Dicas de Viagens e Vivências de um casal pelo mundo!
Autor: Fábio Almeida
Major, 43 anos, conhece 38 países, viajante inveterado, cinéfilo, apreciador de vinhos e cervejas especiais, fotógrafo amador, viciado em natação, corrida e quadrinhos! Força na Luta! Sempre!
Com este post inauguramos mais uma seção no Blog Viagens e Vivências: “Conheça em BH“, que tem como principal finalidade compartilhar com nossos leitores dicas e experiências envolvendo gastronomia, eventos, festivais e pontos turísticos na própria cidade de origem do Blog, nossa cidade de Belo Horizonte.
O que fazer em Belo Horizonte em um final de semana, veja AQUI.
Começaremos pelo Museu das Minas e do Metal, que visitei na semana passada quase que por acaso, quando caminhava para outro compromisso nas proximidades da Praça da Liberdade (tanto que as fotos foram tiradas do celular, por isso estão em baixa resolução). Confesso que o assunto abordado pelo Museu (Minas e Metal) nunca me interessou e que a visita foi uma grata e agradável surpresa!
O Museu está localizado no famoso “Prédio Rosa” da Praça da Liberdade, prédio este que foi construído juntamente com a capital mineira e a própria Praça da Liberdade, em 1897, e projetado para ser a Secretaria do Interior.
Em 1930 passou a abrigar a Secretaria de Educação de Minas Gerais até a década de 90, sendo que em 2010, com a transferência das Secretarias de Governo para a Cidade Administrativa, o Museu foi inaugurado, possuindo atualmente no seu acervo uma gama enorme de informações históricas, exposições e exemplos de materiais envolvendo principalmente mineração e metalurgia, que sempre foram duas das principais atividades econômicas do Estado de Minas Gerais.
Separe pelo menos uma hora para uma rápida visita, como foi o meu caso, ou um tempo um pouco maior, caso seja adepto da proposta abordada pelo Museu.
Logo na entrada, você é recebido por atendentes muito solícitos, que explicam de forma bem resumida os atrativos do Museu, dividido nas seções “Minas” e “Metais“, localizados em andares distintos.
No início da visita, apreciar a decoração do museu já é um espetáculo à parte, lembrando que a entrada é gratuita!
Na seção específica sobre “Minas”, o Museu nos leva a um verdadeiro passeio pelas principais minas do Estado, mostrando a localização, história, particularidades, processo de fusão de materiais, semelhanças, além de informações interessantes como o processo de exploração das minas e sua recuperação quando desativada, tudo com a utilização de muita tecnologia e interatividade.
Neste corredor temos uma excepcional exposição, que conta com parte do acervo do “Museu de Mineralogia Professor Djalma Guimarães“, além das mais recentes aquisições do Museu.
Na seção específica sobre os “Metais”, temos a abordagem sobre a importância do metal para a humanidade, a importância da água no processo de mineração, a relação da humanidade com os metais existentes, diversos vídeos sobre os metais do passado e presente e até uma balança que apresenta uma estimativa da quantidade de substâncias minerais presentes no nosso corpo, levando-se em conta inclusive o peso da pessoa.
Muito interessante!!
Nas próximas 3 fotos, exemplos dos metais que fazem parte da exposição, tudo muito bem organizado e com informações detalhadas.
Abaixo, uma pequena maquete interativa, que apresenta o caminho percorrido pelo minério, desde sua extração na lavra até sua chegada ao porto.
Na próxima foto, tubos metálicos que projetam no chão “símbolos” dos elementos químicos, cortesia do Professor Mendeleev, que conta sua história e fala sobre a criação da Tabela.
Ao final de 1 hora e 15 minutos de uma visita muito proveitosa, parada obrigatória para um delicioso café.
Na verdade, fiquei bastante impressionado com a qualidade do Museu, tudo muito bem organizado, limpo, sinalizado, com excelente ar condicionado (que faz uma diferença danada!!) e atendentes atenciosos em todos os andares, não perdendo em nada para os melhores museus do mundo.
Um Museu que merece ser visitado e divulgado!!
O “Museu das Minas e do Metal” possui uma programação eclética, que é possível acompanhar em um mural localizado na parte externa, ou pelo site oficial AQUI.
Caso eu venha a participar de qualquer pesquisa envolvendo as melhores cidades do mundo para visitar, tenha certeza: Londres sempre estará entre as 5 primeiras!
Durante nossa primeira visita a Londres, em novembro de 2015 (inclusive, aproveite para ver todos os posts sobre a cidade AQUI), tivemos a oportunidade de conhecer apenas o básico, ou seja, os principais pontos turísticos como o “Big Ben“, “London Eye“, “Palácio de Buchingham“, “Tower Bridge” e por aí vai… Já no início de 2016, quando decidimos por uma viagem de um mês no interior do Reino Unido, o martelo já estava batido: voltar a Londres seria uma obrigação, e desta vez o foco seria os bairros e pontos turísticos menos convencionais, e no topo do roteiro, nada mais que “Camden Town“.
Separamos um dia inteiro para explorar Camden Town, famoso bairro da cidade conhecido pela diversidade cultural, seus inúmeros mercados, pubs e pela vida noturna agitada, e que ganhou ainda mais fama devido a sua moradora mais ilustre: Amy Winehouse.
Chegar a “Camden Town” é muito fácil, e este roteiro que vamos compartilhar tem início exatamente na estação de metrô de nome homônimo: “Camden Town Station“.
Verdade seja dita: caso queira, você pode gastar um dia inteiro apenas para conhecer a rua principal do bairro: “Camden High Street“, onde estão localizados diversos estúdios de tatuagens e piercings, lojas de bugigangas e souvenirs, pubs e muitos, muitos mercados.
Para facilitar a programação, delimite seu roteiro entre o “Chalk Farm Road” ao norte, a estação de metrô “Mornington Crescent” ao sul, o “The Regent’s Park” a oeste e a “Camden Street” a leste, e prepare para outro roteiro especial no início da noite pelos excelentes pubs do bairro, que será objeto de um post específico:
Começamos a explorar o bairro caminhando sem pressa sentido o “Regent’s Canal“, ou “Camden Lock“, momento em que você fica face a face com o mundo artístico e vintage de Camden Town. Aproveite para entrar nas lojas que achar mais interessantes, pois literalmente aqui você vai achar de tudo um pouco. Sem demagogia!
Eu, por exemplo, gastei um bom tempo admirando uma loja de fantasias de filmes de terror, uma mais sem noção que a outra.
Preste atenção ao seu redor: você vai se deparar ao mesmo tempo com turistas de todos os lugares do mundo, adolescentes aos montes, os chamativos Punks, que elegeram Camden como seu reduto a mais de 20 anos e até legítimos londrinos que vão a “Camden’ para passear, fazer compras, tomar uma cerveja ou simplesmente bater um papo animado com os amigos, afinal de contas, ali o alternativo é básico.
É possível visitar Camden Town em qualquer dia da semana, no entanto é no domingo que literalmente o “bicho pega”, com as diversas feiras funcionando a todo vapor.
Aproveite também para tirar fotos sob ângulos diferentes de qualquer lugar de Londres, com seus pequenos prédios coloridos e decorados com tênis, fantasias, desenhos e outras quinquilharias.
Vocês vão observar que o que não falta na região, são pequenos restaurantes ou até barracas e pubs, que oferecem os tradicionais “Fish & Chips”. Mas também existem inúmeras outras opções de refeições ao longo do bairro mais descolado e exótico da cidade.
Outro detalhe: neste pedaço da “Camden High St”, você encontra uma infinidade de opções de lojas de souveniers, muito mais baratos que em qualquer outro lugar de Londres. E mesmo que não compre nada, vale a visita a este pedaço diferente de tudo o que você já viu na cidade.
De certa forma, “Camden Town” lembra bastante o “Queens” em Nova York.
Preste ainda mais atenção ao seu redor: entre sem medo nas lojas de discos de vinil, onde é possível encontrar raridades inacreditáveis, “estude” um pouco de história, apreciando uniformes autênticos da segunda guerra mundial, visite sem moderação lojas de cerâmica, arte alternativa, roupas usadas e novas, decoração e artigos esportivos, além de roupas especialmente fabricadas para tribos “Darks”, “Góticos”, “Emos” e tudo mais que você possa imaginar.
Camden Town: ao gosto do cliente!
Camden Town: promoções imperdíveis!
Além dos famosos pubs do bairro, que serão objeto de um post específico, são várias as opções para a famosa dupla “cerveja gelada + música ao vivo”, onde destacamos o Koko, com capacidade para mais de 1500 pessoas, com diversos shows e programação eclética e o The Jazz Café, ótima opção para os amantes do soul, hip hop e claro, jazz.
Parada obrigatória para fotos: a famosa ponte de Camden é o marco onde começam as feiras vintage famosas no mundo todo. O local já foi um cais muito tempo atrás e hoje é dos principais pontos turísticos do bairro, onde é possível tirar as melhores fotos do Regent’s Canal.
Caso tenha tempo disponível, vale a pena caminhar pelas margens do Regent’s Canal, que oferece belas paisagens do bairro.
Ao lado da “Ponte de Camden” está o mercado de artesanato original dos anos 1970 “Camden Lock Market“, com uma parte coberta (Market Hall) e um pátio, chamado West Yard. O diferencial do Mercado são as inúmeras barracas de jóias e bijouterias, além de pinturas e lojinhas de livros e CD/discos.
Outro Mercado que vale a visita: Camden Stables Market, como o próprio nome sugere, está localizado nos antigos estábulos de uma companhia ferroviária. Considerado o maior Mercado da região, com mais de 500 barracas/estandes, o diferencial está na gastronomia, onde é possível degustar um pouco da culinária de praticamente todos os cantos do mundo.
É no “Camden Stables Market” que está localizada a estátua da cantora britânica Amy Winehouse, morta em 2011, cortesia do escultor Scott Eaton.
Nas próximas fotos, um pouco de lojas de roupas, bijouterias, quadrinhos e bugigangas em geral, para deleite da galera “cool”:
Agora a Cyberdog, uma das lojas mais interessantes da cidade, com seus dois robôs gigantes dando as boas vindas logo na entrada. Com sua iluminação de neon, são vários andares onde é possível achar inúmeros tipos de roupas e acessórios fora dos modelos tradicionais, além de um “sex shop” no último andar, tudo com direito a boate e DJ.
Depois de um dia inteiro de andanças pelo bairro, hora de degustarmos as belas brejas inglesas num tour especial pelos pubs de “Camden Town”.
Mas isso fica para o próximo post, que compartilharemos AQUI.
Confesso a todos vocês: nessas “andanças” pelo mundo, talvez a nossa visita ao Campo de Concentração de Dachau, localizado nas imediações de Munique/Alemanha, tenha sido uma das experiências mais tristes e marcantes da nossa vida. Conhecer de perto um dos locais onde ocorreram os piores horrores do Holocausto é uma experiência nada agradável, mas necessária para entender os absurdos que eventualmente são registrados na história da humanidade.
Lembrar que Hitler ordenou a construção desse campo de concentração em 1933 e ao longo dos 12 anos seguintes, tornou-se o lar de mais de 200.000 prisioneiros de 34 nações, é simplesmente revoltante. E o pior: a história registra inclusive que tudo começou com o aprisionamento de judeus, aos quais se juntaram homossexuais, passando para aqueles que simplesmente divergiam politicamente, como socialistas e comunistas.
Mesmo sabendo que as câmaras de gás de Dachau não foram utilizadas, conhecer de perto o local onde os prisioneiros eram amontoados em beliches, visitar aquele complexo onde seres humanos se tornavam esqueletos ambulantes e ver de perto o crematório usado inúmeras vezes para dispor dos caídos é de embrulhar o estômago, literalmente!!
Como Chegar:
Dachau está localizada no subúrbio de Munique, cerca de 19 Km ao norte da cidade.
Sugerimos duas maneiras para chegar ao local: caso prefira utilizar o trem S2, são 22 minutos a partir da estação central de Munique, saindo a cada 10 minutos durante o dia e cada 30 minutos durante a noite. Já o trem RB de alta velocidade leva apenas 11 minutos. Em ambos os casos, chegando na estação de Dachau, são apenas 15 minutos após pegar o ônibus nº 726.
Como alugamos um carro e estávamos hospedados na cidade de “Landsberg am Lech“, localizada cerca de 40 Km de Munique, foram 30 minutos dirigindo por um verdadeiro “tapete” rodoviário, muito bem sinalizado e fácil de chegar.
Ao chegar nas imediações do campo de concentração, a primeira impressão ao visualizar aqueles muros rodeados com arame farpado, é que estamos ao lado de um quartel do exército, totalmente isolado e com guaritas espalhadas por todo o complexo. O coração até bate mais forte, pois estamos diante de um local que se tornou sinônimo de sofrimento, opressão, miséria e morte, tudo sob a vigilância brutal de Heinrich Himmler SS.
Logo na chegada em Dachau
Logo na chegada em Dachau
O memorial possui um estacionamento amplo. Caso esteja de carro, como era o nosso caso, é cobrada uma taxa de € 3,00 por carro e € 5,00 para ônibus. Entre novembro e fevereiro o estacionamento é gratuito.
O Memorial de Dachau possui um “Visit Center” de excelente qualidade, que oferece aos turistas visitas guiadas individuais, “Áudio Guide” em diversas línguas, inclusive português, ao preço de 3,50 Euros, e ainda o Documentário “The Dachau Concentration Camp 1933-1945”, de 1969. É possível ainda reservar visitas guiadas para grupos e turmas escolares, mediante reserva antecipada.
Ainda no “Visit Center”, temos uma bela livraria e uma pequena mas deliciosa cafeteria.
Lembrando que a entrada é gratuita e o memorial está aberto diariamente de 9:00 às 17:00, fechando apenas no dia 24 de dezembro. O arquivo e a biblioteca do memorial estão abertos para visitas somente com hora marcada entre as 9h e as 17h de terça a sexta-feira. Para mais informações, clique AQUI.
Informações
AudioGuide
Início da Visita:
Entre o “Visit Center” e a entrada do campo de concentração, é possível apreciar, numa rápida caminhada de menos de 5 minutos, belas paisagens, com muito verdade e ar fresco, talvez o prelúdio do paraíso para a entrada ao inferno.
Logo na entrada do campo, o famoso portão com os dizeres “Arbeit Macht Frei” (O trabalho liberta), slogan nazista na década de 30.
Para facilitar a montagem de um roteiro individualizado para aqueles que desejam visitar o Memorial, clique AQUIe visualizar o croqui detalhado do local. E abaixo, vamos compartilhar um pouco da nossa experiência.
Separe pelo menos 3 horas para uma visitar completa e sem pressa, e prepare-se, pois cada pedaço deste lugar é um verdadeiro chute na “boca do estômago”.
Primeira constatação: As instalações são muito bem preservadas, e nas próximas fotos é possível ter uma pequena noção dos locais onde os prisioneiros eram mantidos, chamados de “barracões”.
É possível visualizar a chamada “estrada de acampamento”, que forma o eixo principal de Dachau, que continha 34 barracões ao longo de tal estrada, tanto ao lado direito como no lado esquerdo.
A partir de 1944, com a decisão de colocar o maior número possível de prisioneiros no acampamento, construído para 6.000 pessoas e que chegou a possuir 30.000, as condições de vida e saúde pioraram drasticamente, com fome, doenças das mais diversas e mortes diárias, sendo que no dia 29 de abril de 1945, Dachau foi libertado pelas tropas americanas.
É possível conhecer a parte interna das instalações, bem como os armários, beliches, pias, banheiros, onde dezenas de prisioneiros permaneciam literalmente “amontoados” uns em cima dos outros.
Armários dos barrações em Dachau
Beliches dos barracões em Dachau
Pias dos barracões em Dachau
Instalações sanitárias dos barracões em Dachau
A foto abaixo retrata bem o dia a dia dos prisioneiros: simplesmente revoltante!!
Para evitar a possível fuga de prisioneiros, as instalações possuíam guaritas com guardas, cerca elétrica e arame farpado. Aqueles que tentavam fugir eram literalmente “fuzilados”, conforme se vê numa das fotos abaixo.
Guaritas de Comando em Dachau
Arame farpado e cerca elétrica de Dachau
Na foto abaixo, o Monumento “Jourhau“, ou “International Memorial“, desenhado pelo artista iugoslavo Nandor Glid, em 2007, sobrevivente do campo de concentração. Tem como principal finalidade mostrar ao turista que o caminho traçado por ele naquela visita é o mesmo que milhares de prisioneiros fizeram durante o nazismo, no entanto sem a certeza que ao final estariam “livres”.
Ao lado do monumento, uma inscrição em muitas línguas, que diz mais ou menos o seguinte: “O exemplo dos exterminados aqui entre 1933 e 1945 devido sua luta contra o nazismo, une os vivos em sua defesa da paz, da liberdade e na reverência da dignidade humana.”(tradução deste escriba).
Na foto abaixo, um resumo da sua obra: postes, valas e arame farpado, objetos obrigatórios nas instalações de segurança em torno do acampamento. O esqueleto humano representa aqueles que, em um ato de desespero, tentaram fugir pela cerca de arame farpado.
A morte no campo de concentração era comum e certa!
Mais um chute na boca do estômago!
Agora duas fotos emblemáticas: a primeira representa uma urna com as cinzas do “prisioneiro desconhecido” e o lembrete “Nunca mais” nas costas.
A segunda, um relevo com uma série de triângulos unidos a uma corrente, que representa cada prisioneiro que passou por Dachau a partir de 1937, diferenciados pelas cores, como o triângulo rosa que representa os presos homossexuais ou o verde que representa os “prisioneiros criminosos”, dentre outras categorias perseguidas pelo regime nazista, seja por razões políticas, raciais ou religiosas.
É simplesmente de arrepiar!
Never Again, em Dachau
Perseguidos pelo Nazismo, em Dachau
São vários os monumentos religiosos em Dachau: na foto abaixo o “Memorial Judaico“, inaugurado em 7 de maio de 1967, projetado pelo arquiteto Zvi Guttmann e feito de basalto preto, que inclina-se para baixo como uma rampa.
Ao descer a rampa, é possível visualizar o filtro de luz que ilumina seu interior saindo do teto. A grade do lado de fora simboliza o arame farpado que fazia parte da rotina dos prisioneiros judeus, e a rampa tem o simbolismo que visa lembrar a todo momento o extermínio dos judeus europeus.
O seguinte verso está estampado na entrada do Memorial: “Ponha-os em temor, ó Senhor, para que as nações se saibam que são apenas homens. (9, 21)
Impossível não se emocionar!
Ao fundo na foto abaixo, o “The Mortal Agony of Christ Chapel”, primeiro monumento religioso erguido em Dachau, em 1960. A posição da capela e a forma circular aberta foi projetada pelo arquiteto Josef Wiedemann, para simbolizar a libertação do cativeiro por Cristo.
Outro fato interessante: Em 1972, os sacerdotes poloneses sobreviventes de Dachau colocaram uma placa na parte de trás da capela para lembrar o sofrimento dos prisioneiros daquele país no campo de concentração.
É possível visitar ainda o “Carmelite Convent”, projetado na forma de uma cruz, a “Protestant Church of Reconciliation”, com seu portão de aço com as seguintes palavras do salmo 17: ” “Hide me under the shadow of thy wings”, ou algo como “”Esconda-me sob a sombra de suas asas” e a “Russian-Orthodox Chapel”, localizada ao longo de um caminho entre o antigo campo de prisioneiros e a área dos crematórios, sendo o mais novo dos monumentos religiosos.
Talvez o lugar mais “impactante” da visita: você terá a oportunidade de assistir um pequeno filme/documentário de cerca de 15 minutos que relata a vida dos prisioneiros no dia a dia em Dachau, que me abstenho de relatar os detalhes aqui.
Confesso que fiquei com o estômago embrulhado e saí do local totalmente revoltado com aquilo: será que o ser humano não possui limites para tanta crueldade com seus semelhantes?
O campo de concentração possui um belo museu, muito bem montado e detalhista, onde é possível conhecer pormenores sobre o dia a dia naquele inferno, bem como peças, utensílios e materiais diversos daquela época, e claro, fotos que irão mexer com o mais frio dos homens, como esta abaixo.
Existe ainda um painel de exposição, com fotografias de ex-prisioneiros, com informações e fotos.
Pratos utilizados pelos Judeus na época (Dachau)
Utensílios da época (Dachau)
Exposição em Dachau
Exposição em Dachau
Pois é, meus amigos, Dachau também possuía um crematório, mais conhecido como “Barracão X”, que servia para destruir as centenas de cadáveres daqueles que morriam todos os dias no campo de concentração.
E acredite se quiser: ao final do ano de 1944, sua capacidade já não era suficiente para incinerar a quantidade de mortos diária, sendo que em 1945, quando o campo foi libertado pelos americanos, os soldados encontraram inúmeros cadáveres amontoados no crematório.
Ao lado do “Barracão X”, você poderá admirar o Memorial “O prisioneiro desconhecido”, com a inscrição “Para honrar a morte, para advertir os vivos”.
Abaixo, “Brausebad”, em alemão, que significa “Ducha”. Neste local os prisioneiros simplesmente tomavam um banho, que era o último passo para admissão no campo de concentração. Os prisioneiros recém-chegados tinham a cabeça raspada, eram “desinfetados”, limpos e depois enviados para o quartel, vestidos com suas roupas de prisioneiro.
Para encerrar o post, o mais cruel dos cômodos de Dachau: a Câmara de Gás, que no entanto, não há registros que realmente foi utilizada durante o funcionamento do Campo de Concentração.
Câmara de Gás
Câmara de Gás
Enfim, trata-se de uma visita imperdível, tanto para entendermos mais um pouco sobre esse lado negro da humanidade que foi o nazismo, quanto para constatar que o ser humano, quando deseja, não possui limites para o verdadeiro MAL.