O que fazer em Bruges, a Veneza do Norte

Bruges, a Veneza do Norte, estava na nossa ‘wish list‘ desde que começamos a viajar pela Europa em 2011. E felizmente, ela entrou para nosso roteiro da Eurotrip 2015, onde passamos pela Holanda, Luxemburgo e Bélgica (veja nosso roteiro aqui). A Bélgica foi o país que mais exploramos durante esta viagem, conhecemos ao todo 5 cidades (Antuérpia, Dinant, Bruxelas, Gent e Bruges), e cada uma delas tem seu charme, seu encanto, sua especialidade. Mas Bruges é um caso de amor à parte (não que as outras não sejam)! A sensação que tivemos em Bruges foi de andar em uma cidade cinematográfica, ou de estar vivendo na Idade Média.

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Bruges (também conhecida como Brugge) é uma cidade medieval da Bélgica, localizada bem próximo a Bruxelas e Gent, que teve seu centro histórico, merecidamente, declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, no ano de 2000. Por este e outros motivos, está na lista de uma das cidades mais visitadas por turistas de todo o mundo!

Algumas curiosidades e informações sobre a cidade:

  • Foi uma importante cidade comercial da Europa durante a Idade Média;
  • Foi e é muito bem preservada, mantendo traços fortes da arquitetura e arte medievais, sendo considerada uma das cidades mais preservadas da Bélgica;
  • As pinturas de Jan van Eyck e Hans Memling, do século XV, influenciaram estilos de pintura por toda a Europa;
  • Os jardins de Beguinage (ou Begijnhof), durante a primavera, ficam belíssimos!
  • Durante a semana, Bruges é mais vazia;
  • E durante o inverno, a cidade fica vazia, com exceção do Natal;
  • Apesar de sua língua oficial ser o francês, todo mundo fala inglês (ou quase todo mundo!);
  • Conta a lenda que um Imperador, em Bruges, para se vingar da população que tinha executado um homem chamado Pieter Lanchals, que tinha como brasão de família um cisne, amaldiçoou a cidade para que a mesma sempre tivesse cisnes por seus lagos e canais, e assim nunca esquecerem daquele homem executado. Quando cisne é maldição?

Se você pretende conhecer Bruges em apenas um dia, ou melhor, algumas horas, sugerimos três lugares imperdíveis:

  • Grote Market (ou Praça do Mercado) e seu Campanário (Belfry);
  • Burg (Praça de Burg) e a Basília do Sangue Sagrado;
  • E um passeio de barco pelos canais;
  • Coma o Waffle, a batata frita da Praça do Mercado e, para quem gosta, uma cerveja belga!

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Mas como a maioria das pessoas faz bate-volta (day trip), a cidade fica cheia entre 10h até às 18h. Mais à noite, a cidade fica bem mais vazia, e no começo da manhã, também. Diferente da maioria, optamos em pernoitar na cidade conto de fadas, curtir a cidade ao anoitecer, e aproveitar também o amanhecer e o começo da manhã.

Qual a melhor forma para chegar em Bruges? Antes de tudo, isso vai depender muito de onde você estiver na Europa. Bruges é uma cidade muito acessível, você pode chegar de carro, de trem, ou de ônibus, em um dos diversos tours que empresas de turismo oferecem. Como estávamos de carro para fazer uma road trip, partirmos de Gent, que fica um pouquinho depois de Bruxelas.

Mas Bruges é um lugar bem caro para estacionamentos, com diárias em torno de 30/40 Euros.

Quando ir ou quando visitar Bruges? Qualquer dia é bom para visitar a Europa! Mas pelas vezes que já fomos, constatamos que de maio a setembro tem muito mais vantagens que em outras épocas: os dias são bem mais longos (tem sol até 20/21h), consequentemente as atividades e atrações ficam abertas até mais tarde. Neste época, também, não costuma estar tão frio… é aquele clima agradável, que costuma estar bem fresco ao final do dia e dar até para usar um casaco no final do dia (com exceção do verão, ou mês de agosto, que costuma ser mais quente). Mas com este clima louco que estamos tendo no mundo, melhor acompanhar no aplicativo de clima/tempo, ou nos sites de especializados. Agosto, o auge do verão europeu, é a época mais cara e cheia! A partir de setembro, os preços começam a despencar. Além de começar aquele ventinho do outono, as paisagens estarão belíssimas com suas cores alaranjadas e folhas secas, e os preços começam a despencar, aliás, já estão bem diferentes do mês anterior! Gostamos muito do mês de abril, também, que ainda dá para curtir um friozinho do final do inverno. 🙂 Agora já fomos em novembro e os dias são bem curtos. Às 17h, já não tem mais sol. 🙁

Nossa viagem a Bruges foi no começo de setembro. Durante o dia estava com sol, mas um frio tolerável e ao mesmo tempo gostoso! Deve ter ficado na média de 13 Graus, por que uma frente fria resolveu chegar na região.

Mas acredite, Bruges é tão linda que qualquer época que visitar, verá uma cidade linda e super fotogênica!

Vale a pena fazer bate-volta em Bruges ou pernoitar? Quase a maioria das pessoas que visita Bruges, faz em um bate-volta! Mas mesmo um dia sendo razoável para conhecer a cidade, vale muito a pena pernoitar neste verdadeiro conto de fadas! Bruges é encantadora durante o dia! Mas à noite, é ainda mais charmosos seus canais, com aquele jogo de luzes que deixa a cidade ainda com mais cara de cidade medieval!

Como falamos anteriormente, optamos por pernoitar na cidade, curtir o entardecer, anoitecer e amanhecer, fazer tudo com mais calma, sem pressa e foi ótimo! Não arrependemos! Para os que tiverem mais tempo, duas noites na cidade seria perfeito!

Mas onde se hospedar em Bruges? Ficamos hospedados no Hotel Canalview Ter Reien, que possui vista para um dos canais e é bem próximo ao Centro da Cidade. Neste link, você pode alterar a data de acordo com seu interesse (em torno de 89 Euros).

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Primeira construção a direita da foto.

Possui café da manhã incluso na diária, com café continental, médio, mas ajudou bastante. Geralmente, hotéis na Europa não dispõem de café da manhã incluso na diária, são pagos à parte e são bem caros!

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Apesar do Booking.com tê-lo colocado no filtro de hotéis com estacionamentos, o mesmo não possui estacionamento próprio. A um quarteirão do hotel, tem um estacionamento pago (e bem caro), que é indicado pelo próprio hotel. Mas pelo menos foi seguro. Paramos lá e ficamos tranquilos para curtir a cidade.

O que fazer em Bruges?

Bruges tem muitas atrações bem interessantes. Andar pelas ruas, por si só, já é um delicioso passeio! Baixamos um mapa offline (carregamos o do Google Maps também), e fomos andando pelas ruas do Centro, às vezes pegávamos uma rua paralela à principal… e assim, fomos andando e conhecendo tudo!

  • Praça Burg e a Prefeitura da Cidade (Stadhius): nesta praça tem vários prédios com belíssima arquitetura que datam entre 1376 e 1420, como o prédio ao fundo, atrás do Fábio, que é a Prefeitura. Nesta praça, também acontecem muito shows de artistas locais. Vimos uma apresentação de violino e violoncelo de cair o queixo!

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Esta Igreja foi construída entre 1134 e 1157, e é famosa por conter um cilindro (ou frasco) que dizem ser o sangue de Jesus Cristo. E desde que, encontrado, este líquido é cultuado e venerado todos os dias de 11:30h às 12:00h, gratuitamente. Conta-se que o líquido com o sangue de Cristo foi encontrado em Alsácia, em 1149, durante o retorno da Segunda Cruzada (no vídeo do YouTube expliquei isso errado). E desde então, passou a ser cultuado e muito respeitado na Igreja.

Se você estiver em Bruges durante o mês de maio, pode ter a sorte de assistir a Procissão do Sangue Sagrado, que acontece anualmente, durante este mês, pelas ruas da cidade.

Entretanto, se você não tiver tempo suficiente para participar da veneração ou não estará em Bruges durante a Procissão do mês de maio, você pode visitar o Museu da igreja (na verdade é uma espécie de sala acoplada à igreja) onde fica guardado o Sangue Sagrado e outras relíquias religiosas. O valor para visita deste local era de 2,50 Euros por pessoa (em setembro/15). Tanto dentro da Igreja, quando no Museu, você pode tirar fotos, desde que sem flash.

Tivemos um pouco de dificuldade em encontrar a entrada para a Igreja. Você a vê no mapa, vê a indicação do lcoal, mas não consegue entender por onde entra. Passamos duas vezes no local e não entendemos por onde entrava. E só na terceira vez, que conseguimos descobrir a entrada e visitá-la. Na foto abaixo, observe uma pequena placa branca entre algumas pessoas. A entrada é por ali.

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Mesmo visitando o Museu, não é possível ver o líquido sagrado (o Sangue de Cristo) propriamente dito. Você pode visualizar a relíquia abaixo, onde é guardado e protegido o frasco, que fica dentro da caixinha dourada. Que por sinal é Belíssima peça! O líquido somente se vê durante seu manuseio na veneração.

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  • Igreja de Nossa Senhora (Endereço: Mariastraat 8000, Brugge, Belgium):

A Igreja de Nossa Senhora ou Church of Our Lady (Onze Lieve Vrouwekerk) também vale uma visita! Além de arquitetura bem marcante, com uma torre de 112 metros de altura, a igreja possui uma obra de Michelângelo, a Madonna (Virgem e o menino), de 1503-1504, que pode ser vista diariamente pelo valor de 6 Euros por pessoa. A Igreja quase sempre está cheia! Entretanto, no momento que fomos visitar a Igreja, estava fechada e não conseguimos entender o porquê. 🙁

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  • Belfort (Endereço: Grote Market):

Iniciada sua construção por volta do ano de 1248, e por duas vezes reformadas, possui uma torre com 83 metros de altura, que garante uma excelente vista da Cidade! Entretanto, para chegar ao Campanário é necessário subir a escadaria com 366 degraus. O prédio, de arquitetura bem elegante, possui destaque entre os demais prédios antigos da Grote Markt.

Aberto diariamente das 09:30h às 18:00h, com exceção de alguns feriados. Valor: 8 Euros por pessoa.

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Infelizmente, depois de vários dias de viagem e depois de subir muitas escadas, fiquei super desanimada de subir os 366 degraus, e acabei desanimando o Fábio também. Mas confesso que arrependemos! Pois conta-se (e vimos fotos) que possui uma belíssima vista da cidade.

  • Grote Markt:

Praça central onde é possível ver a arquitetura típica da cidade, prédios importantes, além de ser onde acontece a feira da cidade, com comidinhas, flores, artesanatos e souvenirs. No dia que chegamos na cidade, ela estava mais ao fundo da praça. Mas no outro dia, bem cedo, os comerciantes já estavam instalados mais na parte central e se preparavam para a venda de suas mercadorias. De lá, também, partem alguns passeios de charrete.

Aproveite para comer a batata frita de um trailer que ficar instalado nesta praça!

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O Groeningemuseum possui um acervo com as pinturas e obras sacras da cidade. Aberto de terça-feira a domingo, das 09:30h às 17:00h, exceto feriados. Valor do ticket: 8 Euros por pessoa.

  • Beijngof (próximo ao Lago do Amor):

Fundado em 1245, o Beijngof, ou Jardim das Benignas, são os locais onde viviam as mulheres que ofereciam seus votos a Deus. No local, também tem um museu sobre a vida das benignas (veja mais sobre o museu aqui). O lugar transmite uma grande paz e tranquilidade, e está localizado em uma área mais silenciosa da cidade, inclusive com menos turistas. Parece que nem todos os turistas vão até o Lago do Amor. A entrada ao jardim das Benignas é gratuita, só o Museu que é pago (em torno de 2 Euros).

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  • Lago do Amor (Minnewater):

Bem próximo ao Beijingof, está o Lago do Amor, com muitos cisnes em uma paisagem incrível! Localizado em uma área bem bacana para fazer uma caminhada até a ponte, virando par ao parque a esquerda. Nem parecia que estávamos em Bruges, uma cidade sempre cheia e movimentada.

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Se é o Lago do Amor, tem que ter um beijo no local, não é mesmo?

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Caminhando pelo Lago do Amor até uma ponte, vire à esquerda, e encontrará um caminho lindo! Super bucólico, tranquilo e bonito! Logo adiante, você encontrará um Parque.

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Se ainda te restar tempo, tente fazer um passeio de Barco pelos canais, oferecidos diariamente das 10:00h às 18:00h, pelo valor de 8 Euros por pessoa. Infelizmente andamos tanto pelo cidade (ou felizmente), que chegamos quando o local de onde partem os barcos tinha acabado de fechar.  IMG_4025 (2)

  • Os canais de Bruges:

Bruges tem muitos canais! E em quase todos os cantos você encontrará um lindo, charmoso e fotogênico. Mas um dos mais bonito da cidade é o Canal Dijver, que possui um conjunto muito atraente de prédios do século XV.Destaque para a foto tirada à noite… um dos motivos que vale a pena pernoitar na cidade. (Neste casal também fica um bar que adoramos, o 2Be Bar! Falamos dele mais abaixo!).

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Outros canais não menos bonitos:

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Demais locais para comer, beber e comprar:

  •  Café Vlissingle: um bar que funciona desde 1515, com um carta bem bacana de cervejas! Infelizmente não abre na segunda e terça-feira. Veja o menu aqui. Experimente uma das cervejas locais, como a Brugse Zot.
  • Na rua que vai para o Lago do Amor, você verá uma grande quantidade de lojas que vendem cervejas e chocolates. O preço é excelente!!! Inclusive, foi nesta rua que compramos a cerveja belga Deus por um preço absurdamente barato (No Brasil, é a partir de R$ 250,00!)

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  • Um dos lugares que adoramos em Bruges foi 2be Bar, que, como falamos anteriormente, está localizado em um dos canais mais bonitos da cidade (Canal Dijver). Além de vários tipos de cervejas expostos ao longo de uma estante, a casa oferece um menu degustação com 4 tipos de cervejas. Pedimos o menu degustação, que veio com alguns aperitivos (biscoitinhos e salsicha). Também pedimos uma porção de queijo belga. Estava um ambiente tão agradável, que fomos ficando… até sermos convidados para sair, já que o bar estava fechando! 🙁 Recomendado!

Endereço: Wollestrat, 53, Brugge, Belgium.

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Fábio em dúvida com o que beber

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  • Bruges também possui restaurantes estrelados pelo Guia Michelin, inclusive o De Karmeliet, de cozinha francesa, possui três estrelas Michelin. Confiram aqui.
  • Na Oyya, um lugar próximo ao Market Square, serve deliciosos Waffles Belgas! Estique um pouco até lá e aproveite para experimentar estas delícias!
  • Na rua entre a praça chamada Burg e a Market Square, tem uma deliciosa lojinha de Waffles! Amamos e super baratinho…

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Brugge City Card:

Se você vai ficar de um a dois dias na cidade, e pretende visitar mais atrações, vale a pena comprar o Brugge City Card. São mais de 27 museus e atrações em Bruges, além de passeios de barco pelos canais. Ele ainda garante 25% de desconto em alguns concertos, danças e Teatros.

Valor: 47 Euros, para 24h, e 53 Euros para 48h.

Veja o site aqui.

E para finalizar, assistam o vídeoa abaixo que dá para ver um pouquinho de como foi nossa viagem:

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Se alguém tem alguma informação ou dica sobre Bruges, conte para a gente nos comentários abaixo!!!! 🙂

O Gaveto: o melhor lugar para comer peixes e frutos do mar frescos (Matosinhos)

Todas as refeições que tivemos durante nossa press trip #Douro15, em Portugal, foram maravilhosas! A cada vez que escrevo um post, relembro sobre aquele determinado momento e penso: “foi a melhor comida da nossa viagem!”. Mas não tem como dizer qual foi a melhor! A Gastronomia Portuguesa é digna do nosso mais profundo respeito, e ir lá, experimentar seus sabores, significa voltar apaixonado para o Brasil! Já comentarmos anteriormente que a ideia que a maioria se tem de comida portuguesa é: bolinho de bacalhau, bacalhau do Porto e Pastéis de Belém. Engana-se que acredita que seja só isso! O Gaveto, por exemplo, é um maravilhoso restaurante de comida portuguesa a base de peixes e frutos do mar, que não pode ficar fora do seu roteiro!

O Gaveto

O O Gaveto, desde 1984, tornou-se referência na cidade, inclusive de turistas que estão em Porto, além dos próprios portugueses, é claro. O restaurante oferece diariamente peixes e mariscos frescos, combinados com um excelente atendimento e padrão de qualidade, com variedade de pratos, em um ambiente muito agradável.

Outra especialidade da casa: a Lampreia, que é um peixe de água doce, que não possui maxilar nem barbatanas e com corpo em forma de enguia. Confesso que não é um peixe bonito não! Mas, apesar de não termos experimentado, dizem ser uma iguaria em Portugal.

Quem não é fã de peixes e frutos do mar deve estar pensando “este restaurante não é para mim!” Afirmo que é sim! Confiram neste link os pratos do dia, que vão desde “cabrito assado na brasa”, a “bife frito”, “Costela Medinha assada no forno”, “arroz de pato à antiga” e muitos outros deliciosos pratos (outro bem famoso do lugar é o “arroz de mariscos“).

Nas fotos abaixo, podemos observar os aquários com os mariscos vivos, e mais abaixo, peixes bem frescos que o restaurante oferece. Vejam a guelra do peixe bem vermelha, que demonstra sua frescura. Talvez tenha sido pescado naquele mesmo dia, ou no máximo no dia anterior.

Localizado a aproximadamente 8 km de Porto (cerca de 13 minutos de carro), é um restaurante que merece ser incluído em seu roteiro em Portugal.

Endereço: Rua Roberto Inves, nº 826, Matosinhos, Portugal.

Nosso Almoço:

Estivemos no restaurante O Gaveto, a convite do IVDP para a press trip #Douro15. E neste mesmo dia, tivemos a presença de duas vinícolas, cujos vinhos foram servidos e harmonizados durante nosso almoço: Dalva/Ventozelo (Quinta do Ventozelo) e Vértice (seus representantes no quanto esquerdo e direito da foto abaixo).

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A primeira entrada servida foi um Patê de caranguejo com torradas! Delicioso! E foi a primeira vez que comemos um patê de caranguejo! 🙂 Combinou perfeitamente com o espumante servido.

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Com as entradas, tomamos dois tipos de espumantes da Vértice: Vinho Espumante do Douro Vértice – DOC – Cuvée e Vinho Espumante do Douro Vértice – Chardonnay. Uma curiosidade que descobrimos lá em Portugal, foi que nenhum  espumante português pode ultrapassar o valor dos espumantes franceses. Isso é simplesmente para incentivar o consumo dos espumantes portugueses, que são excelentes! Este da Vértice, por exemplo, era delicioso!

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A segunda entrada foi “Percebes e camarões da costa”. Percebes é um tipo de crustáceo muito comum na Espanha e em Portugal. A aparência dele é bem feia, meio pé de dinossauro, meio pé de elefante, e por dentro, algo parecido com uma “minhoquinha”, que é a parte comestível. Mas apesar da aparência meio estranha, percebes é muito saboroso! O preço deste prato costuma ser mais “salgado”, diante da dificuldade para removê-lo da natureza, já que ele fica nas rochas submersas nas marés altas.

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Na foto abaixo, o Fábio ensina como comer a carne do Percebes, que lembra bastante a forma que comemos o caranguejo:

Outro prato super famoso e procurado no restaurante O Gaveto: Amêijoa à bolhão pato. Amêijoa é um tipo de molusco, e neste prato, é feito com coentro, vinho branco, azeite e alho. Bem saboroso, também, e lembra o gosto de uma ostra. 🙂

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Depois serviram um pinot noir, que perdi a foto (na hora de baixar) e a anotação. Mas logo atualizo com a equipe e acrescento os dados do vinho.

O prato principal foi um Peixe Cobal grelhado, com batatas portuguesas e folhagem de nabo, harmonizado com o um Vinho Branco da Quinta do Ventozelo, 2014, casta Blend.

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E como Sobremesas, três tipos: pão de ló (também conhecido com torta de gemas, ou ovos), frutas e torta de amêndoas:

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As sobremesas foram servidas com dois deliciosos Vinhos do Porto Dalva: o primeiro, um Tawny de 10 anos, e o segundo, um Golden White de 1971. Este último, com aroma de figos macerados, verniz e noz-moscada, foi um vinho super especial, para fechar com chave de outro nosso almoço no O Gaveto.

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Agradecemos uma vez mais ao IVDP pelo convite para esta deliciosa press trip #Douro15, que tivemos o prazer de participar. Agradecemos, também, à equipe do O Gaveto, do Dalva/Ventozelo (Quinta do Ventozelo) e Vértice

Vejam os demais post da nossa viagem aqui:

Como visitar Stonehenge

Viajar para a Inglaterra, ficar em Londres e não ir até Stonehenge, estava completamente fora de cogitação! E logo que começamos a confeccionar nosso roteiro, listamos a visita a um dos monumentos neolíticos mais famosos do mundo. Então, começamos a pesquisar e a angariar todas as informações possíveis e necessárias para que nada saísse ou desse errado.

Um pouco da história de Stonehenge

Stonehenge é uma estrutura neolítica construída em círculos de pedras que chegam a até 5 metros de altura. Foi construída em três fases distintas, sendo que a forma que vimos hoje foi construída a pelo menos 3.000 anos a.C. (mas esta data parece não ser muito certa, também vimos a data 3.100a.C. e 3.500a.C.)! Trata-se de um dos principais monumentos arquitetônicos do período Neolítico, que foi a fase final da Pré-História, quando os grupos humanos começaram a praticar a agricultura, utilizar técnicas e diversos tipos de ferramentas. Mas também, Stonehenge é conhecido como Santuário, e como local de observação astronômica.

Acredita-se que Stonehenge serviu de palco para cerimônias religiosas como sacrifícios e rituais destinados à adoração da divindade solar. Conta-se que os druidas utilizavam Stonehenge até mesmo para fins judiciais.

Afinal, quem construiu Stonehenge? Como foi construído? E qual sua finalidade?

Verdade é que, a falta de documentação e de vestígios arqueológicos mais claros impedem um conclusão ou estudo mais aprofundando sobre a real função de Stonehenge. E isso é o que faz deste lugar mais que especial! Diria, mágico! Não é mesmo? Não sei vocês, mas adoro questionar como e por quê aconteceu isso ou aquilo!

Se você gosta de história (como a gente), assista a este vídeo da National Geographic, que foi muito útil para entendermos um pouco da história e diversas curiosidades de Stonehenge:

E para ler um pouco mais sobre a história e outras curiosidade de Stonehenge, acessem aqui.

Como chegar?

Stonehenge está localizada a 88 milhas de Londres, ou seja, a aproximadamente 140 Km. Apesar de você pode ir de carro ou de ônibus, e existirem várias empresas que fazem este trajeto Londres/Stonehenge/Londres, optamos por alugar um veículo e fazer o trajeto sozinhos, ter mais liberdade, fazendo tudo no nosso tempo e gosto.

Mas para alugar um veículo na Inglaterra, é bom que você tenha um pouco de noção de como é dirigir em mão inglesa, ou seja, com volante e mão de direção contrários. Como ficamos uma semana em Barbados, que também possui mão inglesa e dirigimos todos os dias, não tivemos receio em alugar o veículo na Inglaterra. Lembre-se que todo cuidado é pouco, porque mesmo com proteção/seguro, uma colisão pode causar uma tremenda dor de cabeça durante sua viagem.

Mas é bom lembrar, também, que não é um bicho de sete cabeças dirigir em mão inglesa. Na hora de fechar o aluguel do carro, escolha um automóvel que tenha câmbio automático. Infelizmente, por equívoco grosseiro, alugamos um carro com câmbio manual, aí sim, foi bem mais chato dirigir trocando marchas do lado contrário. Mas no final, deu tudo certo!

Muita gente que decide visitar Stonehenge, combina de passar em Windsor, que fica no caminho, e/ou Bath, ou até mesmo em Oxford.

Entretanto, também cometemos outro erro (que é bom compartilhar com vocês para vocês não cometerem o mesmo). Compramos os tickets para visitar Stonehenge para às 12:00-12:30h. Pensamos que, com menos de duas horas de carro, daria super certo sair cedo de Londres, passar em Windsor, depois seguir para Stonehenge, e se, por fim, desse tempo, passar em Oxford e jantar no Jamie´s Italian Restaurant (do Jamie Oliver).

Claro que não foi desta forma! Apesar de marcarmos para retirar o carro, às 07h, com todas as burocracias, etc., acabamos saindo de Londres às 9h. Logo, Windsor já não daria mais para visitar naquele dia. E quase não chegamos a tempo do nosso horário agendado em Stonehenge. O bom foi que, com um limite que eles dão do horário (por exemplo, você compra o ticket de 09:30-10:00, você pode entrar a qualquer tempo dentro deste horário) conseguimos entrar e visitar o Santuário, como tínhamos planejado.

Mas por que atrasou tanto? Quando está quase chegando em Stonehenge, o trânsito já começa a ficar mais intenso, já que a maioria dos carros passa devagar para tirar fotos dali mesmo (existem muitos turistas que fazem isso). E acabou que ficamos um pouco retidos neste local, diante da lentidão do trânsito. Deveríamos ter realmente saído por volta das 07h, de Londres!

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Talvez, teríamos comprado os tickets para um pouco mais tarde, entre 13h, 13:30h, por exemplo. Nem cogitamos em comprar os tickets diretamente no local, por medo de esgotar rapidamente. E até por quê muitas pessoas recomendam comprá-los com antecedência.

Voltando ao ponto de como chegar em Stonehenge, se você alugar um GPS é primordial ter o endereço e CEP!!!! O GPS, na Inglaterra, é utilizado com o CEP. Então, sem CEP você não faz nada! Confesso que sempre descartamos os CEPs durante a confecção dos roteiros. Mas caso você esteja com a internet do celular ativa, não há que se preocupar! É só jogar no Google Maps e seguir o caminho.

O CEP (ou postcode, como é dito por lá) de Stonehenge é SP4 7DE.

Logo que você vê as pedras (sim! Você as vê da estrada) e os carros começam a parar ou andar bem devagar, você fica curioso para entender aonde é a entrada para o Santuário, por que você não vê nenhum aglomerado de pessoas que justifique uma entrada, etc. Só que, o Centro de Turistas (English Heritage Stonehenge) é bem distante do monumento. Então, você deve continuar pela estrada, e logo à frente avistará placas indicando a entrada para Stonehenge e o estacionamento do local. Em horários de pico, é cobrada uma taxa de 5 libras na hora da entrada, que é devolvido na hora da aquisição dos tickets.

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A estrutura turística que visitamos hoje é recente e bem moderna, um verdadeiro contraste com o monumento neolítico e arredores (que também e cheio de riqueza histórica). Logo que chegamos, procuramos o local para trocar os tickets (pois tínhamos apenas a confirmação encaminhada por e-mail), e seguimos imediatamente para começar a visita.

O ponto de apoio ao turista possui banheiros, restaurante, loja e WiFi… É o momento ideal para utilizar quaisquer destes serviços, porque no local das pedras, não existe nenhuma infra-estrutura, é claro.

Você começa com um vídeo das famosas pedras em 360º, com audio, onde parece que você realmente está entre as pedras de Stonehenge. Veja a evolução da área no mapa interativo deste link. Depois, observe atentamente uma exposição permanente com mais de 250 objetos da época. Tudo é muito curioso!

Uma exposição muito bacana também sobre como era a comida, bebida, meios de caça, pesca… instrumentos musicais.

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E como será que os construtores de Stonehenge transportaram aquelas gigantescas pedras? Há uma réplica de como pode ter sido o meio utilizado, inclusive você pode “tentar” mover a pedra (o que as crianças adoram). Claro, sem nenhum êxito! 😉

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Ali, ainda, você pode ver réplicas das supostas casas dos construtores de Stonehenge. É a possibilidade de ver te perto como podem ter vivido as pessoas a 4.500 anos! No vídeo que colocamos no começo deste post, mostra sítios arqueológicos encontrados a algumas milhas do monumento, que podem ter sido “uma cidade” utilizada pelos construtores de Stonehenge. Você, também, pode perguntar para algum dos voluntários sobre como foram construídas aquelas casas, o material utilizado, etc.

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E você seguindo a diante, você tem a opção de ir a pé, até o monumento, ou ir em um ônibus do Santuário. Como o ônibus leva diretamente para o monumento, preferimos ir a pé, passando por algumas áreas próximas muito importantes também. Na verdade, Stonehenge é o famoso, mas as proximidades existem outros pontos tão importantes quanto o próprio monumento.

No mapa abaixo, observe que chegamos pela A303, viramos à direita pela A360 até o Novo Centro de Visitantes. Tem uma estada ao lado do Visitor Shuttle Stop, que é de onde partem os ônibus até Stonehenge. Seguimos por aquele caminho, e na primeira encruzilhada (Fargo), tem um ponto de ônibus ali também, viramos à esquerda, e caminhos por toda a parte de “The Cursus” até “Cursus Barrows“, que foram ‘construções’ anteriores ao que vimos de Stonehenge, entre os anos de 3.600a.C. a 3.300a.C.

Mapa de Stonehenge

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A foto abaixo dá para ver como é chegando em Stonehenge, o estacionamento dos ônibus, o círculo que protege o lugar. E é ali que os tickets de entrada são cobrados. É possível ver algumas pessoas que não quiseram pagar o valor da entrada, tirando fotos atrás de uma cerca. Poxa! A estrutura construída para os turistas é tão bacana! O que custa ajudar com o pagamento do ticket de entrada?

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Depois que você apresenta seu ticket de entrada, você pode andar ao redor das pedras que são cercadas. Não podemos chegar tão próximos por questões de preservação das pedras e do local. Observa-se que algumas das pedras estão tombadas, outras já caíram. Então, não é permitido turista adentrar o círculo de proteção. E para os desavisados, funcionários do local estão lá para lembrá-los!

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E aí, você fica pensando como construíram aquele local, qual era o verdadeiro objetivo, a função de Stonehenge… quem ajudou a construir? Enquanto você pode sentir toda aquela energia única!

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Se valeu a pena? Muito! Foi indescritível conhecer este lugar tão curioso e cheio de mistérios!

Informações para sua visita, clique neste link, que você terá valores, horários e qualquer outra informação atualizados.

 

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