Frente a frente com o Machu Picchu

Quando decidimos conhecer as terras peruanas, o que mais vinha a minha mente era a palavra Machu Picchu. Estávamos empolgadíssimos, e tudo o que mais queríamos, é que este dia chegasse.

Estação da Perurail, em Ollantaytambo.

Machu Picchu é indescrítivel, como já disse aqui. Seria impossível conseguir detalhar tudo o que vimos, sentimos e aprendemos por lá.

Rio Urubamba, à caminho do Machu Picchu.
Então, este post vou falar das dicas essenciais e necessárias, e vou deixar que as imagens falem mais que qualquer dica.
O que você vai gastar?
– Tickets do trem da Perurail para o Machu Picchu: $99 por pessoa (Vistadome)
– Tickets do trem da Perurail volta de Machu Picchu: $48 por pessoa (Expedition)
– Ônibus para Machu Picchu: $15,50 por pessoa (ida e volta)
– Entrada no Santuário do Machu Picchu: 126 soles, aproximadamente $45 (por pessoa)
– Sanitários na entrada do Santuário: 1 soles
– Guarda-volumes na entrada do Machu Picchu: 3 soles.
Como chegar ao Machu Picchu?
A principal saída para o Machu Picchu é de Cusco, através do trem da Perurail. Existem três tipos de trem: o Expedition (o mais básico), o Vistadome (intermediário) e o Hiram Bringham (luxo).
Fomos pelo o trem Vistadome e voltamos pelo Expedition.
O ticket do Vistadome foi de $99 por pessoa, incluindo o almoço no Machu Picchu Sanctuary Lodge. Aconselho ir no trem Vistadome, já que é bem confortável, e você terá todo o conforto para sua ida, observando as paisagens, etc.
Já o retorno, não tive problemas com o Expedition, já que era noite, e dormimos durante o retorno. Mas para os que gostam de um bom conforto, volte também pelo Vistadome (as poltronas do Expedition não são tão confortáveis).
Melhor época para visitar o Machu Picchu:
Infelizmente, visitamos o Machu Picchu na época chuvosa, que vai de dezembro a março. No caso de muita chuva ininterrupta, o Machu Picchu fica fechado (não corremos este risco).
Os melhores meses para visitar são de junho a agosto. Entretanto, a temperatura é bem baixa.
Algumas dicas:
– Para quem gosta de tranquilidade (melhor dizendo, poucas pessoas), é bom que durma em Águas Calientes, e seja um dos primeiros a ingressar no Santuário;
– Há um guarda volumes bem na entrada do Santuário. Deixe sua mochila lá, e leve o essencial, pois ficar andando com mochila lá, não é confortável, ainda mais devido a altitude;
– Vá ao banheiro antes de ingressar no Santuário (lá dentro não tem banheiros);
– Uma visita guiada dura em média 2 horas e meia;
– Guia turístico é extremamente essecial (para os adeptos de cultura, e que se interessam por saber da história do lugar);
– Almoce depois de visitar o Santuário (imagine você de “barriga cheia” andando pelas trilhas?? Não dá!);
– Para quem esqueceu capa de chuva ou sombrinha, até na entrada existem nativos vendendo por preços acessíveis;
– Para quem deseja visitar o Huayna Picchu (aquela montanha mais alta que fica na foto tradicional do Machu Picchu), deve chegar bem cedo, pois as visitas são limitadas a 400 por dia. Durante as chuvas, costuma ficar fechado, já que a subida é bastante exaustiva e escorregadia. Os guias contam que era lá onde vivia o sumo sacerdote;
– Quando chegar lá, faça uma oração e tente sintonizar com as energias elevadas do lugar. É fabuloso!

Check list para sua viagem ao Machu Picchu:
ü  Passaporte (não é obrigatório, entretanto, além de ser seu documento de identificação internacional, você vai “colecionando” carimbos das imigrações, o que lhe auxiliará em futuros vistos);
ü  Vacina contra Febre Amarela: muitos falam sobre sua necessidade. Levamos o certificado internacional de vacinação, entretanto, não foi requisitado. (De toda forma, estávamos vacinados);
ü  Faça um kit farmacinha com remédios para dor de cabeça, enjoo, febre, indisposição estomacal, cólica e dor muscular. A pílula que ajuda nos sintomas do mal de altitude é a saroche pill, que é vendida em qualquer farmácia. (Para o mal de altitude é sugerido as balas e chá de coca, que não são alucinógenos, ao contrário, é muito utilizado pelos antigos da região como produto medicinal);
ü  Não se esqueça de levar em sua bagagem: uma roupa confortável para caminhada; um par de tênis estilo trekking  para aqueles que se aventurarão em uma extensa caminhada; ou um par de tênis simples para quem fará o passeio habitual, com guia; leve um casaco de frio, que seja confortável e leve (para o caso de mudança repentina na temperatura); capa de chuva (que é vendido na região); protetor solar e repelente; chapéu ou boné; uma garrafinha de água (dentro do Santuário não existe venda de águas); é aconselhável que você leve uma barrinha de cereal, para evitar que você fique muito tempo sem se alimentar; óculos de sol (a claridade é insuportável, mesmo em dias chuvosos). Obs: em épocas frias, leve também um cachecol, luvas e gorro.

O que posso dizer da nossa ida ao Machu Picchu?
Que foi única! Imperdível!
E para os que não foram, não deixem de acrescentar na sua lista de sonhos. Pois, não é a toa que é considerado uma das 7 maravilhas do mundo!

Vista de dentro do trem Vistadome.

A velhinha que jamais me esquecerei (ela vendia flores no caminho para o Machu Picchu)



Águas Calientes

Entrada para o Santuário do Machu Picchu



Subindo para o Machu Picchu (poucos degraus e eu já não tinha fôlego. Foi a pior parte)

Vista do Machu Picchu para o Rio Urubamba.

Machu Picchu (com nuvéns em um dia chuvoso)

Vista para as casas do Machu Picchu

Vontade de voar…



Para ter ideia da altura e tamanho do local. Observem a perfeição dos encaixes das pedras (estas são as originais)

Vista de dentro de uma casinha.

Setor agrícola (São degraus gigantescos!)

Templo de Culto ao Sol.



Vejam o encaixe perfeito das construções originais da época, e as que foram refeitas depois da descoberta do Santuário. Como eles conseguiam estes cortes? Este encaixe? E levar estas pedras para o alto da montanha?

Visão linda de um lugar muito alto.

Encaixe perfeito! Corte perfeito!

Huayna Picchu.

Um pouco da história de Machu Picchu

Desde que decidimos ir para o Peru, me questionava sobre o que encontraria na cidade perdida dos Incas – Machu Picchu. E será impossível descrever, neste post, toda a riqueza, grandeza e cultura deste povo pré-Colombiano.

Machu Picchu, fonte: Wikipedia.
Machu Picchu, em quíchua, significa “velha montaha”, e também é conhecida por “cidade perdida dos Incas”. É uma cidade que foi construída no topo de uma montanha, à 2.400m de altitude, no vale do Rio Urubamba.



Localização das Ruínas do Machu Picchu (Fonte: Wikipedia)

Em 24 de julho de 1911 (motivo pelo qual se comemora o Centenário da redescoberta do Santuário), o professor americana Hiram Brigham redescobriu a cidade, durante uma expedição para localizar a legendária capital dos descendentes dos incas.

Quando chegou à cidade pela primeira vez, a encontrou tomada por vegetação nativa e árvores, além de estar infestada de víboras.


Vista de Machu Picchu, em 1911. Fonte: Wikipedia.



Conta-se que apenas 30% de Machu Picchu trata-se de construção original, sendo que o restante foi reconstruído, e pode ser facilmente observado pelas disposições das rochas (nas originais, os encontros das pedras são bem encaixados e sem espaço).
Durante as escavações, encontram cerca de 555 vasos, 220 objetos de bronze, prato, cobre e de pedra.
Toda esta fortaleza foi derrubada por menos de 200 homens, durante a guerra espanhola, por volta dos anos de 1.526 a 1.532. E conta-se que os incas abandonaram a cidade, se refugiando dos espanhóis que tentavam dominar a região.
“O lugar foi elevado à categoria de Patrimônio Mundial da UNESCO, tendo sido alvo de preocupações devido à interacção com o turismo por ser um dos pontos históricos mais visitados do Peru.

Há diversas teorias sobre a função de Machu Picchu, e a mais aceita afirma que foi um assentamento construído com o objetivo de supervisionar a economia das regiões conquistadas e com o propósito secreto de refugiar o soberano Inca e seu séquito mais próximo, no caso de ataque.”

O Santuário é dividido em duas zonas: agrícola e urbana.

A zona agricola era destinado ao cultivo no Machu Picchu. Devido a ladeira, construiram a área em grandes degraus. Logo, a zona urbana era composta pelos moradores do Machu Picchu, e é dividido em vários setores.

Zona Agrícola. Fonte: Wikipedia.
Templo do Sol. Fonte: Wikipedia.


A história do Machu Picchu é muita rica, e não consiguiria jamais detalhar tudo que vimos lá.

Quem tiver interesse em saber um pouco mais, acesse: http://pt.wikipedia.org/wiki/Machu_Picchu.

Vista panorâmica do Machu Picchu. Fonte: Wikipedia.

Aguarde pelo próximo post, sobre nossa ida ao Machu Picchu.

No caminho para Machu Picchu

Ei, gente! Que saudade de escrever aqui…. Estes dias tem sido bem corridos para mim, além de mil tarefas no escritório, estou prestes a entregar meu projeto da pós, o que tem tomado muito do meu tempo.
E além disso, já estamos em ritmo de viagem outra vez, tem base??? Rsss… Claro que sim… pois a semana santa já está chegando, e nosso próximo destino é em Miami Beach e regiões.
E vocês ?? Já decidiram o que vão fazer??
Não se esqueçam de que planejar uma viagem com antecedência é muito melhor, pois você tem preços melhores, além de excelentes opções e condições.
Meu post de hoje vai ser curtinho, mas merece um destaque especial aqui neste blog. 
Apenas quero compartilharei uma vivência que jamais me esquecerei em minha existência.
Quando fomos para o Machu Picchu, no confortável trem Vistadome, da Perurail, visualizamos as mais belas paisagens que se possa imaginar pelo caminho inca (trilha inca), que foram  percorridos em duas horas e meia, logo no início da manhã.
O trem é composto por várias poltronas de dois lugares, sendo uma de frente para a outra. E o caminho é por trilhos a beira do Rio Urubanda, um extensivo manancial da região Inca.

Degustava cada cantinho daquilo tudo que via:

Era cada detalhe mais encantador que o outro:

O lanche servido foi especial e luxuoso!


Salada de frutas típicas, mini sanduiche de alface, tomate, presunto e queijo, tortilha de acelga e alfajor de chocolate.

Ao fundo deste cenário, uma deliciosa melodia típica do povo andino, a qual fiz questão de trazer um belíssimo cd para casa.
Em determinado momento, o trem parou para que o outro que retornava de Águas Calientes pudesse passar pela linha alternativa que tinha ao lado (percebi que ali era o único lugar com dois trilhos, que seria um tipo de “ponte”).
Quando pensei que éramos apenas nós, o trem, os passageiros e a paisagem, avistei sob uma chuva fina a imagem de uma doce senhora com flores coloridas e lindas em suas mãos. Mas ainda estava distante e não conseguia perceber ao certo o que ela fazia ali, naquele lugar inabitado.
Todos os passageiros, ficaram ansiosos para ver o que estava acontecendo, e o que ela queria… e ela, com um lindo ramalhete de flores naturais nos oferecia, sob uma chuva fina, como já havia dito, por apenas 3 soles.

Gente, seu rosto era sofrido, mas ela era super carismática, e acenava com tanto carinho nos pedindo apenas 3 soles por um ramalhete de flores daqueles.
Diante do ar-condicionado do trem, as janelas eram lacradas, e eu fiquei sem saber o que fazer… também não tinha como descer, pois aguardávamos o outro trem passar para dar continuidade na viagem…
E ela me olhava com tanta ternura e eu acenava que não tinha como lhe passar o dinheiro… aquilo foi me dando uma angustia, um aperto no peito, até que olhei para o Fábio e desabei num choro de impotência…
Na verdade, minha vontade era de descer do trem e dar um abraço carinhoso e sincero naquela senhora e lhe dizer o que um Mestre maravilhoso disse há quase dois mil anos atrás: “bem aventurados os aflitos, por que serão consolados”, confortadora lição das bem-aventuranças.
O trem partiu. 
Nem eu, nem ninguém, conseguimos ajudar aquela senhora mais simples e humilde.
Entretanto, trago-a na memória e sempre lembro daquele rostinho em meus momentos de oração.
Que Deus a abençoe onde quer que ela esteja!!!
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