Um pouco da história de Machu Picchu

Desde que decidimos ir para o Peru, me questionava sobre o que encontraria na cidade perdida dos Incas – Machu Picchu. E será impossível descrever, neste post, toda a riqueza, grandeza e cultura deste povo pré-Colombiano.

Machu Picchu, fonte: Wikipedia.
Machu Picchu, em quíchua, significa “velha montaha”, e também é conhecida por “cidade perdida dos Incas”. É uma cidade que foi construída no topo de uma montanha, à 2.400m de altitude, no vale do Rio Urubamba.



Localização das Ruínas do Machu Picchu (Fonte: Wikipedia)

Em 24 de julho de 1911 (motivo pelo qual se comemora o Centenário da redescoberta do Santuário), o professor americana Hiram Brigham redescobriu a cidade, durante uma expedição para localizar a legendária capital dos descendentes dos incas.

Quando chegou à cidade pela primeira vez, a encontrou tomada por vegetação nativa e árvores, além de estar infestada de víboras.


Vista de Machu Picchu, em 1911. Fonte: Wikipedia.



Conta-se que apenas 30% de Machu Picchu trata-se de construção original, sendo que o restante foi reconstruído, e pode ser facilmente observado pelas disposições das rochas (nas originais, os encontros das pedras são bem encaixados e sem espaço).
Durante as escavações, encontram cerca de 555 vasos, 220 objetos de bronze, prato, cobre e de pedra.
Toda esta fortaleza foi derrubada por menos de 200 homens, durante a guerra espanhola, por volta dos anos de 1.526 a 1.532. E conta-se que os incas abandonaram a cidade, se refugiando dos espanhóis que tentavam dominar a região.
“O lugar foi elevado à categoria de Patrimônio Mundial da UNESCO, tendo sido alvo de preocupações devido à interacção com o turismo por ser um dos pontos históricos mais visitados do Peru.

Há diversas teorias sobre a função de Machu Picchu, e a mais aceita afirma que foi um assentamento construído com o objetivo de supervisionar a economia das regiões conquistadas e com o propósito secreto de refugiar o soberano Inca e seu séquito mais próximo, no caso de ataque.”

O Santuário é dividido em duas zonas: agrícola e urbana.

A zona agricola era destinado ao cultivo no Machu Picchu. Devido a ladeira, construiram a área em grandes degraus. Logo, a zona urbana era composta pelos moradores do Machu Picchu, e é dividido em vários setores.

Zona Agrícola. Fonte: Wikipedia.
Templo do Sol. Fonte: Wikipedia.


A história do Machu Picchu é muita rica, e não consiguiria jamais detalhar tudo que vimos lá.

Quem tiver interesse em saber um pouco mais, acesse: http://pt.wikipedia.org/wiki/Machu_Picchu.

Vista panorâmica do Machu Picchu. Fonte: Wikipedia.

Aguarde pelo próximo post, sobre nossa ida ao Machu Picchu.

No caminho para Machu Picchu

Ei, gente! Que saudade de escrever aqui…. Estes dias tem sido bem corridos para mim, além de mil tarefas no escritório, estou prestes a entregar meu projeto da pós, o que tem tomado muito do meu tempo.
E além disso, já estamos em ritmo de viagem outra vez, tem base??? Rsss… Claro que sim… pois a semana santa já está chegando, e nosso próximo destino é em Miami Beach e regiões.
E vocês ?? Já decidiram o que vão fazer??
Não se esqueçam de que planejar uma viagem com antecedência é muito melhor, pois você tem preços melhores, além de excelentes opções e condições.
Meu post de hoje vai ser curtinho, mas merece um destaque especial aqui neste blog. 
Apenas quero compartilharei uma vivência que jamais me esquecerei em minha existência.
Quando fomos para o Machu Picchu, no confortável trem Vistadome, da Perurail, visualizamos as mais belas paisagens que se possa imaginar pelo caminho inca (trilha inca), que foram  percorridos em duas horas e meia, logo no início da manhã.
O trem é composto por várias poltronas de dois lugares, sendo uma de frente para a outra. E o caminho é por trilhos a beira do Rio Urubanda, um extensivo manancial da região Inca.

Degustava cada cantinho daquilo tudo que via:

Era cada detalhe mais encantador que o outro:

O lanche servido foi especial e luxuoso!


Salada de frutas típicas, mini sanduiche de alface, tomate, presunto e queijo, tortilha de acelga e alfajor de chocolate.

Ao fundo deste cenário, uma deliciosa melodia típica do povo andino, a qual fiz questão de trazer um belíssimo cd para casa.
Em determinado momento, o trem parou para que o outro que retornava de Águas Calientes pudesse passar pela linha alternativa que tinha ao lado (percebi que ali era o único lugar com dois trilhos, que seria um tipo de “ponte”).
Quando pensei que éramos apenas nós, o trem, os passageiros e a paisagem, avistei sob uma chuva fina a imagem de uma doce senhora com flores coloridas e lindas em suas mãos. Mas ainda estava distante e não conseguia perceber ao certo o que ela fazia ali, naquele lugar inabitado.
Todos os passageiros, ficaram ansiosos para ver o que estava acontecendo, e o que ela queria… e ela, com um lindo ramalhete de flores naturais nos oferecia, sob uma chuva fina, como já havia dito, por apenas 3 soles.

Gente, seu rosto era sofrido, mas ela era super carismática, e acenava com tanto carinho nos pedindo apenas 3 soles por um ramalhete de flores daqueles.
Diante do ar-condicionado do trem, as janelas eram lacradas, e eu fiquei sem saber o que fazer… também não tinha como descer, pois aguardávamos o outro trem passar para dar continuidade na viagem…
E ela me olhava com tanta ternura e eu acenava que não tinha como lhe passar o dinheiro… aquilo foi me dando uma angustia, um aperto no peito, até que olhei para o Fábio e desabei num choro de impotência…
Na verdade, minha vontade era de descer do trem e dar um abraço carinhoso e sincero naquela senhora e lhe dizer o que um Mestre maravilhoso disse há quase dois mil anos atrás: “bem aventurados os aflitos, por que serão consolados”, confortadora lição das bem-aventuranças.
O trem partiu. 
Nem eu, nem ninguém, conseguimos ajudar aquela senhora mais simples e humilde.
Entretanto, trago-a na memória e sempre lembro daquele rostinho em meus momentos de oração.
Que Deus a abençoe onde quer que ela esteja!!!

As primeiras impressões de Cusco (além do frio e do mal da altitude)




Plaza de Armas, Cusco. Imagem: Wikipedia.

Estamos todos em ritmo de carnaval! Daqui a pouquinho eu e o Fábio embarcamos para Floripa, e logo logo teremos várias dicas, opinões e vivências para compartilhar com vocês.

Tenho duas novidades para contar para vocês.

A primeira é que fechamos mais uma viagem para este ano, que será mega especial para nós dois.. depois conto mais detalhes. Iupi!!!

E em segundo, que a fofa da Roberta Lito, do ChocoLito´s, me convidou para ser colunista do Espaço 4 Mulher, para compartilhar nossas experiências na coluna Roteiro & Bagagem, e minha estréia será dia 26/03/2011. 

Obrigada, Rô! Que eu possa atingir suas expectativas e dos leitores desta revista eletrônica.

No mais, desejamos um ótimo carnaval a todos vocês!

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Voltando ao relato sobre Peru, compartilho mais um dia dessa viagem espetacular, que foi a ida à cidade de Cusco.

Sinceramente, sem desmerecer o que vivemos em Lima, mas posso dizer que em Cusco realmente começou a nossa viagem.

Partimos para Cusco numa manhã de domingo, sendo que o voo estava previsto para as 10:10h, com chegada às 11:30h. E assim, ocorreu, sem atrasos e sem estresse.
Antes de ingressar nos detalhes, trago um pouquinho de cultura e história sobre a região:
Cusco, no idioma quíchua, significa “umbigo”, que foi o mais importante Centro Administrativo do Império Inca.
Acredita-se que esta cidade foi fundada em meados do século XI ou XII, e com uma altitude elevada, chegando a 3750m em relação ao nível do mar, ainda impera muita história e sítios arqueológicos da sociedade Inca.
Infelizmente, com o fim do Império, no ano de 1532, os espanhóis invadiram e saquearam a Cidade, o que culminou na destruição de grande parte desta riqueza.
Foi ainda mais destruída com o terremoto que assolou o país no ano de 1950.



Fotos da Revista LIFE

Fotos da Revista LIFE

Fotos da Revista LIFE

Fotos da revista LIFE

Veja mais em: http://kokocusco.blogspot.com/.

Apesar da construção datar no século XI/XII, tem-se vestígios de que o local era habitado há mais de 3000 anos, ou seja, é considerada a socieade mais antiga da América.
Pegamos o voo da Taca, e em menos de uma hora e meia já estávamos diante desta riqueza cultural. 
A vista durante a viagem é linda, e em alguns momentos, apesar das nuvens, visualizamos os vales nevados do Peru, que é uma suntuosa cadeia de montanhas.
Desembarcamos em Cusco, e pegamos um taxi no aeroporto, 14 soles, que ficava na área central.


Como falei anteriormente, temos preferido ficar na rede Accor pelo seu padrão de qualidade, e assim, ficamos hospedados no Novotel, localizado na Calle San Augustin, 239.

Confesso que eu estava ansiosa por vários motivos, um deles era porque eu tinha lido na internet que os city tours em Cusco começavam as 13:30h, e já eram quase 13h quando chegamos no hotel.
Fomos recepcionados como reis… fiquei até sem graça com tanta hospitalidade.
Como eles sabem que a maioria das pessoas sente-se mal quando chegam a Cusco, devido a elevada altitude, eles tiveram todo o cuidado em nos receber.

Nos levaram diretamente para nos acomodar em sofás confortáveis, enquanto nos serviam um chá de coca, famoso por aliviar o mal de altitude, mais conhecido como Soroche, enquanto faziam nosso check in.

Nesse instante, fomos procurados por indicação do taxista, por uma guia turistica muito amável, a Solange, que nos ofereceu todos os passeios que poderiamos fazer durante nossa estadia lá. Já falei aqui.
Náo é aconselhável o que fizemos, mas tanto eu, quanto o Fábio, nos sentiamos bem, e somos viciados por andar, não pensamos duas vezes em aceitar o city tour para aquele dia mesmo.
Eu perdi a notinha com os valores dos passeios em Cusco, mas tudo ficou em torno de 900 soles para mim e o Fábio, (entrada do Machu Picchu, guia turístico, city tour em Cusco e Valle Sagrado). Vou entrar em contato com a Solange, e passarei nos próximos pots os valores individualizados.
Vocês nao vão acreditar… mas subimos, tomamos banho, vestimos roupa confortável e partimos para nosso passeio em menos de 20 minutos.
O quarto do hotel super confortável, com banheiros muito limpos, e tudo bastante aconchegante… Comentei no circuito gastronômico que encontramos uma cartinha de boas vindas, com alguns alfajores e bombons deliciosos!!!

Bom, mas o que você deve levar para o city tour em Cusco?
Os sítios arqueológicos são muito frios, então, é aconselhável levar um agasalho. (Tadinho do Fábio, ele não levou agasalho, não que eu não avisasse, e apesar do sol estar brihando, a temperatura estava em torno de 10ºC, e a parecia que, devido ao vento, era de uns 5ºC.
Leve na mochila: água, protetor labial para o frio, um agasalho, um toquinha, e eu, levei até luvinha… E claro nao esqueçam do passaporte.
O passeio iniciou as 13:30h, e o nosso guia era bilingue (espanhol e inglês), e que, por sinal, sabia muito sobre a história… Imaginem como eu babei???? Adoro cultura, história, etc! Ainda mais uma cultura rica como a do povo Inca.
Antes da partida, enquanto aguardávamos dentro do ônibus, comecei a ver as desigualdades e sofrimento de alguns, que me fizeram mergulhar num sentimento de compaixão e de amor ao próximo.

Uma coisa que é muito útil para as mulheres e um grande costume no local, são estes panos amarrados nas costas. Elas carregam de tudo: criança, cabritinho, coisas da feira… É muito interessante! As vezes você acha que é só um pano e de repente surge uma cabecinha de uma criança (que eu queria trazer para cá).
O primeiro lugar que visitamos foi o Recinto Sagrado do Qorikancha, no Convento Santo Domingo, que já estava pago pelo plano do city tour, mas a entrada é 10 soles (verificar valores para estudantes).

O lugar é de admirar-se!
Partimos, então para o Saqsaywaman, um sítio arqueológico enorme e bem perto de Cusco. Do idioma quíchua, quer dizer, “galvão satisfeito”.

Este local foi construído com propósitos militares para defender das tribos invasoras o Império Inca, e foi realizada em 1438.
Infelizmente, nos dias atuais, podemos admirar apenas 20% da construção realizada, devido as destruições causadas pelos espanhóis, durante a invasão em meados do ano de 1500 (Fala sério!!! Povo vândalo)
Este sítio foi construído a 3700m em relação ao nível do mar, e podemos ter uma linda visão de Cusco.

Gente, as construções são impressionantes!! Sendo que algumas pedras gigantes é impossível de acreditar como parou lá…. Como que eles carregaram pedras tamanhas, de toneladas??

Ah, não podia esquecer dessa peruana carismática que estava nos recepcionando na entrada do Sítio (mais uma para a coleção: queria trazer para mim!)

Obs: não posso deixar de comentar que foi aí que comecei a ter os primeiros “problemas” com a altitude… Cansei demais! Teve uma hora, que sentei numa corda, por que foi o primeiro lugar que vi antes de pensar: “vou desmaiar”, e o Fábio não perdeu tempo em registrar o momento. Mas a foto está pavorosa, então, não divulgarei para vocês (rsss).

Partimos para uma visitinha no Tambomachay. Que está a 3750m acima do nível do mar. Regra fácil, 20 passos caminhando = 20 min correndo na esteira. Sem exagero! Morri! Por isso que os jogadores perdem na maioria das vezes quando vao jogar lá.

Gente, está vendo este “morrinho” aí nesta foto??? Pois é, quase morri com ele… Mas valeu a pena! Vejam o que vimos lá.


Sem falar dos aventureiros que se mergulham por 3 dias na trilha inca até chegar no Machu Picchu. Troféu para eles!
Tambomachay, em quíchua, quer dizer lugar de descanso, e é composto por vários arquedutos, canais e cascatas. Os canais foram construídos para irrigação de um jardim real.
Tinha vários nativos vendendo artesanatos no local, e a sensação de frio, estava cada vez pior.

Mas a visão: indescritível!!

Saimos de lá e passamos em outro sítio,o Pukapukara, um sítio pequeno, mas muito interessante também. A visão era extraordinária.

O frio estava cada vez pior, o Fabio, tadinho, quase que entrou debaixo do meu casaquinho, para se aquecer um pouco… e o que nos salvou do frio por um instante, vocês nem podem acreditar… um alimento que custou apenas 2 soles, vendido por nativos na entrada do sítio, estilo de uma pamonha… Mas quentinha! E ajudou demais!

Passamos ainda no Qenko que já era o finalzinho do nosso passeio… Qenko, em qíchua, significa labirinto. E realmente era o que parecia.

E por fim, visitamos um loja de artesanatos próximo ao local, que infelizmente não registrei em foto.
A noite, só com casaco de couro, luvas e cachecol para suportar o frio… Estava muito frio. As temperaturas cairam ainda mais, e nem sei quantos graus faziam.
Fomos ao Inka Grill, que já falei no aqui..
E assim, finalizou nosso dia, que deu entrada as maravilhas que encontraríamos em Machu Picchu no dia seguinte.

Aguardem pelo próximo post, que foi nossa ida a Santuário do Machu Picchu: Foi sensacional!

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