabamos optando pelo Templo de Confúcio. E que sorte! Foi um dos que mais gostamos durante toda a viagem da China e dos diversos templos que visitamos. O Templo Lama é também muito recomendado e quem tiver tempo, vale a pena conhecer.

Trata-se do lugar onde as pessoas prestavam homenagem a Confúcio, durante a Dinastia Yuan (1271-1368), da Dinastia Ming (1368-1644) e da Dinastia Qing (1644-1911). Começou a ser construído em 1302, é o segundo maior templo construído para Confúcio, e foi melhorando e aumentando durante as Dinastias Ming e Qing.

img_7897
Em frente ao “Evil Touch Cypress”, com 700 anos, turistas escutam sobre a lenda de que a árvore sabe distinguir as boas e más pessoas
img_7906
Estátua de Confúcio, em Beijing

Exige muito de ti e espera pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos. Confúcio

  • Como chegar? Metrô linha 2, desça na Estação Yonghegong, saída C.
  • Funcionamento: 1 de maio a 31 de outubro – das 08:30h às 18:00h / 1 de novembro a 30 de abril – das 08:30h às 17h.
  • Valor: 30 CNY.

10 – Estado Nacional (Ninho do Pássaro ou Bird’s Nest)

Outro ponto para quem está em Beijing que vale a pena conhecer é Ninho do Pássaro, localizado no Olympic Green, onde aconteceu os Jogos Olímpicos de 2008, e onde será palco dos Jogos Olímpicos de Inverno, em 2022. Depois do término dos jogos de 2008, foi aberto ao público como atração turística, e é o atual centro das atividades internacionais ou nacionais de competições e de recreações.

O “Ninho do Pássaro”, como é chamado, é realmente impressionante e realmente parece o formato de um ninho. Quanto foi projetado, a intenção era de que parecesse um ninho que abraça a humanidade, ou um berço que espera o melhor para o futuro. Sua construção começou em 24 de dezembro de 2003, ficou interrompida por um tempo, devido a uma alteração do projeto, e depois de reiniciadas as obras foi finalizada apenas em março de 2008. Sua construção gerou em torno de 33 milhões de dólares!

img_7747
Bird Nest, o Estádio Nacional, em Beijing

Durante o inverno, o Ninho do Pássaro abriga o “Ice Bird’s Nest”, quando se transforma em uma estação de esqui, onde os turistas podem participar de mais de 30 atividades/atrações do inverno, como patinação no gelo, saltos de esqui, dentre outros.

Como chegar? Metrô linha 8, desça na Estação Sports Center Station, e então é só seguir em um caminhada leve em direção ao estádio.

  • Ticket: 50 CNY, ticket de visita comum, e 80 CNY o VIP. Já no inverno, durante o Ice Bird’s Nest, é a partir de 120 CNY.
  • Funcionamento: abril a outubro, das 09h às 19h / novembro a março, das 09h às 17:30h.

10 – Wangfujing Street 

Foi um dos locais que mais preparamos para visitar durante nossa viagem à China. Em um dos becos da Wangfujing Street abriga os espetinhos mais estranhos já falados no mundo. Pensamos: “ah! Vamos lá na China e não vamos esperar os espetinhos de escorpiões? Pelo menos um para contar como foi a experiência!” 🙁 Não rolou! Foi impossível tanto para mim, quanto para o Fábio, quanto para os nossos amigos Marcelo e Alessandra, e vamos contar o porquê!

Wangfujing Street é uma das principais ruas do comércio em Beijing, com grande variedade de lojas, boutiques, restaurantes, e tudo o mais que imaginar! E foi lá, também, que entramos em um loja de óculos com preços especialíssimos de óculos RayBan (em torno de 100 reais). Até que a vendedora falou que aqueles óculos não eram originais, e se tínhamos interesse de ver os originais, que possuem preços semelhantes aos dos Estados Unidos.

Foi em Wangfujing Street, também, que comemos o famoso “Pato de Pequim”. Mas infelizmente o principal objetivo da visita a esta rua, era para tentar os “benditos” espetinhos de tudo o que os Chineses pensam que pode colocar em uma panela, não conseguimos cumprir!

img_7415
Wangfujing Street, Beijing

Logo que você desembarca na estação de Wangfujing Street, você já avista uma rua cheia de chineses e lojas. E logo no primeiro “beco” ou  “ruela” à esquerda, você encontra a feirinha de Wangfujing, com os espetinhos, além de artesanatos e souvenirs.

Tem espetinho de tudo que você imaginar, e no começo, você já vê alguns escorpiões vivos nos espetinhos, e os chineses te oferecendo, outros comendo com a boca melhor do mundo! Mas o cheiro do lugar não é nem um pouco convidativo. Confesso que em alguns momentos cheguei a fazer vômito. E então, não deu! Não conseguimos experimentar e vir aqui contar para vocês! 🙁

Se você já foi em Beijing e está lendo este post agora, teve coragem de comer um desses espetinhos? E quem ainda não foi, depois volte aqui e conte se teve coragem! Por que nós não tivemos! 🙁

Não conseguimos comer os espetinhos de escorpiões em Wangfujing Street! 🙁
  • Como chegar na Wangfujing Street? Pegue a Linha 1 do Metrô e desça na Wangfujing Station. Ande poucos quarteirões e já avistará o comércio (e o portal da rua, que não tem como confundir).

Onde comer o Pato de Pequim em Beijing?

A gente tinha lido bastante sobre onde comer o famoso “Pato de Pequim”, e já tínhamos uma definição de onde seria. Mas o nosso motorista Michael, para a Grande Muralha, deu uma dica bem bacana que valeu para o restante da nossa viagem à China: coma sempre nos grandes restaurantes e não precisará ter medo da procedência da carne. Já nos pequenos, só Deus sabe de onde vem! Outra dica também é para não ficar olhando a cozinha dos restaurantes, ou tentando ver alguma coisa, senão…

E foi assim que comemos no Quanjude, facilmente identificado por este pato em frente à entrada:

Quanjude, Beijing (Pato de Pequim)

É um restaurante bem turístico, onde há uma rotatividade enorme! Não reservamos mesa, e ao chegarmos lá, avisamos que gostaríamos de uma mesa para dois. Já fomos encaminhados imediatamente (pode ser que tenha fila de espera, mas no dia que visitamos não tinha).

O Quanjude Roast Duck (Qianmen Quanjude) é um tradicional restaurante em Beijing, onde você tem a possibilidade de assistir ao garçom cortar o prato e trazê-lo para sua mesa.

Cozinheiro preparando nosso Pato de Pequim (pedimos meia porção para nós dois e foi mais que suficiente!)

Depois do garçom cortar em nossa frente, outro atendente nos serviu e mostrou brevemente como era comido, por que na verdade, a gente nem pediu e ele gentilmente nos ensinou.

O Pato de Pequim, sim, vale a pena experimentar! A refeição para duas pessoas fica em torno de 120 CNY, e eles aceitam cartões de crédito.

  • Endereço: clique aqui para ver a localização próxima a Wangfujing Street.

11 – Grande Muralha

Contamos sobre nossa visita à Grande Muralha AQUI.

*********

Estas são as nossas dicas sobre a cidade de Beijing (Pequim). Se tiver alguma dica que não colocamos aqui, escreva nos comentários abaixo e vamos deixar o post mais rico em detalhes!

*********

Vejam nossos outros posts sobre a China:

 

 

O que fazer em Shanghai (Xangai), na China

Viajar para a China, envolve preparar um roteiro com bastante detalhe e informação para que nada saia errado, e o viajante não passe nenhum ou o mínimo de perrengue possível. Quanto a Shanghai (ou Xangai, em português), até que não tivemos tanta dificuldade em elaborar o roteiro, já que uma cidade bem turística e uma das mais visitadas por brasileiros. Mas outras cidades da China, como Yanghsuo e Guilin, não encontramos nenhuma informação em português, ou outras cidades, como Xí-an, posts com pouquíssimas informações.

Então, antes de compartilhar nossas dicas do que fazer na cidade, vejam algumas informações básicas.

Informações básicas sobre Shanghai (Xangai):

Shanghai é a maior cidade da República Popular da China e uma das maiores metrópoles do mundo, com mais de 20 milhões de habitantes. A cidade é famosa por seus marcos históricos e por sua reputação como um centro cosmopolita cultural. É o maior centro comercial e financeiro da China Continental e tem sido descrita como exemplo de avanço e progresso da economia chinesa.

Estivemos na cidade em pleno inverno chinês, no mês de fevereiro, mas apesar de frio, a temperatura estava bem tolerável. Entretanto, as melhores épocas para visitar a cidade é durante a primavera e o outono, que são estações bem definidas com temperaturas amenas e a cidade fica bem agradável.

Clima Xangai

A moeda utilizada na cidade, assim como no restante da China (com exceção de Hong Kong e Macau) é o Renminbi (RMB), que significa “moeda do povo”, sendo que sua unidade básica é o Yuan. Então, você verá RMB, CNY, ou os símbolos ¥ ou 元. Mas todos representam a mesma moeda. Levamos Dólar e trocamos pela moeda local ainda no Aeroporto em Pudong quando desembarcamos. E mesmo antes de sair no portão de desembarque, você já pode trocar a moeda. Não vimos muita diferença de uma casa de câmbio para a outra, apenas teve uma pequena diferença o câmbio de uma cidade para a outra.

A língua oficial é o Mandarim, mas em Shanghai também deu para nos virarmos com o inglês.

O Fuso Horário é de + 11 horas com relação ao horário de Brasília (Brasil), sem o horário de verão. Para ver o mapa mundial de Fuso Horário, acesse AQUI.

Quanto à nossa hospedagem, ficamos hospedados em dois hotéis distintos de acordo com o nosso roteiro, já que ficamos na cidade logo que chegamos de viagem, e depois, no final da viagem, antes de retornar ao país. O primeiro foi no Hotel Ibis Shanghai Lianyang, e o segundo no Mandarin Oriental Pudong, Shangaique possui excelente localização e bem próximo a uma estação de Metrô. E apesar de ser um hotel cinco estrelas, na China, este tipo de acomodação é bem mais em conta e acessível que em outros lugares do mundo, além de que, sempre fazem alguma promoção.

Melhor forma de se locomover em Shanghai:

Você não vai precisar de táxi com um dos melhores e mais novos metrôs do mundo! Shanghai foi a terceira cidade a construir um sistema de transporte subterrâneo, a partir do ano de 1993. E em 2007, já tinha ultrapassado o metrô de Hong Kong. É incrível a quantidade de estações e linhas que te levam, desde o aeroporto, a todos os cantos da cidade. Veja o site do Metrô de Shanghai AQUI.

subway-map-shanghai

A linha 2, ou verde, é a que os turistas acabam utilizando com maior frequência, até por quê, passa pelos principais pontos que visitamos na cidade.

Para “burlar” o sistema de bloqueio do Google na China, e consequentemente conseguir acessar as redes sociais, veja AQUI.

Para contratar Seguro e Assistência de Viagem, acesse AQUI.

Para acessar o site oficial de Shanghai AQUI.

O que fazer em Shanghai (Xangai)?

Shanghai possui muitas atrações turísticas e interessantes para visitar. Mas as principais que não podem ficar fora do seu roteiro são basicamente: The Bund, Yu Garden, Pearl Tower, Shanghai World Financial Center, Nanjing Road (famosa rua de compras), People Square, Jade Buddha Temple, Xintiandi e French Concession (que é um excelente pólo gastronômico).

A Torre Pérola Oriental ou Torre Pérola do Oriente é um torre de televisão localizada em Pudong, às margens do Rio Huangpu, ao lado oposto ao The Bund (de onde se tem a melhor vista da cidade). Como nossa viagem seria extensa e teríamos mais gastos, decidimos escolher para subir em apenas uma das duas torres, ou a Pearl Tower ou a Shanghai World Financial Center, que oferecem vistas panorâmicas da cidade. De todos os comentários que lemos, ambos eram unânimes em dizer que a vista do observatório da Shanghai World Financial Center era a mais bonita, até por quê, você tem a vista para a própria Pearl Tower.

Na foto, parece que a Pearl Tower é maior que a Shanghai World Financial Center, mas não. A Pearl Tower possui 468 metros, enquanto a outra possui 492 metros.

IMG_9628
Pearl Tower, Shanghai
IMG_7088
Pearl Tower, Shanghai, vista durante o dia
IMG_3374
Pearl Tower, Shanghai, vista durante a noite

A Pearl Tower impressiona de dia e à noite, quando as luzes dão um toque bem futurista. E sinceramente, todas as vezes que olhávamos para ela, era que realmente acreditávamos que aquela viagem não era um sonho. 🙂

O visitante pode adquirir o mais caro e completo dos tickets, que custa 220 RMB, subir nas três esferas além de visitar o Museu Histórico Municipal. E, ainda, quem desejar, pode ter um almoço (em torno de 298 RMB o buffet) ou um jantar (em torno de 328 RMB o Buffet) no restaurante localizado na segunda esfera da Torre. O único ponto que arrependemos por não ter subido na Pearl Tower é o fato dela ter um piso de vidro, que até mesmo para o mais corajoso dos visitantes, sempre dá aquele friozinho na barriga.

Finalizada em 2008, é o segundo maior prédio da China Continental, e possui escritórios, hotel, observatório e lojas em seu primeiro andar. Aliás! Que primeiro andar!!!! Quando começamos a pesquisar sobre a China, os pontos mais negativos que ouvimos foram sobre os banheiros. E para nossa surpresa, no primeiro dia na China, mais especificamente em Shanghai, ficamos impressionados com os banheiros no primeiro andar deste edifício. Pense em algo muito tecnológico, no qual você pode, além de higienizar o vaso sanitário, escolher o tipo de jato da ducha, temperatura da água, tudo através de um controle digital.

IMG_7092
Pudong, Shanghai

O prédio da Shanghai World Financial Center é o da esquerda da foto, que parece um abridor de garrafas. Seu observatório fica na parte superior da abertura. E apesar da vista não nos decepcionar em nada, o piso do observatório deixa um pouco a desejar (isso se comparado a um dos pisos da Pearl Tower, que é todo de vidro). Pois apesar de uma pequena parte ser de vidro, ele fica em cima do teto daquela parte inferior da abertura. Então, por mais que você tente, ou queira, não dá aquele medinho que já tivemos em outros pisos como da CN Tower, em Toronto, ou o Skydeck, em Chicago.

O deck de observação da Shanghai World Financial Center fica a 474 metros acima do solo, no centésimo andar, e oferece uma vista incrível para a cidade de Shanghai. E tivemos muita sorte com a visibilidade no dia da nossa visita, por que como era Ano Novo Chinês, as Fábricas começavam a paralisar suas atividades para as festividades da data. Então, até que a vista do deck de Observatório da Shanghai World Financial Center estava excelente para o conceito China!

IMG_7112
Vista da Shanghai World Financial Center para a Pear Tower
IMG_0576
Selfie diretamente da Shanghai World Financial Center

O ticket mais completo para visitação do F94, F97 e F100 (F = Floor) custou 180 RMB (em fevereiro de 2016).

Pudong, até 1990, era uma área de cultivo no meio rural, quando o governo Chinês decidiu implementar zonas onde o investimento direto com o estrangeiro é incentivado. E assim, tornou-se o centro comercial e financeiro de Shanghai. Na foto abaixo, dá para ver o empenho e o que os chineses são capazes de fazer em curto espaço de tempo:

desenvolvimento-shanghai-1972-x-2010
Fonte: clique AQUI.

E se você visitar a Shanghai World Financial Center, um dos principais prédios de Pudong, você pode tomar um café na Starbucks do térreo (se já estiver com saudade do mundo capitalista), ou passear pelos shoppings próximos, que são incríveis, inclusive tem uma belíssima Apple Store.

IMG_0591
Interior de um dos shoppings em Pudong, ao lado Apple Store

E, ainda, uma loja da Disney, recém inaugurada na cidade, em homenagem a Shanghai Disney.

Na verdade, não achamos nada barato por ali. Isso por que viajamos em fevereiro de 2016, quando nossa moeda estava bem desvalorizada, o que não deixou nenhum preço atrativo. E, também, definitivamente não é ali em Pudong que estão aquelas mercadorias com a etiqueta “Made in China” e que valem a pena pelos seus baixos preços.

IMG_9658
Um contraste do novo com o velho bem atrás da Pearl Tower, em Pudong
  • The Bund (Metrô linha 2 ou 10, descer em East Nanjing Road):

É o lugar de onde se tem a vista do cartão postal da cidade de Shanghai! Trata-se de um “point” à beira rio, sempre cheio de turistas e dos próprios locais. O mais interessante é caminhar na beira do rio observando aqueles dois mundos: um deles, moderno, cheio de arranha-céus na região que comentamos no item anterior; e do outro, com histórias por volta do ano de 1800, mais de cinquenta construções góticas, neoclássicas, barrocas e art deco que foram, na grande maioria, restauradas.

O Travel China Guide, que nos ajudou muito nesta viagem, compartilhou um mapa muito informativo sobre os prédios do The Bund:

bund

Vale a visita tanto à noite, quanto durante o dia.

IMG_7187
Shanghai vista do The Bund
IMG_7203
Shanghai vista do The Bund

A maioria dos prédios possui uma placa com identificação e uma pequena descrição da sua história.

IMG_3496
Arquitetura do The Bund, em Shanghai. Isso é China?

Para conhecer o The Bund, desça na estação East Nanjing Road. Inclusive, você pode aproveitar, ainda, para andar por esta famosa rua da cidade, que comentaremos melhor mais abaixo.

  • The Bund Sightseeing Tunel (Metrô linha 2, desça na Estação Luijiazui):

Trata-se de um túnel com 646,7 metros de cumprimento, que liga a área do The Bund ao Lujiazui Pudong District. O túnel possui efeitos multimídia, com até 360 graus de visão, além de sons com efeitos especiais, e custa 50 RMB. Depois de ler alguns comentários de que não valia muito a pena, acabamos desistindo!

  • Passeio de Barco pelo Rio Huangpu:

Atrás da Pearl Tower, no sentido oposto ao The Bund, é de onde partem os barcos para cruzeiros curtos e mais longos. Fizemos um passeio de barco mais curto que possibilitou a vista para o Skyline de Shanghai, Pudong e do The Bund. Apesar de ser bem turístico, é bem básico e não precisa esperar tanto. Faça-o apenas se estiver com mais tempo. Valor: 100 RMB por pessoa. Veja mais sobre este passeio de barco AQUI.

IMG_7171
Saída para o passeio de Barco pelo Rio Huangpu
  • French Concession (Metrô linhas 1, 9 e 11, desça na estação Xujiahui):

É uma área em Shanghai (do mesmo lado do The Bund), como se fosse um bairro, com uma grande concentração de restaurantes, cafeterias, bares, galerias de arte, boutiques e lojas de antiguidades. O French Concession foi obra das famílias ricas europeias que, desde o século 19 até pouco antes da Segunda Guerra Mundial, tinham como objetivo construir uma espécie de óasis em pleno coração de Shanghai. Atualmente, French Concession tornou-se um local muito procurado por estrangeiros que vivem em Shanghai, além do destaque turístico e gastronômico na cidade.

É um bairro delicioso para realizar uma caminhada, e, aproveitando também, dá para realizar um tour gastronômico, incluindo deliciosos e aconchegantes lugares de vinhos e cervejas especiais. Tente concentrar e explorar as seguintes ruas: Wukang Lu, Fuxing Lu, Tai’an Lu, Dongping Lu, Julu Lu, Taojiang Lu, Wulumuqi Lu, Yongfu Lu, Xinle Lu e Changle Lu.

IMG_9882
Pelas ruas de French Concession, em Shanghai

E é nesta região que estão duas ruas bem turísticas e procuradas na cidade: Tianzifang e Xintiandi (bem turística mesmo!). E por mais que a gente tenha tentado, acabamos não localizando nenhuma das duas. O Google Maps não funciona na China, e o aplicativo com o mapa offline da cidade, apesar de ajudar muito e ser imprescindível, nem sempre era tão preciso. A rua Tianzifang é a que possui decoração sazonal, e que recentemente teve muita foto com decoração de sombrinhas coloridas e penduradas circulando na internet e que acabou influenciando outros lugares com a mesma decoração.

No final deste post, tem indicação dos lugares que estivemos na French Concession (gostamos tanto deste lugar, que passamos mais da metade do dia caminhando pelas ruas, observando, parando em vários estabelecimentos de cervejas especiais, vinhos e gastronomia). 🙂

  • Yuyuan Garden (ou Yu Garden) – (Endereço: 218 Anren St, Huangpu, Shanghai – Metrô linha 10, desça na Yu Garden)

Quase não conseguimos visitar o Yu Garden, pois absurdamente perdemos nosso voo de ida para a China, por culpa exclusiva de uma companhia aérea doméstica. Então, conseguimos embarcar para a China somente no dia seguinte ao planejado. Com isso, perdemos um dia do nosso roteiro na cidade de Shanghai. Pode parecer pouco, mas para a gente que faz roteiro quase “cronometrado”, isso foi um verdadeiro caos e super corrido! Apertamos o tempo de quase todas as atrações, e mesmo assim conseguimos visitar este jardim tão incrível na parte da manhã do dia que voltaríamos ao Brasil. Ou seja, chegamos do Yuyuan Garden às 12:00h no Hotel, e às 12:10h já estávamos no lobby para fazer check out e ir para o Aeroporto. Foi cansativo, mas valeu muito a pena!

O Yuyuan Garden foi um jardim privado da família Pan na Dinastia Ming, finalizado em 1577. Yu, em chinês, significa agradável e gratificante, e assim, foi o maior e mais prestigiado jardim da sua era em Shanghai, logo depois de ter sido concluído. Já visitamos outros jardins chineses pelo mundo e inúmeros outros durante esta viagem de quase um mês pela China, mas nada se comparou ao que este oferece e proporciona: uma verdadeira paz, harmonia e tranquilidade!

Apesar de descermos na estação Yu Garden, ainda caminhamos por algumas quadras até sua entrada. E no caminho, nos deparamos com este lindo Pórtico, ainda, ornamentado para o Ano Novo Chinês.

IMG_9919
Já chegando no Yu Garden, em Shanghai

Mais do que Nanjing Road, o entorno ao Yu Garden (Yuyuan Tourist Mart) é cheio de lojinhas e excelente local para comprar artigos típicos da cultura chinesa, souvenirs, incensos, leques, sedas e muitas outras coisas!

Quando chegamos nas ruas do Yuyuan Tourist Mart (esta parte cheia de lojinhas), ficamos meio perdidos sem saber a direção. Mas logo vimos placas informando a qual sentido deveríamos seguir para o Yu Garden. Enquanto isso, você passa por várias lojas do entorno ao jardim.

IMG_9993
Quase na entrada do Yu Garden

Mas não demorou muito para encontramos a entrada para o Yu Garden. Pagamos 30 RMB (varia entre 30 e 40 RMB, no verão é mais caro), e entramos por quase uma “passagem mágica” que nos conduziu a um lugar de paz, tranquilidade e calmaria insofismável.

Com o declínio da Dinastia Ming, o Yu Garden sofreu muita degradação. Depois, em 1760, alguns comerciantes ricos adquiriram o local, quando passou por várias restaurações ao longo de muitos anos. Mas, infelizmente, durante a Guerra do Ópio, no século XIX, o jardim foi muito destruído e prejudicado. Então, somente em 1956 passou por uma restauração que durou quase 5 anos, chegando ao que vimos hoje.

O Yu Garden possui 2 hectares com pavilhões, salas, jardins ornamentais, lagoas e claustros, que é um tipo de galeria fechada. É tudo harmônico, singelo e fechou nossa viagem com chave de ouro! Um dos lugares mais procurados e um verdadeiro tesouro do Jardim é uma Pedra Jade, com cerca de 3,3 metros de altura e seus 72 buracos, a “Exquisite Jade Rock“, em frente ao Yuhua Hall.

No pavilhão menor, vá até o Viewing Frolicking Fish e observe os cardumes de carpa Koi (você vai saber que chegou no local, quando observar vários turistas e chineses tirando selfies e outras fotos no local. Não tem erro!).

 

O Yuyuan Garden é lindo e, realmente, um dos lugares que merece sua visita em Shanghai. Não deixem de ir!

Para maiores informações sobre o Yu Garden acesse AQUI.

  • Jing’an Temple (End. 1686 Nanjing W Rd, Jing’an, Shanghai – Metrô linha 2, desça na Jing’an Temple)

É um dos mais famosos templos de Shanghai, com mais de 780 anos de história! Seu nome significa “Templo de Paz e Tranquilidade”, e é um verdadeiro contraste em meio às ruas movimentadas de Shanghai. Infelizmente, um incêndio, em 1972, deixou o templo fechado até 1990, quando foi reaberto ao público, depois de devidamente restaurado. É conhecido, também, por possui a maior estátua de jade pura do Buddha Sakyamuni na China, com 4 metros de altura e pesando quase 9 toneladas. Aproveite também para visitar outra relíquia do Templo, o sino de bronze da dinastia Ming (1368-1644).

IMG_9661

IMG_9669

Na estação de metrô Jing’an Temple, tem um complexo com supermercado, lojinhas, cafeterias, sorveterias, que a gente adorou!!!! O local é uma oportunidade singular para você ver e comprar, se quiser, garrafas de água de todos os cantos do mundo que se possa imaginar! Ficamos impressionados! (Em frente à estação, do outro lado da rua, tem uma Dunkin Donuts)

img_3355

  • Nanjing Road (Metrô: linha 2, desça na East Nanjing Road)

É a rua comercial mais famosa da cidade, com história com mais de 100 anos! Nela você encontra desde lojas de souvenirs, a lojas de grife de luxo, restaurantes renomados e fast foods. Nanjing Road começa no The Bund (Leste) e termina na junção de Jiang’an Temple com Yan’an West Street (no Oeste). Depois da Guerra do Ópio, que durou de 1839 a 1842, tornou-se a primeira rua comercial da cidade, que tinha como objetivo realizar grande quantidade de importação de mercadorias estrangeiras.

A parte mais turística é a partir da estação de metro East Nanjing Road até o The Bund. À noite, East Nanjing Road proporciona um passeio delicioso em meio a muitos letreiros de néon. Uma parte da rua é calçada, onde não é permitido o trânsito de veículos. Aproveite para caminhar até o The Bund.

IMG_0650
Nanjing Road
IMG_0654
Nanjing Road
IMG_0659
Os surpreendentes Shoppings da Nanjing Road
IMG_0674
Quase chegando no The Bund

Recém inaugurada na cidade (16/06/2016), é um projeto de duas décadas sendo que demorou 7 anos para sua construção. Como informado pelo próprio parque, a área do complexo é pelo menos três vezes maior que a Hong Kong Disneyland Resort, sendo que o Castelo é o maior e mais inventivo feito pela companhia. Infelizmente, quando fomos, ainda não tinha sido inaugurado, e pudemos conhecer somente a Disney em HK. (Ingresso padrão: 370 RMB)

Para terem ideia da extensão do Parque:

disneyland-park

  • Shanghai Zoo (End. 2381 Hongqiao Rd, Changning, Shanghai – Metro linha 10, desça na Estação Shanghai Zoo):

Próximo ao Aeroporto Internacional de Hongqio, exibe mais de 6000 animais, sendo 600 deles animais raros. É uma boa oportunidade, também, para aqueles que tenham interesse em ver as fofuras dos Pandas. Pegue a linha 10 do Metrô, e desça na estação Zoológico de Shanghai. Ingressos: 40 RMB.

  • Jade Buddha Temple (End. 170 Anyuan Rd, Jing’an, Shanghai – Metrô linha 7, desça na Estação Changshou Road Station):

Em 1882, um antigo Templo foi construído para abrigar duas estátuas de Buda de Jade, que tinham sido levadas por um Monge. Infelizmente, durante a revolução que derrubou a Dinastia Qing, o Templo foi destruído, mas por sorte, as estátuas foram salvas. Assim, em 1928, um novo templo foi construído no local e chamado de Jade Buddha Temple. (Entrada 20 RMB + 10 RMB para ver as estátuas).

Curiosidade: durante sua viagem à China, muito se ouvirá da Pedra Jade. Mas por quê esta pedra é tão importante para a cultura chinesa? Arqueólogos encontraram muitos objetos antigos feitos de Jade, que remetem ao período inicial Neolítico. Ou seja, sua história está intimamente ligada ao início da história da China. Segundo Confúcio:

“Os sábios têm associado ao jade a virtude. Para eles, seu brilho e lustro representam a integridade da pureza; sua perfeita firmeza e extrema dureza representam a certeza da inteligência; seus ângulos, que não cortam, apesar de aparentarem afiados, representam a justiça; o som puro e prolongado, que ressoa quando algo o atinge, representa a música. Sua cor representa a lealdade; suas falhas internas, que sempre se mostram através da transparência, chamam a atenção para a sinceridade; seu brilho iridescente representa o céu; sua substância admirável, formada pela montanha e pela água, representa a terra. Usado sozinho sem ornamentos [o jade] representa a castidade. O preço que o mundo inteiro lhe atribui representa a verdade. Para embasar essas comparações, o Livro dos Versos diz: ‘Quando eu penso em um homem sábio, seus méritos parecem ser como o jade’”.

  • People Square (Metrô linha 1, 2 e 8, desça na estação People Square):

Inaugurada em 1862, a People Square, ou Praça do Povo, ou ainda Praça Renmin, é uma imensa praça central localizada na cidade, no mesmo lado do The Bund. A área é famosa por abrigar o Museu de Shanghai (foi projetoado para se assemelhar a uma panela chinesa, e abriga uma coleção impressionante de arte chinesa antiga, incluindo artigos de bronze, jade, caligrafia, pergaminhos, pinturas, moedas e cerâmica), o Shanghai Chengshì Guihua Zhanshi Guan (que é o Centro de Exposições de Urbanismo de Shanghai) e o Grande Teatro de Shanghai, além de outras atrações.

Esta praça é ideal para você observar os costumes locais chineses.

IMG_3691
People Square, Shanghai
IMG_3689
People Square, Shanghai

Onde comer em Shanghai:

Como falamos anteriormente, estivemos em Shanghai no começo da viagem, por um dia, e depois voltamos para finalizar nossa viagem lá, onde ficamos mais 4 dias. E infelizmente, como a gente já tinha rodado muito na China, por quase um mês, já estávamos bem cansados da comida chinesa. Então, Shanghai foi a cidade que menos comemos sua comida típica. Para ser mais exato, comemos um dia em um shopping da Nanjing Road, e detestamos a comida! Por isso nem vamos recomendar!

  • Latina Grill (mas vá ao endereço da Tongren Lane, 88): churrasco, feijoada, arroz, farofa, Guaraná Antárctica, pudim de leite condensado, pão-de-queijo… e muitas outras coisas para você lembrar do Brasil. Fomos convidados por uma amiga do Fábio, a Gláucia, que mora na cidade há bastante tempo. Como eu queria encontrar minha amiga Christine, do Blog China na Minha Vida, aproveitei e a convidei para o mesmo almoço. E por coincidência, a Gláucia e a Christine são amigas e não sabiam que éramos amigos em comum: foi uma doce surpresa! Se for na Latina da rua Tongren Lane procure pelo Beto, o brasileiro que gerencia o local! 🙂
IMG_9650
Latina Grill, Shanghai
  • Paulaner Brauhaus Shanghai (End.: 150 Fenyang Road, Xuhui District): aqui nos sentimos em casa!!! É como as demais Paulaner’s, com petiscos e bebidas alemãs. Tem outras Paulaner’s em Shanghai, mas optamos por esta pelo fato de que era possível ir caminhando dos pontos que estávamos na French Concession.
IMG_9915
Petiscos alemães na Paulaner Shanghai
  • Boxing Cat Brewery: é uma das primeiras microcervejarias localizadas na cidade (2008) fundada por três amigos. Atualmente, com três endereços em Shanghai, é possível degustar excelentes tipos de cerveja produzidas pela marca, sem contar que o ambiente é bem “americanizado”. Lá, experimentamos a “sweet potatoes”, que há bastante tempo eu era louca para experimentar: trata-se de uma batata frita doce, que é um delicioso petisco para acompanhar uma breja!
IMG_0645
Sweet Potatoes, delicioso petisco do Boxing Cat
  • Daga Brew Pub (100 Fuxing Xi Lu): outro lugar que adoramos na French Concession! Quando estávamos caminhando pela Fuxing Road, nos deparamos com este lugar e ficamos curiosos para conhecer. É um lugar especializado em cerveja artesanal chinesa das cidades como Chengdu, Nanjing, e Beijing. Até então, não tínhamos nos deparado com 42 torneiras de cervejas, sendo que umas 8 delas são de rótulos chineses. É um dos melhores lugares na cidade para degustar cervejas chinesas! E a casa também oferece um menu de comidas, incluindo até sanduíches! Tivemos oportunidade de conhecer o dono neste dia, que apesar de falar o inglês bem báisco, foi bem simpático conosco! 🙂 
IMG_3602
42 torneiras na Daga Brewpub, em Shanghai
DCIM110GOPROGOPR0453.
Os friends felizes na Daga Brewpub. em Shanghai
  • Shanghai Brewery (End. 15 Dongping Rd, Xuhui, Shanghai): este lugar não parece nenhum pouco China!!!! Apesar de se chamar “Cervejaria de Shanghai”, é o ponto de encontro dos estrangeiros no país! Para terem ideia, conhecemos um brasileiro que vive em Chicago, e vai regularmente à Shanghai pelo seu trabalho. Como era de se esperar, você verá pouquíssimos rostos com traços orientais. As comidinhas vão desde quesadillas, até o tradicional e carro forte da casa “fish and chips”.

Passeios para fazer a partir de Shanghai:

Existem alguns passeios que vale a pena serem feitos a partir de Shanghai: um deles, que nós estivemos e contamos tudo AQUI, é a cidade de Suzhou, conhecida como a Veneza do Oriente. Dá para ir e voltar no mesmo dia! Outro deles, é a cidade de Qibao Ancient Town, localizada a 18 quilômetros de Shanghai.

********

Estas são as dicas que temos da cidade de Shanghai! Esperamos que sejam úteis!

Translate »