Fechando com chave de ouro: as belezas do Vale Sagrado

Tem muito tempo que estou planejando fazer este post sobre o Vale Sagrado, no Peru. Pensei que dicas eu poderia dar, que experiências eu poderia compartilhar. Mas falar de lá é impossível. E as minhas únicas dicas são: vivam o momento; degustem o lugar; e agradaçam a Deus pela oportunidade de conhecer um lugar tão especial.

Dicas gerais: vá com roupa leve, que facilite a caminhada; leve sua “farmacinha”, para evitar mal estar; leve uma mochila leve com documentos, dinheiro para as lembrancinhas e artigos típicos da região (a maioria dos lugares não tem máquina de cartão de crédito); leve capa de chuva; um agasalho (os lugares são muito altos, então, as temperaturas são baixas); protetor solar, óculos de sol, e predendor para o cabelo; e façam o passeio com o guia turístico (pois como já disse, o “barato da coisa” é saber sua história.
O passeio começou bem cedo, saindo da Plaza de Armas. E o primeiro local que visitamos, foi uma linda Escuela de Ceramica Ccorao:
Eu fiquei observando esta paisagem por uns cinco minutos, imóvel e anestesiada. 

Não pude deixar de tirar uma foto com as carismáticas mulheres da região… e sempre com suas roupas típicas, acompanhadas de suas Ilhamas:

Ainda na Escola de Cerâmica tem uma feirinha de artesanatos:

Andando na feira, para conhecer os produtos e artesanatos, me encantei por este pequeno peruano. Observem o rostinho dele queimado de frio e sol… tirei a foto e ouvi: “la propina!”
Continuamos nosso passeio, e a cada lugar que chegávamos, fica mais deslumbrada com aquela paisagem divina. Eles chamam de Vale Sagrado, por ser uma região abundante de água, e água é sinônimo de vida.
Passamos por Pisac, onde tem a conhecida feira de artesanatos, legumes, verduras e frutas.
Encantei-me com estas pequenas:
São fofas, não é mesmo???? Olhem a roupinha… é uma graça!!!!!
Continuamos o passeio, e não conseguia fazer mais nada, a não ser admirar:
Passamos pelo Centro Arqueológico de Pisac, em um passeio que demorou cerca de 45 min / 1 hora (e altitude é cruel)

Não cansei de agradecer a Deus pela oportunidade de conhecer um lugar tão energizado e belo.

Eu não sabia se queria continuar o passeio, ou parar para admirar o que via.
Depois do almoço, no povoado de Urubamba, fomos para Ollantaytambo, e na hora que vi os degraus, pensei em desistir e apreciar a paisagem lá de baixo…

Mas o lugar era tão indescritível, que não tive coragem de perder a oportunidade, e me arrisquei em iniciar a subida. E logo (devagar) já estava numa paisagem deslumbrante (So não vale olhar para o lado!!!! Rssss)
Admirem esta visão de Ollantaytambo:
Em tudo podemos encontrar a perfeição simétrica dos Incas:
E quanto mais subíamos, mas era lindo era o que víamos.
Vejam os degraus imensos!
E paisagens estonteantes (a abaixo parece uma pintura):
Olha que gracinha!!!!!! A pequenina, no chão, já está acostumada a sorrir para as máquinas:
Saimos de Ollantaytambo, e seguimos para Chinchero, o último passeio.
Tivemos o privilégio de ver como é feito a lã/linha, desde sua extração até a pintura.
Fomos conhecer o restante do povoado, e não acreditava no que víamos:
Na minha opinião, Chinchero é o melhor lugar para comprar cachecol, ponchos, tocas, luvas e artesanatos. O preço é absurdamente barato.
– O passeio dura o dia inteiro (De 08h30 às 18h30)
– Nível de Dificuldade: baixo;
– Guia bilíngue (Inglês e Espanhol);
– Traslado incluso;
– Buffet, no povoado de Urubamba, incluso.
Espero que tenham gostado dos lugares que visitamos. E na oportunidade, gostaria de agradecer ao meu amor, companheiro e amigo, Fábio, que me proporciona visualizar estas lindas paisagens, as quais, nem foto, nem filmagem, conseguirão guardar o que vivemos. Ficarão para sempre guardadas em minhas lembranças.

Preparando a viagem ao Peru


Nossa viagem ao Peru foi bastante inesperada.

Em outubro, já nos preparávamos para a viagem de janeiro, mas ainda não sabíamos para onde ir, até que foi divulgado através do blog Melhores Destinos uma promoção imperdível da Lan, onde ida e volta para Lima, partindo de Brasília, saíria por apenas R$ 785,00 (setecentos e oitenta e cinco reais) para duas pessoas.
Assim, sem pensar, o Fábio comprou as passagens, nas quais já estavam inclusas todas as taxas e impostos, e começamos o preparo de roteiro, dicas, informações gerais sobre o Peru, as quais transmito para vocês.
Antes de começar minhas informações, gostaria de compartilhar com vocês, que achei bastante difícil obter informações sobre esta viagem. Não encontrei dicas consistentes e seguras, e as poucas que encontrei, não tinham tantas informações como necessitávamos.
Então, vou tentar esclarecer o máximo de informações para vocês.
Visto:
Para ingressar no Peru, como turista, não é necessário a concessão de visto até o período de três meses, e basta seu documento de identidade, desde que esteja recente.
Mas como já falei antes, eu, particularmente, gosto de viajar com Passaporte, pois ele é seu documento internacional de identificação.
Moeda:
A moeda no Peru é a Nuevo Sol (Soles), que a cotação, no mês de janeiro de 2011, era de R$ 0,60. Também pode ser utilizado o dólar, mas optamos por usar a moeda nacional.
Procuramos para comprar em uma casa de câmbio aqui em Belo Horizonte, e descobri que não é tão comercial. Os turistas preferem comprar dólar, e trocar para soles quando chegam no Peru.
Uma boa dica é sacar do cartão de crédito logo quando desembarcar no Aeroporto Internacional em Lima, já que fazendo as contas da conversão e taxas, fica muito mais vantajoso que adquirir a moeda em casas de câmbio lá.
Na maioria dos lugares, tem um caixa para saques com cartões de créditos internacionais.
Cartões de Créditos:
A maioria dos lugares aceita cartões de crédito, acredito que quase todos. E os preferidos são American Express, Visa, Mastercard e Dinners.
É claro que você não terá tanta facilidade em comprar os artesanatos incas e indígenas nas feiras expostas, pois a maioria aceita apenas dinheiro, já que se tratam de nativos e artesãos.

Fuso Horário:

Peru tem duas horas a menos que o Brasil. Entretanto, não se pode esquecer de que no verão, este fuso horário aumenta para -3.

Meio de Transporte:

Em Lima, o grande meio de transporte é o táxi, que é bastante barato comparando com o Brasil. Entretanto, nenhum deles possui taxímetro, motivo pelo qual, antes de entrar no táxi, você deve negociar o valor da corrida.

Geralmente, eles fornecem o preço bem mais alto do que o justo, e então, você tenta negociar até chegar no que se considera o justo.

Outro detalhe importante também, é que os táxis cadastros na prefeitura municipal são mais caros (pouco mais), devido aos custos com as exigências. Logo, os não cadastrados/licenciados costumam ser mais baratos, mas também não podem entrar no aeroporto e lhe deixar próximo da área de embarque.

A corrida mais cara que acertamos foi do Aeroporto para o Hotel, em Lima, que ficou em 45soles, aproximadamente R$ 27,00. Na verdade, não tivemos muita vontade e disposição para negociar um valor no dia, porque logo que chegamos, o Fábio teve o contra-tempo de perder um de seus cartões de créditos, e então, sofremos um pequeno transtorno até cancelá-lo e estar apto para ir para o Hotel.

Lá, também, tem o meio de transporte público, que não achei tão confortável (aos olhos, pois não chegamos a usufruir).

O trânsito peruano é bem ostensivo e intenso quase em todos os horários do dia. E os motoristas são bastante imprudentes, sem tolerância, e amam buzinar!

Hospedagem em Lima:

Pelo padrão dos hotéis da rede Accor, preferimos ficar no Novotel, que possui excelente infra-estrutura e café da manhã com bastante variedades, dentre outras vantagens.

Em Lima, ele fica localizando no bairro San Isidro, que é um lugar bem nobre da região.
Passeios em Lima:

O único passeio através de guia turístico que fizemos em Lima foi o City Tour, que nos levou em um ônibus fretado, com guia bilingue, nos seguintes pontos turísticos:

– Huaca Pucllana;
– Centro Histórico de Lima;
– Plaza Mayor;
– Convento de San Francisco.

O valor do City Tour foi de US$ 30 (dolares), e foi indicado pelo Hotel.

Quem busca Lima, também não pode deixar de passar pelos seguintes pontos:

– Parque Del Amor;
– Miraflores;
– Mercado Inca;
– Parque Del Águas (Circuito Mágico De Águas) – 4soles;
– Larcomar;
– Barranco (Bairro Boemio)

Trecho Lima/Cusco/Lima:

Pelas pesquisas que realizei, descobri que tem ônibus que te leva de Lima a Cusco, numa viagem de aproximadamente 15 horas.

Bom, como ficamos pouco tempo no Peru, não teríamos tempo para perder 15 horas indo pelo transporte terrestre. Então, compramos a passagem pela Taca, que era companhia área que forneceu voos com os melhores preços e condições. (O trecho Lima/Cusco/Lima, para duas pessoas, inclusas taxas, ficou em US$ 200,70 (dólares).

Hospedagem em Cusco:

Também optamos pela rede Accor, e ficamos hospedados no Novotel, que fica localizado na área central, bem próximo da Plaza de Armas.

Todas as hospedagens, fizemos a reserva via web, sem intervenção de agente de turismo.

Passeios em Cusco:

Não reservamos passeios aqui do Brasil, optamos por chegar lá, escolher o que fosse mais condizente com nossa permanência em Cusco.

E assim, logo que chegamos, o taxista que nos levou ao Hotel, indicou a Operadora de Turismo, Angela, da Tari Tours, emails: any892@hotmail,com, Telefones: 984 371369/ 974 931159 / 984 911022, que gostei muito e posso indicar.

Eles ofereceram os seguintes passeios:

– City Tour Cusco, que inclui visitas em 4 sítios arqueológicos: Templo Del Sol (Qoricancha) no Convento de Santo Domingo (10 soles), Sacsayhuaman (a 2 km da cidade de Cusco), Tambomachay, Q’Enco (a 3km da cidade de Cusco, templo dedicado a Pacha Mama), o sítio Pucapucara (a 6km da cidade de Cusco).

Este passeio inicou às 13:30, e retornamos por volta das 18:00h ao hotel.

– Valle Sagrado, que inclui visitas a Escuela de Ceramica Ccorao, a feira de artesanatos de Pisac, ao Sítio arqueológico em Pisac (situado a 32km de Cusco), Buffet em restaurante de comida típica em Urubamba (a 76km de Cusco), Ollantaytambo (94km de Cusco) e à Feira de Artesanatos de Chinchero.

Este passeio iniciou às 09:00, e finalizou às 18:30, quando retornamos ao hotel.

Compramos estes passeios, além da entrada no Machu Picchu e guia turístico.

Boleto Turístico Del Cusco:

Há um bilhete global para visitas aos principais pontos turísticos de Cusco, que sai por 130Soles para cada pessoa, ressalvados descontos para estudantes.

Com este bilhete, você tem direito a visitar os seguintes pontos:

– Moray;
– Ollantaytambo;
– Pisac;
– Chinchero;
– Tambomachay;
– W’Engo;
– Sacsayhuaman;
– Tipón;
– Pikillacta;
– Museo de Sitio del Qoricancha;
– Museo Munipal de Arte Contemporaneo;
– Museo Histórico Regional;
– Museo de Arte Popular;
– Monumento de Pachacuteq;
– Centro Qosqo de Arte Nativo.

Ida a Machu Picchu:

Para ir a Machu Picchu, compramos os tickets de trem pelo site da Peru Rail, e para ida, optamos pelo trem Vistadome, que possui teto com janelas amplas de vidro, que possibilta que visualize melhor as montanhas. Para a volta, compramos o Expedition, devido a disponibilidade de horários.

Compartilhando vivências: amamos a viagem pelo trem Vistadome, tem que ser! É muito confortável, e possibilita que você tenha uma viagem muito agradável. Como optamos por não dormir em Águas Calientes, voltamos às 17hs, e a viagem foi bastante cansativa. Chegamos exaustos em Cusco, mas, claro, maravilhados com tudo que vimos.

Quando compramos os tickets, praticamente 2 meses antes da viagem, tinha uma promoção com almoço no buffet do restaurante do Hotel Machupicchu Santuary, que fica logo na entrada. A ida saiu por 99dolares, e a volta, por 47dolares.

A entrada para o Santuário do Machu Picchu custou 126soles, ressalvado o desconto para estudantes. Compramos um dia antes, através da guia Angela.

Os sintomas da Altitude

Como já comentei, não tivemos sintomas preocupantes com o mal da altitude. Apenas sentimos um cansaço físico intenso, bem diferente de qualquer atividade que você realiza.

É aconselhável ingerir balas de coca e o chá da folha de coca, que são oferecidos em qualquer hotel, restaurantes, etc, que ajudam bastante nos sintomas da altitude elevada.

Logo que você desembarca no aeroporto em Cusco, também tem alguns quisoques que oferecem a venda de um galãozinho de oxigênio, mas isso é para o extremo!!

Finalização:

Nos demais posts, comentarei dia-a-dia, o roteiro, e todas as vivências da nossa estadia no Peru.

Aguardem!

Leia mais: Circuito Gastronômico em Peru, Continuando o Circuito Gastronômico em Peru.

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